O regulamento foi assinado pelos doze clubes. Portanto, os dirigentes não têm o direito de reclamar. Os torcedores, que em momento algum participaram da discussão sobre o Pernambucano, acabam ficando com ônus das decisões.
No Estadual de 2013 a capacidade mínima é de cinco mil espectadores, nos turnos regulares. Na fase decisiva, com a semifinal e afinal, no entanto, o número sobe para dez mil lugares. De cara, quantas torcidas ficam alijadas?
Do interior, apenas Central e Porto, no Lacerdão, e Salgueiro, no Cornélio de Barros, têm a disposição estádios com a capacidade de público necessária.
Chã Grande, Pesqueira, Belo Jardim, Petrolina, Serra Talhada e Ypiranga jogam em palcos menores. Chã Grande e Pesqueira, por falta de condições estruturais, sequer disputam o turno em suas cidades.
Hoje, o 4º lugar é o Ypiranga. Vale a reflexão sobre o fato de a Máquina, em caso de classificação, ter que se deslocar até Caruaru para a semifinal…
A 9ª rodada do Estadual teve três penalidades. Em dois casos, cobranças para os mandantes, que saíram vencedores. Sport, goleando o Chã Grande, e Pesqueira, num jogo disputadíssimo contra o Central. No terceiro pênalti, para o visitante Belo Jardim, Fernandinho desperdiçou. O Calango ficou no empate.
No jogo do Leão houve aida a primeira expulsão de um adversário do clube. Eis a atualização do levantamento feito pelo blog. Os dados sobre as penalidades e os cartões vermelhos são apenas do 2º turno, com os doze clubes.
Pênaltis a favor (27)
5 pênaltis – Porto
4 pênaltis – Náutico e Ypiranga
3 pênaltis – Serra Talhada, Sport e Belo Jardim
2 pênaltis – Pesqueira
1 pênalti – Petrolina, Chã Grande e Central
Nenhum pênalti – Santa Cruz e Salgueiro
Pênaltis cometidos
4 pênaltis – Serra Talhada
3 pênaltis – Ypiranga, Belo Jardim, Salgueiro, Chã Grande, Central e Petrolina
2 pênaltis – Porto e Pesqueira
1 pênalti – Santa Cruz
Nenhum pênalti – Sport, Náutico
Vencedor do Clássico das Emoções e com a melhor defesa do torneio, o Santa Cruz terminou a 9ª rodada na liderança e matematicamente garantido na semifinal do Estadual. Mesmo com a segunda derrota em um clássico, o Náutico também alcançou a classificação à fase decisiva. Neste caso, beneficiado pelos resultados da rodada. Duas vagas estão abertas, uma delas bem encaminhada para o Sport e outra nas mãos do surpreendente Ypiranga.
Foram 19 tentos na rodada, com a boa média de 3,16. No geral, o #PE2013 chegou a 237 gols em 90 partidas nos dois turnos, com média de 2,63. Os atacantes alvirrubros Elton e Rogério passaram em branco desta vez, mas seguem como artilheiro e vice-artilheiro, com 14 e 12 gols, respectivamente.
Sport 5 x 0 Chã Grande – O leão fez a sua melhor partida. Não só pela goleada, mas pelo volume de jogo apresentado, errando pouco.
Náutico 0 x 2 Santa Cruz – Superior durante quase toda a partida, o Tricolor ganhou uma partida na qual poderia ter goleado o tradicional rival.
Salgueiro 0 x 2 Ypiranga – Danilo e Erivelton confirmaram a boa fase da Máquina de Costura que vai caminhando para a sua primeira semifinal.
Porto 4 x 0 Serra Talhada – Com dois gols de Joelson, o Gavião goleou e segue na briga pelo G4. O jogo chegou a ficar paralisado por falta de energia.
Pesqueira 3 x 2 Central – A Patativa esteve duas vezes em vantagem, mas a tarde era de Jonathan Balotelli, que marcou três vezes e pediu a música.
Petrolina 1 x 1 Belo Jardim – A Fera vencia com um gol de Viola até os 49 minutos do segundo tempo, quando Candinho empatou numa cobrança de falta.
Sufocou o rival, jogo melhor, teve mais posse de bola, criou boas chances, marcou. Tudo isso se aplica no Clássico das Emoções ao Santa Cruz. Destruidor de favoritismo, agora na liderança do Campeonato Pernambucano.
Nos Aflitos, com a sua torcida registrando ótima presença, o bicampeão estadual mostrou que nos grandes jogos do Estadual a sua aura é diferente.
Ganhou neste domingo por 2 x 0 com autoridade e de lambuja acabou com um jejum de oito clássicos sem vitória em Rosa e Silva. Uma tarde daquelas para o povão. Aos alvirrubros, o segundo revés num duelo deste porte. Sinal amarelo?
De fato, esperava-se a blitz alvirrubra no início, partindo pra cima com a velocidade de Rogério, a qualidade no passe de Martinez e os chutes de Elton.
Bem marcadas, as principais peças do Náutico pouco produziram. César e William Alves estiveram muto bem. O domínio era coral, bem postado em campo, cadenciando a partida. No primeiro tempo teve 53% de posse de bola.
Com a pelota nos pés, o Santa criou as melhores oportunidades. Aí, o time de Martelotte quase teve o seu grande pecado, pois perdeu três ótimas chances, sendo duas com Renatinho e uma com Dênis Marques.
O surpreendente panorama exigiu que Vágner Mancini modificasse a estrutura tática. Com a dupla de ataque sem marcar, ele exigiu mais combate lá na frente, evitando os espaços. Contudo, o jogo voltou igual. Então, Mancini arriscou, com Pacheco no lugar de Auremir. Enfim, o Timbu se apresentou no jogo.
Impôs um ritmo melhor e inverteu o contexto, passando a pressionar, exigindo bastante do goleiro Tiago Cardoso, em atuação segura. Ao Santa, já cansando, era hora de acertar um contragolpe. Conseguiu.
Aos 33 minutos, Natan recebeu na entrada da área, em posição irregular, e abriu o placar. Em seguida, aos 36, mais um passe deixando um tricolor livre. Dênis Marques tocou com tranquilidade para incendiar de vez.
Um vitória para a torcida não deixar de acreditar no tri. Muito pelo contrário…
Os estádios dos três grandes clubes do Recife apresentam sérias deficiências estruturais. Arcaicos, os palcos vivem de reformas e ajustes paulatinos. Nem sempre, pelo visto, é possível encontrar uma solução.
Em relação ao trabalho dos profissionais da imprensa nas cabines especiais, há uma diferença muito grande entre Arruda, Ilha do Retiro e Aflitos.
Emissoras de rádios e televisão ainda têm cabines exclusivas. O mesmo não acontece com outro segmento da imprensa, a escrita, via jornais e sites.
A condição de trabalho nos três estádios não é uniforme. Longe disso.
O estádio coral é o que apresenta as melhores condições, sem dúvida. Conta com um setor amplo, climatizado e com visão central e bancada suficiente. Consegue acomodar os jornais e portais esportivos do estado. Porém, falta controle ao acesso, o que gera superlotação em alguns jogos.
Na Ilha do Retiro há um espaço provisório, mas já com status de “fixo”, dentro do setor de cadeiras do estádio. Apesar das divisórias exclusivas para os três principais jornais da cidade, é comum a falta de cadeiras e iluminação.
Nos Aflitos, como comprova a primeiro foto, é praticamente inexistente, com todo mundo em uma só cabine, apertada. Além da visibilidade comprometida.
Agora, imagine as condições de trabalho nos estádios do interior…