O Náutico disputou a Série A do futebol brasileiro em 2012 e 2013. No primeiro ano, uma boa campanha, com o 12º lugar e a vaga na Copa Sul-Americana. Na segunda temporada, a última colocação, com o rebaixamento.
No biênio, contudo, o clube teve a maior receita de sua história. Com dados fechados, o orçamento de 2012 foi de R$ 41 milhões, mais que o dobro do ano anterior, quando o Timbu disputou a segundona, com R$ 19,2 milhões.
Mesmo com esse cenário, o clube terminou bem no vermelho…
A gestão de Paulo Wanderley foi encerrada, entrando no lugar Glauber Vasconcelos, eleito representando o Movimento de Transparência Alvirrubra.
Fazendo justiça ao nome, o MTA apresentou um balancete dos últimos dois anos. A prestação final deve ser publicada até março no Diário Oficial do Estado.
Nos dois anos mais robustos do Alvirrubro, um incrível déficit de R$ 14.774.879.
Pendências no futebol profissional, no departamento administrativo, em acordos judiciais e extrajudiciais, luvas de atletas, comissionamentos, parcelamentos fiscais e obrigações fiscais. Para se ter ideia, só com os atletas a dívida é de R$ 4,8 milhões. Bronca é dever R$ 378 mil a empresários de jogadores…
Alguns pontos surpreendem nesse anúncio. Primeiramente, o fato de o déficit oficial de 2012 ter sido de R$ 392.993, o que leva a uma conclusão (rasa?) de que somente em 2013 o rombo foi de R$ 14.381.886!
Ampliando o caos, lembremos dos aportes da Arena Pernambuco, em seu primeiro ano de contrato, e da venda do lateral-esquerdo Douglas Santos, que rendeu cerca de 4 milhões de reais, na maior negociação da história do clube.
Voltando ao presente, em 2014, o Náutico terá uma Série B pela frente, com uma sensível redução nas receitas, sobretudo nas cotas de televisão.
Nota-se que a situação financeira não é das melhores…
Saiba mais sobre os balanços de Náutico, Santa e Sport em 2011 e 2012 aqui.