O filme uruguaio Maracaná, documentário sobre a conquista celeste no Mundial de 1950, traz imagens restauradas e cenas inéditas da competição.
Alguns filmes foram encontrados em uma cinemateca em Montevidéu.
A partir disso, o vídeo de uma hora mostra todo o Maracanazo, mas no viés dos uruguaios. A lamentação brasileira, com o “estrondoso silêncio” do Maraca, está lá. Porém, há a grande recepção da delegação hermana na capital, após o bi.
No filme, exibido pela primeira vez na tevê brasileira na ESPN, há um registro bem interessante de Pernambuco, com dois segundos de duração.
O Uruguai não atuou aqui em 1950 – jogou em Belo Horizonte, São Paulo e Rio -, mas o Alto da Sé de Olinda acabou passando como lembrança da única partida no Nordeste, disputada na Ilha do Retiro, Chile 5 x 2 Estados Unidos.
Seis décadas depois, o sítio histórico parece idêntico. Bastava colorizar a foto…
Mais imagens do Recife no primeiro Mundial do Brasil?
Eis uma colagem com imagens do vídeo oficial da Fifa.
Pedras já foram arremessadas inúmeras vezes na Ilha do Retiro e no Arruda.
Em jogos de grande público, o perigo aumenta bastante…
Neste ano, ocorreu uma tragédia no José do Rego Maciel, com a morte de Paulo Ricardo, atingido na cabeça por um vaso sanitário, na rua, após a partida entre Santa e Paraná.
O crime aconteceu em 2 de maio. Menos de um mês depois, no dia 25, no Adelmar da Costa Carvalho, um marginal (disfarçado de torcedor?) voltou a atirar uma pedra.
Premeditado? Descontrole? Arruaça? Não importa. É uma dura rotina…
Desta vez, no jogo Sport x Corinthians, o tijolo também foi lançado na área externa do estádio. No caso, a pedra estilhaçou o vidro traseiro do carro do quarto árbitro, Sebastião Rufino Filho.
Felizmente, não havia ninguém dentro do veículo. O que só deixa claro que casos mais graves – ou extremos, como o de Paulo Ricardo – não ocorreram mais vezes, até hoje, quase que por “sorte”.
O criminoso segue sem identificação. À parte disso, o Sport foi citado na súmula do árbitro carioca Péricles Bassols.
Com a denúncia, o Leão deve ir a mais um julgamento neste ano no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O Tricolor já está cumprindo a segunda pena. Por mais emblemático que tenha sido, o assassinato segue indiferente aos marginais.
As pedras, vasos sanitários e reboco continuam sendo atirados da Ilha e do Arruda.
Os clubes continuam indo ao STJD.
E a maior parte dos marginais permanece frequentando os estádios recifenses…
O réveillon ainda está longe, mas já vale o aviso. Náutico, Santa Cruz e Sport agora possuem sidras licenciadas no mercado.
O espumante, com venda naturalmente proibida para menores de idade, faz parte de uma série especial com 12 clubes.
No Nordeste, Bahia e Vitória foram outros times que firmaram acordos.
Produzida pela Viti-Vinícola Cereser, a bebida vem em uma garrafa de 660 ml, com preço sugerido de R$ 15. O status de “produto oficial” aconteceu num acordo com os três clubes pernambucanos ao mesmo tempo, mas cada um, claro, com o seu rótulo exclusivo.
Além dos distintivos originais, a primeira versão da sidra vem com o mascote timbu, antigos escudos tricolores e a torcida rubro-negra.
Para brindar o ano novo com a veia clubística nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro, o futebol precisa ajudar…
Os torcedores alvirrubros votaram no site oficial do clube e escolheram a seleção histórica do Náutico que atuou nos Aflitos, a casa timbu de 1917 a 2013.
Os votos foram computados durante cinco dias.
Nesta segunda, foi anunciada a equipe oficial de estrelas de Rosa e Silva.
Lula; Gena, Beliato, Sidcley e Salomão; Clovis e Ivan Brondi; Nado, Bita, Bizu e Kuki.
Os onze serão homenageados pelo clube no evento “Revivendo os Aflitos”, como se tornou a partida contra o Avaí, válida pela Série B do Brasileiro.
Você votou em quantos nomes desta seleção, alvirrubro?
Da seleção histórica votada pelo blog apenas um nome não entrou: o zagueiro Lula (substituído por Beliato na formação oficial).
A Fifa divulgou o cardápio com todos os produtos que serão vendidos nas lanchonetes das doze arenas na Copa do Mundo, com valores entre R$ 5 e R$ 15. Os preços – aplicados nos 64 jogos do torneio – subiram em relação à Copa das Confederações no país, em 2013.
No Mundial, cinco subsedes terão comidas típicas na “fan zone”, a área externa dos estádios. Na Arena Pernambuco serão vendidos bolo de rolo e tapioca.
Novidade mesmo é a volta da cerveja nos jogos, como ocorreu na Copa das Confederações (relembre aqui).
A “cerva” está proibida no futebol local desde 24 de março de 2009, através de lei estadual. Para quem quiser usar essa brecha, via Lei Geral da Copa, poderá comprar copos de 473 ml, mas vão gastar mais. A Brahma passou de R$ 9 para R$ 10, enquanto Budweiser subiu de R$ 12 para R$ 13.
Com 60 anos de história, a revista Sports Illustrated é a publicação esportiva de maior circulação nos Estados Unidos, com três milhões de exemplares semanais. Até hoje foram mais de três mil capas (veja a primeira aqui).
No ranking histórica de manchetes, o baseball lidera com mais 600 capas.
O futebol, ou “soccer” para os norte-americanos, não figura sequer entre as dez modalidades mais comentadas na história. Contudo, esse dado vem mudando, com o crescente interesse no país.
Na Copa do Mundo de 2014, os States serão a nação com mais torcedores após o anfitrião, claro. Cerca de 187 mil ingressos estão em suas mãos.
Não por acaso, a própria Sports Illustrated está focando suas pautas no Mundial.
Nesta segunda, o site oficial da magazine publicou uma reportagem sobre o Recife, que abrigará um jogo da seleção (EUA x Alemanha), com o histórico de já ter recebido uma partida em 1950 (EUA 2 x 5 Chile).
O texto foi de uma realidade crua, justa. Com a beleza da cidade e sua cultura diferenciada, mas também com os nossos problemas crônicos, sobretudo a violência, explicada pelos números assustadores e conjecturas pontuais, como a consequência da greve da polícia militar, com arrastões, assaltos e assassinatos.
Segue na violência através das uniformizadas dos grandes clubes da capital e as dificuldades estruturais para organizar a Copa. Por fim, as mudanças políticas.
A produção é assinada pelo norte-irlandês James Armour Young, radicado no Brasil há uma década. O título, traduzido, é o seguinte:
“Cidade-sede especial, o Recife, palco de EUA x Alemanha, está repleta de confusão”
Eis o início do texto:
Maio não foi um bom mês para o Recfe, cidade-sede da Copa do Mundo, onde a seleção dos EUA vai jogar contra a Alemanha o seu último e, possivelmente decisivo , jogo do grupo em 26 de junho. Há três semanas, após o jogo Santa Cruz x Paraná, pela Serie B, três pessoas ligadas à uma torcida organizada do Santa (fã clube organizado ou gang de hooligans, dependendo do seu ponto de vista), a Inferno Coral, jogaram um vaso sanitário da arquibancada superior do estádio do Arruda para a rua abaixo, onde ele atingiu e matou um torcedor do rival Sport.
Foi o último de uma série de incidentes violentos envolvendo as organizadas dos três clubes profissionais da cidade, Santa Cruz, Sport e Náutico, resultando em manchetes negativas ao redor do mundo. Então, há duas semanas, a polícia militar da cidade entrou em greve, em busca de um aumento salarial de 50%.
Grande parte do Recife desceu na ilegalidade, com saques generalizados nos subúrbios e um total de 27 assassinatos em 48 horas. O governo brasileiro enviou o exército para restaurar a calma, e logo havia tanques e carros blindados patrulham as ruas. A greve foi agora cancelada, e algum tipo de paz voltou para a cidade.
O blog foi uma das fontes ouvidas pelo jornalista. Eis o trecho:
A arena atraiu um público médio de 12.500 pessoas sem 2013, e dos 200 mil bilhetes disponíveis para os cinco jogos da Copa do Mundo na cidade, apenas 20% foram comprados por moradores da região metropolitana, de acordo com Cassio Zirpoli, jornalista do Diario de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação da da América do Sul.
“Recife deveria estar animada em relação ao Mundial, mas o contexto político afetou as coisas”, afirma Zirpoli, referindo-se a decisão do ex-governador do estado, Eduardo Campos para concorrer à presidência do Brasil, estrategicamente se distanciando do torneio. O fato de que o Recife é a única cidade da Copa a se recusar a receber um Fan Fest também tem diminuído o entusiasmo, de acordo com Zirpoli.
“A Fan Fest é a única oportunidade para as pessoas sem ingressos para participar nas festividades oficiais da Copa do Mundo”, diz ele.
Apesar da divulgação de uma cidade em transe, os gringos virão. Muitos. E com isso o ranking de modalidades em destaque tende a mudar na SI…
Mais de R$ 2,1 milhões por um acordo de seis meses.
O valor do salário oferecido pelo Sport ao principal ídolo do Boca Juniors foi divulgado em várias mídias, em vários países, em várias moedas.
Seria, sem dúvida alguma, a maior quantia já paga por um clube do estado a um jogador de futebol. Até hoje, o maior salário foi o do meia Hugo, que ganhou R$ 250 mil mensais no Rubro-negro no Brasileirão de 2012.
Desta vez, a contratação seria uma estratégia de marketing, juntando Sport e Adidas. Por sinal, o craque teria direito a um percentual na venda de uniformes.
Ainda assim, mesmo com a pesada quantia na mesa, o desfecho segue improvável. No entanto, a sondagem leonina a Riquelme é real…
Inclusive com repercussão em Buenos Aires em horário nobre, tanto sobre a proposta quanto pelo interesse (ou falta dele) do Boca na renovação.
“Sport Recife de Brasil viene con todo por Riquelme.”
Até este domingo, o Sport havia disputado quatro partidas longe de casa e apenas uma na Ilha do Retiro. A volta para casa parecia um indício para seguir pontuando. Contudo, o Leão acabou goleado pelo Corinthians por 4 x 1, despencando para a 14ª colocação.
No interior gaúcho, o fortíssimo time do Cruzeiro venceu o Inter o Inter e manteve a liderança isolada do Brasileirão.
A 8ª rodada do representante pernambucano
28/05 – Sport x Grêmio (19h30)
Jogos no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 5 empates e 3 derrotas.
Um jogo da 4ª rodada foi adiado, por causa da greve da PM no Recife. Sport x Bahia foi remarcado para o dia 4 de junho.
Uma apresentação ruim do primeiro ao último minuto. Se no Mineirão, apesar da derrota, a atuação rubro-negra foi digna de elogios, neste domingo, voltando à Ilha do Retiro, o torcedor deixou o estádio bem irritado. O Sport foi facilmente goleado pelo Corinthians, 4 x 1, acabando um jejum que durava desde 1998, com cinco vitórias pernambucanas e dois empates.
O revés passa pela fraquíssima atuação da defesa, que deu espaço além da conta, com Ferron perdido no lado direito e Durval expulso na largada da etapa final. Por sinal, as faltas que resultaram em amarelo para o capitão – tentando consertar erros alheios, como de Renê – foram sucedidas por gols corintianos.
O time paulista chegou bem pressionado ao Recife, após a derrota na abertura do Itaquerão e o empate no Canindé, também como mandante. A equipe de Mano Menezes veio num previsível jogo de contragolpes, mas com peças de qualidade, com Jádson, Guerrero e, sobretudo, Romarinho, o melhor em campo.
Tradicionalmente, o Rubro-negro impõe uma pressão no início. Não foi o caso. Sem criatividade, dependendo do apagado Renan Oliveira – a posição é a maior carência do elenco -, o Sport acabou abusando das bolas aéreas.
Em toda a partida, isso funcionou só uma vez, quando Augusto César empatou o jogo. Antes, Romardinho havia aberto o placar após uma falha da zaga, com três marcadores pecando no “bote”. Antes do intervalo, Jádson fez 2 x 1.
No segundo tempo, o Sport perdeu Durval, matando a chance de reação, e Neto Baiano já com a goleada definida, com olé na geral visitante. Na estreia do novo padrão rubro-negros, os jogadores não corresponderam…
De certa forma, o resultado alerta mais uma vez a direção: é preciso reforçar.
Sob administração da Fifa, a Arena Pernambuco vai ganhando a cara da Copa do Mundo. Neste domingo foram colocados os primeiros banners do torneio.
A customização do estádio irá ocorrer em todo o perímetro de 52 hectares, em São Lourenço, incluindo a colocação de placas alusivas ao Mundial de 2014, além de quiosques e lojas dos patrocinadores. A tenda da loja oficial da Copa já foi montada na ala sul do estádio.
Em 2014, a customização, tanto na fachada quanto nas arquibancadas, será baseada num azul turquesa. Em 2013, na Copa das Confederações, a cor adotada foi a amarela – compare as versões.
Fora o visual, também está sendo preparada na arena uma estrutura especial visando a competição, como detectores de metais na entrada e mais cabines de imprensa.
Relembre a alteração interna no evento-teste do ano passado aqui.