O som alto da sirene era uma tradição nos três estádios do Recife.
Vitória do Náutico nos Aflitos? A sirene tocava.
Vitória do Sport na Ilha do Retiro? A sirene tocava.
Hoje, apenas o Santa Cruz mantém o costume, com o som um pouco mais baixo no Arruda a cada triunfo coral.
Nos rivais, ações da vizinhança acabaram com a tradição. Na casa leonina, moradores dos edifícios construídos a partir de 1996 conseguiram proibir o som na justiça. O mesmo ocorreu no entorno do Eládio de Barros Carvalho.
Por isso, a nova sirene na Arena Pernambuco foi tão simbólica.
A goleada do Náutico sobre o Serra Talhada por 4 x 0, em 11 de fevereiro de 2015, marcou a estreia da sirene do estádio em São Lourenço.
Não era uma sirene de fato, mas o som característico emitido pels caixas do sistema de som do estádio. Durou alguns minutos.
A medida deverá se estender não só aos jogos do Náutico, como às apresentações de Santa Cruz e Sport, caso mandem seus jogos por lá.
A “sirene da vitória” deverá continuar sem aperreio na arena até o dia em que a Cidade da Copa for erguida, uma promessa ainda não cumprida. Aí, haverá a chance de algum vizinho insatisfeito pedir para que ela seja desligada…