Que as federações estaduais de futebol arrecadam bastante, é público e notório. Mas essas entidades são, na verdade, máquinas de fazer dinheiro.
Vamos ao viés local, com a FPF. Além da taxa administrativa de 8% sobre todas as rendas brutas do campeonato pernambucano, a entidade dispõe de uma planilha de taxas de emolumentos para toda a movimentação do futebol local, tanto profissional quanto amador. Funciona quase como um “cartório do futebol”.
São 38 opções, de R$ 30 a R$ 350 mil, incluindo licenças para a criação de departamentos profissionais nos clubes, anuidades, transferências de jogadores divididas pelos salários (de 2 a mais de 50 salários mínimos), rescisões de contrato etc. O ato contendo todos os valores para a temporada 2015, de nº 009, foi publicado no site oficial da federação em 6 de fevereiro.
Em relação às taxas dos jogos, vale citar os dados as duas últimas edições do Pernambucano, de 2013 e 2014, quando o percentual subiu de 6% para 8% – a maioria das federações cobra 5%. No período foram 278 partidas, com bilheteria agregada de R$ 16.857.250. A FPF abocanhou R$ 1.348.580 da renda do Estadual. Somando tudo isso, entende-se o patrimônio líquido de R$ 5,6 milhões. Só em 2013 o lucro foi de R$ 1,8 milhão.
Curiosidade: na federação paulista, a taxa para criar um clube profissional é de R$ 800 mil. A FPF de lá é ainda mais rica.