Podcast 45 (150º) – Saída do Sport do G4 e polêmica sobre ingressos no Clássico

Em vez de gravar a 150ª edição do 45 minutos após Galo x Sport, optamos por aguardar o desfecho da 12ª rodada da Série A. Decisão acertada, pois o Leão, com os resultados da quinta-feira, acabou saindo do G4. Analisamos a derrota no Mineirão a partir disso, já levando o ambiente do time para o importante compromisso contra o Palmeiras, na Arena Pernambuco, no domingo. Antes, no sábado, no mesmo local, haverá o Clássico das Emoções, que tem na venda de ingressos a sua maior polêmica até aqui, tanto na quantidade de bilhetes para os visitantes quanto o valor aplicado. No fim, falamos dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Aliás, qual é o seu grau de empolgação com o evento?

Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.

Neste podcast de 1h36m, estou ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 12ª rodada

Classificação do Brasileirão 2015 após 12 rodadas. Crédito: Superesportes

O Sport perdeu a invencibilidade no Mineirão, diante do Atlético-MG, que assumiu ampliou a liderança após a vitória diante de 50 mil torcedores. O revés custou também um lugar no G4, onde o clube se fazia presente desde o início da competição. A permanência  na zona de classificação à Libertadores seria decidida nas duas partidas restantes da 12ª rodada, na quinta-feira. Nos jogos Corinthians x Atlético-PR e Fluminense x Cruzeiro, os rubro-negros aguardavam ao menos um tropeço dos mandantes para seguir lá em cima.

No duelo iniciado às 19h30, o Timão por 2 x 0. Assim, só restava uma chance, com a partida das 21h, no Maracanã. O empate sem gols se manteve até os 28 do segundo tempo, até a falta cobrada por Gustavo Scarpa, dando a vitória ao Flu, empurrando o Sport para 5º, ainda com 23 pontos, a mesma pontuação do 4º lugar. Agora, o Leão irá encarar o Palmeiras. Apesar de o Sport ter vencido quatro dos últimos cinco jogos no estado, pelo Brasileirão, o retrospecto ainda é favorável ao Verdão.

A 13ª rodada do representante pernambucano
12/07 (18h30) – Sport x Palmeiras (Arena Pernambuco)

Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 4 empates e 7 derrotas.

Torcida visitante sem local equivalente ao valor cobrado nos clássicos na Arena

Esquema de venda de ingressos no Clássico das Emoções na Série B de 2015, na Arena Pernambuco. Crédito: Arena Pernambuco/Site Oficial/reprodução

A polêmica sobre o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco, no primeiro turno da Série B de 2015, começou já na venda de ingressos. Primeiro, com o percentual destinado aos visitantes, entre 10% e 30%, dependendo da diretoria questionada. Agora, há uma queixa na torcida tricolor sobre o preço para o setor destinado, R$ 50 no anel superior, atrás da barra, uma vez que os torcedores alvirrubros vão pagar o mesmo para o anel inferior, na lateral do campo. Antes da ressalva do blog, vale conferir a regra adotada nos campeonatos nacionais

Está lá no Regulamento Geral das Competições da CBF (RGC) de 2015:

Capítulo VII – Disposições financeiras

Art. 79 – Os ingressos das partidas serão emitidos pelo clube mandante, a quem incumbe também definir fornecedores, carga, valores, emissão, locais e procedimento de venda, cabendo à federação do clube mandante aprovar previamente todo o procedimento.

§ 4º – Os preços dos ingressos para a torcida visitante deverão ter necessariamente, nos respectivos setores do estádio ou equivalente, os mesmos valores dos ingressos cobrados para a torcida local.

De cara, é preciso reconhecer que entre os dois setores de R$ 50, a localização alvirrubra é bem mais nobre, como em qualquer arena do país. Então, a palavra “equivalente” é o foco da discussão. Lembremos que já houve uma situação semelhante em São Lourenço, no Clássico dos Clássicos pelo Nordestão de 2014. Na ocasião, além do local, o bilhete dos visitante também era mais caro (R$ 60 x R$ 50). Confira a denúncia do blog e a resposta do consórcio.

Um ano depois, focando apenas a setorização, a queixa é recorrente. No ano passado, a localização equivalente era ocupada pelos ingressos do Todos com a Nota, não comercializados. Para não haver o mesmo “risco” agora, o lado equivalente do Timbu sequer foi colocado à venda. Entretanto, na visão do blog, ao não encontrar (ou produzir) um setor equivalente no estádio, os organizadores da partida acabam penalizando a torcida visitante.

Pesquisa amplia a lista dos cinco maiores artilheiros de Náutico, Santa e Sport

Bita (Náutico), Traçaia (Santa Cruz) e Traçaia (Sport). Fotos: Aquivo DP/D.A. Press

Bita, Tará e Traçaia são os maiores artilheiros da história de Náutico, Santa e Sport. Num trabalho incessante de pesquisa, desde 2010, seus dados vêm sendo atualizados. Até então, eram 221 gols do alvirrubro, 198 do tricolor e 201 do rubro-negro. Porém, Carlos Celso Cordeiro revisou seus arquivos, colhendo novas informações no acervo público e contando com a ajuda de colaboradores.

O atacante coral subiu para 207 tentos, enquanto o leonino teve um gol achado em um amistoso na Espanha, em 1957. Já o “Homem do Rifle” dos Aflitos ampliou a sua marca em dois momentos. Primeiro com dois gols checados em 2012 e mais um em 2015, num amistoso contra o A. A. Serviço Gráfico, em 2 de outubro de 1971, no revés timbu por 2 x 1. Em contato com o historiador José Ricardo Caldas, de Brasília, com o envio da ficha técnica, a regra adotada por Carlos Celso, o artilheiro chegou a 224 gols em 339 jogos pelo clube.

Os três goleadores são os únicos com duas centenas de bolas nas redes pelos grandes clubes do Recife. Considerando os cinco principais artilheiros de cada um, são 887 gols alvirrubros, 795 gols tricolores e 712 gols rubro-negros. O nome mais recente é o de Kuki, que atuou de 2001 a 2009 no Náutico, artilheiro três vezes do Estadual. O baixinho soma 179 gols, mas poderiam ser 184, pois fez cinco na Copa Pernambuco, jogando no time “B”. No critério do pesquisador, entram os gols em amistosos e competições, mas no time principal.

Em comunicado enviado à imprensa, o próprio Carlos Celso Cordeiro deixa claro que o trabalho segue: “Pode ser que ainda existam gols escondidos.”

Os 5 maiores artilheiros de Náutico, Santa Cruz e Sport. Crédito: Carlos Celso Cordeiro/divulgação

A invencibilidade do Sport cai em um Mineirão lotado por 50 mil torcedores

Série A 2015, 12ª rodada: Atlético-MG x Sport. Foto: Juarez Rodriguez/EM/DP D.A Press

A duradoura invencibilidade do Sport na Série A chegou ao fim. Após 18 jogos, na segunda maior sequência da história dos pontos corridos, iniciada ainda em 2014, o Rubro-negro perdeu do Atlético Mineiro por 2 x 1, num Mineirão tomado por 50 mil torcedores. Era um “jogo grande”, como o técnico Eduardo Batista havia dito antes da partida, a mais aguarda da da rodada e o maior teste para a equipe nesta edição. Com a  derrota do Grêmio diante da Chapecoense, horas antes, a partida valeria a liderança do Brasileiro, fazendo justiça à expectativa gerada. Se saiu de campo derrotado, o Leão ao menos teve uma postura digna, lutando, tocando a bola sem sentir a pressão da multidão e buscando seu jogo, já conhecido pela torcida, com posse de bola e toques curtos, com técnica.

No primeiro tempo, os goleiros Victor e Danilo Fernandes quase não tiveram trabalho, tamanho equilíbrio, com uma marcação forte. Na volta do intervalo, o início foi eletrizante, com três gols em nove minutos. Num contragolpe gerado após a falta de vontade de Samuel para chutar uma bola, a bola chegou a Thiago Ribeiro, pela direita, com o cruzamento para Lucas Pratto mandar para as redes. O argentino é um finalizador nato e ainda exigiria bastante do goleiro leonino, com duas grandes defesas em chutes cruzados. Antes, o Sport empatou com o zagueiro Matheus Ferraz (partida de muita aplicação), após a falta cobrada por Diego Souza, que na prática só fez isso.

A igualdade instantânea poderia ter sido um baque para o Galo, mas Giovanni Augusto, ex-Náutico, acertaria um chutaço da ponta esquerda da área, sem defesa. Na sequência, Maikon Leite desperdiçou uma grande chance, sentindo a coxa. Entrou o garoto Wallace, da base. Neto Moura e Mike também foram acionados, mexendo no tabuleiro, mas com o volume de jogo aumentando, até pelo recuo dos alvinegros. Com uma barreira à frente, o Sport teve poucas chances objetivas, até os descontos, com um cruzamento para Marlone cabecear livre, raspando a trave. Silêncio momentâneo no Mineirão, que logo depois explodiria com o apito final, ampliando a merecida liderança. Ao Sport, derrotado em seu grande teste (finalizando 11 vezes, contra 12 do Galo), fica a boa campanha construída, com dois outros grandes jogos na Arena Pernambuco, Palmeiras e São Paulo. Tem futebol para encarar.

Série A 2015, 12ª rodada: Atlético-MG x Sport. Foto: Juarez Rodriguez/EM/DP D.A Press

Cenário raro desde 2009, um clássico no Recife com 30% de torcida visitante

Divisão de torcidas entre Náutico x Santa Cruz, no 1º turno da Série B 2015. Arte: Arena Pernambuco/site oficial

“Eu não quero essa história de ‘torcida única’ nos estádios no Pernambucano não. Isso acontece no Campeonato Brasileiro, mas aqui nós colocaremos 20%”.

Declaração dada por Carlos Alberto Oliveira em janeiro de 2009.

No estado, o aumento do percentual às torcidas visitantes, inicialmente de 10% segundo o Regulamento Geral de Competições para as competições nacionais, foi uma resposta à rixa entre rubro-negros e alvirrubros, que em 2008 passaram a liberar 1/10 dos bilhetes para os visitantes nos clássicos, tanto na Ilha quanto nos Aflitos – os dois lados se acusavam. Antes dese imbróglio, os clássicos no Recife contavam com estádios praticamente divididos entre as massas.

Seis anos depois da decisão do ex-presidente da FPF, a divisão de ingressos é bem específica nos jogos entre Náutico, Santa e Sport, com 20% no Estadual e 10% nas demais competições. Logo, temos uma exceção no Clássico das Emoções na Série B de 2015, num acordo entre os presidentes dos clubes para a liberação de 30% das entradas nas duas partidas, na Arena Pernambuco e no Arruda. No primeiro jogo, segundo a direção coral, a carga inicial de 14.500 ingressos aponta 10.150 alvirrubros e 4.350 tricolores.

Em relação à regra, os textos dos regulamentos gerais da CBF e da FPF são praticamentes iguais (abaixo). O documento local é uma adaptação da primeira versão da norma, de 2009, cujo artigo era direito: “A torcida visitante tem direito a ingressos em quantidade equivalente a 20% (vinte por cento) da capacidade do estádio.” Agora, há uma flexibilidade para dados até maiores, justamente em caso de acordos, cada vez mais raros entre recifenses…

Atualização: após a informação dada pelos tricolores, a direção alvirrubra desfez o acordo, mantendo a distribuição original no Brasileiro, de 10%.

Regulamento geral das competições CBF 2015
“Art. 80 – O clube visitante terá o direito de adquirir, com pagamento prévio, a quantidademáxima de ingressos correspondente a dez por cento (10%) da capacidade do estádio ou da capacidade permitida pelos órgãos de segurança, desde que se manifeste em até três (3) dias úteis antes da realização da partida através de ofício dirigido ao clube mandante, obrigatoriamente com cópia às federações envolvidas e à DCO.

Parágrafo único – Em cumprimento de acordo assinado entre os clubes, inclusive para situações de reciprocidade, a disponibilidade de ingressos para o visitante poderá ser superior aos dez por cento (10%) da capacidade do estádio.”

Regulamento geral das competições FPF 2013/2014
“Art. 86 – O clube visitante terá o direito de adquirir a quantidade máxima de ingressos correspondente a 10% da capacidade do estádio, desde que manifeste em até três dias úteis antes da realização da partida, através de ofício dirigido ao clube mandante, necessariamente com cópia às federações envolvidas e à DCO.

Parágrafo 2º – Em cumprimento de acordo assinado entre os clubes, inclusive para situações de reciprocidade, a disponibilidade de ingressos para o visitante poderá ser superior aos 10% da capacidade do estádio.”

Considerando os percentuais factíveis nos três clássicos da capital, eis as cargas de ingressos para os visitantes em cada mando de campo.

10%
Arruda – 6.004
Arena Pernambuco – 4.621
Ilha do Retiro – 3.298

20%
Arruda – 12.008
Arena Pernambuco – 9.242
Ilha do Retiro – 6.596

30%
Arruda – 18.013
Arena Pernambuco – 13.864
Ilha do Retiro – 9.894

Universo paralelo sobre o Mineirazo termina com Brasil 1 x 0 Alemanha

Há exatamente um ano, em 8 de julho de 2014, a Seleção Brasileira sofria a maior derrota de sua centenária história, estatística e moralmente. O revés na semifinal no Mineirão, com 7 x 1 a favor da Alemanha, marcou para sempre a história do futebol. Um resultado tão elástico que os próprios torcedores brasileiros passaram a tirar uma onda da situação.

Num trabalho de edição primoroso, o perfil Zekiel79, no Youtube, refez o vídeo da partida, terminando com uma incrível atuação do goleiro Júlio César diante dos germânicos e o meia Oscar definindo a vitória verde e amarela no finzinho, rumo à decisão da Copa do Mundo, com direito à narração da BBC britânica.

A derrota fica, mas no esporte ainda é possível levar no bom humor.

Afinal, estamos há 365 dias sem sofrer um gol da Alemanha…

Podcast 45 (149º) – Vitória do Santa Cruz, derrota do Náutico, 7 x 1 e torcida do Fla

O programa foi gravado logo após a rodada cheia da Segundona, a 11ª. Começamos o 45 minutos falando da surpreendente derrota do Náutico em Mogi Mirim, com Rivaldo em campo. Em seguida, a terceira vitória seguida do Santa Cruz, se fortalecendo para o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco. Os resultados mudaram o favorito no sábado? Opinamos. Depois, o programa seguiu para a polêmica declaração do presidente do Flamengo, dizendo ter a maior torcida em 24 dos 27 estados, o que incluiria Pernambuco. Por último, relembramos o “7 x 1”, com o maior vexame da Seleção, completando um ano.

Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.

Neste podcast de 1h28m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 11ª classificação da Segundona 2015

Classificação da Série B 2015 após a 11ª rodada. Crédito: Superesportes

A rodada cheia da Série B nesta terça-feira começou às 19h30, com oito partidas, incluindo a derrota do Náutico para o Mogi Mirim no interior paulista. O mau resultado, a vitória do Bahia e o empate do América Mineiro tiraram o Timbu do G4. Agora está na 5ª posição, mas com a mesma pontuação do Bahia, um degrau acima. Depois, mais dois jogos às 21h50 completaram a 11ª rodada, um deles com a apresentação tricolor no Arruda. Na base da superação, o Santa Cruz ganhou de virada do CRB, subindo para o 10º lugar, a seis pontos da zona de classificação. Num clima bem distinto entre as equipes, agora haverá o choque em São Lourenço, com o primeiro Clássico das Emoções desta edição.

No G4, um carioca, um paraense, um mineiro e um baiano.

A 12ª rodada dos representantes pernambucanos
11/07 (16h30) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco)

Com um a menos, Santa Cruz supera o CRB e vence a terceira seguida

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz chegou à terceira vitória consecutiva na Série B. Antes desta arrancada, sob o comando de Marcelo Martelotte, o campeão pernambucano aparecia em 18º lugar, a dez pontos do G4, numa visível crise técnica. Com novas peças e uma injeção de ânimo, antes mesmo da estreia de Grafite, foram nove pontos somados em sequência, fazendo o Tricolor saltar para a 10ª colocação, a seis pontos da almejada zona de classificação à elite.

É verdade que o novo resultado positivo (2 x 1) esteve ameaçadíssimo nesta terça, com 9.708 tricolores apoiando no anel inferior, próximos ao campo, de olho na renovada equipe. Por pouco a defesa coral não comprometeu o triunfo. Aos 2 minutos, Danny Moraes falhou na marcação de Zé Carlos, que subiu livre para cabecear e abrir o placar para o CRB. O time da casa colocou a bola no chão e passou a dominar o jogo, criando oportunidades, mas caberia mesmo ao setor ofensivo se superar, sobretudo após a expulsão do zagueiro Sacoman. O curioso é que apesar da desvantagem numérica o Santa sufocou o CRB, atuando o segundo tempo quase inteiro dentro do campo alagoano.

Logo na largada da etapa final, o meia João Paulo empatou num belo chute de fora da área, em sua terceira tentativa na noite. O espaço estava aparecendo. Lelê e e Nininho quase viraram o placar, mas o gol saiu com Anderson Aquino, a dez minutos do fim. Um gol para aproximar de vez a Cobra Coral da disputa mais importante. Por acaso, o próximo compromisso é no sábado, no clássico contra o Náutico na Arena Pernambuco. O Timbu deverá ceder 30% dos ingressos. Há alguma dúvida que os corais irão esgotar os 11 mil bilhetes?

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press