O Náutico fez uma apresentação medíocre na Arena. Jogou de forma desordenada, afobada e errou demais nas finalizações, numa noite em que só a vitória o manteria em condições normais de classificação no Nordestão. Empacou. O empate em 0 x 0 com o Campinense deixou o timbu com quatro pontos, restando apenas dois jogos. Além de vencer os dois, incluindo um clássico, precisa secar adversários do seu grupo e dos outros para terminar a fase como um dos três melhores vice-líderes. Ou seja, saiu do controle.
Estreando o técnico Milton Cruz, o time mostrou vontade, só. Insuficiente para superar um adversário arrumado – embora tecnicamente esteja na Série D. Por sinal, a Raposa impressiona pela competitividade no regional. Desde a volta, em 2013, foram três participações, avançando em todas. E foi longe, com um título e um vice. Em 2017, já encaminha mais um mata-mata. Bem postado na defesa, o visitante tentou se impor nos contragolpes, mas sem se expor, consciente do resultado já interessante – e a numerosa torcida paraibana comemorou o empate em São Lourenço. Com a intermediária ofensiva preenchida, o Alvirrubro encontrou dificuldades para criar (com volantes!), mas até conseguiu finalizar, com chutes de primeira, de longe. Sempre com pressa. Quase sempre pra fora.
O resumo está no último lance de perigo, aos 45 minutos. Com dois jogadores brigando pela bola na área, Páscoa acabou pegando o rebote. Estava em ótima condição, mas mandou pra fora. E reduziu ainda mais a esperança de um time que vem na contramão. Encaminhando a 3ª eliminação precoce seguida.