O Sport se classificou à semifinal do Nordestão ao vencer o Campinense nos pênaltis. A série acabou na quarta cobrança paraibana, através de Joécio. Pressionado, depois da defesa de Magrão no chute anterior, o zagueiro encheu o pé e isolou a bola. No lance, lá nas sociais, um torcedor rubro-negro preferiu ficar de costas para o lance, só para gravar a classificação como Jason, o famoso serial killer dos cinemas (12 filmes!), também conhecido por “nunca morrer”. No leão, esta brincadeira começou no acesso em 2011.
Assista à íntegra do vídeo, cuja máscara é bem honesta…
Diante de Magrão e com a secada de Jason, o cobrador do Campinense não teve chances kkkkkkkkkkkkkkkkkkk pic.twitter.com/ULht66gtpv
Foi o 4º gol de falta de Anderson Salles na temporada. De uma precisão impressionante, o jogador tornou-se a grande arma tricolor na Lampions. Contra a Itabaiana, marcou lá e lô, garantindo as duas vitórias do Santa Cruz nas quartas da Copa do Nordeste. No Arruda, após a falta sofrida por Pitbull na entrada da área, a torcida se preparou nas arquibancadas. Haja câmera.
Eis uma compilação de vídeos gravados por torcedores em diversos setores. Em todos os casos, o gol do zagueiro/artilheiro no sábado. Assista.
O gol de Anderson Salles de vários ângulos em vídeos feitos pelos torcedores do Santa Cruz.
▶️⚽️ pic.twitter.com/9mA0VjaRMr
Os clássicos mais populares dos principais centros futebolísticos da região compõem a semifinal da Copa do Nordeste de 2017. De um lado, o Clássico das Multidões. Do outro, o Ba-Vi. Já está assegurada a decisão Pernambuco x Bahia, que não ocorre há 16 anos. Com Sport, Santa Cruz, Bahia e Vitória envolvidos, a reta final traz uma carga pesada de tradição. São dez títulos entre os 13 torneios oficiais desde 1994. Nas arquibancadas, os confrontos têm a atenção direta de 9.891.907 torcedores. Gente demais, numa projeção a partir da último levantamento nacional, do Paraná Pesquisa. São 4,12 milhões de aficionados no clássico recifense e 5,77 milhões no clássico soteropolitano.
Torcida nacional
11º) Bahia – 2,0% (4.121.628) 14º) Sport – 1,3% (2.679.058) 16º) Vitória – 0,8% (1.648.651) 19º) Santa Cruz – 0,7% (1.442.570)
Títulos do Nordestão
4 – Vitória (7 finais)
3 – Sport (4 finais)
2 – Bahia (5 finais)
1 – Santa (1 final)
Enquanto o Santa tenta manter a orelhuda dourada no Arruda, os outros três, presentes na Série A desta temporada, querem matar logo a saudade da taça, de 3 anos no Sport, 7 no Vitória e 15 no Bahia. Caso o Leão da Ilha avance, repetirá a final. Seja contra o Bahia (foi vice em 2001), seja contra o Vitória (foi campeão em 2000). Em caso de classificação da cobra coral, a decisão seria inédita – até hoje, o clube só fez semifinais contra os dois rivais baianos.
Em relação à premiação, cada clube já acumulou R$ 1,6 milhão em cotas, somando a fase de grupos, as quartas de final e a semi. Agora, a premiação oferece mais R$ 550 mil ao vice e R$ 1,25 milhão para o grande campeão, além da pré-classificação às oitavas da Copa do Brasil de 2018.
Qual será a final da Copa do Nordeste de 2017?
Sport x Bahia (35%, 1.514 Votes)
Sport x Vitória (31%, 1.325 Votes)
Santa Cruz x Bahia (22%, 944 Votes)
Santa Cruz x Vitória (12%, 526 Votes)
Total Voters: 4.308
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Sport x Santa Cruz
Mais uma semifinal das multidões. Em 2014, disputaram uma vaga na mesma condição, com a volta no Mundão. Nesta edição, o Sport investiu bastante, com direito à aquisição de André por R$ 5,2 milhões. O “time principal” atuou poucas vezes, hora com a lesão de Rithely, hora com a convocação de Diego Souza. Agora, de comando novo, chega completo. No Santa, com uma campanha até melhor, a crítica vai para o excesso de precaução de Eutrópio, com seguidas atuações quase sem atacar – com a bola parada de Anderson Salles decidindo. Defende-se bem, mas não se impõe à frente, com Pitbull disputando jogadas praticamente sozinho. Ataque contra defesa?
Datas: 26/04 (Ilha do Retiro, 19h45) e 30/04 (Arruda, 16h) Santa Cruz: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 11 GP e 2 GC Sport: 16 pontos, 5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas; 16 GP e 9 GC Em mata-matas no torneio: Sport 1 x 0 Santa (semi de 2014)
Bahia x Vitória
Sem dúvida alguma, um dos Ba-Vis mais importantes dos últimos tempos. Após as três finais regionais, sendo a última em 2002, com triunfo tricolor, poucos duelos tiveram tanto destaque. Exceção feita à inauguração da Fonte Nova, com goleada leonina por 5 x 1. Nesta chave, ambos chegam com força. Venceram lá e lô nas quartas. No Baêa, a boa fase de Régis, artilheiro do time no ano (7 gols), ajuda a dividir as atenções com o Brocador e outras peças, como o polivalente Juninho. No rival, Argel mantém a estrutura tática de um time pegador, rápido. No ataque, Kieza e David se destacam, com a equipe precisando de mais intensidade em Cleiton e Gabriel Xavier.
Datas: 27/04 (Barradão, 20h30) e 30/04 (Fonte Nova, 16h) Bahia: 20 pontos, 6 vitórias e 2 empates; 18 GP e 2 GC Vitória: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 14 GPC e 9 GC Em mata-matas no torneio: Vitória 2 x 1 Bahia (finais em 1997, 1999 e 2002)
Pitaco do blog sobre a decisão: Sport x Vitória…
A análise do podcast 45 minutos sobre as semifinais nordestinas
Magrão e Diego Souza são, possivelmente, os dois principais ídolos rubro-negros na atualidade. O camisa 1 pela história, agora construída em 628 jogos, marca recorde no Sport. E o camisa 87 pela sequência de golaços e pela representatividade do clube, até na Seleção. Num confronto dificílimo, com oito gols e reviravoltas, ambos decidiram, com o leão enfim eliminando o Campinense. O time paraibano, algoz em duas oportunidades, foi valente. Com a sua torcida marcando presença, lutou o quanto pôde. Chegou a buscar um gol em um momento no qual ia sendo eliminado no tempo normal. Saiu de cabeça erguida. Quanto ao Sport, a pressão da arquibancada que os jogadores queriam e a intensidade em campo que a torcida cobrava.
Com apenas 17 minutos, o time de Ney Franco já revertera o placar de Campina Grande, com gols de Rogério e Diego Souza, ambos com assistência de Rithely – que havia dito que a equipe teria que jogar o que não havia jogado no ano, dito e feito. A formação em si foi distinta, com três volantes (Rithely livre) e dois jovens (Evandro e Fabrício). Mansur não tinha mais espaço. Já Everton Felipe tornou-se uma arma na segunda etapa, útil.
Após sofrer dois gols, o Campinense promoveu duas mudanças. Ney da Matta, certamente, cogitara a possibilidade de um mau início. Encorpou o seu time, que passou a buscar muito a jogada na ponta direita, em cima de Evandro, que sentiu o jogo. Com apenas 3 minutos após o intervalo a Raposa diminuiu. Jogada bem trabalhada, ampliando o terreno que o Sport teria que percorrer em busca de vaga. Aí, entrou em ação Diego Souza. O primeiro gol já havia sido bonito, pela linha de passe. No segundo, em um rebote, finalizou de bicicleta. Golaço, 3 x 1. Igualou o confronto e incendiou a Ilha, vivendo o seu maior público em 2017, com 19 mil pessoas. Por pouco não virou a necessária goleada, mas Glédson fez duas grandes defesas.
Nos pênaltis, cobranças certeiras dos leoninos e Magrão outra vez fazendo a sua parte. Em disputas do tipo, o goleiro sempre defendeu, até mesmo quando o time acabou eliminado. No chute de Thiago Orobó, o 3º, espalmou a bola no canto esquerdo. Foi a 26ª penalidade defendida pelo goleiro no clube. Desta vez, somada à bike de DS87, valeu a semifinal da Lampions…
Campanhas do Sport na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação) 2013 – Quartas de final (R$ 300 mil) 2014 – Campeão (R$ 1,9 milhão) 2015 – Semifinal (R$ 890 mil) 2016 – Semifinal (R$ 1,385 milhão) 2017 – Semifinal (R$ 1,6 milhão, ainda em disputa*)