A terceira semana pelo Campeonato Brasileiro de 2017 foi distinto em relação aos grandes clubes pernambucanos. Pela Série B, duas derrotas locais em duelos nordestinos, com o tricolor saindo do G4 e o alvirrubro sendo, hoje, o único da competição ainda zerado em gols a favor. No domingo, pela Série A, o rubro-negro enfrentou o então líder, mas com uma formação reserva. Num jogo de sete gols, o leão conquistou a primeira vitória. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Participei dos três debates. Ouça!
Diante de apenas 3.441 espectadores (num reflexo da política de ingressos do clube), sem Diego Souza (poupado), sem técnico efetivo (Daniel Paulista de volta) e sem confiança (seis jogos sem vitória e vindo de um doloroso vice). Para o chuvoso cenário ficar ainda mais adverso, some dois gols do visitante em apenas 17 minutos, em duas falhas pesadas da defesa, num corte errado no primeiro e posicionamento estático no segundo. A revolta na Ilha era natural em relação ao Sport. O único ponto “a favor” na noite era o nível técnico do adversário. Embora tenha começado a rodada como líder, o Grêmio mandou uma formação bem alternativa para o Recife. Ainda assim, sob o comando de Renato Gaúcho, começou levando perigo em todos os ataques.
Sob vaias, os rubro-negros só acordaram na metade da primeira etapa, passando a explorar as pontas, buscando a bola aérea. Com o campo ficando pesado, era a saída natural, ainda mais com o time azul retraído após a boa vantagem construída. Numa troca de passes, André escorou um cruzamento com precisão e diminuiu. A partir dali, com 34 minutos, os leoninos finalmente conseguiram obter o controle do jogo. Com Everton Felipe conduzindo as jogadas (cairia de produção no segundo tempo), o empate passou raspando até o intervalo. Ao menos amenizou as vaias, já num misto de aplausos.
Com Lenis no lugar de Rogério – que discutiu com Rithely após excesso de individualismo -, o time melhorou. Há tempos o colombiano alterna atuações horríveis e participações eficientes na ponta. Desta vez, acelerou o jogo, procurando bastante André. Antes dele, Matheus Ferraz empataria de cabeça, justificando o seu ponto forte. Para a virada, outra entrada importante. Acionado na final da Lampions, Marquinhos caiu na outra ponta, cruzando para André virar. A dupla ainda participaria do contragolpe que resultaria no terceiro gol do camisa 90, num hat-trick de peso no Brasileirão (primeiro desde Patric, contra o Santos, em 2014). Como o Sport segue inconstante, Matheus ainda cometeria um pênalti, com Fernandinho reduzindo. Pra completar, Mena expulso. Tinha tudo pra dar errado, mas deu Sport, 4 x 3.