Na década atual, o campeão pernambucano sempre teve como característica a liderança conjunta no ranking de público. Foi assim com o Santa Cruz em 5 oportunidades e com o Sport em 2, a última agora em 2017, já marcada como a segunda edição mais esvaziada desde que a FPF passou a contabilizar a presença média de torcedores na competição, em 1990. Caiu pelo terceiro ano seguido, chegando a 2.402 pessoas. Em termos absolutos não teve jeito. Com 209 mil espectadores, entre pagantes e não pagantes, foi a pior edição.
Para se ter uma ideia, o índice leonino não chegou nem a 10 mil pessoas, sendo a primeira vez entre os dados levantados pelo blog, a partir de 2005 (gráfico abaixo). Até porque jogou 6 vezes com formações reservas. Não por acaso, o seu maior público (e também do Pernambucano) foi bem modesto, com 22 mil torcedores no jogo de ida da final. E a grande decisão, no Sertão, acabou sendo a de público mais baixo que se tem notícia no futebol local: 5.544 torcedores. Além da capacidade reduzida do Cornélio, pesou, bastante, a desorganização do torneio, com seguidas mudanças de data.
Naturalmente, a arrecadação seguiu a mesma curva descendente. E o dado geral assusta. Em 87 jogos com borderô, pois 8 partidas sequer puderam ter público devido à falta de laudos técnicos, a bilheteria foi de R$ 2,4 milhões, com queda de 43% em relação a 2016, com R$ 4,7 mi ao todo. Com direito a 8% de todas rendas, a FPF ficou com R$ 213 mil.
Os números de público e renda do Campeonato Pernambucano de 2017…
Os 5 maiores públicos
22.757 – Sport 1 x 1 Salgueiro (Ilha do Retiro, 06/05)
22.056 – Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro (Arruda, 15/04)
19.541 – Náutico 1 x 1 Sport (Arena, 23/04)
15.082 – Sport 3 x 2 Náutico (Ilha do Retiro,16/04)
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)
1º) Sport (7 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 62.428 torcedores
Média de 8.918
Renda: R$ 1.102.285
Média de R$ 157.469
2º) Santa Cruz (7 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 53.299 torcedores
Média de 7.614
Renda: R$ 466.550
Média de R$ 66.650
3º) Náutico (7 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 37.420 torcedores
Média de 5.345
Renda: R$ 525.390
Média de R$ 75.055
4º) Salgueiro (10 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 29.697 torcedores
Média de 2.969
Renda: R$ 295.980
Média de R$ 29.598
5º) Central (8 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena, 1 no Carneirão e 1 no Arruda)
Público: 8.573 torcedores
Média de 1.071
Renda: R$ 116.750
Média de R$ 14.593
6º) Belo Jardim (8 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio, 2 no Arruda e 1 na Arena)
Público: 3.572 torcedores
Média de 446
Renda: R$ 26.522
Média de R$ 3.315
Geral – 87* jogos (1ª fase, hexagonais e mata-mata)
Público total: 209.059
Média: 2.402 pessoas
Arrecadação: R$ 2.673.367
Média: R$ 30.728
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 182.724
Média: 4.808 pessoas
Arrecadação total: R$ 2.444.211
Média: R$ 64.321