O empate do Náutico no Alfredo Jaconi não adiantou muito na luta contra o rebaixamento, num momento em que apenas vitórias seguidas poderiam mudar o panorama. Em uma gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (Ávila foi o pior? Ou Dico?) e à situação na tabela da Série B. Estou neste debate com os jornalistas João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!
O confronto contra o Palmeiras, pelas oitavas de final da Taça Libertadores de 2009, foi, sem dúvida, o ponto alto do Sport no cenário internacional. Nas mãos de Marcos, que pegou três pênaltis, o leão parou ali. Desde então, o time voltou cinco vezes às disputas da Conmebol, sempre na Copa Sul-Americana. Após desempenhos bem modestos, enfim uma boa campanha, alcançando as quartas de final. Diante do Junior Barranquilla, torna-se o primeiro nordestino entre os oito melhores da Sula. Vai por mais.
Historicamente, como mandante, o rendimento é bom diante de adversários estrangeiros: 70%. Com média de 15 mil pessoas, foram 5 vitórias em 8 jogos.
Assista ao vídeo do Sport sobre a convocação para o jogo de 26/10…
O leão como mandante contra os gringos nas copas internacionais 16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (Peru) – Libertadores (15.213) 23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (Peru) – Libertadores (22.628) 04/03/2009 – Sport 2 x 0 LDU (Equador) – Libertadores (20.184) 22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (Chile) – Libertadores (20.050) 23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (Paraguai) – Sul-Americana (17.575) 23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Argentina) – Sul-Americana (7.726) 06/04/2017 – Sport 3 x 0 Danubio (Uruguai) – Sul-Americana (13.582) 06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal (Argentina) – Sul-Americana (7.694) 26/10/2017 – Sport x Junior (Colômbia) – Sul-Americana (a disputar)
8 jogos; 5V, 2E e 1D; 16 GP e 4 GC. Público médio de 15.581
O jogo foi duro de assistir. Tecnicamente, Juventude e Náutico produziram quase nada, num fim de tarde sem emoção em Caxias do Sul. O dono da casa foi pressionado pelos poucos torcedores presentes, afinal, havia perdido as últimas quatro partidas, sem sequer balançar as redes. Já o alvirrubro viajou como franco atirador após a derrota para o lanterna ABC. O revés em Caruaru havia derrubado todas as contas do time pernambucano, restando apenas uma opção ‘factível’, a vitória na rodada seguinte, fora de casa, uma vez que o time gaúcho era uma espécie de ‘descarte’ na tabela.
Mesmo com cara de fim de feira, ao menos houve disposição no jogo. E só. Os dois times marcaram mal, atacaram mal e bateram cabeça na maior parte do tempo, sem jogadas mais organizadas. Na prática, só os pernambucanos tinham a perder, pois o alviverde está no limbo da Série B. Nem sobe nem cai.
O técnico Roberto Fernandes escalou o time com um ‘falso 9’, Bruno Mota. A titularidade do meia era indiscutível após as últimas apresentações, numa fagulha de inteligência tática. Em campo, porém, foi difícil dialogar com Dico, Rafinha e Leílson, acionado no decorrer. Enquanto isso, o adversário abusou da bola aérea, com Jefferson saindo mal duas vezes, mas com a zaga, desta vez, afastando. E o empate em 0 x 0 coube perfeitamente. Pior para o Náutico, que, com 28 pontos, precisará vencer os 6 jogos restantes para escapar. Ou ao menos 5, já contando com a combinação de resultados.