Todos os campeões da Taça das Bolinhas

Todos os campeões da Taça das Bolinhas, de 1975 a 1992

De símbolo-mor do Campeonato Brasileiro a sinônimo de polêmica. Durante 18 anos, a Taça das Bolinhas foi entregue ao capitão do clube campeão na imagem definitiva de cada temporada do nosso futebol. O tradicional troféu, batizado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975 num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 5,6 quilos, numa composição de 156 esferas, sendo uma de ouro, banhadas a ródio para proteger a prata. Todas suspensas numa base de madeira de lei de jacarandá. Apesar da volta olímpica, a taça acabava voltando ao cofre do banco, com o clube recebendo uma réplica em tamanho reduzido, de 30 centímetros.

A curiosidade era o regulamento específico para a posse definitiva do troféu original: era preciso vencer a competição em três anos seguidos ou cinco vezes de forma alternada. Atlético Mineiro (1971), Palmeiras (1972 e 1973) e Vasco (1974) não receberam taças retroativas. Logo, a história começou com o Inter. E a primeira foto reuniu os ídolos Manga e Figueiroa, num  Beira-Rio com 82.568 torcedores. Fortíssimo, o Colorado seria bicampeão em 1976, ficando a um ano da posse. Entretanto, a má campanha em 1977 (25º lugar) acabou com a chance. Ao todo, onze clubes ganharam a Taça das Bolinhas, até 1992.

Só um não recebeu no campo, o Grêmio. Em 1981, após o triunfo no Morumbi, o tricolor fez a festa sem a taça. Tudo por causa de um recurso do Botafogo, eliminado na semifinal, evitando a homologação, o que aconteceria semanas depois, em uma entrega de faixas no Olímpico. Entre 1980 a 1985, os times também receberam um outro troféu, de mais de um metro, devido ao nome do nacional na época, “Taça de Ouro”. Voltando à Taça das Bolinhas, ela saiu de cena em julho de 1992, no Maracanã, quando o Flamengo, liderado por Júnior, sagrou-se campeão brasileiro mais uma vez. O rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista, colocando até faixa de pentacampeão no palco, com a presença de Ricardo Teixeira, então presidente da confederação.

Ficaria mesmo na propriedade da Gávea? Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, a favor do Sport, só viria em 1994 -, a CBF instituiu um novo troféu no ano seguinte. Assim, o objeto de desejo da Série A foi esquecido. Até 2007, quando o São Paulo ganhou o seu quinto título e pleiteou (e recebeu) a Taça das Bolinhas. Ato administrativo logo desfeito após uma liminar do Fla, alegando que o troféu não estava mais em jogo naquele ano – de fato, a visão tem sentido. Ainda que 1987 já tenha um posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o troféu segue fora do alcance…

Campeões da Taça das Bolinhas:
4 – Flamengo (1980, 1982, 1983 e 1992)
3 – Internacional (1975, 1976 e 1979) e São Paulo (1977, 1986 e 1991)
1 – Guarani (1978), Grêmio (1981), Fluminense (1984), Coritiba (1985), Sport (1987), Bahia (1988), Vasco (1989) e Corinthians (1990)

6 Replies to “Todos os campeões da Taça das Bolinhas”

  1. A taça é do São Paulo, o Flamengo ganhou uns brasileiros enviados por fax e quer se achar o dono da taça.

  2. Pingback: Les trophées du Brasileirao (1975-1992) – Trophées du foot

  3. Esse troféu pertence ao flamengo o brasil viu o campeão de 1987 e não sport clube de segunda divisão campeão do modulo amarelo e ridículo isso a postura da CBF .amigos numca vou esquecer o título do flamengo 1987 contra o inter no maracana.

  4. Explicação sobre a concepção da Taça das Bolinhas, segundo o site oficial do criador (http://www.mauriciosalgueiro.com.br/obras/bolinhas-83):

    “O objetivo que presidiu a concepção do TROFÉU COPA BRASIL para o Campeonato Brasileiro de Futebol foi o de exaltar, não só o vencedor, mas o torneio como um todo. Um campeonato pressupõe equipes. Cada uma das equipes potencialmente dispõe das características que a habilitam a disputa do título máximo. Esta situação levou-nos a adoção da mesma forma – ESFERAS. E a ESFERA (BOLA) é, sem dúvida, uma das formas mais significativas da prática do futebol. No processo criativo deste TROFÉU a presença da esfera esta associada, em termos construtivos, a evolução de uma retícula espacial que, na sua organização geral, compõem a imagem da TAÇA, forma tradicionalmente ligada a premiações esportivas. O conjunto HASTES/ESFERAS delimita o campo gráfico onde esta imagem da TAÇA se desenha. Ao longo do campeonato, evidenciam-se as condições das equipes mais aptas ao título de campeã. Este desempenho é assinalado através do progressivo aumento do volume das esferas, reservando-se ao vencedor o núcleo da proposta, única esfera de OURO e de maior volume. Entretanto, o êxito de um campeonato não reside apenas na consagração do vencedor, mas também nas diversas contribuições emprestadas pelos times ao torneio. Procuramos enfatizar este aspecto conservando no contexto do TROFÉU esta participação, atendo-nos ao princípio de que na prática esportiva o importante é competir.”

  5. sempre bom lembrar da conquista de 1987, bem que a diretoria poderia fazer um evento com a réplica oficial, que fica guardada a sete chaves com a direção do sport.

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