A partida entre Náutico e Portuguesa, pela Série B, foi a 38ª e última no primeiro ano de operação da Arena Pernambuco, administrada através de parceria público-privada.
O estádio foi inaugurado oficialmente em 22 de maio de 2013, com o empate em 1 x 1 entre Náutico e Sporting, com 26.803 torcedores em São Lourenço. Na ocasião, uma renda de R$ 1.040.104, a maior do local até hoje, descontando a Copa das Confederações, com três jogos, cuja arrecadação sequer foi divulgada pela Fifa.
O faturamento no período foi bem abaixo da estimativa anual de R$ 73,2 milhões, que considera na verdade o prazo de janeiro a dezembro. Contudo, neste recorte específico, a bilheteria foi de R$ 11,1 milhões, com uma média de R$ 294 mil. Dado um pouco maior que o contrato de naming rights com a cervejaria Itaipava, com R$ 10 milhões anuais por uma década.
As arquibancadas vermelhas em boa parte dos jogos são justificadas pela baixa taxa de ocupação de 24,57% do 46.214 assentos. Colaborou bastante o mau rendimento do Náutico, o único clube de contrato assinado com o consórcio e que mandou 33 dos 38 jogos realizados. E possivelmente a mobilidade inacabada.
Eis os números sob administração do consórcio:
Público absoluto: 431.492 pessoas
Público médio: 11.355 pessoas
Renda absoluta: R$ 11.199.636
Renda média: R$ 294.727
Gols: 95 (índice de 2,5)
Maior público: 30.061 (Náutico 0 x 1 Sport, 23/04/2014)
Menor público: 354 (Náutico 2 x 0 América-RN, 13/05/2014)
Divisão através dos mandos de campo:
Náutico (33 jogos)
Público absoluto: 353.013 pessoas
Público médio: 10.697 pessoas
Renda absoluta: R$ 9.226.046
Renda média: R$ 279.577
Gols: 81 (índice de 2,4)
Sport (2 jogos)
Público absoluto: 41.134 pessoas
Público médio: 20.567 pessoas
Renda absoluta: R$ 958.425
Renda média: R$ 479.212
Gols: 9 (índice de 4,5)
Santa Cruz (2 jogos)
Público absoluto: 27.676 pessoas
Público médio: 13.838 pessoas
Renda absoluta: R$ 646.615
Renda média: R$ 323.307
Gols: 4 (índice de 2)
Botafogo (1 jogo)
Público absoluto: 9.669 pessoas
Renda absoluta: R$ 368.550
Gol: 1
Ainda falta um número neste balanço geral…
Com um ano de operação oficial, ainda não se sabe quanto realmente custou a construção da Arena Pernambuco.
Do contrato original de R$ 532 milhões, com base em maio de 2009, do reajuste nos três anos de obra através do IPCA e do plano de aceleração que antecipou o empreendimento em oito meses. Uma soma cuja “ordem de grandeza” já seria superior a R$ 650 milhões. O número exato? O governo do estado já deveria ter respondido…