O atual campeão brasileiro acabou rebaixado na temporada seguinte.
No mundo todo, apenas 45 times já tinham passado pelo mesmo drama, como o Manchester City da Inglaterra (1938), Nuremberg da Alemanha (1969), Universidad Católica do Chile (1955) e LDU do Equador (2000).
Campeão brasileiro de forma brilhante em 2012, o Fluminense conseguiu a proeza de ser rebaixado em 2013.
Até venceu o Bahia na rodada final do Brasileirão, mas não teve jeito. Com 46 pontos – pontuação mais alta de um rebaixado na Série A com vinte clubes -, o time carioca jogará a segunda divisão pela segunda vez em sua história.
Contudo, esta deveria ser no mínimo a 4ª participação tricolor…
Daí a brincadeira de outras torcidas.
Em duas oportunidades o Flu acabou beneficiado pelas viradas de mesa que marcaram o futebol brasileiro até o início da era dos pontos corridos.
Em 1996, foi rebaixado. Uma confusão nos bastidores, com denúncias sobre armação de resultados, envolvendo os presidentes de Atlético-PR e Corinthians, o clube acabou ficando, numa decisão administrativa da CBF.
Em 1997, em péssima fase nos gramados, caiu de novo…
Em 1998, em sua única campanha na segunda divisão, desabou para a terceira divisão. Em 1999 jogou a Série C e foi campeão.
Portanto, Série B em 2000? Na polêmica do Gama, que resultou na Copa João Havelange, o clube acabou pinçado para o módulo principal.
Ou seja, em 2014 o Flu irá “pagar” a Série B… Entretanto, o “pagamento”, com direito a boletos criados pelos internautas, será o da queda em 2013.
Na tal teoria, então, teria que disputar a segunda divisão nacional outras vezes…
A gestão público-privada da Arena Pernambuco terá três décadas de duração. Espera-se um faturamento bilionário no período. Entretanto, em seu ano de lançamento, o lado estatal do contrato deverá suprir nas contas a falta de torcida nas arquibancadas e camarotes e, consequentemente, arrecadação no estádio.
Entre 22 de maio e 7 de dezembro, a arena recebeu 25 jogos de futebol, sendo 22 na administração regular do estádio, à parte do esquema especial adotado pela Fifa na Copa das Confederações, com custo, operação e lucro sob a chancela da própria entidade que comanda o futebol.
Portanto, levando em conta só a operação do consórcio, o estádio arrecadou R$ 7,4 milhões com a venda ingressos. Vendo assim até parece muito, mas o número foi baixíssimo. Com cerca de 12,5 mil pessoas por jogo, a frustrante taxa de ocupação sobre os 46.214 lugares não chegou a 27%, num índice abaixo dos jogos nos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Preço alto? Distância? Acessibilidade? Os motivos certamente existem e deverão ser estudados.
Diluindo o borderô em todas as partidas, a renda média não passou de R$ 336 mil. E olhe que em 18 partidas o governo do estado disponibilizou os ingressos promocionais do Todos com a Nota com valores turbinados, sendo 15 mil entradas por R$ 25 – valor acima da quantia oferecida aos estádios na capital. Ou seja, esses jogos com a campanha poderiam ter, apenas com os bilhetes subsidiados, uma renda de 375 mil reais. Não chegou nem a isso. Com a má campanha do Náutico no Brasileirão, os dados baixaram de vez.
Na parceria público-privada sobre o empreendimento em São Lourenço da Mata, vale lembrar, o governo do estado terá que contornar qualquer rombo no faturamento anual caso a receita da temporada seja abaixo de 50% da previsão inicial, de R$ 73,2 milhões, segundo aditivo assinado em 21 dezembro de 2010.
A altíssima estimativa foi calculada considerando a presença de Santa Cruz e Sport, como o governo garantiu ao parceiro privado – mesmo sem firmar contratos com os clubes. Em 2013 o Tricolor não disputou uma partida sequer na arena, apesar da enorme pressão do poder público. Já o Leão só atuou como mandante em duas oportunidades.
Supondo que a previsão de faturamento nesta primeira temporada seja a metade, até mesmo porque o início da operação foi no fim de maio, o montante teria de ser R$ 36,6 milhões. Ainda assim, os dados vigentes passam longe.
O consórcio, claro, teve outras fontes de receita, como os R$ 10 milhões anuais do contrato de naming rights com a cervejaria Itaipava, o apurado nos bares e no enorme estacionamento, além do aluguel com o primeiro grande show musical. No entanto, o carro-chefe era – e será nos próximos anos – a comercialização de bilhetes no futebol. E olhe que nesta conta toda não foi feita sequer a divisão das receitas entre clubes e consórcio.
Como já foi dito, se a conta ficar no vermelho, o ônus será sempre do estado…
Copa Sul-Americana (2 jogos)
28/08 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – 8.320 pessoas – R$ 217.195
23/10 – Sport 1 x 2 Libertad-PAR – 17.575 pessoas – R$ 375.350
Público: 25.895 torcedores (média de 12.947, com 28% de ocupação)
Renda: R$ 592.545 (média de 296.272 reais)
Gols: 5 (média de 2,5)
Campeonato Brasileiro – Série A (18 jogos)
06/07 – Náutico 1 x 3 Ponte Preta – 20.413 pessoas – R$ 494.102
07/07 – Botafogo 1 x 0 Fluminense – 9.669 pessoas – R$ 368.550*
28/07 – Náutico 3 x 0 Internacional – 19.488 pessoas – R$ 517.290
10/08 – Náutico 0 x 0 Atlético-MG – 19.997 pessoas – R$ 508.430
17/08 – Náutico 0 x 1 Fluminense -16.583 pessoas – R$ 408.615
31/08 – Náutico 1 x 4 Atlético-PR – 11.263 pessoas – R$ 269.450
03/09 – Náutico 0 x 1 São Paulo – 12.217 pessoas – R$ 372.160
05/09 – Náutico 0 x 3 Vasco – 8.153 pessoas – R$ 224.615
11/09 – Náutico 0 x 2 Grêmio – 6.826 pessoas – R$ 159.010
22/09 – Náutico 0 x 0 Flamengo – 15.003 pessoas – R$ 481.815
28/09 – Náutico 3 x 0 Coritiba – 7.065 pessoas – R$ 156.500
06/10 – Náutico 1 x 4 Cruzeiro – 20.661 pessoas – R$ 528.715
09/10 – Náutico 1 x 3 Botafogo – 6.658 pessoas R$ 148.740
19/10 – Náutico 1 x 5 Santos – 5.452 pessoas – R$ 116.980
27/10 – Náutico 0 x 2 Goiás – 3.558 pessoas – R$ 68.645
10/11 – Náutico 0 x 1 Criciúma – 2.707 pessoas – R$ 50.335
17/11 – Náutico 0 x 1 Bahia – 2.721 pessoas – R$ 50.385
07/12 – Náutico 1 x 0 Corinthians – 9.716 pessoas – R$ 260.185
Público: 198.150 torcedores (média de 11.008, com 23,8% de ocupação)
Renda: R$ 5.184.522 (média de 288.029 reais)
Gols: 43 (média de 2,38)
Campeonato Brasileiro – Série B (1 jogo)
26/10 – Sport 4 x 2 ASA – 23.559 pessoas – R$ 583.075
Taxa de ocupação: 50,9%
Amistoso (1 jogo)
22/05 – Náutico 1 x 1 Sporting-POR – 26.903 pessoas – R$ 1.040.104
Taxa de ocupação: 58,2%
Total comercial (apenas as partidas jogos sob a operação do consórcio)
Jogos: 22
Público: 274.507 torcedores (média de 12.477, com 26,9% de ocupação)
Renda: R$ 7.400.246 (média de 336.374 reais)
Gols: 56 (média de 2,54)
Copa das Confederações (3 jogos)
16/06 – Espanha 2 x 1 Uruguai – 41.705 pessoas
19/06 – Itália 4 x 3 Japão – 40.489 pessoas
23/06 – Uruguai 8 x 0 Taiti – 22.047 pessoas
Público: 104.241 torcedores (média de 34.747, com 75,1% de ocupação)
Gols: 18 (média de 6)
Geral (Copa das Confederações + regular)
Jogos: 25
Público: 378.748 torcedores (média de 15.149, com 32,7% de ocupação)
Gols: 74 (média de 2,96)
Como a Fifa não divulgou a renda nos jogos do evento-teste em junho, não há como divulgar o valor bruto da venda de ingressos.
*No clássico carioca entre Botafogo e Fluminense a divisão da arrecadação foi diferente. O alvinegro bancou o aluguel, de R$ 270 mil, para ficar com todo o borderô. Porém, o clube acabou amargando um prejuízo de R$ 41 mil.
Defesa mais vazada (79), maior número de derrotas seguidas (12), estádio às moscas…
As informações acerca do Náutico estavam bem repetitivas nos últimos tempos. Resultado de uma regularidade cruel.
E o que parecia impossível aos poucos foi se transformando em um drama. O rebaixamento já era fato, e a pior campanha de um time pernambucano na era dos pontos corridos na elite também.
Um pontinho a mais e o Timbu evitaria o vexame supremo na temporada, com a pior campanha da história. Mas o rendimento, claro, já era vergonhoso. O tempo foi passando e a apática equipe, desqualificada tecnicamente, não reagiu.
Derrotas como visitante e insucessos em São Lourenço da Mata, sem freio. Até este sábado, na despedida de Náutico e Corinthians no Brasileirão.
Enquanto o Alvirrubro voltará à segunda divisão no ano da Copa, o atual campeão mundial, no meio da tabela, terá vida nova, sem o técnico Tite.
E nesse clima de até logo na esvaziada Arena Pernambuco, o Náutico deu o último gás e ao menos conseguiu evitar mais uma estatística ruim – que seria, na verdade, seria a pior das estatísticas.
O pontinho veio. Um não, três.
Os sobreviventes da derrocada timbu nesta Série A venceram por 1 x 0, num gol de Derley, escorando cruzamento de Morales. E ainda teve direito a quinze minutos com um menos em campo, após a infantil expulsão do goleiro Berna, um dos piores jogadores do Náutico na competição.
Portanto, o representante pernambucano terminou com 20 pontos, com a segunda pior campanha da história. A pior segue com o América de Natal, de 2007, com 17 pontos.
Mas que ninguém pense que isso é suficiente para evitar o trágico ano em Rosa e Silva…
A Arena Pernambuco receberá oito seleções distintas para a disputa da fase de grupos da Copa do Mundo de 2014.
Estados Unidos, Costa do Marfim, Itália, Alemanha, Croácia, Costa Rica, México e Japão. Equipes envolvidas nos quatro jogos agendados em junho.
Logo após o sorteio, o Sport publicou em seu site oficial e em suas contas nas redes sociais imagens de boas-vindas para esses países, nas línguas dos visitantes. No mínimo, uma ação gentil do rubro-negro.
E vale lembrar que o centro de treinamento do Leão, assim como o CT do Náutico, receberá seleções para os treinamentos na véspera das partidas.
Definido como Campo Oficial de Treinamento (COT), o local ainda carece de uma pavimentação do acesso, já articulada para janeiro. Que a obra seja finalizada até o Mundial. As delegações agradecerão ainda mais ao Sport…
Nas semanas que antecederam ao sorteio do Mundial, uma séria sondagem de segurança foi realizada nos bastidores das doze subsedes do torneio.
Agentes ligados ao FBI entraram em contato com os consulados dos Estados Unidos no Brasil responsáveis pelas cidades envolvidas, além dos diretores das arenas da Copa.
Sim, o Federal Bureau of Investigation, o equivalente à polícia federal dos Estados Unidos.
O assunto, claro, era a segurança da seleção norte-americana, sempre alvo – na visão do FBI – de possíveis atentados terroristas, sobretudo quando uma importante delegação esportiva do país atua fora de sua jurisdição.
Se as exigências da Fifa em relação à segurança já são enormes – como a ausência de estacionamentos no entorno do estádios para evitar qualquer artefato explosivo, por exemplo -, nota-se que o FBI deve extrapolar esse rigor, como um tempo menor de deslocamento, mais espaço para funcionários dos EUA, autorização para revistas fora do padrão etc.
Na Arena Pernambuco havia até quem torcesse para que a bolinha dos EUA não direcionasse o time para uma partida em São Lourenço da Mata.
Pois a bolinha G4 caiu, proporcionando o jogaço contra a Alemanha em 26 de junho.
Os contatos do FBI certamente voltarão, bem mais efetivos.
As 32 seleções classificadas ao Mundial de 2014 foram distribuídas.
Bem distribuídas, diga-se.
Grupo da morte? É melhor enxergar a alcunha no plural.
Obviamente, serão seis meses de projeções e mesas redondas até a bola rolar, na segunda Copa do Mundo da história organizada no país.
Falando nisso, vamos aos pitacos preliminares do blog…
Grupo A – Brasil, Croácia, México e Camarões A Seleção Brasileira, em evolução técnica sob o comando de Felipão, caiu em uma chave moderada, no máximo. Representante europeia no quarteto, a Croácia enfrentou problemas para alcançar a sua vaga. O México até vem dando trabalho ao Brasil, mas nas categorias de base, como nas Olimpíadas e no Mundial Sub 17. No time principal, em Copas, é freguês – e não atravessa boa fase. Já Camarões cumpre a cota histórica de times africanos no caminho verde e amarelo. O foco o entendimento para contar com Eto’o.
Vagas: Brasil e México
Grupo B – Espanha, Holanda, Chile e Austrália
Um dos grupos mais difíceis do torneio, sem dúvida alguma. Nada menos que a atual campeã mundial e a atual vice-campeã. Protagonistas da batalha no Soccer City, na África do Sul, Fúria e Laranja Mecânica seguem em boa fase, novamente apontadas como favoritas. O Chile, por sua vez, registrou uma campanha sólida na eliminatória sul-americana, acabando em 3º lugar. Tem um forte conjunto e deve contar com apoio maciço da torcida. Sem surpresas, a Austrália é a zebra.
Vagas: Espanha e Holanda
Grupo C – Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão
Uma chave bastante equilibrada, mas, ao menos na tradição dos Mundiais, nivelada por baixo. Cabeça de chave através do ranking da Fifa, a Colômbia tem mais uma chance de realizar uma boa campanha e superar o trauma de 1994, quando chegou como favorita e decepcionou ainda na primeira fase. Quem não quer mudar é a Grécia, sempre com o seu truncado jogo e que às vezes se mostra eficiente. A Costa o Marfim tem em Drogba o principal jogador da chave. Por último, o Japão visa repetir a boa imagem deixada na Copa das Confederações, com um futebol rápido e ofensivo.
Vagas: Colômbia e Costa do Marfim
Grupo D – Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália
Eis um poderoso grupo a morte, com três campeões do mundo. A Costa Rica deve deixar o Brasil rapidamente. Difícil mesmo será apontar o campeão que também deixará o Mundial ainda na primeira fase. A Itália, do técnico Prandelli, conta com um grupo qualificado e tem tradição demais para ser relegada. Cenário semelhante ao da Inglaterra, sempre times de estrelas, no papel. No entanto, 1966 à parte – quando foi campeã como anfitrião -, o English Team costuma ficar pelo caminho. E o que dizer da aguerrida Celeste? Vem com Suárez, em grande fase, Forlán e Cavani disposta a manter a aura de 1950.
Vagas: Itália e Uruguai
Grupo E – Suíça, Equador, França e Honduras
A Suíça foi a cabeça-de-chave oficial, mas com o sorteio levando a França para a chave E, acabou havendo uma inversão de valores. As bolinhas camaradas no sorteio fizeram os Bleus de Franck Ribéry “ressurgir” na Copa, já com status de favoritos no grupo. A França tem boas chances de manter a sina de uma Copa boa e outra ruim. No caso, estea seria a “boa” (foi campeã em 1998, eliminada na 1ª fase em 2002, vice em 2006 e eliminada novamente na fase e grupos em 2010). Equador e Honduras não devem passar de meros figurantes.
Vagas: França e Suíça
Grupo F – Argentina, Bósnia, Irã e Nigéria
Historicamente, os hermanos são sorteados para grupos dificílimos. É algo cultural na torcida vizinha. Desta vez, entretanto, o sorriso foi largo em Buenos Aires. O time de Lionel Messi deve conquistar três vitórias (goleadas?) na primeira fase. Bósnia, Irã e Nigéria proporcionarão uma briga tremenda pela outra vaga nas oitavas. Leve vantagem para os nigerianos, com um lastro futebolístico – incluindo um título olímpico de 1996, sobre os próprios argentinos.
Vagas: Argentina e Nigéria
Grupo G – Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos
Outra chave equilibrada e de nível técnico elevado. A Alemanha esteve presente nas duas últimas semifinais, com equipes jovens de muita qualidade. Os lusos também tem uma boa memória recente, com a 4ª colocação em 2006. E ainda contam com o provável melhor jogador até a Copa, Cristiano Ronaldo – favorito ao prêmio da Fifa em 2013. Os EUA podem até endurecer algum confronto, mas não a ponto de mudar o destino dos classificados. Gana, que por pouco não alcançou a semifinal no Mundial passado, chegou na Copa ao atropelar o Egito na repescagem africana. O que não é suficiente para impor outro contexto.
Vagas: Alemanha e Portugal
Grupo H – Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul
No derradeiro grupo da Copa, os sul-coreanos fomentam a principal chance de evitar a classificação de dois europeus às oitavas. Arrumada, a Bélgica vive uma grande fase após quase três décadas de inércia na competição – foi semifinalista em 1986 – curiosamente, no calor mexicano. Sede da Copa do Mundo seguinte ao Brasil, a Rússia quebra um hiato de presenças que durava desde 2002. Nas Eliminatórias, deixou Portugal de CR7 em segundo lugar. No mínimo, merece respeito.
O sorteio da Copa do Mundo de 2014 colocou o estado a rota de italianos e alemães. Serão as duas principais forças presentes na Arena Pernambuco na fase de grupos. A tetra Itália e a tri Alemanha jogarão aqui pela segunda vez.
Em 2013, a Azzurra disputou um dos jogos mais emocionantes da Copa das Confederações, num confronto repleto de viradas no placar contra o Japão – também de volta a São Lourenço. Terminou 4 x 3 para o país da bota.
Já a Alemanha pisou aqui há muito tempo, na noite do dia 10 de junho de 1965. Na Ilha do Retiro, a seleção pernambucana formada por jogadores de Náutico, Santa e Sport surpreendeu ao vencer os germânicos por 1 x 0, gol do rubro-negro Gojoba, aos 39 minutos da etapa final. O Diario de Pernambuco do dia seguinte retratou a partida como de bom nível técnico (veja aqui).
A menchete do caderno de esportes foi “Seleção de Pernambuco justificou renome dos bi-campeões do mundo, derrotando a Alemanha”. Nada mal para uma equipe formada às pressas e que só realizou três coletivos.
Seleção Pernambucana em 1965: Dudinha (Sport); Gena (Náutico), Alemão (Sport), Baixa (Sport) e Jório (Santa Cruz); Gojoba (Sport) e Ivan (Náutico); Nado (Náutico), Bita (Náutico), Pelezinho (Sport) e Lala (Náutico).
Apesar das duas seleções de peso na terrinha, o estado não receberá um grande jogo na fase de grupos. Na sua opinião, qual será a melhor partida?
14/06 – Costa do Marfim x Japão
20/06 – Costa Rica x Itália
23/06 – Croácia x México
26/06 – Alemanha x Estados Unidos
Falta ainda um duelo nas oitavas de final, entre o 1º do grupo D x 2º do grupo C.
Vale lembrar que os EUA já estiveram em Pernambuco em uma Copa do Mundo. Em 1950, na Ilha, os americanos perderam do Chile por 5 x 2 (veja aqui).
Após a edição de 1950, o Brasil pleiteou a organização da Copa do Mundo em outras duas oportunidades antes de voltar a ser sede, em 2014.
Candidaturas em 1994 e 2006. Na segunda tentativa frustrada a Confederação Brasileira de Futebol desistiu da disputa três dias antes da votação, em 2000. Já na anterior a CBF manteve até o fim o desejo de receber a competição.
Na votação em 4 de julho de 1988, em Zurique, o país recebeu apenas 2 dos 19 votos, perdendo até do Marrocos. Como se sabe, os Estados Unidos ganharam a eleição do comitê executivo da Fifa e organizaram a Copa com a maior média de público da história, com 68.991 torcedores por jogo.
Antes da derrota, contudo, a candidatura brasileira percorreu o país, visitando os prováveis palcos. Com exigências estruturais menores, não haveria tanta necessidade para erguer novas arenas. Pernambuco estaria entre as subsedes.
Arena Pernambuco? Nem em sonho. Seria mesmo no Arruda, cuja ampliação do anel superior havia sido concluída em 1983. Pois em 19 de janeiro de 1988 o estádio do Santa Cruz recebeu uma comissão da Fifa para uma inspeção completa. Como publicou o Diario de Pernambuco na época, foram listadas as principais exigências para o setor de imprensa.
Nota-se a clara diferença tecnológica em relação ao Mundial e 2014…
125 cabines para emissoras de TV, com 3 lugares cada
50 cabines telefônicas
10 telefones públicos
15 telefax (claro, pois não havia nem sombra dos e-mails ou redes sociais)
Já em 2014, a Arena Pernambuco terá um espaço climatizado para 600 jornalistas, mesas equipadas com televisões de LED, internet de altíssima velocidade (4G), via cabo ou wi-fi, além de sala de entrevistas com mais de 200 lugares. Na tribuna de imprensa, espaço para 150 monitores de TV.
Confira a sala de imprensa da arena na Copa das Confederações aqui.
Para a próxima Copa, o preterido projeto tricolor contaria com a transformação do seu estádio na Arena Coral, numa modernização orçada em R$ 190 milhões. Em 1994 não precisaria de nada disso. Nem cobertura e nem a colocação de cadeiras – no máximo, assentos.
A capacidade de 85 mil pessoas, na época, era mais do que suficiente. Porém, seria preciso reformar os vestiários e os acessos às arquibancadas. Ao menos o vestiário foi melhorado em 1993 para as Eliminatórias da Copa. Curiosamente, o jogo marcou o recorde do José do Rego Maciel, com 96.990 pessoas no show do Brasil sobre a Bolívia, 6 x 0. Poderia ter sido até um jogo do próprio Mundial…
O primeiro sorteio de uma Copa do Mundo no Brasil aconteceu em 22 de maio de 1950, na Sala de Conferências do Palácio Itamaraty, no centro do Rio de Janeiro. Eram doze bolinhas numeradas, além dos quatro cabeças de chave, Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai, escolhidas pela CBD, precursora da CBF.
(1) Bolívia, (2) Chile, (3) Espanha, (4) EUA, (5) França, (6) Índia, (7) Iugoslávia, (8) México, (9) Paraguai, (10) Suécia, (11) Suíça e (12) seleção a definir.
Após o sorteio com cara de bingo, a Índia desistiu por um motivo insólito. Os seus atletas se recusaram a jogar de chuteiras – queriam atuar descalços. Já a tal “seleção a definir” foi a Turquia, que também declinou. O país substituto, Portugal, também não veio. E a debandada não parou por aí. Em protesto aos jogos com enormes distâncias no país, a França também ficou de fora.
Portanto, da projeção com 16 seleções, apenas 13 disputaram aquele Mundial. Nesta sexta teremos um novo sorteio no Brasil, mais complexo. Na Costa do Sauípe será definida toda a agenda da Copa de 2014, com 32 países.
Em 1950, as bolinhas retiradas do único globo na mesa apontaram os números 2 e 4 para a partida marcada para a Ilha do Retiro, no Recife, com o jogo Chile x Estados Unidos (goleada dos hermanos por 5 x 2). Agora, o foco local é nas seguintes coordenadas: A2, A3, C3, C4, D2, D4, G1 e G2. Essas nações atuarão nos quatro jogos da primeira fase na Arena Pernambuco.
O avanço no sorteio ao longo das décadas mostra o quanto a Copa do Mundo cresceu em estrutura e organozação. Itinerário? Chuteira? Falta de vontade? Dificilmente teremos tão toscos para qualquer improvável reviravolta. Ainda mais sabendo que a premiação por uma mera participação será de 8 milhões de dólares. O campeão receberá US$ 35 milhões. Ao todo, 358 mi em premiações.
Na corrida pela produção de aplicativos para smartphones, o Central tornou-se o primeiro clube do interior pernambucano a lançar uma versão oficial. A nova ferramenta, criada por Flávio Romeu, está disponível para iPhone, iPad, Andoid e até no formato Java, para celulares mais antigos.
No aplicativo, o torcedor pode encontrar notícias sobre o time, vídeos, detalhes sobre o programa de sócio-torcedor, a classificação das competições com a presença da Patativa e até um mural de recados. O novo aplicativo é gratuito.