Espanhóis, uruguaios e italianos na Arena Pernambuco

Sorteio da Copa das Confederações 2013. Foto: Fifa/divulgação

Melhor para o torcedor pernambucano, quase impossível…

Dos cinco países que jogarão na Arena Pernambuco na Copa das Confederações no ano que vem, três ostentam em suas galerias o título da Copa do Mundo.

A tetra Itália, o bi Uruguai e atual campeã Espanha.

1930, 1934, 1938, 1950, 1982, 2006 e 2010. Haja tradição por essas bandas.

Tudo por causa de um “errinho” do chef de cozinha Alex Atala, convidado para realizar o sorteio em São Paulo, neste sábado, em um ato um tanto confuso…

No evento na capital paulista também foi apresentada a bola oficial do torneio em 2013, a “Cafusa”, numa junção de carnaval, futebol e samba. Nome de acordo com o dia.

Espanha x Uruguai – 16/06 (19h)

Será o primeiro jogo internacional, oficial, do estádio. Certamente, será o mais concorrido na corrida virtual por ingressos. Em campo, com 46 mil espectadores, Iniesta, Forlán, Xavi, Suárez, Casillas, Lugano etc. O atual campeão da Copa América terá uma missão daquelas diante da Fúria, que vem conquistando tudo nos últimos tempos.

Itália x Japão – 19/06 (19h)

Única partida do equilibrado grupo A no estado. Nesta segunda rodada, italianos e japoneses poderão jogar valendo a classificação à semifinal. Após erguer a Taça Fifa em 2006, a Itália não se encontrou mais até este ano, quando foi vice da Eurocopa. Dar continuidade ao rendimento no festival de campeões é a meta da Azzurra de Balotelli.

Uruguai x Taiti – 23/06 (16h)

A presença do campeão da Oceania, apesar da exótica, não deverá atrair a atenção de muita gente. Por outro lado, o jogo deverá se caracterizar como uma boa chance de assistir a uma seleção tradicional, a Celeste, e também para conhecer a própria arena.

Confira a tabela completa da competição, de 15 a 30 de junho de 2013, clicando aqui.

Ingressos? A venda será basicamente no site da Fifa.

Bola da Copa das Confederações 2013, a "Cafusa". Crédito: Adidas/divulgação

Felipão no rastro do recorde de Vittorio Pozzo

O técnico Vittorio Pozzo ergue a Taça Jules Rimet com o título mundial da Itália de 1934. Foto: Fifa/divulgação

Luiz Felipe Scolari, uma velha novidade na Seleção Brasileira.

Campeão mundial em 2002, o técnico volta ao comando da Canarinha uma década depois. Rodado, aos 64 anos e com experiência europeia, entre clubes e seleções.

Mas chega também com a desconfiança de seu último trabalho, que culminou no rebaixamento do Palmeiras, já sob outras ordens no fim da competição.

Confiança ou desconfiança… Para Felipão, indiferente. A pressão também não foi das menores antes da primeira Copa do Mundo na Ásia.

Aquela conquista, por sinal, o credencia a algo histórico em 2014, aqui no Brasil.

Até hoje, apenas o treinador italiano Vittorio Pozzo conquistou dois títulos mundiais comandando um país. No caso, a sua amada Azzurra, em 1934 e 1938.

Na ocasião, Pozzo levantou o seu segundo troféu, ainda a Taça Jules Rimet, com 52 anos. Treinou a Itália de 1929 a 1948, tornando-se um ícone no país da bota.

No Brasil, Vicente Feola foi campeão em 1958, mas em 1966 foi eliminado na primeira fase. Aymoré Moreira ergueu a taça do bi em 1962, mas não teve outra oportunidade.

Mário Jorge Lobo Zagallo, tricampeão em 1970, 4º colocado em 1974 e vice em 1998. Carlos Alberto Parreira, tetracampeão em 1994, caiu nas quartas em 2006.

Entre os gringos a situação não é diferente.

No vizinho Uruguai, Juan Lopez parou na semi de 1954 após o Maracanazo em 1950.

Os alemães Sepp Herbergerg (campeão em 1954 e semi em 1958), Helmut Schoen (campeão em 1974 e eliminado em 1978) e Franz Beckenbauer (vice em 1986 e campeão em 1990) também viveram altos e baixos. Só Beckenbauer perdeu antes de vencer.

A lista segue com o inglês Alf Ramsey (no único título britânico, em 1966, parandonas quartas em 1970), e com o argentino Carlos Bilardo (no topo em 1986 e vice em 1990).

Para completar, Vittorio Pozzo teve concorrência interna. Enzo Bearzot e Marcello Lippi, campeões em 1982 e 2006, fracassaram em 1986 e 2010, respectivamente.

Nota-se que a pressão sobre um campeão não é das menores.

Obviamente, existe uma expectativa sobre o desempenho brasileiro em “sua” Copa, por mais que o rendimento da equipe nos últimos anos seja bem mediano.

Em sua última cartada, a CBF deixou a missão a cargo do técnico gaúcho. De olho na marca de um certo técnico italiano, ainda o único privilegiado bicampeão.

Até hoje, apenas o uruguaio Alberto Suppici (1930), o brasileiro Aymoré Moreira (1962) e o francês Aimé Jacquet (1998) não tentaram repetir o feito. O espanhol Vicente del Bosque, atual campeão campeão, também irá se arriscar, como Felipão…

Pôster oficial de Pernambuco para a Copa do Mundo

Pôster de Pernambuco para a Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/divulgação

Os doze cartazes oficiais da cidades-sede da próxima Copa do Mundo de futebol foram apresentados neste domingo. Confira todos os modelos aqui.

Eis a explicação da Fifa para o exemplar pernambucano:

“O pôster do Recife traz a essência de um lugar litorâneo, repleto de movimento, arte e alegria. No Recife, o Frevo é a manifestação cultural mais genuína e característica, pois nasceu na cidade; é música e dança; tem mais de 100 anos; é patrimônio cultural imaterial do Brasil, declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Com uma sombrinha colorida na mão, o passista brincante realiza movimentos plásticos que parecem ferver o mundo. Movimentos ágeis e leves, como as acrobacias dos hábeis jogadores, que fazem com a bola o mundo ferver. A ligação entre o Frevo e o Futebol é a tônica do pôster. O Futebol invade o Frevo. O passista, no meio da dança, torna-se também jogador. E desta união surgem as cores vivas da cidade, em uma composição que traz as paisagens características, com pontes, rios, barcos ao mar, a arquitetura e claro, o povo em pleno carnaval.”

Blindagem da CBF se mostra inexistente e Mano Menezes cai

Sede da CBF. Foto: CBF/divulgação

“Equilibrado, sem se deixar empolgar nas vitórias, nem se abater nas derrotas, Mano Menezes vem conduzindo com coerência o trabalho de renovação da Seleção Brasileira que tem como objetivo a disputa da Copa do Mundo de 2014, passando pela Copa das Confederações 2013.”

Era esse o texto publicado no site da CBF em 22 de setembro deste ano, tentando blindar o técnico Mano Menezes. O título foi Seleção está no caminho certo.

Dois meses depois, neste 23 de novembro, a direção da entidade, após reunião de última hora em São Paulo, optou por demitir o treinador gaúcho.

Alvo de críticas da imprensa e de torcedores, Mano convocou mais de cem atletas desde 2010. Deixa a Canarinha com 33 jogos, tendo 21 vitórias, 6 empates e 6 derrotas, considerando apenas a equipe principal, com 69% de aproveitamento. Veja a lista aqui.

Enquanto o país corre para não fazer feio na organização da competição, a Seleção seguia num processo de montagem aquém do que se espera para a sua tradição.

Eliminação precoce na Copa América, prata nos Jogos Olímpicos – com o time Sub 23 -, resultados pífios diante de grandes seleções e um coro na arquibancada por mudanças.

Paralelamente a isso, uma base jovem, com lampejos de compactação tática. Teve como válvula de escape dois títulos do Superclássico das Américas contra a Argentina.

Porém, a pressão sobre o técnico era mesmo grande, sobretudo por causa da proximidade da Copa de 2014, no país, e do rendimento histórico da Seleção, que chegou a ocupar o 14º lugar no ranking da Fifa, a sua pior colocação até hoje.

O momento, por outro lado, causa surpresa neste momento, pois Mano vinha conseguindo estruturar a equipe nos últimos jogos. Dizia ter 80% do grupo formado para os próximos torneios e já havia passado por momentos piores (veja aqui).

Por tudo isso, a blindagem de dois meses atrás se mostrou frágil, inexistente. Mostra o raso discurso adotado nos corredores da Confederação Brasileira de Futebol.

O presidente da CBF, José Maria Marin, decidiu iniciar um novo ciclo faltando 566 dias para a abertura da Copa, no Itaquerão, com a presença da própria Seleção Brasileira.

Tite, Muricy Ramalho e Felipão aparecem como favoritos à cadeira vazia, numa resposta que só deverá sair em janeiro, com o tempo de preparação quase extrapolado.

Qual é a sua opinião sobre a saída de Mano? Quem deveria ser o substituto?

Vermelho, a cor da Arena Pernambuco, a cor dos grandes

Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Fim do mistério sobre a cor das cadeiras da Arena Pernambuco.

O blog havia apurado em setembro que seria apenas uma cor, ao contrário de outros estádios em desenvolvimento para a próxima Copa do Mundo, como o Maracanã, que usará todos os tons da bandeira brasileira num mosaico colorido.

A dúvida na arena em São Lourenço da Mata era sobre qual tom suportaria o clima local, com forte exposição ao sol durante o ano, aumentando o desgaste do material plástico.

O vermelho, divulgado nas primeiras imagens em 3D, acabou sendo mantido.

Confira a imagem acima em alta resolução clicando aqui.

Coincidentemente, vermelho é a cor comum nos três grandes clubes do Recife…

O alvrrubro Náutico, o rubro-negro Sport e o tricolor Santa Cruz. De certa forma, as três torcidas estarão representadas no novo estádio.

Falando em cadeira, começou a pré-venda de ingressos para os três jogos na Arena Pernambuco na Copa das Confederações, no site da Fifa.

Apesar da capacidade de 46.214 torcedores, a arena terá uma disponibilidade de 46.154 ingressos durante as competições da Fifa, em 2013 e 2014.

Seleção Brasileira entre 894, 1000, 1013 e 1298 jogos

Amistoso 1914: Brasil 2x0 Exeter City (Inglaterra)

Para a Fifa, a apresentação de uma seleção nacional só é considerada um jogo oficial diante de outra seleção nacional, formada por profissionais. Competição ou amistoso.

Nesse critério, ficam de fora partidas contra clubes (profissionais ou não), combinados (de clubes ou até países) e adversários de categoria mais baixa (Sub 20 ou Sub 17).

Para a Confederação Brasileira de Futebol, o amistoso contra a Colômbia, nesta quarta, será o milésimo jogo da Canarinha, quase centenária. Palavra oficial, mas polêmica.

O primeiro jogo foi em 21 de julho de 1914, no estádio das Laranjeiras, na vitória por 2 x 0 sobre o Exeter City, então na terceira divisão inglesa. Na ocasião, um time formado por atletas amadores do Rio de Janeiro e de São Paulo (veja aqui).

Dos supostos 999, seriam 640 vitórias, 206 empates e 153 derrotas.

Para a Fifa, o pioneiro duelo do escrete brasileiro seria alguns dias depois, em 20 de setembro daquele mesmo ano, contra a Argentina. Derrota pro 3 x 0 em Buenos Aires.

Considerando o critério internacional, o próximo jogo será o 894º do Brasil, segundo o arquivo do RSSSF. O site de pesquisas no futebol, aliás, aponta que o Brasil já ultrapassou a aguardada marca, com 1.012 jogos contando os critérios gerais.

Indo além, considerando a Seleção Olímpica, com amistosos, Pré-Olímpicos e Jogos Olímpicos, incluindo ainda a equipe que representou o país nos Jogos Pan-americanos, o dado atual subiria para 1.297, o que mostra o desencontro de informações.

Em Pernambuco, a mudança na avaliação da Fifa reduziria drasticamente a “presença” da Seleção Brasileira no Recife. Ao todo, foram 17 partidas da equipe verde e amarela, espalhadas no Campo da Avenida Malaquias, Ilha do Retiro e Arruda (veja aqui).

O que se pretende é ignorar essa história, iniciada em Pernambuco ainda em 1934?

Apenas nove jogos foram disputados contra outros países, todos no Mundão. A única derrota do Brasil no estado, por sinal, foi justamente para um clube, o Santa Cruz.

Nas imagens do post, uma contradição… Em 2004, no jogo que marcou o centenário da Fifa, o Brasil enfrentou a França no Stade de France, num empate em 0 x 0, com um uniforme inspirado justamente naquele utilizado contra o Exeter City…

Na sua opinião, os jogos da Seleção Brasileira contra clubes e combinados deveriam ser considerados oficiais para a Fifa? Comente!

Amistoso 2004: França 0 x 0 Brasil

A confirmação técnica da Arena Pernambuco em 2013 e 2014

Capa do Diario de Pernambuco: 08/11/2012

Pernambuco foi confirmado como uma das doze subsedes da Copa do Mundo em 30 de maio de 2009, em um evento oficial da Fifa organizado nas Bahamas.

O pleito local havia começado a ser costurado em 15 de janeiro do mesmo ano, logo no último dia de inscrição de candidaturas. Ali surgiu a arena de R$ 532 milhões.

Como se sabe, o complexo da Cidade da Copa acabou sendo a última cartada pernambucana, que havia articulado inicialmente a Arena Recife-Olinda, ainda em 2007.

Passou o tempo e as obras começaram em São Lourenço. Mesmo com um ritmo aquém do necessário para postular um lugar na Copa das Confederações, realizada um ano antes do Mundial, o governo do estado topou a parada. Novamente, em cima da hora…

Articulação intensa. Ricardo Teixeira, Dilma, Valcke, Blatter etc. O sinal positivo foi dado em 20 de outubro de 2011, de forma condicionada. Obviamente, à execução do projeto.

Seria preciso mudar radicalmente o trabalho. Com o plano de aceleração, formado por treze tópicos, a arena saltou de 20% para 70% em 365 dias. Também ficou mais cara.

O período foi suficiente para uma nova avaliação da Fifa, com a resposta definitiva.

Esta quinta, 8 de novembro de 2012, direto de São Paulo, marca o anúncio da entidade que comanda o futebol sobre o torneio-teste da Copa do Mundo por essas bandas.

A Arena Pernambuco, que tem cinco jogos garantidos no Mundial, abrigará mais três caso seja aprovada como um dos seis palcos da Copa das Confederações.

Mais jogos, mais turistas, mais receita, mais visibilidade, mais responsabilidade.

O Diario de Pernambuco acompanha todos os passos desse empreendimento desde o período pré-licitação, quando a área escolhida ainda tinha uma cara rural (veja aqui).

No início, a política suplantou o desempenho técnico sobre o estádio. Atualmente, talvez o cenário seja exatamente o oposto. Contudo, se valer apenas a análise técnica, o “sim” projetado pela manchete do jornal desta quinta-feira chegará…

O “sim” da Fifa veio, sem surpresa. Que o ritmo no canteiro siga acelerado.

Tatu-bola cai no frevo antes do Mundial

Mascote da Copa do Mundo 2014

Ainda sem nome oficial, o tatu-bola já começa a ganhar as ruas nas subsedes da Copa do Mundo de 2014, com outdoors, bonecos infláveis, fantasias etc.

A Coca-Cola, uma das principais patrocinadoras da competição, também lançou uma campanha publicitária na qual o mascote ensaia danças típicas do Brasil.

Abaixo, o legítimo frevo pernambucano… O tatu também já dançou sertanejo e funk.

Não por acaso o slogan do Mundial é “Juntos num só ritmo”.

O nome do mascote será divulgado no dia 25 deste mês. Entre as três opções, Fuleco venceu a enquete promovida pelo blog (veja aqui).

Futebol como inspiração, matéria-prima e arte

Arte o futebol. Crédito: www.fantasista.co.uk/

Matéria-prima: jornais e revistas sobre esportes.

Objetivo: transformar as imagens das publicações em colagens e, em seguida, animações.

Tema: futebol.

O artista inglês Richard Swarbrick vem desenvolvendo uma ideia bem distinta para reproduzir momentos históricos em vídeos cada vez mais populares na internet.

No post, dois exemplos da exposição Fantasista – The Art of The Number 10.

Golaço do argentino Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986.

Show de Lionel Messi no clássico Barcelona x Real Madrid.

Escolha de Sofia entre Copa do Brasil e Copa Sul-americana

Copa do Brasil / Copa Sul-americana

Uma verdadeira escolha de Sofia no futebol…

A fórmula escolhida pela CBF para definir os representantes do país na Copa Sul-americana criou um grande impasse nos clubes, sobretudo àqueles de menor potencial na disputa para as vagas na Taça Libertadores da América.

A participação no segundo torneio mais importante do continente só será assegurada, necessariamente, em caso de eliminação precoce na Copa do Brasil.

Ou seja, o clube precisa deixar o torneio no máximo até as oitavas de final. Só aí a classificação na “zona da Sul-americana” na Série A, do 5º lugar ao 12º, faria sentido…

Tudo para não chocar as datas das duas competições, diga-se.

Considerando a presença do seu clube na reta final do mata-mata nacional ou a estreia na primeira fase internacional, qual seria a melhor opção? Participe da nova enquete.

Caso ainda não tenha entendido a fórmula de classificação, clique aqui.

Se você pudesse escolher, qual torneio seria prioridade para o seu clube?

  • Náutico - Copa Sul-americana, na primeira fase (29%, 398 Votes)
  • Sport - Copa Sul-americana, na primeira fase (24%, 330 Votes)
  • Sport - Copa do Brasil, nas oitavas de final (19%, 258 Votes)
  • Santa Cruz - Copa Sul-americana, na primeira fase (12%, 168 Votes)
  • Santa Cruz - Copa do Brasil, nas oitavas de final (11%, 155 Votes)
  • Náutico - Copa do Brasil, nas oitavas de final (6%, 78 Votes)

Total Voters: 1.387

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