A evolução das cotas da Sul-Americana de 2013 a 2016, com pagamento em dólar

Copa Sul-Americana

A premiação da Copa Sul-Americana é paga em dólar, o que tornou-se uma vantagem para os brasileiros nos últimos anos por causa do câmbio. Entretanto, os valores ofertados pela Conmebol estavam congelados há duas temporadas, assim como na Libertadores. Isso gerou uma queixa geral dos clubes principais clubes do continente, com a entidade aumentando a verba nas duas frentes. Na Sula, o título aumentou em 64%, somando as cotas de todas as fases.

Vale lembrar que a Sul-Americana, para os times brasileiros, ocorre simultaneamente à Copa do Brasil, a partir das oitavas de final. Neste ano, a premiação internacional está bem maior, tendo como desvantagem as despesas de viagens pagas pela CBF na copa nacional. Confira a evolução financeira da Copa Sul-Americana desde a primeira participação pernambucana e as respectivas cotações nas épocas.

As cotas da Copa Sul-Americana desde a primeira participação pernambucana:

2016 (US$ 1 = R$ 3,29)
Fase brasileira: US$ 300 mil (R$ 988 mil)
Oitavas: US$ 375 mil (R$ 1,236 milhão)
Quartas: US$ 450 mil (R$ 1,483 milhão
Semifinal: US$ 550 mil (R$ 1,812 milhão)
Vice: US$ 1 milhão (R$ 3,296 milhões)
Campeão: US$ 2 milhões (R$ 6,592 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2016: US$ 3,675 milhões (R$ 12,11 milhões)
Sport e Santa (a confirmar) na disputa

2015 (US$ 1 = R$ 3,53)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 530 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 795 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 1,06 milhão)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 1,272 milhão)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,943 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 4,241 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2015: US$ 2,235 milhões (R$ 7.898.000)
Cota final do Sport: R$ 1,325 milhão

2014 (US$ 1 = R$ 2,23)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 334,5 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 501,7 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 669 mil)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 802,8 mil)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,226 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 2,676 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2014: US$ 2,235 milhões (R$ 4.984.050)
Cota final do Sport: R$ 334,5 mil

2013 (US$ 1 = R$ 2,44)
Fase brasileira: US$ 100 mil (R$ 244 mil)
Oitavas: US$ 140 mil (R$ 342 mil)
Quartas: US$ 180 mil (R$ 439 mil)
Semifinal: US$ 220 mil (R$ 537 mil)
Vice: US$ 300 mil (R$ 732 mil)
Campeão: US$ 600 mil (R$ 1,464 milhão)

Total para o campeão da Sula de 2013: US$ 1,24 milhão (R$ 3.025.600)
Cota final do Sport: R$ 586 mil
Cota final do Náutico: R$ 244 mil

As premiações máximas a partir da definição das vagas brasileiras na Sula:

2016
Copa do Brasil – R$ 9.000.000
Sul-Americana – R$ 12.112.800
Em 12/07, o dólar foi avaliado em R$ 3,29

2015
Copa do Brasil – R$ 6.510.000*
Sul-Americana – R$ 7.898.000 (US$ 2,235 milhões)**
Em 06/08, o dólar foi avaliado em R$ 3,53

2014
Copa do Brasil – R$ 5.120.000*
Sul-Americana – R$ 4.984.050 (US$ 2,235 milhões)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,23.

2013
Copa do Brasil – R$ 5.000.000*
Sul-Americana – R$ 3.025.600 (US$ 1,24 milhão)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,44.

* Contando as cotas somente a partir das oitavas de final da Copa do Brasil.
** A soma das premiações a partir da fase brasileira da Sula.

A dor de perder uma Eurocopa dentro de casa e um abraço muito além do esporte

Em 2004, Portugal foi vice-campeão europeu em casa.
Derrota surpreendente em Lisboa, para a Grécia.

Em 2016, a França foi vice-campeã europeia em casa.
Derrota surpreendente em Saint-Denis, para Portugal.

Ainda que o torcedor lusitano no vídeo não tenha sofrido com o revés há doze anos, já vivia com as cicatrizes de sua seleção. Franceses de todas as idades vão viver essa dor em 2016, das maiores nos últimos tempos. Mas eis que um simples abraço numa Fan Fest mostra que o futebol é muito mais que um jogo…

Portugal, o 10º país campeão da Eurocopa

Torre Eiffel com as cores de Portugal. Foto: @uefaeuro

A Torre Eiffel, no Champ de Mars, em Paris, ganhou as cores portuguesas.

O título da Eurocopa teve toda a entrega possível de Portugal, que bateu a França no Saint-Denis com um gol no segundo tempo da prorrogação, com Éder mandando de fora da área. O favoritismo era todo dos Bleus, com uma campanha melhor, com o artilheiro (Griezmann, 6 gols), com o apoio da torcida e ainda mais com a saída prematura de Cristiano Ronaldo, que sofreu uma entrada dura com apenas 18 minutos de bola rolando na decisão.

E quem esperava o time luso retraído, se enganou. Surpreendeu o adversário, criando chances, ainda que tenha tomado um susto daqueles no último lance do tempo regulamentar, com Gignac acertando a trave. No tempo extra, com os atacantes abertos, foi à frente e arrancou a vitória. 1 x 0 para a história, apagando a frustração de 2004, quando sediou o torneio e perdeu a final da Grécia. Nesse tempo todo, CR7 chorou de tristeza, de dor e, enfim, de felicidade. Uma vitória quase sem sua presença, mas ele mesmo avisou…

“Não somos 11, somos 11 milhões!”

Com a conquista continental, Portugal encerra a busca por um título de primeira linha. Já havia sido semifinalista do Mundial em 1966 e 2006 e em outras quatro vezes terminou entre os quatro melhores no Velho Mundo. Agora, o topo.

Tornou-se o 10º país campeão da Euro. Antes tarde do que nunca.

1º) 1960 – União Soviética (1 no total)
2º) 1964 – Espanha (3)
3º) 1968 – Itália (1)
4º) 1972 – Alemanha (3)
5º) 1976 – Tchecoslováquia (1)
6º) 1984 – França (2)
7º) 1988 – Holanda (1)
8º) 1992 – Dinamarca (1)
9º) 2004 – Grécia (1)
10º) 2016 – Portugal (1)

Eurocopa 2016, final: França x Portugal. Foto: Uefa (@uefaeuro)

Podiocast – Analisando as chances de ouro para o Brasil nos Jogos do Rio

Podiocast 1

A menos de um mês para os Jogos do Rio de Janeiro, o 45 minutos apresenta o seu mais novo programa: o Podiocast. A primeira edição, com mais de duas horas, girou em dois temas, o peso psicológico de atuar em casa para os brasileiros e as principais chances de medalha de ouro para o país em 2016. No programa, outros assuntos como narrações históricas, os grandes atletas e episódios inesquecíveis na Olimpíada. Sempre com debate e números.

Confira os temas desta edição aqui.

Neste projeto olímpico, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade, Rafael Brasileiro e de dois novos integrantes, Cabral Neto e Lucas Fitipaldi. A ex-nadadora e psicóloga esportiva Isabela Amblard foi a convidada.

Portugal x França, a final da Euro 2016. Um título para a história ou pela história

Cristiano Ronaldo (Portugal) x Antoine Griezmann (França) na final da Eurocopa 2016. fotos: @uefaeuro

Uma potência em busca de uma nova conquista diante do seu povo.
Um coadjuvante de respeito querendo a primeira taça de sua história.

O Stade de France vai abrigar, em 10 de julho, a decisão da Eurocopa 2016, com a França de Antoine Griezmann, o artilheiro desta edição, com 6 gols, e Portugal de Cristiano Ronaldo, o maior goleador da história do torneio, com 9 tentos. As jornadas foram bem contrastantes, com os Bleus superiores em quase todas as apresentações. Apenas no encerramento da fase de grupos, já classificados, pisaram no freio e ficaram num empate sem gols com a Suíça.

No mata-mata, a França avançou com tranquilidade, com direito a um triunfo sobre a atual campeã mundial. Vai em busca do tricampeonato, com a força do “mando”. Disputando torneios oficiais em casa, são 17 jogos de invencibilidade. Não por acaso, é o último anfitrião campeão europeu (1984) e campeão mundial (1998). Mais: venceu o adversário lusitano nos últimos dez jogos, numa série iniciada em 1978! Contra todas essas estatísticas, os portugueses tentam preencher a lacuna de 2004, quando sediaram a Euro e, com a sua melhor geração, deixaram a taça escapar numa zebraça comandada pelos gregos. Presente naquele ano, CR7 chega como protagonista, com três gols em 2016, decidindo a semi contra Gales do companheiro Bale. Foi a primeira vitória categórica de um time recheado de empates, jogando no limite.

A 15ª decisão europeia mantém a tradição de finais distintas na competição. Até hoje, apenas uma repetição, com alemães e tchecos em 1976 e 1996. Ainda assim, há  a ressalva da unificação alemã e da separação tcheca no período.

As campanhas dos finalistas de 2016
França
5 vitórias, 1 empate, nenhuma derrota, 13 GP, 4 GC

Portugal
2 vitórias, 4 empates, nenhuma derrota, 8 GP, 5 GC

Todas as finais da Euro
1ª) 1960 – União Soviética 2 x 1 Iugoslávia (Paris, França)
2ª) 1964 – Espanha 2 x 1 União Soviética (Madri, Espanha)
3ª) 1968 – Itália x Iugoslávia: 1 x 1 (Roma, Itália) e 2 x 0 (Roma, Itália)
4ª) 1972 – Alemanha Ocidental 3 x 0 União Soviética (Bruxelas, Bélgica)
5ª) 1976 – Tchecoslováquia (5) 2 x 2 (3) Alemanha Oc. (Belgrado, Iugoslávia)
6ª) 1980 – Alemanha Ocidental 2 x 1 Bélgica (Roma, Itália)
7ª) 1984 – França 2 x 0 Espanha (Paris, França)
8ª) 1988 – Holanda 2 x 0 União Soviética (Munique, Alemanha)
9ª) 1992 – Dinamarca 2 x 0 Alemanha (Gotemburgo, Suécia)
10ª) 1996 – Alemanha 2 x 1 República Tcheca (Londres, Inglaterra)
11ª) 2000 – França 2 x 1 Itália (Roterdã, Holanda)
12ª) 2004 – Grécia 1 x 0 Portugal (Lisboa, Portugal)
13ª) 2008 – Espanha 1 x 0 Alemanha (Viena, Áustria)
14ª) 2012 – Espanha 4 x 0 Itália (Kiev, Ucrânia)
15ª) 2016 – França x Portugal (Saint-Denis, França)

* Rússia herdou o histórico da União Soviética
** Alemanha herdou o histórico da Alemanha Ocidental

*** República Tcheca herdou o histórico da Tchecoslováquia*
*** Sérvia herdou o histórico da Iugoslávia  

O  campeão europeu deverá enfrentar o Chile, o campeão da Copa América Centenário, num duelo intercontinental promovido pela Conmebol e pela Uefa…

Podcast – Entrevista especial com o pentacampeão mundial Edmílson

Edmilson durante entrevista no Diario de Pernambuco. Foto: Rafael Brasileiro/DP

No dia em que o pentacampeonato da Seleção completou 14 anos, em 30 de junho, o Diario de Pernambuco recebeu a visita de Edmílson, titular daquela zaga, armada num 3-5-2. De passagem para o Jogo do Bem, na arena,  para o início de um projeto da Fundação Edmílson no Centro Santos Dumont, o ex-jogador concedeu uma entrevista ao 45 minutos. Comentou os bastidores de 2002, as diferenças no trabalho de Felipão em 2014, analisou Neymar (“talento enorme, mas que na Seleção não mostrou nada”), Rivaldo (“o melhor da Copa”), Dunga e Tite. Além, claro, do futebol brasileiro pós-7 x 1. Aos 39 anos, aposentado desde 2011, Edmílson brilhou no São Paulo, Lyon e Barcelona.

O podcast especial durou 27 minutos, com a participação do editor do Superesportes, Marcel Tito. Ouça agora ou quando quiser!

Arena Pernambuco recebe 1ª escolinha oficial do Barcelona no Nordeste

FCBEscola Soccer Camp, em Chicago. Foto: divulgação

A Arena Pernambuco foi escolhida para o primeiro “Camp” do Barcelona na região. Trata-se de uma escolinha de verão. Em dezembro de 2016, o palco será utilizado durante cinco dias por crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, num projeto já estabelecido nos Estados Unidos, com nove camps anuais. O Recife já havia recebido um projeto semelhante do Milan, mas fechado em um resort. O evento do Barça, o primeiro num estádio, deve contar com 192 inscritos, divididos em vagas pagas (cerca de R$ 1.000) e vagas sociais.

Como ocorre nos outros camps blaugranas pelo mundo, sob plena influência de Lionel Messi e Neymar, os participantes ganham camisas, calções e meias, com a escolinha aberta a meninos e meninas – a inscrição ainda será divulgada. A programação terá turnos na manhã e à tarde, num cenário de imersão, com dois instrutores da base do clube coordenando treinos técnicos e táticos. No último dia, provavelmente um sábado, todos devem participar juntos.

No Brasil, existem quatro escolas fixas do Barça, sendo duas em São Paulo, uma no Rio e outra em Santa Catarina. Em outras localidades, ações pontuais, através dos camps. Tudo sob a vistoria do pentacampeão Edmílson, ex-jogador do clube e embaixador do projeto no país, que esteve no estado para o evento solidário Jogo do Bem, na própria arena. A concorrência do Barcelona com os times locais, em termos de preferência infantil, já começava a ficar forte na televisão. Agora, torna-se presencial, com possíveis efeitos a longo prazo. Por outro lado, mostra in loco o trabalho a ser feito com a faixa etária.

Saiba mais sobre o Barcelona Soccer Camp clicando aqui.

FCBEscola Soccer Camp, em Fort Lauderdale. Foto: divulgação

O Brasil de Neymar na Olimpíada de 2016

Os 18 convocados para a Seleção Olímpica de 2016. Crédito: CBF/facebook (montagem)

Os 18 nomes da Seleção Olímpica de 2016 foram revelados pelo técnico Rogério Micale, com quinze jogadores dentro do limite de 23 anos e três acima, Fernando Prass, Neymar e Douglas Costa. O time verde e amarelo se apresenta em 18 de julho, para a preparação na Granja Comary. No grupo, Neymar é a principal estrela. A sua convocação já era certa, pois a direção da CBF optou pela sua presença nos Jogos do Rio em detrimento da Copa América Centenário, uma vez que o Barça só o liberou para um torneio. Por sinal, a liberação, que neste caso não é obrigatória, foi um entrave.

Começou já no gol, com o Benfica vetando Ederson. Assim, sem bons nomes na faixa etária, Micale optou pelo palmeirense Prass, 37, que nunca atuou na Seleção. Foi chamado pela liderança, histórico em decisões por pênalti e boa fase no clube. Já Douglas Costa, decisivo no Bayern, ganhou a disputa com o zagueiro Thiago Silva pela terceira vaga sem restrição. Ainda nesta mescla, o ex-alvirrubro Douglas Santos, já presente na seleção principal, se firmou na ala esquerda. Já para a composição do time, apenas um “armador clássico”, Felipe Anderson, com Fred podendo se improvisado. Lembrando que são cinco atletas a menos em relação aos torneios com as seleções principais.

O torneio olímpico de futebol, de 4 a 20 de agosto, será disputado em sete estádios espalhados no país, com quatro grupos de quatro times, nos quais os dois melhores avançam. Na sequência, quartas de final, semifinal e final, no Maracanã. Nas últimas oito edições da competição, o Brasil conquistou cinco medalhas, sendo três pratas (1984, 1988 e 2012, já com Neymar) e dois bronzes (1996 e 2008). Falta o ouro, numa obsessão maior a cada revés.

Confira o quadro de medalhas do torneio olímpico masculino de futebol aqui.

Goleiros
Fernando Prass, 37 anos (Palmeiras)
Uilson, 22 (Atlético-MG)

Laterais
Willian, 21 (Inter)
Douglas Santos, 22 (Atlético-MG)
Zeca, 22 (Santos) 

Zagueiros
Rodrigo Caio, 22 (São Paulo)
Luan, 23 (Vasco)
Marquinhos, 22 (PSG) 

Meias
Thiago Maia, 19 (Santos)
Rodrigo Dourado, 22 (Inter)
Fred, 23 (Shakhtar Donetsk)
Rafinha Alcântara, 23 (Barcelona)
Felipe Anderson, 23 (Lazio) 

Atacantes
Neymar, 24 (Barcelona)
Douglas Costa, 25 (Bayern de Munique)
Luan, 23 (Grêmio)
Gabriel Barbosa, 19 (Santos)
Gabriel Jesus, 19 (Palmeiras)

Tabela da seleção masculina na 1ª fase:
04/08 – Brasil x África do Sul (Mané Garrincha, 16h)
07/08 – Brasil x Iraque (Mané Garrincha, 22h)
10/08 – Brasil x Dinamarca (Salvador, 22h) 

Islândia, um país menos populoso que Olinda, destrona a Inglaterra. Acredite

Torcida da Islândia. Foto: Eurocopa 2016/twitter (UEFAEURO_

O território da Islândia é quase do mesmo tamanho de Pernambuco, com 103.001 km² x 98.149 km². Demograficamente, contudo, há uma enorme diferença, com 9,4 milhões de habitantes no estado e apenas 331 mil no país insular, espalhados em cidades pequenas no litoral, bem afastadas da Europa. Lá, num cenário quase deserto, o futebol vive. Apesar da população menor em relação a cinco municípios locais (Olinda, para se ter ideia, tem 57 mil a mais!), é capaz de formar uma seleção competitiva, que já faz história na Euro 2016.

Começou nas eliminatórias, num rendimento já irreal para o padrão da equipe. Seguiu contra a lógica na fase de grupos e alcançou uma impressionante classificação às quartas, vencendo a Inglaterra por 2 x 1, de virada. Superou o inventor do esporte, o país da liga mais rica, de um nível de profissionalismo superior a oito divisões. Na Islândia, segundo a federação nacional de futebol (KSI), existem apenas 3 mil adultos jogando bola, com 100 profissionais!

Fazendo uma relação entre a população masculina (167 mil islandeses) e os 23 convocados da seleção, 1 em cada 7 mil foi chamado para o torneio continental. No estado, essa conta ficaria 1 em 198 mil. Tudo, absolutamente tudo, sobre a Islândia parece ficção, como a sua torcida, com 5% do país presente nos jogos na França. Uma torcida fiel, que segue a sua história, agora contra os donos da casa, os franceses. Mundialmente, a torcida já está maior…

1.617.183 – Recife (IBGE, estimativa de 2015)
686.122 – Jaboatão
389.494 – Olinda
347.088 – Caruaru
331.951 – Petrolina

331.811 – Islândia

322.730 – Paulista
200.546 – Cabo
154.054 – Camaragibe
136.949 – Garanhuns
135.805 – Vitória

Islândia comemora a classificação às quartas da Euro 2016. Foto: Eurocopa 2016/twitter (@UEFAEURO)

Mark González, o primeiro jogador do Sport campeão da Copa América

Mark González, campeão da Copa América de 2016. Foto: instagram (markgonzalez11)

O meia Mark González volta ao Recife com a medalha dourada no peito. Convocado às pressas para substituir o lesionado Matías Fernández, o jogador acabou ganhando espaço na delegação chilena durante a vitoriosa campanha na Copa América Centenário, entrando em campo nas quartas e na semifinal. Na primeira apresentação, no antológico 7 x 0 da La Roja sobre os mexicanos, ainda participou diretamente, com uma assistência. A foto com a taça, num registro do instagram do atleta, comprova que a viagem aos EUA valeu a pena.

Apesar de ainda não ter deslanchado no Sport, Mark já estabeleceu um marco em 2016. Tornou-se o primeiro jogador de um clube pernambucano a conquistar a Copa América. Até hoje, a única participação local havia sido 1959, com Pernambuco representando o Brasil e ficando em 3º lugar. Em outros torneios com seleções adultas, este é o segundo título, 40 anos após Givanildo Oliveira, então no Santa Cruz, vencer o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos. Relembrando outras participações, o volante Leomar parou na semi da Copa das Confederações em 2001, enquanto o alvirrubro Nado (1966) e o tricolor Nunes (1978) acabaram cortados do Mundial. À parte disso, apenas amistosos.

Quis o destino que o primeiro fosse justamente de outra bandeira…

Sobre Mark González…

No Chile (2003-2016)
55 partidas, 6 gols

No Sport (2016)
12 jogos, nenhum gol

Mark González durante a viagem na Copa América 2016, nos EUA. Foto: instagram (markgonzalez11)