A megaestrutura armada na granja para difundir apenas um conteúdo

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis – Estúdios de televisão, estações de rádio, caminhões de transmissões e redações de jornal. Tudo em grande número, tudo reunido no mesmo estande e com apenas uma pauta: Seleção Brasileira.

A rotina diária na preparação dos convocados é quase sempre a mesma.

Treino às 9h30, coletiva às 12h30 e treino às 15h30.

Não há zona mista com os jogadores. A quebra de protocolo é mínima.

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A agenda só muda em casos excepcionais, como Felipão fugindo da chuva e aparecendo um dia no centro de imprensa, Neymar e Fred jogando videogame ou um torcedor que tenha conseguido um raro acesso ao campo.

Fora isso, apresentadores e humoristas chegando a todo instante, tentando tirar uma casquinha da Canarinha.

Cobrindo tudo isso, 1.632 profissionais credenciados pela CBF.

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Boa parte do público autorizado à Granja Comary é formada por integrantes da Rede Globo, com boletins dia e noite. Os estrangeiros também marcam presença – há, inclusive, um centro de tradução das coletivas.

Só da Inglaterra vieram 32. Do Catar, sede do Mundial de 2022, 4 estão por aqui. Do Japão há Kyomi Nakamura, que já cobre a Canarinha há 13 anos. A estrutura oferecida conta até com uma arquibancada improvisada de “mirante” para as câmeras de foto e tevê

Tudo pela única pauta que interessa no futebol até o dia 13 de julho…

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis, a primeira cidade realmente no clima do Mundial

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis – Casa da Seleção Brasileira desde 1987, a cidade na região serrana do Rio de Janeiro talvez tenha a primeira do país a entrar verdadeiramente no clima da Copa do Mundo de 2014. Justamente pelo fato de abrigar a Granja Comary, o entusiasmo local surgiu mais rapidamente.

Reformado ao custo de R$ 15 milhões, o moderno centro de treinamento fica logo na entrada do município, após uma subida íngreme. Num trajeto de 85 quilômetros a partir da rodoviária da Cidade Maravilhosa, onde o blog pegou um ônibus expresso, foram 871 metros de estrada acima. No fim do percurso, a neblina já cobria parte dos morros que cercam a pacata Teresópolis, de 167 mil habitantes. Por sinal, a temperatura vem caindo, variando de 15 graus (dia) e 10 graus (noite).

A ornamentação nas ruas começou uma semana antes da chegada da delegação brasileira, que trouxe consigo um batalhão de jornalistas de todos os cantos do país e do exterior – aproximadamente duas mil credenciais foram solicitadas junto à CBF.

Hotéis e pousadas estão lotados. Taxista com ponto bem na frente do portão da granja, Fernando Rebelo conta que as reservas na rede hoteleira visando a preparação da Canarinha começaram ainda em novembro passado. Um hotel, o Bel-Air, construiu 32 novos quartos por causa disso. Por sinal, o empreendimento foi escolhido pela direção da confederação brasileira de futebol para a distribuição de credenciais.

Turistas, jornalistas e uma cidade viva, respirando o Mundial. Com mais gente circulando, o cenário vai se transformando, com as cores verde e amarela. Rodoviária, avenidas centrais, casas, lojas, carros, postes. O comércio, claro, foi no embalo. No bojo, decoração oficial e espontânea em todos os cantos, algo tão tradicional em outras Copas, em tantas outras cidades do país…

Em 2014, o processo nacional segue mais lento. Teresópolis larga como exceção.

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis decorada para receber a preparação da Seleção Brasileira visando o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Sport lutou, pressionou, finalizou. Acabou no empate sem gols com o Grêmio

Série A 2014, 8ª rodada: Sport 0x0 Grêmio. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O goleiro Marcelo Grohe foi disparado o melhor em campo. Defendeu chutes de Érico Júnior, Patric, Renê e Robert Flores…

Mesmo desfalcado de Neto Baiano e Durval, o Leão fez uma partida bem superior àquela apresentação contra o Corinthians, na mesma Ilha do Retiro.

Em uma noite chuvosa, com menos de oito mil espectadores, os rubro-negros pressionaram o Grêmio – na briga pelo G4 – o tempo todo.

A rigor, Magrão fez apenas uma defesa, numa cabeçada no início do segundo tempo. Enquanto isso, Grohe ia garantindo o empate. No 90 minutos, foram 22 finalizações rubro-negras e 11 tricolores. O dobro.

No lado pernambucano, Érico Júnior foi a surpresa positiva. Tem lá as suas limitações técnicas, mas é gás puro. Buscou bastante as jogadas pelas pontas. Pecou, e como, nas finalizações.

Negativamente, apesar do arremate no finzinho, o lateral-esquerdo Renê continua caindo de produção, comprometendo tanto ofensiva quanto defensivamente.

Após duas derrotas seguidas, o Sport ao menos voltou a pontuar com o 0 x 0.
Até a parada para a Copa do Mundo, o time ainda terá mais duas partidas, contra os outros nordestinos na Série A.

Vitória em Feira de Santana e Bahia na Ilha. Na rivalidade regional, o Sport buscará a paz em junho. Valeu a força de vontade nesta quarta. Faltou gol, “só”.Série A 2014, 8ª rodada: Sport 0x0 Grêmio. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Músicas extraoficiais da Copa, de norte a sul. Inclusive no Recife

As músicas alusivas à Copa do Mundo vêm surgindo em grande escala…

À parte da canção oficial, foram criadas músicas encomendadas por empresas em grandes campanhas no embalo do torneio no país.

Fora as bandas que simplesmente querem aproveitar o momento.

As versões extraoficiais vão de de norte a sul. Até mesmo em Pernambuco. Aqui, o grupo Sambaled também fez a sua versão, num sambão.

O campeão voltou (Sambaled)

Mostra a tua força (Paulo Miklos e Fernanda Takai)

La la la (Shakira e Carlinhos Brown)

Todo mundo (Gaby Amarantos e Monobloco)

Vale relembrar, claro, a música oficial também…

We are one (Pitbull, Jennifer Lopez e Cláudia Leite)

Aviões da Seleção Brasileira no Mundial

Avião da Gol para a Seleção Brasileira em 2014. Crédito: Gol/divulgação

São mais de vinte anos de tradição. A cada Copa do Mundo, a Seleção Brasileira embarca em um avião temático. A versão de 2014 é, sem dúvidas, a mais diferente na história da canarinha. Utilizando mil latas de spray, o grupo Os Gêmeos pintou a diversidade de etnias do país em um boeing 737-800, da Gol.

O avião, customizado no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, irá transportar a delegação brasileira em todo o Mundial. A princípio, a aeronave não irá pousar no Aeroporto dos Guararapes. Porém, há uma possibilidade. Quando não estiver a serviço da CBF, a aeronave entrará na operação regular da companhia.

Será a primeira vez que a Gol irá transportar a Seleção em um Mundial. De 1962 a 2006 a viagem foi via Varig. Em 2010, foi a TAM. Abaixo, os aviões desde o Mundial de 1994 e da Copa das Confederações no país. Qual foi o mais bonito?

Em 2013, a Copa das Confederações marcou a estreia da parceria CBF/Gol. A aeronave foi a mesma escolhida para o Mundial. A pintura chapada, com amarelo, azul e verde cobriu mais da metade do avião.

Avião da GOL para a Seleção Brasileira. Foto: CBF

Em 2010, na África do Sul, a TAM escolheu um Airbus A330 de sua frota, com capacidade para 219 pessoas. O nariz foi pintado com a bola do Mundial de 70.

Avião da TAM para a Seleção Brasileira em 2010. Crédito: www.skyliner-aviation.de

Na última viagem da Canarinha a bordo da Varig, em 2006, o avião foi um MD-11. Antes de chegar na Alemanha, a festa na intertemporada em Weggis.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2006. Crédito: http://forum.contatoradar.com.br

Na viagem mais longa já feita, para o outro lado do mundo, em 2002, a Varig utilizou um boeing 767-300. Na Ásia, o pentacampeonato mundial.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2002. Crédito: www.airlines.net

Na primeira tentativa para o penta, na França, a Varig disponibilizou um boeing 737. Em 1998 a companhia já havia apresentado um novo logotipo.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1998. Crédito: airlines.net

Em 1994 a seleção tetracampeã mundial foi transportada por um DC-10 da Varig. Na volta, o desembarque aconteceu no Aeroporto dos Guararapes

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1994

A 8ª classificação da Segundona 2014

Classificação da Série B 2014, na 8ª rodada. Crédito: Superesportes

Terça-feira cheia na Série B. A noite começou com a primeira vitória tricolor na competição. Com o 2 x 0 sobre o Boa Esporte, no interior mineiro, o Santa Cruz subiu do 17º para 12º lugar. Já o Náutico, derrotado nos Aflitos, despencou da 11ª para a 16ª posição. Só não entrou no Z4 porque o Icasa foi derrotado nos minutos finais.

Após oito rodadas, a liderança segue com o América-MG, apesar da derrota. Por sinal, tal fato deixou o Tricolor como único invicto da segundona.

A 9ª rodada dos representantes pernambucanos
30/05 – Santa Cruz x Joinville (21h30)
31/05 – América-MG x Náutico (16h20)

Dois jogos foram adiados. Na 4ª rodada, por causa das fortes chuvas, Sampaio Corrêa passou para 7 de junho. Na 5ª rodada, devido à greve da PM, Náutico x Vasco foi reagendado para 12 de agosto.

O Náutico não matou a saudade da torcida nos Aflitos

Série B 2014, 8ª rodada: Náutico x Avaí. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A expectativa na volta para casa era enorme, de quase um ano.

A chuva forte no Recife na acabou comprometendo a presença do público. Ainda assim, 9.030 pessoas foram ao jogo. Só não foi a festa que se esperava…

A ação “Revivendo os Aflitos”, com direito à camisa exclusiva, acabou na frustrante derrota para o Avaí, 1 x 0. O resultado na Série B não foi acidental.

O Timbu jogou um mau futebol. Parecia desconhecer o velho campo, com a sua característica pesada, ainda mais o toró. O adversário pressionou mais no primeiro tempo, buscando bastante a linha de fundo, enquanto o Alvirrubro mal conseguia articular a transição entre meio-campo e ataque.

O gol de Paulo Sérgio, de cabeça, foi uma síntese das oportunidades criadas.

A vitória parcial dos catarinenses tirava o Avaí do Z4 e empurrava o próprio Timbu. No intervalo, não por acaso, a torcida alvirrubra foi fazer pressão no vestiário, como nos velhos tempos. Ali sim, literalmente, revivendo os Aflitos.

Na etapa final, o técnico Sidney Moraes promoveu a entrada do centroavante Rodrigo Careca, que logo arriscou a primeira finalização. Mas não mudou muito.

Na verdade, o Náutico piorou em campo. De forma afobada, tentou o empate, sem criar chances reais. E cedeu espaço para contragolpes.

A volta excepcional aos Aflitos resultou no primeiro revés como mandante. Nos dois jogos anteriores, na Arena Pernambuco, foram duas vitórias.

Série B 2014, 8ª rodada: Náutico x Avaí. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Uma vitória tricolor para inverter todas as estatísticas

Série B 2014, 8ª rodada: Boa Esporte 0x2 Santa Cruz. Foto: PAKITO VARGINHA/FUTURA PRESS

O Santa Cruz enfim venceu na Série B. Fora de casa, jogando bem melhor que o Boa Esporte e mais atento na defesa, fez 2 x 0.

O triunfo transformou todas as estatísticas adversas desde então. Começando pela mais falada. Eram sete empates seguidos até esta terça. Mais duas igualdades e o clube igualaria o recorde no país, do Inter, na Série A de 1972.

Na segunda divisão, o Tricolor não vencia há 18 jogos! Uma marca desde sua última participação. Desde o 2 x 0 sobre o Ituano, em 27 de junho de 2007.

Voltando à competição presente, o time havia aberto o placar em cinco oportunidades e cedido o 1 x 1 em todas as elas. Nesta noite, em Varginha, marcou primeiro novamente – com Nininho, após bela tabela com Pingo -, e não só segurou a vantagem como ampliou – Betinho, de pênalti.

Com o resultado positivo, vamos à nova visão dos números…

Se mantém invicto na segundona. Ao todo, a série já dura 14 partidas, incluindo as últimas seis na campanha do acesso na terceirona. O Santa Cruz não perde no Brasileiro desde 13 de outubro de 2013. Treze 1 x 0.

Por fim, a melhor das estatísticas para o povão: deixou a zona de rebaixamento, ultrapassando o próprio adversário mineiro.

E o dia ainda termina com outra notícia. Na próxima rodada, nos Aflitos, poderá ter a presença do seu torcedor, após um efeito suspensivo.

Série B 2014, 8ª rodada: Boa Esporte 0x2 Santa Cruz. Foto: PAKITO VARGINHA/FUTURA PRESS

As pedras continuam voando, os clubes indo ao STJD e os marginais nos estádios

Pedra arremessada no carro do 4º árbitro no jogo Sport 1x4 Corinthians. Foto: Bruno Reis/Twitter (twitter.com/reporterbruno)

Pedras já foram arremessadas inúmeras vezes na Ilha do Retiro e no Arruda.

Em jogos de grande público, o perigo aumenta bastante…

Neste ano, ocorreu uma tragédia no José do Rego Maciel, com a morte de Paulo Ricardo, atingido na cabeça por um vaso sanitário, na rua, após a partida entre Santa e Paraná.

O crime aconteceu em 2 de maio. Menos de um mês depois, no dia 25, no Adelmar da Costa Carvalho, um marginal (disfarçado de torcedor?) voltou a atirar uma pedra.

Premeditado? Descontrole? Arruaça? Não importa. É uma dura rotina…

Desta vez, no jogo Sport x Corinthians, o tijolo também foi lançado na área externa do estádio. No caso, a pedra estilhaçou o vidro traseiro do carro do quarto árbitro, Sebastião Rufino Filho.

Felizmente, não havia ninguém dentro do veículo. O que só deixa claro que casos mais graves – ou extremos, como o de Paulo Ricardo – não ocorreram mais vezes, até hoje, quase que por “sorte”.

O criminoso segue sem identificação. À parte disso, o Sport foi citado na súmula do árbitro carioca Péricles Bassols.

Com a denúncia, o Leão deve ir a mais um julgamento neste ano no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O Tricolor já está cumprindo a segunda pena. Por mais emblemático que tenha sido, o assassinato segue indiferente aos marginais.

As pedras, vasos sanitários e reboco continuam sendo atirados da Ilha e do Arruda.

Os clubes continuam indo ao STJD.

E a maior parte dos marginais permanece frequentando os estádios recifenses…

Súmula do jogo Sport 1x4 Corinthians, na Série A 2014. Crédito: CBF/reprodução

A seleção histórica do Náutico, versão Aflitos

Seleção histórica dos Aflitos. Crédito: Náutico

Os torcedores alvirrubros votaram no site oficial do clube e escolheram a seleção histórica do Náutico que atuou nos Aflitos, a casa timbu de 1917 a 2013.

Os votos foram computados durante cinco dias.

Nesta segunda, foi anunciada a equipe oficial de estrelas de Rosa e Silva.

Lula; Gena, Beliato, Sidcley e Salomão; Clovis e Ivan Brondi; Nado, Bita, Bizu e Kuki.

Os onze serão homenageados pelo clube no evento “Revivendo os Aflitos”, como se tornou a partida contra o Avaí, válida pela Série B do Brasileiro.

Você votou em quantos nomes desta seleção, alvirrubro?

Da seleção histórica votada pelo blog apenas um nome não entrou: o zagueiro Lula (substituído por Beliato na formação oficial).