A 18ª classificação da Segundona 2013

Classificação da Série B 2013, na 18ª rodada. Crédito: Superesportes

Após várias semanas, enfim a classificação da Série B aponta todos os vinte clubes com a mesma quantidade de partidas. A Chapecoense, que tinha dois jogos a menos, entrou os Américas, de Minas e Natal.

A 18ª rodada da segunda divisão nacional manteve o mesmo quarteto no G4. A zona de classificação só não foi modificada graças ao último gol da rodada, do rubro-negro Nunes, deixando o Leão em 4º lugar. Contudo, a tabela embolou. Três pontos separam o 4º do 8º colocado.

Para terminar o primeiro turno entre os quatro melhores, provavelmente o Sport terá que buscar a vitória na Curuzu, em Belém…

A 19ª rodada do representante pernambucano
03/09 – Paysandu x Sport (21h50)

Mesmo falhando na defesa de uma ponta até a outra, o Leão se segura no G4

Série B 2013, 18ª rodada: Sport x Boa Esporte-MG. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Que a defesa do Sport vem mal na Série B é público e notório. Mas as falhas na marcação da equipe começam ainda no campo ofensivo, com erros repetidos. Apesar da vaga nas oitavas da final da Copa Sul-americana, os rubro-negros tinham plena consciência de que era preciso voltar a jogar bem, após duas atuações apagadas, com meio-campo acéfalo, laterais oscilando etc.

Pois neste sábado, no nada convidativo horário de 21h, o desempenho coletivo ruim continuou. Num confronto direto pelo G4 contra o Boa Esporte, o time pernambucano empatou em 2 x 2, levando dois gols parecidíssimos.

Os gols anotados por Rafinha, aos 19 minutos do primeiro tempo, e por Francismar, aos 27 da segunda etapa, tiveram uma peculiaridade. Ambos saíram em contragolpes após cobranças de escanteio do Sport. Isso mesmo, de um lado ao outro do campo, sempre no 3 contra 2, sem chance para Magrão.

Após o tiro esquinado mal executado pelos leoninos e a falta de combate no rebote, o Boa articulou rapidamente a jogada. Não houve nem reação para parar o lance (os lances) com falta. No jogo todo, sem Marcelinho Paraíba, o time mineiro foi melhor, ocupando bem os espaços, com mais pegada.

Nos descontos, o desajeitado Nunes, que entrara no lugar de Roger, que não cansa de finalizar mal, empatou numa cabeçada. O primeiro empate leonino na competição manteve o clube no G4, mas a torcida não engoliu a atuação…

A explicação é simples. Já são 29 gols sofridos em 18 partidas, com o pífio índice de 1,61 gol por jogo. A estatística deixa o Sport com a 5ª pior defesa da segundona até aqui. Não é um dado recomendável para o acesso…

Série B 2013, 18ª rodada: Sport x Boa Esporte-MG. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Timbu sem Sul-americana e sem reação na Série A

Série A 2013: Náutico x Atlético-PR. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A sequência de três jogos na Arena Pernambuco seria essencial para o Náutico manter factível a chance de permanência na elite nacional.

Atlético-PR, São Paulo e Vasco. Cinco pontos? Seis, sete? Nove?!

Projeção à parte, era preciso somar, para reduzir o hiato cada vez maior em relação ao 16º colocado da Série A, o primeiro acima da zona de descenso. O duro golpe na Copa Sul-americana, com a eliminação nos pênaltis diante do maior rival, teve como único alento o bom futebol apresentado pelo Timbu.

Houve quem apontasse o resultado dos 90 minutos como “motivação”. Prefiro a palavra alento mesmo, pois motivar um time após aquele contexto soa um tanto irreal. Portanto, acreditando nesse alento, a torcida se fez presente (veja aqui).

Na noite deste sábado, novamente na Arena, no primeiro jogo da minissérie como mandante, a equipe foi literalmente a mesma. Em campo, bem diferente.

Enfrentou uma adversário bem mais qualificado e com personalidade. Dirigindo o Furacão, Mancini emplaca um bom trabalho depois de muito tempo, incluindo duas passagens pífias no Recife. Jogou fácil e se manteve nas cabeças.

O revés por 4 x 1 , sofrendo os dois primeiros gols em dezoito minutos, mexeu de vez com a torcida, já desconfiada acerca da reação alvirrubra.

Olivera voltou a balançar as redes, desta vez com oportunismo, mas os vacilos da defesa, começando por Berna, logo no primeiro lance, definiram a história. Ofensivamente, ao contrário da pressão no clássico, quase não articulou.

Com 8 pontos em 15 jogos, o Náutico vai se complicando a cada rodaa. As projeções vão se tornando cada vez menores. Cada vez mais inalcançáveis.

Seguirá contra São Paulo e Vasco na Arena. Para a primeira projeção desta minissérie ser mantida, somente com duas vitórias seguidas…

Série A 2013: Náutico x Atlético-PR. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Campanha nacional de sócios alcança a força máxima, com 34 clubes

Clubes no programa nacional de sócios-torcedores em agosto de 2013

A meta do programa nacional de descontos para sócios-torcedores é fidelizar na campanha 2% da massa de torcedores estipulada sobre os 34 clubes de futebol com contratos em vigor com a Ambev, de 175 milhões de pessooas. Ou seja, seriam necessários 3,5 milhões de associados adimplentes.

Lançado em 14 de janeiro, o programa largou com 160 mil sócios, ou 0,09% da meta. Eram apenas 14 times envolvidos, espalhados em quatro estados. Agora, já com 571 mil membros, o índice chegou a 0,32%. Ainda falta bastante, claro.

No entanto, a novidade é a presença ainda nesta temporada dos 34 clubes. Sete novos escudinhos já estão presentes no site do Por um futebol melhor. Com isso, haverá a adesão de mais quatro estados, totalizando doze estados.

Estados envolvidos e o número de times: São Paulo (8), Rio de Janeiro (4), Minas Gerais (3), Rio Grande do Sul (3), Pernambuco (3), Santa Catarina (3), Ceará (3), Bahia (2), Paraíba (2), Goiás (1), Pará (1) e Rio Grande do Norte (1).

A partir de agora, o “torcedômetro”, como é chamado o ranking de sócios, só será ampliado em caso de novos contratos com a Ambev. Entre as equipes tradicionais do país que seguem à parte estão, entre outros, Coritiba, Atlético-PR, Paysandu, América-RN, Sampaio Corrêa e Criciúma.

Entre os pernambucanos presentes, eis as colocações atuais:

11º) Sport – 17.451
13º) Santa Cruz – 13.503
24º) Náutico – 3.264

Somados, os três têm rivais tem atualmente 34.218 sócios-torcedores. Para se tornar sócio de um dos três clubes do Recife, clique aqui.

Aflitos como locação para campanha de sócios… do Vasco

Campanha de sócios do Vasco em 2013. Crédito: www.vasco.com.br

O Vasco está lançando uma nova campanha de sócios.

Estrelada pelo experiente meia Juninho Pernambucano, ídolo vascaíno, o clube visa alavancar a quantidade de sócios-torcedores.

Atualmente, o time carioca conta com 15.998 associados adimplentes, marca modesta em relação aos outros grandes clubes brasileiros. O Vasco está na 12ª colocação no ranking nacional de sócios.

Até aí, tudo bem. Todos as agremiações do país devem investir no setor, na fidelização de seus torcedores, proporcionando uma boa fonte de renda.

Contudo, o departamento de marketing do Vasco escorregou feio…

Escolheu o estádio dos Aflitos como locação. No vídeo, o cenário ao fundo até foi escurecido. Porém, na imagem de divulgação do craque, na capa do próprio site oficial, o Eládio de Barros Carvalho se faz bem presente. Somente dentro da página aparece o tradicional São Januário, no mesmo ângulo.

Possivelmente, o vídeo foi produzido em alguma folga de Juninho na capital, pois ele também tem residência no Recife.

Campanha de sócios do Vasco em 2013. Crédito: www.vasco.com.br

Todos os 739 estádios de futebol do país devidamente catalogados

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli, Sport e Odebrecht

A quarta atualização do cadastro nacional de estádios foi divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol, desta vez com 739 praças registradas. A última revisão apontava 661 estádios. Ou seja, houve um aumento de 11%.

Além de listar todos os palcos e seus detalhes de forma separada por estados e regiões, o documento apresenta gráficos de capacidade de público e iluminação.

Considerando todos os estádios catalogados nas 27 unidades da federação, 235 estão no Nordeste, sendo 35 particulares, 3 federais, 19 estaduais e 178 municipais. Na região, 154 palcos têm iluminação, ou 65,5% do total.

Em Pernambuco são 39 estádios de futebol reconhecidos pela entidade, dois a mais que na temporada passada, incluindo a adesão da Arena Pernambuco na lista – fato ocorrido com outras arenas do Mundial. Aqui, são 32 locais com refletores e 7 sem sistema de iluminação. Confira o estudo completo aqui.

Uma curiosidade no levantamento é a capacidade de público no cadastro e a “capacidade oficial” de cada um, após novas medições. Ambos os dados são reconhecidos pela confederação para eventuais competições sob sua chancela.

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Lacerdão, por exemplo, aparecem com dois dados. A última medição foi feita no início da ano, pela FPF (veja aqui).

A menor praça esportiva do estado é o Agamenon Magalhães, em Goiana, com apenas 1.300 lugares. Inclusive, já foi utilizado na elite do Pernambucano na década de 1990. Na ocasião, arquibancadas tubulares ampliaram a capacidade.

Abaixo, a lista completa dos estádios pernambucanos.

Prop: propriedade. Capac: capacidade. Ofic: oficial. Ilum: iluminação.

Estádios pernambucanos presentes no Cadastro Nacional de Estádios da CBF, versão 2013. Crédito: CBF/reprodução

A profissionalização do trabalho psicológico nos times

Elenco tricolor com a coach Desirée Farah, em agosto de 2013. Foto: Jamil Gomes/Assessoria/Santa Cruz

O uso da psicologia no futebol brasileiro remete desde o primeiro título mundial do país. Em 1958, a delegação verde e amarela viajou para a Suécia acompanhada do psicólogo João Carvalhaes. Lá, a Seleção conquistou a Copa.

O trabalho não é recorrente. Geralmente, o “coaching” surge durante um desempenho ruim nos gramados. No Recife, os três clubes já tentaram.

O Santa, com a coach Desirée Farah em 2013, é mais um caso nesse perfil. Especialista em gestão de recursos humanos, Desirée comandará sessões com elenco para elaborar um diagnóstico e estratégias de comportamento.

Em 2010, o Náutico contou com José Luiz Tavares. Em 2011, o Sport trouxe Suzy Fleury, psicóloga com formação em coaching e famosa ao ser a primeira mulher na comissão técnica da Canarinha, em 2000, sob comando de Luxemburgo. Todos os trabalhos foram curtos, aquém dos prazos estipulados.

Sobre este tipo de trabalho, um breve resumo.

“O psicólogo do esporte não é mágico, não tem uma bola de cristal e também nenhuma pílula que solucione todos os problemas. Ele estuda o comportamento do atleta e o ambiente a sua volta. E a partir daí pode propor intervenções para modificar esse comportamento e, assim, melhorar seu rendimento.”

“A preparação psicológica é um processo, e deve fazer parte da preparação global do atleta. Quando se fala em Psicologia, em um acompanhamento de um psicólogo, logo imaginamos o contexto de um consultório. O trabalho do psicólogo do esporte é um pouco diferente do psicólogo clínico, ele irá acompanhar o atleta no seu dia a dia, durante o período de treinamento e competição e o foco principal é o desempenho. ”

Os dois parágrafos acima fazem parte do artigo de Sâmia Hallage Figueiredo, doutora pelo Instituto de Psicologia da USP. Confira a íntegra aqui.

Seleção Brasileira em 2000. Foto: Suzy Fleury/Arquivo pessoal

Comendo farinha, jogando futebol e lutando contra o preconceito

Farinha. Crédito: www.liberdadefmpocoes.com.br

“Ficam chamando a gente de comedor de farinha. Tem que respeitar”.

Frase do goleiro Flávio, da equipe júnior do Sport, após a vitória nos pênaltis contra o Grêmio, nas quartas de final da Taça Belo Horizonte da categoria.

O camisa 1 do time Sub 20 da Ilha acusou atletas adversários de terem exagerado nas provocações durante a partida.

No futebol, no calor das partidas, alguns jogadores usam a provocação como artifício para desestabilizar o adversário. O flerte com o preconceito é constante, quase inerente. A partir disso vale uma reflexão mais sociológica…

Em que momento da história brasileira comer farinha se tornou algo depreciativo para o nordestino, na visão de algumas de pessoas do Sudeste-Sul?

Certamente, não é de hoje. Recue algumas décadas na história.

Há tempos, existe esse preconceito, possivelmente acompanhado da migração de cidadãos da região para estados abaixo da Bahia.

No Rio de Janeiro não é incomum um nordestino ser chamado de “Paraíba”, tampouco em São Paulo, com a denominação de “baiano” para qualquer um.

Obviamente, não é generalizado. E vem caindo a cada ano.

Mas não há como negar. Ainda existe. Ainda é uma tentativa de diminuir um povo a partir de sua culinária, entre outra série de fatores.

Vai do convívio no dia a dia, no trabalho e até mesmo num jogo de futebol.

Uma pena para quem acha isso, pois farinha no almoço é uma delícia…

Arena concebida com o metrô, mas sem o funcionamento pleno nos trilhos

Sistema de metrô do Recife. Crédito: Metrorec

O projeto da arena em São Lourenço foi anunciado pelo governador do estado em 15 de janeiro de 2009. O isolado terreno a 19 quilômetros de distância do Marco Zero seria integrado a uma série de ações de mobilidade.

Duplicação da rodovia BR-408, criação do corredor Leste/Oeste e a ampliação do metrô. A linha metroviária já passava próximo ao local, mas havia a necessidade de uma estação. Em uma obra arrastada, a Estação Cosme e Damião foi criada. A justificativa pioneira de sua existência foi, sim, o estádio.

O tempo passou, o estádio também foi erguido, a estação foi testada, veio a Copa das Confederações e, enfim, o primeiro clássico pernambucano…

Marcado para as 21h50 de uma quarta-feira. O jogo acabará, em situações normais, por volta de meia-noite. Qualquer atraso ou decisão por pênaltis e o duelo entrará pela madrugada. Pois bem. O Metrorec, a companhia pública responsável pela coordenação do metrô na região metropolitana, confirma que o trabalho no dia será encerrado no tempo padrão, às 23h.

Acredite, o principal modal para o estádio, segundo o próprio governador do estado há quatro anos, no pomposo anúncio, não funcionará plenamente.

Num clássico, numa demanda de organização bem maior, e o metrô só irá operar na ida? O Metrorec alega que o horário da partida é justamente o da manutenção. Só “esqueceram” do novo estádio de R$ 650 milhões, que dependerá dos trilhos por muitos anos. Inclusive nos jogos à noite…

Creio que até o jogo o esquema será modificado. Ou será uma desmoralização.

Terceirona 2013, rodada 12

Classificação da Série C 2013, na 12ª rodada. Crédito: Superesportes

Com apenas quatro jogos em casa no returno, o Santa Cruz precisaria de um aproveitamento de 100% como mandante para facilitar a missão fora de casa. Com o empate sem gols no Arrruda, contra o CRB, o Tricolor ficou numa situação ainda mais complicada no grupo A da terceira divisão nacional.

Na rodada passada, o tricampeão estadual estava a dois pontos do G4. Agora, está a três. Só aumentou a responsabilidade de vencer fora, o calo nesta campanha. Apesar de ter clubes com 11 e 13 jogos, a rodada equivaleu à 12ª. A classificação seguirá assimétrica, com números distintos, até a 22ª rodada.

A 13ª rodada do representante pernambucano
01/09 – Cuiabá-MT x Santa Cruz (16h)