Abrindo mão do lucro para a formação do elenco

Dinheiro no futebol

Início da negociação. Após encontrar o jogador supostamente ideal, através de seus dirigentes ou de empresários, o clube negocia com o atleta (ou seu agente) e acerta as bases salariais e as luvas, após semanas de conversas. Paralelamente a isso, se articula com o detentor dos direitos econômicos, de milhões de reais. Clube ou grupo financeiro.

Ou abre o cofre e compra a totalidade (ou um percentual) ou então, sem um caixa tão forte, negocia a possibilidade de fechar com o reforço sem pagar nenhum centavo…

De graça? O dono não ganhará nada?! Não existe isso no futebol. Na prática, o detentor dos direitos sempre terá uma vantagem. Espera valorizar o seu jogador em outra praça ou mantém as plenas condições de requerer o nome de volta a hora que quiser.

Sendo ele titular ou não. Capitão ou não. Ídolo ou não.

No começo deste ano o volante Derley assinou com o Náutico por R$ 75 mil mensais, no maior salário pago clube até então. Seis meses depois, o Inter exigiu o atleta de volta, ao receber uma proposta de R$ 800 mil do Atlético-PR, a qual o Timbu não cobriu.

Este é apenas um exemplo do futebol atual, com elencos sem controle.

Por outro lado, com cifras altas, aparece como um caminho para manter o nível técnico.

Você concorda que seu clube abra mão dos direitos econômicos dos jogadores para conseguir reforçar o elenco?

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  • Sport - Sim (20%, 139 Votes)
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  • Santa Cruz - Sem opinião formada (2%, 13 Votes)

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A 9ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 9 rodadas

Fim da nona rodada na divisão de elite do Brasileirão.

Neste fim de semana alvirrubros e rubro-negros começaram a puxada sequência de cinco jogos em 14 dias. Elenco e bom preparo físico, pontos cruciais para um bom desempenho nesta complicada etapa da Série A.

No sábado, mesmo com o bom futebol no Pacaembu, o Náutico não conseguiu conter o Corinthians. Com dois gols de Danilo, o campeão da Libertadores se reabilitou, 2 x 1.

No domingo, Sport teve muito trabalho para vencer a Portuguesa. O ataque funcionou, com Henrique e Gilberto. O setor marcou oito dos dez gols do time. No fim, 2 x 1.

A 10ª rodada da Série A para os pernambucanos:

18/07 (19h30) – Grêmio x Sport
18/07 (20h30) – Náutico x Ponte Preta

Ataque funciona e Sport retoma a força em casa

Série A 2012: Sport  2x1 Portuguesa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Historicamente, o Sport constrói as suas campanhas no campeonato brasileiro com um bom rendimento na Ilha do Retiro. Com a força da torcida e na pressão.

Nesta Série A, até o jogo contra a Portuguesa, o cartel era de apenas uma vitória em quatro partidas. Vencer o time paulista neste domingo era obrigação, para retomar a força em casa e chegar a três rodadas seguidas somando pontos.

Com bastante luta e entrega nesta noite, além do apoio de 17 mil pessoas, Sport 2 x 1.

Dos dez gols do Leão na competição, oito foram marcados por atacantes, como nesta partida. Com opções para compor o setor, o técnico Mancini escalou três atacantes.

Contudo, Marquinhos Gabriel precisou jogar um pouco mais recuado, uma vez que Felipe Menezes e Hugo, especialistas na meiuca, ainda não puderam atuar.

O duelo contra a Lusa começou franco. Mesmo em casa, o Leão apostou nos contragolpes. Após uma chance perdida para cada lado, o gol rubro-negro.

E não foi num contra-ataque, mas em uma jogada trabalhada. O arremate do jovem Henrique foi de fora da área. O desvio na zaga ajudou a “matar” o goleiro Dida.

Com a vantagem mínima, o Sport ficou um pouco mais retraído. Aos 25 minutos, o grito de Vágner Mancini na área técnica, enxergando bem o jogo.

“Gilberto, passa para o 3-5-2! Avisa ao Tobi.”

Tobi acabou ajudando Edcarlos e Ailson, um tanto perdidos até ali, com as investidas da trupe do centroavante Ricardo Jesus e do meia Moisés.

No finzinho, aos 41 minutos, o estreante Gilberto ainda mandou uma bomba para as redes, mas o árbitro assinalou impedimento. Não estava.

Com uma partida equilibrada, o time pernambucano precisou voltar mais incisivo na segunda etapa, não só nos contragolpes como na marcação.

Mas isso ficou no campo da teoria, pois a Portuguesa manteve o domínio no meio-campo durante boa parte do jogo. Magrão foi acionado pelo menos três vezes!

No seu estilo, surpreendendo, o Sport ampliou aos 25 minutos, num gol que parece um script básico no futebol. Carrasco vestindo a camisa do Santa Cruz, Gilberto encheu o pé num rebote do lateral Cicinho e marcou o gol. Agora válido.

Para recompor o meio-campo, Moacir deixou o banco e entrou em sua 100ª partida pelo clube. Festa à parte, o jogo seguia perigoso. Tanto que a Lusa, num golaço de Moisés, diminuiu logo depois. Sem vacilar, o Sport segurou o resultado. Foi competitivo. Venceu.

Série A 2012: Sport  2x1 Portuguesa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A viagem mais cara para torcer pelo seu time

Pacote aéreo do Corinthians para o Mundial de Clubes. Crédito: Corinthians/divulgação

Quanto você já gastou para assistir ao seu time? Ingresso caro, local distante etc.

Náutico, Santa e Sport a quilômetros de distância…

Então, até quanto você pagaria para ver no estádio a uma apresentação do seu time?

Pense e leve em consideração que esse suposto jogo irá decidir o Mundial de Clubes.

Pois é.

O Corinthians, como se sabe, irá para o Japão para a competição desta temporada, após o inédito título da Taça Libertadores da América.

O clube já lançou pacotes oficiais, associado a uma companhia de viagem. O pacote inclui passagens aéreas, hospedagem, traslado e kit torcedor (veja aqui).

São 10 parcelas de R$ 1.020. E sem ingresso!

Sim, dez mil reais…

À vista há um desconto irrisório, deixando o preço em R$ 10.195.

Esse preço é válido para assistir in loco a algo histórico? Opine.

Campeão da Libertadores suou no frio para derrubar o Timbu

Série A 2012: Corinthians 2x1 Náutico. Foto: Daniel Teixeira/AE

Mais de 25 mil pessoas no Pacaembu. Onze dias depois da final da Taça Libertadores. E lá estava o Corinthians em mais um compromisso em seu conhecido reduto.

No frio paulistano, o Náutico era a cobaia da vez.

Ou pelo menos era o que se acreditava para a partida.

Com o campeão continental focado e precisando de uma recuperação urgente na Série A, a força máxima foi utilizada diante do Timbu. Mas não houve facilidade alguma.

A vitória foi do Corinthians, 2 x 1, mas o Náutico vendeu caro o resultado.

Fez um primeiro tempo correto, bem postado em campo. Não se expôs. E nem por isso abriu mão do ataque, sem Kieza, que precisou cumprir uma suspensão da Série B.

Nos quatro primeiros minutos, por exemplo, foram cinco escanteios a favor dos comandados de Alexandre Gallo. Tocando a bola e chegando rápido.

O Náutico, que não perdia há duas décadas do Timão, encontrou o seu gol aos 20 minutos. De fora da área, Elicarlos abriu o placar, no cantinho de Cassio.

No entanto, a vantagem, até certo ponto justa pela regulaidade no rendimento alvirrubro, durou apenas sessenta segundos.

O tento de empate saiu em uma terrível falha de posicionamento da defesa pernambucana. Eram quatro jogadores durante o lançamento para Danilo, que já perdera uma chance. Ele se saiu bem da marcação a acertou um belo chute.

Foi um lance para chamar a atenção mais uma vez sobre o setor. O gol decisivo, que impôs ao Náutico a 5ª derrota na competição, saiu no comecinho da etapa final.

Bola cruzada pelo lado esquerdo. Ronaldo Alves cortou mal e acertou a trave. Paulinho pegou o rebote e encheu o pé, explodindo a bola no travessão. Mais um rebote para o Corinthians. Agora nos pés de Danilo, que tem qualidade mesmo. Marcou de novo.

O frio ia aumentando na noite em São Paulo, 14 graus. Congelou a partida.

Apesar do ritmo desacelerado, Gallo ainda promoveu a entrada do atacante argentino Romero no lugar do irregular Kim. O gringo acertou o travessão aos 45 minutos.

A jogada deixou o Corinthians consciente de que a luta foi grande neste sábado…

Série A 2012: Corinthians 2x1 Náutico. Foto: Náutico/divulgação

No duelo improvável, o resultado provável a favor dos corais

Série C 2012: Santa Cruz 2 x 1 Treze. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

Não havia como imaginar um confronto oficial entre Santa Cruz e Treze neste ano.

Diante de quase sessenta mil testemunhas, em 2011, o Tricolor conquistou o acesso à Série C exatamente diante do clube de Campina Grande. Era um mata-mata.

Num processo jurídico pra lá de complicado, de explicar e entender, o representante paraibano também adquiriu o seu lugar na competição desta temporada.

Ironicamente, a repetição improvável do duelo, neste sábado, foi justamente a primeira transmissão da Terceirona em rede nacional, via televisão por assinatura.

O público no Arruda foi abaixo daquele duelo decisivo do ano passado, mas os 20.342 torcedores presentes viram um jogo bem mais emocionante.

Em vez de um nervoso empate sem gols, uma atuação muito superior dos corais.

O bicampeão pernambucano foi soberano na partida, pressionando o Treze contra a parede. Ataque e contragolpe, quase sempre com perigo.

No primeiro tempo foram dois gols, mas a massa tinha a certeza de que havia sido pouco. O primeiro saiu com o zagueiro William Alves, numa cabeçada após escanteio.

No último lance da primeira etapa, Dênis Marques, bem ligado no jogo, mandou um chutaço de fora da área. Mais um gol de longa distância do artilheiro.

Na etapa final, contudo, o limitadíssimo time de Marcelo Vilar se aproveitou dos erros do Santa. A Cobral Coral continuava sufocando, criando oportunidades. Mas abusou do direito de perder gols. Tornou o jogo perigoso.

Numa bobeira do volante Memo, aos 26 minutos, o Treze recuperou a bola e Brasão, ex-ídolo coral, marcou o gol, num chute certeiro.

A partir daí, o alvinegro se mandou pra frente, desorganizado. Mas também encontrou a defesa pernambucana assustada. O goleiro Fred ainda operou um milagre.

Sem direito a liminar paraibana ou algo do tipo, Santa Cruz manteve o 2 x 1.

Uma vitória num jogo tão improvável que caso a justiça mude todo de novo, o resultado poderá ser anulado. Como se ninguém tivesse visto o rendimento coral…

Série C 2012: Santa Cruz 2 x 1 Treze. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

Kuerten e Capriati imortalizados após série de coincidências

Gustavo Kuerten ergue o troféu de Roland Garros de 2001

Nascidos em 1976, o brasileiro Gustavo Kuerten e a americana Jennifer Capriati dividem também três datas marcantes na história do tênis.

Em 2001, no tradicionalíssimo saibro de Roland Garros, ambos viveram dias inesquecíveis na quadra Philippe Chatrier, para deleite dos amantes do esporte.

Em 9 de junho, Capriati venceu a belga Kim Clijsters de virada por 2 sets 1. Arrasada no primeiro set por 6/1, a americana abusou da técnica e cravou 6/4 e um longo 12/10 para ficar com a sua única taça em Paris.

No dia seguinte ela conferiu no camarote da quadra central a apresentação de gala de Guga, que confirmaria de vez o seu reinado no Aberto da França. Tricampeão.

Também de virada, 3 sets a 1 no espanhol Alex Corretja. Parciais de 6/7, 7/5, 6/2 e o chamado “pneu” para fechar a conta, 6/0. Coração nas raquetadas e no barro.

Na noite daquele domingo, ambos ainda foram à festa de encerramento de Roland Garros, agenda de praxe no circuito. Um brinde ao triunfo.

Pois naquele mesmo ano, em 15 de outubro, Jennifer, profissional desde 1990 – sim, aos 13 anos e 11 meses -, finalmente alcançaria o topo do ranking feminino, a WTA.

Lá já estava o brasileiro, líder da ATP, soberano. Foram quatro semanas seguidas com os dois tenistas em primeiro lugar no circuito.

Sem uma relação direta, eles continuaram as respectivas carreiras.

Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, Jennifer soma 14 títulos. Entre as taças, duas do Aberto da Austrália e uma de Roland Garros.Teve um histórico de 430 vitórias e 176 derrotas, acumulando US$ 10.206.639.

Já Guga, que trouxe ao circuito profissional um carisma há muito em falta, atravesssou as quadras como número 1 por 43 semanas.

Além do o tri em Paris, o título do Masters Cup e vitórias sobre Sampras, Agassi e Federer. Ganhou US$ 14.807.000 na carreira de 20 títulos, 358 vitórias e 185 derrotas.

Durante todo esse tempo, a figura paterna foi vital na história dos dois.

No caso de Jennifer, o comportamento abusivo do pai, com uma enorme pressão na cobrança por resultados, afetou a atleta fora das quadras. Guga, por sua vez, perdeu o pai muito cedo. O técnico Larri Passos praticamente assumiu essa identidade.

Passados onze anos, novo encontro nessas vidas dedicadas ao tênis.

Neste 14 de julho de 2012, Jennifer e Gustavo tornaram imortais para o esporte os sobrenomes Capriati e Kuerten, entrando no Hall da Fama do Tênis.

Lá estão homens e mulheres que conquistaram títulos no Grand Slam, que venceram jogos épicos e conquistaram feitos pra lá de relevantes no esporte.

O museu fica em Rhode Island, o menor estado dos EUA. Desde 1955, o Hall da Fama havia recebido 220 nomes. Agora, mas dois (veja aqui).

Acaso justo. Para o ídolo Kuerten e para a precoce Capriati.

Jennifer Capriati com a taça de campeã em Roland Garros, em 2001

Vestuário brasileiro para a Olimpíada londrina

Uniformes do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2012. Crédito: Nike/divulgação

Toda a delegação brasileira irá utilizar o material da Nike nas competições dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. É a primeira vez que a marca banca todos os esportes.

Apesar disso, até agora só 18 modalidades, das 32 com atletas brasileiros, confirmaram a marca. As demais seguem com fabricantes à parte do acordo com o COB (veja aqui).

O contrato entre a Nike e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se estende até a aguardada edição de 2016, no Rio de Janeiro.

Em Londres, estão garantidas as seguintes modalidades com o uniforme: atletismo, basquete, futebol, ciclismo de estrada, ciclismo indoor, mountain bike, BMX, boxe, tiro com arco, canoagem, tiro esportivo, remo, pentatlo moderno, luta greco-romana, levantamento de peso, tênis, tênis de mesa e vela.

No caso do futebol, apesar de a Nike também ter um milionário contrato em vigor com a CBF, o escudo da entidade não estará presente nos gramados britânicos.

Em vez do distintivo da CBF, a bandeira do Brasil, atendendo a uma norma do Comitê Olímpico Internacional. Abaixo, os dois padrões do time de Mano Menezes.

Além dos uniformes de competição, os atletas também terão trajes de viagem, vila olímpica e até para o possível pódio. Que esta última peça seja onipresente…

Uniformes do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2012. Crédito: Nike/divulgação

ISL à parte, doutor Ricardo Teixeira segue na CBF

José Maria Marin (CBF) e Eduardo Campos (governador de Pernambuco). Foto: Eduardo Braga/SEI

Em sua segunda visita ao estado como presidente da CBF, José Maria Marin foi questionado sobre a divulgação do dossiê do caso ISL, que revelou que os ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e da Fifa, João Havelange, receberam cerca de R$ 45 milhões em subornos da empresa de marketing esporitvo ISL (veja aqui).

Após anunciar o amistoso Brasil x China, no Arruda, Marin foi sabatinado. De óculos escuros, o senhor de 80 anos e sotaque paulista carregado manteve o tom ponderado.

Respondeu uma pergunta, sobre a operação da partida, e ficou calado em relação à segunda, feita pelo blog, sobre a polêmica internacional desvendada pela justiça suíça.

A segunda pergunta, presidente.

Silêncio.

A segunda pergunta, presidente…

Silêncio.

Faltou a segunda pergunta, presidente.

Enfim, comentou.

“Respeitosamente, prefiro não fazer nenhum comentário sobre essa pergunta.”

Mesmo sem falar sobre a ISL, o dirigente acabou comentando no fim da coletiva, ao ser questionado por outro jornalista, sobre o fato de Ricardo Teixeira continuar como seu assessor especial na entidade. Morando em Miami, Teixeira recebe R$ 120 mil mensais.

“Temos mais de 300 contratos em andamento na CBF. Teixeira contribui com uma assessoria pelo nível iternacional do cargo que ocupu por 24 anos, como membro da Conmebol e da própria Fifa. Nós, então, aproveitamos da melhor maneira possível a experiência que o doutor Ricardo tem no futebol internacional, inclusive captando recurso através de publicidade. O que foi divulgado (sobre a ISL) não tem nada a ver com o vínculo existente entre CBF e o doutor Ricardo. Não vejo a relação.”

O doutor Ricardo Teixeira segue firme e forte na entidade, direto de Boca Raton…

José Maria Marin (CBF) e Eduardo Campos (governador de Pernambuco). Foto: Eduardo Braga/SEI

A despedida do Recife para a Seleção Brasileira

Eliminatórias da Copa do Mundo, 2009: Brasil 2x1 Paraguai. Foto: Riicardo Fernandes/Diario de Pernambuco

As apresentações da Seleção Brasileira no Recife sempre foram um negócio da China.

Ao todo, foram oito partidas oficiais (país x país) no Arruda desde 1982, com 512.717 torcedores nas arquibancadas, proporcionando a excelente média de 64.089 pessoas.

No último jogo, há três anos, a renda foi de R$ 4.322.555, a maior do futebol local.

Em 10 de setembro deste ano, o estádio coral receberá novamente a Canarinha, contra os chineses, no jogo que vai marcar a despedida do time da CBF do Recife.

Considerando este amistoso agendado para uma segunda-feira e focado no fortíssimo mercado oriental, será a 17ª partida do Brasil nos gramados da capital do estado desde 1934, diante dos clubes locais, seleção pernambucana e seleções nacionais.

Conforme dito, o primeiro jogo oficial, com a chacela da Fifa, só ocorreu em maio de 1982, no início da “nacionalização” da Seleção. Até então, os jogos oficiais eram restritos a Rio de Janeiro e São Paulo, e vez por outra em Belo Horizonte e Porto Alegre.

Agora, vivemos um novo processo, no qual o time verde e amarelo, através de cotas milionárias, passou a jogar basicamente fora do país, o que não significa que atue na casa do adversário. Longe disso. Os dois últimos amistosos, contra México e Argentina, por exemplo, aconteceram nos Estados Unidos…

Com a proximidade da Copa do Mundo e a justa pressão da torcida por mais partidas em solo nacional, a CBF deverá oferecer a Seleção no cardápio a alguns estados, em uma já conhecida articulação política (veja aqui).

Ainda sem a Arena Pernambuco, o Arruda se manteve na pauta. Com o nível de excelência do novo palco, em São Lourenço, e os acordos nos bastidores atrelados à sua construção, os estádios da capital só voltam à cena em caso de modernização.

O Arruda, com o projeto da Arena Coral, e até mesmo a Ilha do Retiro, que pode dar lugar uma nova arena. O primeiro passo para poder pelo menos pleitear…

Abaixo, todos os jogos da Seleção Brasileira no Recife. Só uma derrota. Para quem?

Avenida Malaquias
27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport
30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz
04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico
07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana
10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz

Ilha do Retiro
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana

Arruda
13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana
19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai
30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia
09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai
29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia
23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina
29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia
10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai
10/09/2012 – Brasil x China