Crise bilionária na Petrobras, elefantes brancos chegando no país através da Fifa, dureza no imposto de renda…
Eis as principais cenas da última semana numa charge futebolística de Samuca, da equipe de arte do Diario de Pernambuco.
Esportes e números
Crise bilionária na Petrobras, elefantes brancos chegando no país através da Fifa, dureza no imposto de renda…
Eis as principais cenas da última semana numa charge futebolística de Samuca, da equipe de arte do Diario de Pernambuco.
Faltam apenas 14 jogos para o fim do centésimo Campeonato Pernambucano. Agora, somente a fase principal, com o hexagonal do título, segue em disputa. O outro hexagonal, o do rebaixamento, foi encerrado. Nas 30 partidas desta etapa, com estádios quase vazios, a troca do Todos com a Nota foi um sucesso. Na verdade, foi “perfeita”, pois todos os 120 mil bilhetes (sendo 4 mil por partida) foram trocados e contabilizados no borderô. Mesmo sem presença efetiva.
Não por acaso, o TCN representa 84% do público geral Estadual de 2014, segundo os dados do borderô, publicados no site da FPF. Se o levantamento considerar apenas o hexagonal principal, esse índice cai para 65%, mostrando um pouco mais independência.
A média atual é a menor das últimas sete edições. Porém, deve melhorar com o mata-mata. Abaixo, confira os dados atualizados da competição, separados pela fase principal e com o torneio completo.
1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante)
Total: 63.308
Média: 15.827
Taxa de ocupação: 26,35%
Contra intermediários (3) – T: 34.596 / M: 11.532
2º) Sport (4 jogos como mandante)
Total: 54.083
Média: 13.520
Taxa de ocupação: 40,99%
Contra intermediários (3) – T: 36.030 / M: 12.010
3º) Náutico (5 jogo como mandante)
Total: 41.203
Média: 8.240
Taxa de ocupação: 17,83%
Contra intermediários (3) – T: 16.736 / M: 5.578
4º) Salgueiro (12 jogos como mandante)
Total: 94.695
Média: 7.891
Taxa de ocupação: 79,58%
5º) Central (12 jogos como mandante)
Total: 89.928
Média: 7.494
Taxa de ocupação: 38,47%
6º) Porto (11 jogos como mandante)
Total: 62.722
Média: 5.702
Taxa de ocupação: 29,27%
Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).
Geral – 126 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 682.188
Média: 5.414 pessoas
TCN: 578.918 (84,86% da torcida)
Média: 4.594 bilhetes
Arrecadação total: R$ 5.628.929
Média: R$ 44.674
Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 247.042
Média: 10.293 pessoas
TCN: 160.692 (65,04% da torcida)
Média: 6.695 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.099.562
Média: R$ 129.148
Confira todas as médias desde 1990 clicando aqui.
Veja também as médias de Náutico, Santa e Sport desde 2005 aqui.
O increditável gol contra de Izaldo, no Clássico das Emoções, correu o mundo.
O lance, com a “insistência” do lateral do Náutico, acertando a trave num chute e depois pegando o rebote e mandando de cabeça para as próprias redes, rendeu matérias em sites esportivos no exterior. Alemanha, Inglaterra, Suíça…
Reproduções: 11 Freunde, Mirror, The Telegraph, 101 Great Goals e 20 Minuten.
“Ele teve uma segunda chance”, “Assista a um dos gols mais engraçados da história”, “Gol comédia”…
Em 24 horas foram nada menos que 150 mil visualizações no youtube.
Assista ao lance e comente. Foi o pior gol contra da história do futebol?
O punho cruzado, os dedos médios apontados e o “T”…
Esses são os gestos característicos que simbolizam as maiores torcidas uniformizadas de Sport, Náutico e Santa Cruz.
Vez por outra, algum jogador no futebol local acena para a organizada, quando o nome é gritado nas arquibancadas no meio da partida ou quando marca um gol. Tal simbolismo, na visão do blog, não é nada amistoso.
Em 2013, a direção alvirrubra interveio e conversou com o atacante Kieza, que sempre comemorava com o gesto da Fanáutico.
Em 2014, os artilheiros leoninos e corais repetiram os atos. No Rubro-negro, vestir a camisa da organizada passou a ser proibido pela diretoria. Apesar disso, Neto Baiano já realizou o gestos da Torcida Jovem duas vezes.
No Tricolor, Caça-Rato e Dênis Marques já haviam feito o “T” da Inferno Coral. Ato repetido por Léo Gamalho. Neste caso, o gesto até se confunde com o Tricolor. Apesar disso, trata-se de uma marca da principal facção coral.
Imagens: Kieza, Neto Baiano e Léo Gamalho.
Na sua opinião, qual deve ser a posição do seu clube sobre jogadores que fizerem gestos ligados às torcidas organizadas?
A ida, sem o calor do resultado, é levemente mais tranquila.
Na volta, invariavelmente à noite, a situação se torna caótica.
Começa com o caminho mal iluminado – ou não iluminado – do estádio ao ponto de ônibus. Segue com a estação de metrô sem controle da polícia militar para a divisão de torcidas. E mais ônibus lotados na volta…
A dura rotina via transporte público na Arena Pernambuco já era conhecida. Com os clássicos, a situação ganhou o viés da violência.
No pioneiro duelo entre Náutico e Santa na arena, houve até chuva de pedras na estação do TIP – sim, pois a estação metroviária programada para o estádio, a Cosme e Damião, foi praticamente deixada de lado na organização dos jogos.
Os registros foram feitos pela equipe do Diario, no projeto #napeledatorcida.
Já foram disputados quatro clássicos na arena e a cota de testes em relação à mobilidade para jogos do tipo está esgotada. O conforto no estádio é notório, digno de elogios, mas o público precisa da comodidade no traslado.
A responsabilidade é do governo do estado, e é enorme. A cobrança continua…
O único pênalti marcado na 8ª rodada do Estadual de 2014, no hexagonal do título, ocorreu numa falta gerada fora da área. Mardley, do Porto, empurrou Ailton, no lado esquerdo. O rubro-negro caiu dentro, mas a infração já havia ocorrido. Luiz Cláudio Sobral, do quadro da Ceaf, assinalou. Foi a primeira penalidade a favor do Sport. Já o Gavião é o que mais cometeu penalidades.
Abaixo, o vídeo do gol, registrado na arquibancada por Regis Trumpete.
Em relação aos cartões vermelhos, apenas um, em Caruaru, no Salgueiro.
Pênaltis a favor (5)
2 pênaltis – Santa Cruz
1 pênalti – Náutico, Salgueiro e Sport
Sem penalidade – Central e Porto
Pênaltis cometidos
3 pênaltis – Porto
1 pênalti – Náutico e Salgueiro
Sem penalidade – Santa Cruz, Sport e Central
Cartões vermelhos (5)
1º) Santa Cruz – 1 adversário expulso
2º) Central – 2 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
3º) Náutico – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
4º) Sport e Porto – sem registro
6º) Salgueiro – 1 adversário expulso, 2 cartões vermelhos
Confira os rankings anteriores completos: 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013
Mais pênaltis a favor: Náutico (2009, 2010 e 2011), Araripina (2011), Santa Cruz (2012), Porto (2013) e Sport (2013).
Mais pênaltis cometidos: Ypiranga (2009), Porto (2010), Petrolina (2011), América (2011), Araripina (2012) e Belo Jardim 2013.
A 8ª rodada do Campeonato Pernambucano, com erro claro de juiz e clássico animado, embaralhou a classificação. A liderança, agora leonina, segue na mira de três clubes. Já o Carcará, que parecia certo no mata-mata, se complicou. A duas rodadas do fim, a composição da semifinal segue imprevisível…
Hoje, as semifinais seriam Sport x Salgueiro e Santa Cruz x Náutico.
Em 24 jogos nesta fase do #PE2014 saíram 70 gols, com média de 2,91. Em relação à artilharia, que oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Léo Gamalho se isolou com 8 gols, dois deles neste domingo.
Sport 1 x 0 Porto – O Rubro-negro jogou sem transpiração, poupando energia. Diante de uma equipe frágil, acabou vencendo num pênalti inexistente.
Náutico 3 x 5 Santa Cruz – Oito gols em um clássico. Essa descrição bastaria, mas é preciso dizer que as duas defesas também abusaram dos erros.
Central 1 x 0 Salgueiro – Era de fato o jogo decisivo da rodada, valendo a última vaga da semifinal. Danilo Pires fez o gol da sobrevida alvinegra na briga.
Destaque: Léo Gamalho. Mostrou faro de gol na arena, primeiro pelo bom posicionamento e depois pela mira, num gol por cobertura. É o artilheiro.
Carcaça: Izaldo. A vaga do árbitro Luiz Cláudio Sobral parecia certa, mas o gol contra do lateral alvirrubro, numa lambança dupla, foi insuperável.
Próxima rodada:
26/03 (20h00) – Salgueiro x Náutico
26/03 (20h00) – Porto x Central
26/03 (22h00) – Santa Cruz x Sport
O Clássico das Emoções de número 501 foi o primeiro na Arena Pernambuco. Justificou como nunca o velho apelido, com virada no placar, quatro gols no primeiro tempo, quatro no segundo, lance incrível e um resultado surpreendente.
Em grande estilo, o Santa enfim venceu um clássico na temporada, para alívio de Vica. O triunfo por 5 x 3 mantém o Tricolor firme na briga pelo tetra, com uma goleada a cada domingo. Ao todo, soma 21 gols em oito partidas.
No primeiro duelo, no Arruda, era o Alvirrubro em crise. Agora, era o Santa, com o técnico bem pressionado. Se daquela vez o empate sem gols não adiantou, neste domingo o comandante coral enfim voltou a sorrir.
Passou um aperreio, é verdade. Aos três minutos, Hugo se aproveitou de uma boa jogada de Marcus Vinícius e marcou, com o goleiro coral atrasado. Sem jogar bem – como vinha sendo corriqueiro nos clássicos -, o Tricolor empatou.
De primeira, o zagueiro Renan Fonseca mandou para as redes, chamando o povão para o jogo. A partir daí, com a zaga alvirrubra em uma tarde de horrores – sentindo bastante a falta do contundido Luiz Alberto -, o Santa deitou e rolou.
A virada veio num vacilo inacreditável do lateral-esquerdo timbu. Numa bola na área, Izaldo tentou afastar e acertou a própria trave. Não satisfeito, tentou tirar de novo no rebote, de cabeça. Gol contra… Tosco.
O lance desmantelou de vez a defesa armada por Lisca. Com facilidade, trocando passes, o Santa fez outro, com Léo Gamalho chegando a sete gols no Estadual. Aos 41, concluiu o cruzamento rasteiro e certeiro de Caça-Rato.
Na etapa final, com o Timbu afobado, o Tricolor jogou com inteligência, se aproveitando dos espaços. Gamalho se isolou na artilharia finalizando por cobertura, na saída precipitada de Alessandro, e Carlos Alberto driblou a atordoada defesa. No fim, Elicarlos e William Alves diminuíram, mas já era.
Placar histórico a favor dos corais, o primeiro na arena.
Por mais que os jogadores e o técnico Eduardo Baptista digam que o foco é nas duas competições, a presença na final do Nordestão mexeu com o grupo.
Com o importante título na mira, psicologicamente veio o veto ao gasto de energia em partidas sem caráter decisivo. Contra o Porto, na Ilha, valia a classificação antecipada à semifinal local. O treinador mandou a força máxima, mas o Leão atuou com o freio de mão puxado. Controlou o jogo sem se arriscar.
O Porto, que já não vinha bem, atuou desfigurado após a liberação de boa parte do elenco. No banco, havia atletas de 16 anos! Assim, numa partida de dar sono, jogada praticamente no campo de ataque do mandante, o solitário gol na noite deste sábado saiu aos 41 minutos de jogo. O gol e a polêmica da vez.
Ailton foi derrubado, mas o choque foi fora da área. O lance pareceu claro para os 11 mil presentes, mas Luis Cláudio Sobral errou e marcou pênalti, o primeiro a favor do Leão no torneio. Neto Baiano cobrou forte no cantinho, 1 x 0.
O objetivo caruaruense era mesmo impor uma retranca, pois nem em desvantagem a jovem equipe saiu para o jogo, transformando Magrão em mero espectador. Baptista até mexeu na equipe, cobrou mais empenho, mas o time jogou para o gasto. O foco parece mesmo direcionado à Copa do Nordeste…
De toda forma, a vaga para a fase decisiva do Pernambucano já está garantida.
A notícia do dia era a volta de Cláudio Mercante aos clássicos pernambucanos. Após três anos afastado, contabilizando 31 clássicos no hiato, o árbitro voltava a ser confirmado para um partida de grande porte no estado.
A pauta jornalística era ouvir o juiz, saber sobre o seu momento na carreira, com a regeneração no quadro de árbitros da Federação Pernambucana de Futebol.
Ao repórter João de Andrade Neto, do Diario de Pernambuco, Mercante concedeu uma entrevista e se mostrou tranquilo com o retorno. Na conversa, no entanto, revelou detalhes surpreendentes sobre o seu afastamento em 2011.
“Errei e reconheço isso. Mas na época trabalhávamos com muita pressão e não poderíamos expulsar ninguém no começo do jogo. E infelizmente aconteceu aquele lance (Thiago Mathias derrubando Bruno Mineiro na meia-lua, nos primeiros segundos da primeira final do Estadual). Deveria ter aplicado a regra e expulsado o jogador do Santa Cruz. Mas existia essa determinação da diretoria de não expulsar nenhum jogador no início das partidas. Se fosse o contrário, se fosse com um zagueiro do Sport, também não expulsaria. Essa partida me marcou porque não pude aplicar a regra do jogo. Mesmo assim levei o restante da partida bem emocionalmente. Do contrário poderia fazer mais besteira durante o jogo”.
Era óbvio que as palavras resultariam em inúmeras opiniões e consequências. Presidentes do Santa, Sport, da FPF, comissão de arbitragem, ex-diretores etc. A indignação tinha mão dupla. Pela veracidade ou não das declarações.
Na sexta, a FPF divulgou um comunicado da Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf-PE) recomendando que os árbitros não sejam mais entrevistados.
Foi um indício de que a escala estava por um triz. A pressão sobre a atuação de Mercante seria imensa, sem direito erro. Neste sábado, a 24 horas da partida, o afastamento oficial. Segundo a entidade, o pedido foi do juiz (veja aqui).
É possível afirmar que Cláudio Mercante passa a ser um nome riscado nos clássicos? Na verdade, já era. Ainda mais agora, após as revelações sobre os supostos bastidores do futebol local. Tudo a partir de um trabalho jornalístico…
Atualização: Gilberto Castro Júnior foi o nome sorteado em caráter de urgência.