Dezembro e janeiro marcam um cenário comum nos clubes de futebol do país em relação aos sócios. Na ânsia de ampliar o quadro em dia, é executada uma prática de encontro aos avanços de gestão. A anistia dos associados.
Em sistemas mais modernos, como os sócios torcedores, a medida está caindo em desuso. No Recife é quase de praxe. É um período aberto para antigos sócios, com vários meses pendentes, retomarem a fidelidade no quadro.
No fim do ano, com essa ação, os clubes locais conseguem recuperar, em média, até 1.000 sócios. Mas vale uma análise sobre esse contexto.
Equiparar as vantagens entre o associado rigorosamente em dia a um sócio há tempos afastado da agremiação pode acabar desmotivando aquele torcedor mais fiel, considernado as finanças do clube, obviamente.
Fomentar algum tipo de desconto anual ou vantagens, no lançamento de um novo uniforme, por exemplo, pode ser uma medida para evitar o mal estar.
O período de inatividade do sócio também não deveria ser desprezado. Atualmente, em tese, basta quitar uma mensalidade para regularizar. Entram na conta os inativos há três meses, oito meses, um ano, dois anos etc. Tanto faz.
Assim, poderia ser tabelado o tamanho desta mensalidade, mas sem apertar o bolso do torcedor, já que a “anistia” é justamente o momento de recuperar o antigo sócio. Enquanto no Santa Cruz basta um mensalidade, em 2011 o Sport cobrou duas, enquanto o Náutico chegou cobrar três num passado recente.
O processo de governança atual demanda o débito em conta nas mensalidades, o que reduz a quantidade de atrasos e reforça o planejamento. Porém, isso torna ainda mais injusto ao sócio em dia a ausência de vantagens imediatas.
Os clubes precisam do sócio durante doze meses. Contudo, os times precisam oferecer serviços eficientes para esperar deste mesmo torcedor uma longevidade. A anistia pura e simples não agrega modernidade. Só um paliativo.
Eis a solução para os públicos distorcidos no jogos no interior do estado.
A Federação Pernambucana de Futebol irá instalar catracas nos setores destinados aos bilhetes promocionais do Todos com a Nota.
Acredite, não havia controle. Ou se havia catraca, não havia fiscalização.
Acredite, com a troca efetuada no dia anterior à partida, bastava ao clube mandante uma lotação supostamente cheia para lançar no borderô a carga máxima de entradas da campanha governamental.
Ou seja, cinco mil ingressos promocionais resultam em cinco mil presentes.
Eventualmente, alguém pode faltar, perder o ingresso ou “boiar” na mão de um cambista. Um tanto surreal que o índice seja sempre 100%.
Daí, a distorção nos números.
Em contato com o blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou que afastou o delegado da partida nos jogos do Pesqueira neste Estadual.
Nas partidas com mando de campo do time, em Belo Jardim, os públicos passaram de seis mil pessoas, mesmo com o estádio às moscas (veja aqui).
Agora, segundo o mandatário, teremos a catraca como velha novidade nos estádios. Uma medida que, obviamente, já poderia ter sido tomada antes.
Porém, antes tarde do que nunca…
Que o público do Campeonato Pernambucano volte à realidade.
Inegavelmente, é um projeto de grande impacto para a cidade. O Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU) avalia projetos de grande relevância tendo como ponto de partida terrenos de 10 mil metros quadrados. Uma reavaliação na Ilha do Retiro expôs uma área de 110 mil metros quadrados, distribuídos entre estádio, campo auxiliar, sede, parque aquático e estacionamento. Onze vezes maior.
Na mesa da Prefeitura do Recife encontra-se uma pilha de páginas com o projeto de remodelagem do complexo, transformando a estrutura atual em arena, centro comercial e empresariais. Neste ponto, o impasse entre Sport e poder público, encabeçado por Geraldo Júlio. O documento segue estagnado.
O secretário de mobilidade e controle urbano da capital, João Braga, alega precisar de mais tempo para avaliar o projeto, hoje orçado em R$ 750 milhões. Sem dúvida alguma, é preciso uma minuciosa análise técnica. A pressa em tirar a nova Ilha do papel acabou gerando uma ansiedade entre os rubro-negros.
A ponto de aumentar a discussão sobre possíveis articulações políticas contrárias ao projeto. Há quem enxergue a demora no fato de a arena leonina ser um entrave para a plena operação da Arena Pernambuco, a parceria público-privada entre governo do estado e Odebrecht. Por enquanto, só o Náutico tem contrato assinado com o estádio em São Lourenço, por trinta anos.
Contudo, o Sport já tem uma negociação pronta para também mandar os seus jogos no estádio da Copa 2014, mas por cinco temporadas, justamente o prazo máximo de construção de seu novo estádio. Seria do interesse do governo estado, da mesma base partidária da PCR, inviabilizar um novo palco na cidade, particular, para priorizar o “seu” projeto?
Economicamente, o estádio seria (será) um concorrente. Mas focar apenas nisso, na opinião do blog, resulta em uma leitura, a princípio, rasa, até porque deveria ser de interesse ainda maior a revitalização completa de um bairro em uma área central do Recife, com capital privado, sem mexer em nada no não menos milionário empreendimento em andamento visando o Mundial.
Portanto, teoria da conspiração à parte, o projeto do Sport, devidamente elaborado, revisado e com as medidas mitigadoras para espaços públicos, segue tramitando no CDU em um curso normal. Até segunda ordem.
Sobretudo porque uma suposta inviabilização desta arena não levaria o Sport, necessariamente, a assinar um contrato de trinta anos. Poderia ser até um tiro no pé dos gestores públicos, com o clube negando inclusive o contrato de cinco anos com o Consórcio Arena Pernambuco. Até porque, francamente, a Ilha do Retiro ainda está de pé. E o clube poderia recorrrer da decisão na justiça.
Tempo ao tempo. Um projeto dessa magnitude não seria aprovado do dia para a noite. E nem o estado seria tão ingênuo de bater de frente com uma massa humana passando por cima de todas as licenças. Poderia ser irreversível.
De quatro em quatro anos o faturamento da Fifa é turbinado.
Apesar de bilionária, a entidade conta os dias para uma nova Copa do Mundo. É o período no qual o seu lucro sobe à estratosfera.
Em 2010, na África do Sul, o saldo líquido foi de US$ 202 milhões, entre ingressos, direitos de transmissão, patrocinadores e produtos oficiais. Um ano depois, sem eliminatórias, produtos oficiais do novo torneio ou algo do tipo, o lucro foi de “apenas ” 36 milhões de dólares (veja aqui).
Com o Mundial do Brasil batendo na porta, a Fifa irá reacelerar a sua engenharia financeira. A partir de março chegam ao mercado brasileiro as primeiras peças oficiais da Copa do Mundo.
Ao todo, serão aproximadamente 1.500 produtos, fabricados por 34 empresas licenciadas. Veja a lista de produtos confirmados aqui.
Na gama de produtos relacionados ao torneio estão mascotes, peças de vestuário, bolas, cadernos, bonés, mochilas, canecas, brinquedos etc.
A ação já deve refletir em Pernambuco de forma imediata.
O planejamento na distribuição de lojas oficiais em 2014 é contar no mínimo com dois quiosques, no aeroporto e no estádio, além de uma megaloja em algum ponto na cidade, numa operação da rede Dufry Sports, que fez o mesmo nos Jogos Pan-americanos de 2007.
No Recife, portanto, Aeroporto Internacional dos Guararapes, Arena Pernambuco e mais algum centro de compras a definir.
Será possível encontrar nas lojas até uma miniatura do estádio…
Entre ingressos e produtos, o torcedor deverá ser bastante guiado pelo mundo publicitário coordenado pela Fifa à gastança.
Os principais estádios de futebol de Pernambuco passaram por uma aferição completa sobre a capacidade público.
O estudo foi encomendado pela Federação Pernambucana de Futebol. A maioria dos dados, com laudos de engenharia publicados no site oficial da entidade, foram diferentes em relação ao último cadastro nacional de estádios de futebol, desenvolvido pela CBF em 2012.
Antes da medição, os dez estádios selecionados tinham uma capacidade absoluta de 170.344 pessoas. Agora subiu para 177.395. Enquanto a Ilha do Retiro diminuiu, o estádio dos Aflitos cresceu.
No estudo, o espaço mínimo para cada torcedor teria necessariamente uma largura de 45 centímetros. Confira os documentos aqui.
Abaixo, a nova capacidade de público. Entre parênteses, a diferença em relação ao número oficial anterior.
Arruda – 60.044 (igual)
Ilha do Retiro – 32.983 (-1.217)
Aflitos – 22.856 (+3.056)
Lacerdão – 19.478 (+1.478)
Carneirão – 10.911 (+2.911)
Cornélio de Barros – 9.916 (-384)
Sesc-Mendonção – 7.050 (+2.050)
Otávio Limeira – 6.039 (+1.039)
Nildo Pereira – 5.000 (igual)
Paulo de Souza Coelho – 3.118 (-1.882)
Com o seu estádio vetado por falta por falta de capacidade mínima para o público e gramado sofrível, o Pesqueira vem jogando na cidade de Belo Jardim, a 46 quilômetros de distância. Em sua estreia no Estadual, a Águia vem atraindo um bom público, em tese. Nos três primeiros jogos com o seu mando, foram 6.060, 6.004 e 6.014 torcedores, respectivamente.
Se for comparado com outros centros, trata-se de um dado excelente. Mas com uma ressalva que vem colocando a credibilidade do Pernambucano em xeque.
Em todos as partidas, o time tinha direito a seis mil bilhetes promocionais da campanha Todos com a Nota. Todos eles trocados. Porém, o estádio estava longe de sua lotação. Quase vazio, na verdade. Acima, a imagem do jogo de domingo, na vitória por 2 x 1 sobre o Chã Grande. Abaixo, o empate em 1 x 1 com o Petrolina.
O Sesc-Mendonção, em Belo Jardim, foi inaugurado com capacidade para 5.000 pessoas. Uma nova avaliação neste ano, encomendada pela FPF, aumentou para até 7.050 pessoas, mesmo sem qualquer ampliação. Confira o laudo aqui.
A nova regra do Todos com a Nota destina 6 mil entradas promocionais a estádios com menos de 10 mil lugares desde que essa carga corresponda a no máximo 80% do total. Ainda assim, o Sesc teria que ter 7.500 lugares, insuficiente para o dado atual. Com a capacidade original, o clube teria recebido apenas 4 mil ingressos do TCN.
Em contato com a coordenação do programa governamental, o blog recebeu a informação de que o estado cobra apenas os vales-cidadão recebido pelos clubes, não fazendo diferença alguma o borderô da FPF. A troca, um dia antes do jogo, é suficiente para o repasse da verba. O governo alega não ser lesado se o público não comparecer nos jogos, desde que as notas fiscais sejam entregues à secretaria da fazenda.
Ou seja, sem esta obrigação, qual seria o sentido dos públicos altíssimos no borderô, visto em outros jogos no interior e desconexos com as imagens? Dos 18 jogos no interior, 13 tiveram 100% da presença do TCN. A exceção é o Petrolina. De certa forma, esses dados vêm funcionando como uma espécie de maquiagem na média de público no estadual, amplamente divulgada como a maior do país.
Atitude rechaçada pela presidente da FPF, Evandro Carvalho. “Nós zeramos a catraca a cada jogo. Não há razão lógica ou técnica para que achem esse público errado. Acho que não estamos conseguindo absorver o choque de realidade”, argumenta.
Neste momento, com jogos sem tantos atrativos no primeiro turno, o índice do Pernambucano está em 5.316 pessoas a cada partida.
Quantas delas no estádio? Difícil saber…
Antes fosse um caso isolado. O blog já havia alertado isso em 2012 (veja aqui).
Na 5ª rodada da Copa do Nordeste de 2013 foram anotados 14 gols nos oito jogos realizados neste fim de semana, com média de 1,75 tento por partida. Resta uma.
Dos três representantes locais, dois garantiram vaga antecipada. Santa e Sport lideram seus grupos e podem evitar um confronto precoce, ainda nas quartas de final. Ao Salgueiro, a necessidade de vencer na última rodada para avançar às quartas.
Toda a sexta rodada será na noite de quarta-feira, às 21h15, com Sport x Sousa, CRB x Santa Cruz e ASA x Salgueiro.
Com dois anos de história, o Serra Talhada vai batalhando forte para garantir, em 2014, a sua primeira participação na Copa do Brasil. Na quinta rodada do primeiro turno do #PE2013, o time voltou a fazer seu papel em casa . Folgou o Central, despencando de vez na classificação.
Foram 8 gols nos 4 jogos na rodada, com média de 2 por jogo. No geral da competição são 44 gols em 20 partidas, com índice de 2,2.
Jonatha Fumaça, da Patativa, e João Paulo, do Timbu, agora tem a companhia de Kássio, do Serra, na artilharia do torneio com três gols.
Porto 0 x 3 Náutico – O Alvirrubro, agora com a suas principais peças, passeou no Lacerdão. Agora, é a vez do time ter a cara de Mancini.
Pesqueira 2 x 1 Chã Grande – Repeteco da final da A2, mas dessa vez com vitória do Pesqueira, subindo para o 5º lugar. Surpreende.
Serra Talhada 1 x 0 Ypiranga – O Cangaceiro viu o Náutico passar na liderança, mas o meia Kássio deu mais uma vitória ao Serra, novamente na ponta.
Petrolina 0 x 1 Belo Jardim – A Fera segue na draga. Bom para o Belo Jardim que aproveitou a chance, através do volante Eduardo Eré anotando o gol.
Nos Estados Unidos, uma datadedicado a um jogo, só. Uma partida que, literalmente, para o país. Em 2012 a final do futebol americano chegou a ter 166 milhões de americanos grudados na televisião.
Desta vez, San Francisco 49ers e Baltimore Ravens em ação.
Se você ainda tem algumas dúvidas sobre o esporte praticado na NFL, assista ao vídeo especial produzido por Rafael Brasileiro e Alexandre Barbosa, do Superesportes, com dicas e análise.