Modernização nos estádios recifenses na fase pré-arena

Novo telão do estádio dos Aflitos. Foto: Roberto Ramos

De contrato assinado, o Náutico jogará na Arena Pernambuco a partir de 2013.

Nesta temporada, o time vermelho e branco faz, na prática, a sua despedida do estádio dos Aflitos. Uma despedida em grande estilo, na elite nacional.

E não custa nada (para o padrão boleiro) um investimento de última hora, para caprichar na imagem do estádio. Não só do campo, como do próprio clube. Marketing.

No mesmo local onde funcionou durante décadas o placar manual apelidado de “balança mas não cai”, o Timbu instalou um moderno telão de alta definição.

O novo placar eletrônico no estádio Eládio de Barros Carvalho chega na mesma época do modelo montado na Ilha do Retiro, parecidíssimo.

Na casa leonina, o clube também ensaia a sua despedida,  em um acordo cada vez mais próximo para jogar na arena em São Lourenço por alguns anos.

Nos dois casos, a transmissão das partidas em tempor real, uma novidade para as torcidas. Serviços de bastidores, otimizando a interação, entre outras funções.

Tecnologia à parte, os clubes poderiam organizar melhor também a presença dos seus torcedores na arquibancada, sobretudo com mais segurança e conforto.

Neste caso, o jeito será esperar pela Arena Pernambuco mesmo…

Telão da Ilha do Retiro. Foto: Sport/divulgação

Censo do blog 4 – Sport 53,4%; Santa 31,5%; Náutico 13,3%

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

Nas versões anteriores em junho, em 2011 e 2012, o censo de torcidas promovido pelo blog ficou no ar durante duas semanas. Participação maciça das torcidas.

A primeira pesquisa online registrou 7.601 votos, com uma grande mobilização. Foram 346 citações no Twitter e 96 no Facebook (veja aqui).

Agora foram 7.940 votos, com 51 citações no Twitter e 365 no Facebook. A inversão dos dados nas redes sociais seria uma tendência?

Curiosamente, os três clubes registraram um grande aumento na participação da faixa etária acima de 30 anos. Estaria aí a relação com essa mudança no Facebook?

Sobre os dados finais, nova vitória do Sport, com 53%, número parecido ao do ano passado, em 50%. Abaixo, todas as porcentagens dos clubes nas duas edições.

Nas demais categorias, 1,27% para times de fora de Pernambuco, 0,17% para torcedores de outros clubes do estado e 0,22% para nenhuma equipe.

O resultado será publicado na coluna do blog no Diario de Pernambuco.

O próximo censo online de torcidas do blog será em junho de 2013!

Qual é o seu clube do coração? 2012 (junho) / 2011 (junho)

SportSport – 53,41%, 4.241 votos / 50,19%, 3.815
Até 20 anos – 20,96%, 889 votos / 27,23%, 1.039
Entre 21 e 30 anos – 35,70%, 1.514 votos / 39,32%, 1.500
Mais de 30 anos- 43,34%, 1.838 votos / 33,45%, 1.276

Santa CruzSanta Cruz – 31,53%, 2.504 votos / 34,78%, 2.644
Até 20 anos – 21,92%, 549 votos / 30,41%, 804
Entre 21 e 30 anos – 32,79%, 821 votos / 35,51%, 939
Mais de 30 anos – 45,29%, 1.134 votos / 34,08%, 901

NáuticoNáutico – 13,37%, 1.062 votos / 13,89%, 1.056
Até 20 anos – 25,24%, 268 votos / 32,67%, 345
Entre 21 e 30 anos – 32,20%, 342 votos / 33,33%, 352
Mais de 30 anos – 42,56%, 452 votos / 34,00%, 359

O alternativo campeão da Oceania. A caminho do Brasil

Copa da Oceania 2012, final: Taiti 1 x 0 Nova Caledônia. Foto: Fifa/divulgação

Era quase uma certeza. A Nova Zelândia seria a representante da Oceania na Copa das Confederações de 2013, aqui no Brasil. Seria…

O time neo-zelandês, o único invicto do Mundial de 2010, domina o fraco futebol do continente desde que a Austrália, em busca de um melhor nível técnico, conseguiu junto à Fifa uma transferência para a federação asiática.

Numa zebra daquelas, o país sequer disputou a final da Copa da Oceania desde ano.

Eliminada na semifinal, a Nova Zelândia assistiu à alternativa decisão entre Taiti e Nova Caledônia. Duas pequenas ilhas no Oceano Pacífico sob domínio francês.

A primeira localizada na Polinésia e a segunda na Melanésia.

Juntos, os dois arquipélagos têm apenas 422 mil habitantes. Bem menos que a cidade de Jaboatão dos Guararapes, por exemplo.

Deste jogo no acanhado estádio Lawson Tama, nas Ilhas Salomão, sairia um campeão inédito. Foi o Taiti, que venceu por 1 x 0, gol de Steevy Chong Hue.

Sim, o Taiti. Filiado à Fifa há apenas oito anos. E amador como a Nova Caledônia.

Nem os jogadores pareciam acreditar no feito alcançado neste domingo, com uma bonita festa. Futebol e suas surpresas, algo vital para a paixão por esse esporte.

Será que essa seleção, em 179º lugar no ranking da Fifa, jogará na Arena Pernambuco?

O sorriso que ganhou a capa

Capa do Superesportes: 10-06-2012

Foi um sábado com a grade esportiva apuradíssima.

Jogos da Eurocopa, treino oficial da Fórmula 1, final do torneio feminino de tênis de Roland Garros e um clássico do futebol com Brasil x Argentina.

Qual seria o destaque do caderno esportivo deste domingo, 10 de junho?

Com três gols, Lionel Messi certamente roubaria todas as manchetes. Mas eis uma boa justificativa para mudar o foco. Maria Sharapova.

A justificava, com uma boa dose de ironia, está no título publicadado na capa…

Confira os bastidores da edição do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes através do blog Direto da Redação.

O blog é escrito pelos editores-executivos do Diario, Sérgio Miguel Buarque e Paulo Goethe, e pelos editores da primeira página do jornal, Fred Figueiroa e Humberto Santos.

Estupidez duplamente qualificada do torcedor

Homer Simpson

Costume de casa vai à praça. Um ditado antigo, mas que se aplica ao comportamento de alguns torcedores (?) pernambucanos, alheios à evolução do futebol.

No Estadual, o mau comportamento é punido, sim. Quase sempre de forma branda. Vira multa, que depois é reduzida e na prática acaba se tornando em uma advertência.

Fato que não colabora muito para o fim do clima hostil nos estádios…

São atos clássicos. Invasão de torcedor, objetos arremessados e até pedras de gelo. Mas aí chega a esfera nacional e a situação muda.

Na verdade, muda para o que diz a lei. Bem severa neste tipo de ato.

De acordo com o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o clube mandante que deixar de tomar providências capazes de prevenir a desordem pode receber uma multa de R$ 50 mil a R$ 500 mil. Fora a perda de até três manos de campo.

Vamos, então, ao exemplo claro, mais recente.

Sport 2 x 1 Palmeiras. Em sua segunda partida em casa no Brasileirão, houve arremesso de objeto no gramado e invasão de torcedor. Dois casos (veja aqui)!

Julgamento à parte, pois caberá ao clube arrumar uma boa defesa, fica aqui o questionamento sobre esse tipo de comportamento.

Há mais de 15 anos o Superior Tribunal de Justiça Desportiva é implacável neste tipo de ação, quase sempre punida com a perda de mando de campo. A qualquer time.

Na Série A de 1997, por exemplo, o Leão perdeu dois mandos e teve que jogar em João Pessoa. Em 2009, um torcedor do Náutico jogou uma garrafa plástica no campo dos Aflitos e o Timbu precisou atuar uma vez em Caruaru.

Ou seja, o passado pernambucano parece não ter ensinado…

Em caso de punição, a alternativa obrigatória será jogar a 100 quilômetros de distância do Recife e em estádios com pelo menos 15 mil lugares.

Lacerdão, em Caruau, ou Almeidão, em João Pessoa?

O ônus desta escolha ficará com o torcedor de bem. Educado e conscientizado.

Quatro campeonatos brasileiros e um Brasileirão

Quebra-cabeça da bandeira do Brasil

Uma pergunta teoricamente simples.

As quatro séries do Campeonato Brasileiro compõem uma só competição ou os diversos níveis do Nacional são torneios plenamente distintos?

O questionamento foi formulado a partir do imbróglio jurídico em que se meteu as Séries C e D, paralisadas há duas semanas. Na verdade, sequer foram iniciadas.

Os 60 clubes que estão sem jogar se articularam para buscar uma intervenção em uma esfera maior, o Superior Tribunal de Justiça.

Alegam que a paralisação pode se estender às Séries A e B, com mais 40 clubes. A explicação é fundamentada no sistema de acesso e descenso.

Quem caiu da segunda divisão no ano passado não está jogando agora.

Em qualquer série nacional, o rebaixamento tem a garantia de disputa no ano seguinte. Obviamente, não existe queda na 4ª divisão, e por isso a classificação é via estadual.

Para 2013, de fato seria um problema. Para onde iriam os últimos quatro colocados da vigente Série B? Seria inchada? Não há como desfazer o rebaixamento, pois isso está bem escrito no regulamento. Ou seja, viraria um efeito dominó, até a elite.

Na teoria, a justificativa é bem viável. Já na prática, na opinião do blog, foi apenas um movimento no tabuleiro deste jogo truncado para angariar força ao pleito, numa tentativa de chamar a atenção de grandes clubes e associações.

Considerando que a emissora que detém os direitos de transmissão da Série A da atual temporada pagou a bagatela de R$ 1 bilhão e que as quatro séries do Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil de 2011 geraram R$ 177 milhões em bilheteria, seria interessante chamar mais um integrante (o tal pagador) para a batalha.

Saindo um pouco da teoria, vamos citar um exemplo, o futebol da Inglaterra. Lá, existem 24 divisões. Sim, da Série A até a Série X (veja aqui).

A partir da 8ª divisão, o campeonato inglês fica semiamador. Se algum deles parar de forma semelhante, há como afetar a Premier League? Dificilmente.

Todos os contratos são focados na elite, considerada um torneio à parte. O mesmo ocorre, aliás, na segunda divisão. Tanto que o terceiro nível é chamado de “Liga Um”…

Voltando ao Brasil, o fato é que já passou da hora de alguma posição mais rígida.

Não foi por falta de aviso que essa chuva de liminares na justiça comum, se sobreponto à justiça dsportiva, seria um problema maior do que se pensava (veja aqui).

Confusão jurídica à parte, qual seria a resposta para a pergunta no início do post?

A última chance para a segunda divisão pernambucana

Conselhor arbitral do Pernambucano da 2ª divisão de 2012. Foto: Vlademir Almeida/FPF

Atlético Pernambucano, Acadêmica Vitória, Sete de Setembro, Afogadense, Chã Grande, Jaguar, Olinda, Cabense, Ferroviário do Cabo, Carpina, Íbis, Pesqueira, Timbaúba, Centro Limoeirense e Ipojuca. Eis os 15 candidatos à elite pernambucana de 2013.

Após idas e vindas no Arbitral, enfim o esboço da segunda divisão estadual deste ano.

Em 2012, uma novidade. O regulamento será o mesmo modelo adotado na primeira divisão, fato inédito no futebol pernambucano (veja aqui).

Os dois classificados à primeirona jogarão 31 vezes! Quase uma Brasileirão… Rentável?

Ao todo, dez times têm uma relação estreita com as respectivas prefeituras, começando já pelos nomes. Fato comum no futebol local (veja aqui).

Assim como na última temporada, houve desistências, o que acabou atrasando toda a organização. Nada que se compare a 2011, quando seis clubes não cumpriram o prazo de inscrição de atletas e foram previamente desclassificados.

Na ocasião, a tabela acabou publicada fora do prazo do Estatuto do Torcedor, que exige a lista a no máximo dois meses do início. Pois o erro repetido novamente pela FPF, que agendou a abertura do novo torneio para o dia 27 de junho, só agora, em junho!

A entidade alega que aumentou o rigor na inscrição dos clubes, para evitar a balbúrdia. Das instalações dos estádios à documentação dos atletas. A conferir.

À parte disso, o que não pode ser repetido sob hipótese alguma é a bagunça que continuou no andamento da competição. No fim, a segundona foi parar no STJD.

O Belo Jardim acabou com o acesso mesmo com a pontuação negativa no geral…

Para que a péssima imagem não fique enraizada, essa Série A2 precisará se esforçar.

Quem você gostaria de ver na elite local em 2013? Comente.

Câmera online da Arena Pernambuco

Câmera online da Arena Pernambuco: Crédito: Odebrecht

Monitoramento quase 24 horas por dia. São 20 horas, na verdade.

Há tempos a Odebrecht Infraestrutura contava com câmeras registrando o passo a passo da construção dos estádios da Copa do Mundo. A construtora está envolvida em quatro palcos, Arena Pernambuco, Fonte Nova, Maracanã e Itaquerão.

As imagens eram cedidas somente para o Comitê Organizador Local (COL) e para a Fifa, em sinais exclusivos de transmissão.

A partir de agora, o torcedor também poderá acompanhar esta evolução. Os intervalos das imagens são de 30 minutos após a gravação, sempre em vídeos de uma hora.

Acesse a câmera do estádio em São Lourenço da Mata aqui.

Confira a série Diário de uma Arena, sobre a construção do estádio, clicando aqui.

Especulando sobre o pior dos cenários nas Séries C e D

Capa do Superesportes: 01-06-2012

Tom alarmista…

E se as Séries C e D forem canceladas pela Confederação Brasileira de Futebol?

A entidade alega que economizaria até R$ 30 milhões com a decisão, baseada na interminável chuva de liminares na Justiça Comum.

Imbróglio que já adiou duas rodadas e que parece longe do fim, mesmo com a ameaçadora interferência da Fifa…

Assim, o entrave Justiça Comum x Justiça Desportiva se torna mais uma vez em um beco sem saída, como havia sido especulado pelo blog (veja aqui).

Como em 2000, há quem opte pelo caminho mais fácil, o de propor um novo campeonato. Há doze anos, o Brasileirão foi substituído pela Copa João Havelange.

Os 20 times da Série C e os 40 da Série D seriam agrupados em uma só competição. A ideia “genial” partiu da diretoria do Paysandu (veja aqui).

Folclore (ou não) à parte, vamos à pior de todas as opções…

Repetindo: E se as competições forem canceladas?

Partindo do viés pernambucano, com dois times na Terceirona, com investimentos de médio e longo prazo, e dois na 4ª divisão, com recursos injetados a curto prazo.

1) Os clubes não conseguirão as vagas para 2013. Sem campeonato, sem acesso.

2) Os times teriam que arcar com as folhas estipuladas com os contratos em vigor. Ir à justiça para buscar uma indenização até seria um caminho, bem longo.

3) Organizar torneios de última hora, apenas para movimentar os times, até poderia fazer parte do roteiro. O prejuízo, contudo, é quase certo, devido à motivação.

4) Contratos de patrocínio terão que ser renegociados, uma vez que as marcas estão atreladas, claro, à visibilidade. No caso, nenhuma.

Qual seria a sua ideia para acabar com esse impasse? Um novo torneio? Inchar a Série C e acatar todas as decisões da Justiça Comum? Congelar a estrutura até 2013?

As perguntas estão martelando a cúpula da CBF há dias…

Fúria treinará em um CT local. Guabiraba e Paratibe na rota

Centro de treinamento do Náutico. Crédito: Náutico/divulgação

“Foi muito importante esta confirmação e uma grata surpresa saber que receberemos a seleção da Espanha, a atual campeã do mundo. Queremos aproveitar a oportunidade para convencermos os espanhóis a se hospedarem no estado durante a Copa”.

A declaração do governador Eduardo Campos após a divulgação da tabela oficial da Copa das Confederações reforçou a presença da Fúria no estado, apesar de a Fifa ainda não ter confirmado o país ibérico como cabeça de chave do grupo B.

Burocracia tradicional à parte, deverá ser a Espanha sim (veja aqui).

No embalo do desejo político sobre a hospedagem, cuja opção poderá ser em algum luxuoso resort no litoral pernambucano, vem outro importante ponto…

Qual será o local de treinamento do time de Iniesta, Xavi, Casillas e David Villa?

De cara, dois candidatos. Os projetos dos centros de treinamento de Náutico e Sport. Ambos com orçamentos altíssimos, de R$ 6 milhões. Ambos em obras.

CT alvirrubro Wilson Campos (acima), na Guabiraba. Seis campos oficiais e área de 49 hectares, em funcionamento desde 1999. Dormitório planejado para 50 pessoas.

CT rubro-negro José de Andrade Médicis (abaixo), em Paratibe. Cinco campos oficiais e área de 8 hectares, ativo desde 2008. Dormitório em construção para 80 pessoas.

Qual dos dois tem mais chances de abrigar os treinos dos espanhóis em 2013? Comente.

Centro de treinamento do Sport. Crédito: Sport/divulgação