Uma estatística que piora a cada rodada. Desde a perda da invencibilidade, no clássico, o Santa Cruz só fez descer a ladeira no Brasileirão. Com 24 pontos em disputa, só ganhou 3. Do alto da tabela, despencou para a penúltima colocação, numa crise técnica e tática já escancarada. O sistema com atacantes abertos, de pouca posse de bola e voltado para os contragolpes ficou manjado, com adversários (mais preparados) conseguindo superar o tricolor seguidamente. No Arruda, contra a Ponte Preta, o time sofreu a quarta derrota como mandante. Aliás, neste recorde de oito jogos foram cinco em casa, o que só piora o cenário futuro, quando terá que atuar mais como visitante.
No 3 x 0 a favor do time paulista, os corais não agrediram em momento algum. Curiosamente, no primeiro tempo até teve o controle da bola, com 64%, mas sem criatividade. A falta de um armador qualificado é a maior lacuna no elenco – não dá mais para ir com Lelê, Leandrinho, Daniel Costa, Wallyson etc. Além disso, teve falhas individuais graves, com Danny Morais e Lelê. Resultaram nos gols de Pottker. O camisa 9 foi bem nos dois lances. Em desvantagem e extremamente vaiado no intervalo, o Santa voltou para o tudo ou nada, totalmente desorganizado. Parecia esperar por um lampejo de Grafite e olhe lá. Na única chance que teve, o então artilheiro do torneio chutou em cima de João Carlos – finalizações semelhantes ao jogo passado no Mundão, contra o Fla.
A goleada foi consumada por Felipe Azevedo, com o time coral já entregue. No chute, ainda contou com a colaboração de Tiago Cardoso, que espalmou pra dentro. Depois, o técnico Milton Mendes conseguiu piorar, ao tirar Danny e deixar o time sem zagueiros. Sim, pois o único defensor era o lateral Allan Vieira, improvisado. Mexida para irritar ainda mais o povão, à espera de mudanças.
O ranking de venda de camisas de clubes brasileiros criado pela Centauro completou um ano. Lançado em julho de 2015, o levantamento (mensal) contabiliza 150 lojas no país (seis no estado) e e-commerce da maior rede da América Latina, rankeando o principal segmento de produtos oficiais dos clubes. O blog detalhou as colocações e percentuais nos cenário nacional e local.
Em Pernambuco (gráfico acima), o Sport (Adidas) liderou em onze meses e o Flamengo em um, com o Santa Cruz (Penalty) na vice-liderança em onze oportunidades. Ou seja, além das vendas nas lojas oficiais (e no caso leonino, também na Adidas), o público consumidor dos dois clubes mais populares do estado dão conta em outras frentes. O que parece não ocorrer com o Náutico, que não figurou no Top 3 nenhuma vez, embora seus produtos estejam à disposição. Pesa neste caso a exclusividade de alguns uniformes, durante o lançamento, na Timbushop – no período, teve camisas da Umbro e da Topper.
As diferenças (para mais ou menos) são pontuadas pela chegada de novos produtos, falta de estoque e momento da equipe. O Santa tem dois exemplos, na falta de camisas em alguns momentos (a principal rusga com a Penalty) e o pico de vendas pelo desempenho em campo, na arrancada ao acesso em novembro de 2015, com 43,1% do mercado local. No Sport, o boom em junho de 2016 é explicado pelos dois novos padrões (rubro-negro e preto) na praça, com 74% das vendas na Centauro. Nacionalmente, o Fla começou à frente, mas nos últimos meses o destaque ficou com o São Paulo, via Under Armour.
Confira o top 3 pernambucano numa resolução maior aqui.
Brasil – Top 3 07/2015 – 1º Flamengo (39,0%), 2º Vasco (9,0%), 3º São Paulo (8,0%) 08/2015 – 1º Flamengo (30,3%), 2º Botafogo (12,3%), 3º Corinthians (9,0%) 09/2015 – 1º Flamengo (27,2%), 2º São Paulo (11,9%), 3º Corinthians (11,8%) 10/2015 – 1º Corinthians (28,8%), 2º São Paulo (15,4%), 3º Flamengo (9,9%) 11/2015 – 1º Flamengo (22,7%), 2º Corinthians (19,1%), 3º São Paulo (15,3%) 12/2015 – 1º São Paulo (23,1%), 2º Palmeiras (15,4%), 3º Flamengo (12,8%) 01/2016 – 1º São Paulo (21,7%), 2º Flamengo (12,2%), 3º Palmeiras (10,6%) 02/2016 – 1º São Paulo (24,8%), 2º Flamengo (15,2%), 3º Palmeiras (10,1%) 03/2016 – 1º São Paulo (20,8%), 2º Flamengo (16,2%), 3º Fluminense (11,4%) 04/2016 – 1º São Paulo (33,9%), 2º Palmeiras (11,6%), 3º Flamengo (10,5%) 05/2016 – 1º São Paulo (34,2%), 2º Palmeiras (18,1%), 3º Vasco (11,7%) 06/2016 – 1º Palmeiras (28,7%), 2º São Paulo (19,7%), 3º Vasco (13,8%)
Brasil – Trio de Ferro 07/2015 – 11º Sport (2,0%), 12º Náutico (1,0%), 15º Santa (1,0%) 08/2015 – 10º Sport (2,6%), 13º Santa (1,8%), 29º Náutico (0,2%) 09/2015 – 14º Santa (0,8%), 23º Sport (0,5%), 38º Náutico (0,1%) 10/2015 – 9º Sport (3,2%), 14º Santa (0,9%), 39º Náutico (0,1%) 11/2015 – 8º Santa (2,3%), 9º Sport (2,3%), 66º Náutico (0,0%) 12/2015 – 11º Sport (2,1%), 14º Santa (0,8%), 67º Náutico (0,0%) 01/2016 – 12º Sport (2,8%), 15º Santa (1,2%), 43º Náutico (0,1%) 02/2016 – 11º Sport (2,2%), 15º Santa (0,6%), 39º Náutico (0,1%) 03/2016 – 8º Sport (3,2%), 12º Santa (1,2%), 30º Náutico (0,2%) 04/2016 – 7º Sport (3,9%), 9º Santa (2,6%), 33º Náutico (0,1%) 05/2016 – 8º Sport (2,9%), 13º Santa (1,0%), 33º Náutico (0,1%) 06/2016 – 6º Sport (4,8%), 25º Santa (0,1%), 60º Náutico (0,0%)
Pernambuco – Trio de Ferro 07/2015 – 1º Sport (35,0%), 2º Santa (23,0%), 4º Náutico (18,0%) 08/2015 – 1º Sport (45,8%), 2º Santa (31,3%), 4º Náutico (3,5%) 09/2015 – 2º Santa (24,4%), 3º Sport (15,4%), 9º Náutico (2,3%) 10/2015 – 1º Sport (62,6%), 2º Santa (16,9%), 11º Náutico (0,5%) 11/2015 – 1º Sport (43,5%), 2º Santa (43,1%), 15º Náutico (0,3%) 12/2015 – 1º Sport (59,1%), 2º Santa (22,5%), 11º Náutico (0,5%) 01/2016 – 1º Sport (57,8%), 2º Santa (25,0%), 14º Náutico (0,2%) 02/2016 – 1º Sport (61,5%), 2º Santa (17,2%), 7º Náutico (1,8%) 03/2016 – 1º Sport (58,5%), 2º Santa (22,1%), 6º Náutico (1,5%) 04/2016 – 1º Sport (50,1%), 2º Santa (33,1%), 10º Náutico (0,8%) 05/2016 – 1º Sport (59,3%), 2º Santa (16,6%), 7º Náutico (1,9%) 06/2016 – 1º Sport (74,9%), 8º Náutico (0,8%), 15º Santa (0,3%)
Criado em 2005, o Cartola FC alcançou 6,4 milhões de usuários em 2016, um recorde no fantasy game criado e mantido pela Globo. No cadastro dos “cartoleiros”, a cada ano, é preciso informar o clube do coração, somando a outras ligas gerais do jogo, patrocinadas. A partir da ligas oficiais (“clássicas”) dos times brasileiros, é possível conferir os mais populares nesta temporada. Como ocorre em qualquer pesquisa, o Flamengo aparece à frente, numa disputa acirrada com o Corinthians – 1,16% de diferença, abaixo dos 2,60% registrados na última pesquisa tradicional feita pelo Ibope, em 2014.
Como curiosidade, o blog levantou todos os times com pelo menos dez mil participantes, chegando a 24. Entre os presentes na elite, apenas Ponte (8.470) e América-MG (7.369) não alcançaram a marca. O Trio de Ferro, que mantém a ordem das pesquisas de torcida, soma 187.317 pessoas, ou 2,92%. Este ranking considera o número bruto de cadastrados, mas não necessariamente o de cartoleiros ativos, com escalações e atualizações das equipes em todas as rodadas (afinal, quem nunca esqueceu de mexer no time?).
Com este universo, é possível traçar um paralelo com os resultados das pesquisas? Seria bem difícil devido às variáveis neste caso. Começando pelo fato de não ter como medir o público que não gosta de futebol, que costuma representar 20%. Além disso, a composição da Série A exerce uma influência sobre a participação no Cartola – uma vez que o fantasy só escala jogadores da primeira divisão. Nas demais séries a adesão tende a ser menor, como ocorre com Vasco (bem abaixo do Palmeiras) e Bahia (quase a metade do Sport).
O 45 minutos analisou as apresentações do Trio de Ferro no fim semana. Apenas uma vitória, com o Leão, no jogo que encerrou a 11ª rodada do Campeonato Brasileirão. Aliás, foi a melhor atuação do time até aqui, com um papel fundamental de Oswaldo de Oliveira. Destacamos as principais mudanças. Também comentamos, em gravações exclusivas, as derrotas de alvirrubros (no Castelão, num confronto direto pelo G4 da Série B) e tricolores (num resultado considerado normal, na arena corintiana). Ao todo, 66 minutos.
Na 4ª rodada do Brasileirão, o Santa abriu 7 pontos diferença sobre Sport (8 x 1), afundado na lanterna. Sete rodadas depois, com os corais perdendo seis jogos e os leoninos somando onze pontos, o cenário se inverteu, com o rubro-negro à frente (12 x 11). Custou o lugar fora da zona de rebaixamento. Na noite de sábado, o Santa Cruz perdeu do Corinthians, passando mais uma rodada sem pontuar. Encerrando a rodada, na noite de domingo, o Sport goleou a Chapecoense, fazendo o resultado necessário para deixar o Z4.
Vitória e Ponte, que se enfrentaram no domingo, num empate em Salvador, são os próximos adversários, em confrontos diretos nesta luta atual contra o descenso. Em relação à liderança, o Palmeiras tem agradecer ao Botafogo. Derrotado pelo Cruzeiro no sábado, de virada, precisou torcer por uma improvável derrota do Inter no Beiro-Rio. Dito e feito.
A 12ª rodadas dos representantes pernambucanos:
29/06 (19h30) – Vitória x Sport (Barradão) Histórico na Bahia pela elite: 2 vitórias leoninas, 2 empates e 5 derrotas
30/06 (19h30) – Santa Cruz x Ponte Preta (Arruda) Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 4 empates e 2 derrotas
Dois sábados seguidos atuando na capital paulista, com derrotas diante de Palmeiras e Corinthians e roteiros semelhantes para o Santa. No primeiro tempo, uma enorme pressão dos mandantes, abrindo dois gols de vantagem. No comecinho da segunda etapa, Grafite mandando para as redes, ensaiando a reação. No Allianz Parque, o time pernambucano acabou sofrendo outro gol, que matou o jogo, apesar da bola na trave e das defesas de Fernando Prass. Na arena do Timão, o 2 x 1 se manteve até o fim, deixando um gosto mais amargo no povão, que viu o time equilibrar o jogo e criar oportunidades claras.
Em vez de Prass, a insegurança de Cássio, que entregou o gol coral, que deixou o Grafa na artilharia isolada do Brasileiro, com 8 gols, a 7 de sua meta para a competição. Jogando de forma mais veloz, já sem o meia Daniel Costa, substituído, o tricolor voltou a ter a seu favor a velocidade de Keno pela ponta esquerda. Por lá, a grande chance da noite, aos 32 minutos. Num cruzamento, Wallyson recebeu livre, mas cabeceou pra fora. A diferença na qualidade para definir foi clara no jogo, uma vez que o primeiro gol corintiano foi parecidíssimo, mas com Luciano não dando qualquer chance a Tiago Cardoso.
Com a derrota, o Santa chegou a 6 derrotas nas últimas 7 rodadas, com o pior desempenho neste recorte, que marca o fim de sua invencibilidade. Não por acaso, o Z4 nunca esteve tão próximo. Contra Ponte Preta (casa) e Botafogo (fora), tem a chance de recuperação, até pelo perfil dos adversários, agora concorrentes diretos. E sem mais espaço para tanto desperdício, Grafite à parte.
O 45 minutos analisou as apresentações do Trio de Ferro durante a semana, com atuações atípicas. Em 270 minutos de bola rolando, nenhum gol local. Ainda assim, dois pontinhos conquistados fora de casa, com alvirrubros, na gelada Caxias do Sul, e com rubro-negros, pela primeira vez evitando uma derrota para o São Paulo lá. O único revés foi justamente no Recife, com o Santa Cruz parando no goleiro Muralha (!), com Grafite perdendo duas ótimas chances. Confira as impressões do podcast, em gravações exclusivas.
Lá em cima, o Palmeiras não só manteve a liderança da Série A, já passando de 25% da tabela, como abriu dois pontos sobre o Inter, que ficou no empate no Couto Pereira. Uma disputa que, hoje, está polarizada por causa da zebra em Porto Alegre, com o Vitória superando o Grêmio. Enquanto isso, os rivais das multidões tentam evitar a zona de rebaixamento. No caso coral, a entrada. No leonino, a saída. Na quarta, o Santa Cruz perdeu em casa do Flamengo, chegando a 5 derrotas nos últimos 6 jogos. Em relação à rodada anterior, caiu do 13º para o 15º lugar, com o Z4 ficando mais próximo, agora a dois pontos.
Na quinta, o Sport foi a São Paulo encarar o seu maior fantasma no Brasileiro, o São Paulo no Morumbi. Até então, eram 17 derrotas em 17 jogos, mas finalmente saiu sem perder. O Leão empatou com o Tricolor Paulista, estancando uma sangria de 42 anos. Ainda assim, perdeu uma posição (agora em 18º) e viu o 16º abrir dois pontos. Pior, é o Cruzeiro, que numa semana contratou Ábila (carrasco rubro-negro na última Sula) e Rafael Sóbis. Não luta contra o descenso…
A 11ª rodadas dos representantes pernambucanos:
25/06 (21h00) – Corinthians x Santa Cruz (Arena Corinthians) Histórico em São Paulo pela elite: 1 vitória coral, 1 empate e 5 derrotas
26/06 (18h30) – Sport x Chapecoense (Ilha do Retiro) Histórico no Recife pela elite: 2 jogos e 2 vitórias leoninas
O consórcio Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A. já é passado. A rescisão da concessão administrativa foi assinada, com o empreendimento voltando para as mãos do governo do estado, numa operação provisória até uma nova licitação – cujos termos dificilmente darão uma vantagem tão grande ao interessado quanto o primeiro contrato, com faturamento mínimo assegurado através de uma meta inatingível, de R$ 100 milhões/ano.
Enquanto não ocorre o processo, cabe à secretaria de turismo, esportes e lazer mediar acordos com os clubes de futebol, sobretudo o Trio de Ferro, além de shows e eventos no complexo, em falta desde a inauguração. Para um jogo de médio porte, o custo operacional chega a R$ 70 mil, sem surpresa o maior da capital. Entre tantos problemas ao alcance do estádio, com seguidos balanços negativos, eis a mudança de nome. De Arena Pernambuco para Arena de Pernambuco, com o “de” simbolizando a posse do povo, nesta volta do governo.
Francamente, que essa ideia de rebatizar o estádio – tendo que convencer o público, naturalmente – seja a última preocupação da gestão. De toda forma, a nova identidade visual já vem sendo adotada nos perfis oficiais da arena…
2009/2010 – Arena Capibaribe (na apresentação do projeto) 2010/2013 – Arena Pernambuco (inaugurada em 22/05/2013) 2013/2016 – Itaipava Arena Pernambuco (via naming rights) 2016 – Arena de Pernambuco
Desde 27 de agosto de 2009, um ano antes do início da obra do estádio, foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco a lei nº 13.859, denominando o palco de “Estádio Governador Carlos Wilson Campos”. Tal nome, quase secreto, jamais foi utilizado pelo governo estadual, cuja primeira placa no canteiro, curiosamente em 27 de agosto de 2010, trouxe o nome “Arena Pernambuco”.
O Santa foi derrotado no Arruda outra vez. A terceira em casa nesta Série A. O revés diante do Flamengo foi o 5º nos últimos 6 jogos, acendendo o sinal de alerta no campeão nordestino, numa aproximação perigosa da zona de rebaixamento, outrora a léguas. A atuação contra o rubro-negro carioca oscilou bastante, com um bom número de oportunidades na primeira etapa, mesmo sem a posse de bola, praxe no sistema de jogo coral, de contragolpes, usando as pontas. Keno e Grafite (duas vezes) tiveram chances claras para marcar.
Enquanto isso, o adversário, se limitando a marcar forte (em alguns momentos além da conta), só finalizou uma vez na meta de Tiago Cardoso. Em todo o jogo! Claro, se arriscou outras vezes, mas na barra, apenas uma. Bastou. De longe, Willian Arão mandou no ângulo, com o goleiro coral adiantado. Em vantagem, o Fla foi cirúrgico, jogando sem pressa. Vem sendo assim como visitante, com o clube subindo na tabela. Apesar disso, o futebol tricolor no primeiro tempo, com disposição, deixou uma boa expectativa para a retomada.
O time pernambucano, entretanto, caiu demais. Só teve uma chance, com o Grafa, livre, batendo em cima de Muralha. Lance oriundo de uma falha na saída de jogo dos cariocas, pois criação propriamente dita não existiu. Com a vitória por 1 x 0, o Flamengo desempatou o retrospecto no Brasileiro, até então equilibradíssimo (7v-7e-7d). Ao Santa, as vaias, num protesto que já deixou de ser pontual. A necessidade de reforçar o meio-campo (Leandrinho e Daniel Costa como titulares mostram que a lacuna técnica existe) é urgente. Até porque a tabela segue complicada, ainda mais com 6 jogos em casa nos 10 disputados. Sábado, vai a São Paulo encarar o atual campeão nacional…