Sport soma pontinho fora de casa, mas ainda sem agradar plenamente

Série A 2014: Botafogo 1x1 Sport. Foto: FERNANDO SOUTELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Eram oito derrotas seguidas como visitante. Apenas um gol marcado, de pênalti.

Considerando isso, o empate do Sport com o Botafogo em 1 x 1 foi até bom.

Em Volta Redonda, neste domingo, o time pernambucano brecou a série de derrotas e aumentou de 6 para 7 pontos a margem sobre o Z4.

No entanto, vamos além disso. Vamos considerar o desempenho em campo. Aí, para quem assistiu ao jogo, o resultado foi ruim.

Sobretudo pela boa postura no primeiro tempo, quando o Rubro-negro, instigado pelo discurso do Bope, buscou o ataque, jogando no erro de um adversário em crise. Sim, era preciso usar a crise alheia ao seu favor. Atrás, a segurança de Rodrigo Mancha, enfim recuperado.

O gol saiu aos 21 minutos – Mancha já havia acertado o travessão -, Diego Souza marcou um belo gol. Recebeu, ajeitou de cabeça e finalizou com força.

A vantagem pressionou ainda mais o mandante. Mas o Leão seguia criando. Pena ter vacilado tanto nas finalizações. Em uma delas, é preciso admitir, o mérito foi do goleiro Jefferson, novamente com Diego Souza.

Manter o futebol do primeiro tempo era o mínimo a ser feito na volta do intervelo. Repetindo uma prática comum no futebol brasileiro, o time de Eduardo Batista optou por recuar.

Mesmo ruim – o time carioca cheira à Série B -, o Botafogo conseguiu encostar mais no ataque, aproveitando os inúmeros chutões do Sport. Sair com a bola rasteira foi algo escasso.

Seguiu assim até a falta boba cometida por Wendel (bem, mesmo improvisado na zaga). Bem na meia lua. Wallyson cobrou mal, no meio da barreia. Gol…

Somente após tomar o empate o Sport resolveu – pra surpresa de pouca gente – jogar bola novamente. Pressionou, mas não finalizou com perigo.

Mesmo com a partida se estendendo até o 49 minutos, o placar se manteve.

O Sport pontuou fora, mas também chegou a seis jogos sem vitória…

Série A 2014: Botafogo 1x1 Sport. Foto: FERNANDO SOUTELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Domínio pernambucano no hóquei sobre patins

Time do Sport no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Sport/facebook

O hóquei pernambucano conquistou o seu 11º título nacional masculino.

São dois títulos na extinta Taça Brasil e nove no Campeonato Brasileiro.

O triunfo de 2014, em Sertãozinho, vai para a galeria do Sport, que pela primeira vez em sua história venceu nacional em dois anos consecutivos. Foi também a primeira vez que o Leão sagrou-se campeão brasileiro fora do Recife.

Títulos nacionais de Pernambuco
Português: 1966 e 1967 (ambos na Taça Brasil), 1980, 1981, 1998 e 2000
Sport: 1993, 1997, 2010, 2013 e 2014

Apesar de atualmente contar com um campeonato estadual de hóquei sobre patins com apenas três equipes – incluindo aí o Náutico, campeão nordestino em 2013 -, quase sem patrocínios, a modalidade é uma das mais vitoriosas do esporte pernambucano. Não por acaso, a capital sediou o Campeonato Mundial em 1995.

Time do Náutico no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Náutico/facebook

A modalidade foi introduzida no estado por Elísio Gomes, ex-presidente do Clube Português. O ano era 1953, na montagem da primeira equipe pernambucana. Todos os materiais (stick, bola, patins, joelheiras e luvas) foram importados de Portugal.

O tradicional Campeonato Pernambucano seria criado em 1959, tendo até hoje 32 títulos do Português, 21 do Sport e 2 do Náutico. O formato atual conta com três turnos, com cada um tendo jogos de ida e volta.

Já o Brasileiro, realizado nesta temporada no interior paulista, teve outro sistema. Foram sete equipes e turno único. E os três representantes locais conseguiram vitórias. Coube ao Sport a campanha perfeita na quadra, com seis vitórias, incluindo uma virada na última rodada, contra o Mogiana, então invicto.

Aos sobreviventes de uma modalidade sem recursos e com tantos títulos, parabéns!

Saiba mais sobre o hóquei pernambucano aqui.

Time do Clube Português no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2013. Foto: Português/facebook

Videocast (1º) – Prévia de Sampaio x Náutico, Santa x Vasco e Botafogo x Sport

Iniciado no formato podcast, o projeto 45 minutos agora também conta com videocast. Em vez de gravações com mais de uma hora de duração, programas rápidos com dez minutos, com a prévia dos jogos dos clubes pernambucanos.

Nesta estreia, participo da gravação com Celso Ishigami e Fred Figueiroa, falando sobre os seguintes jogos: Sampaio Corrêa x Náutico, Santa Cruz x Vasco e Botafogo x Sport.

Entre os quatro melhores da Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: CBF/divulgação

O G4 da Copa do Brasil é um reduto para poucos clubes…

O segundo torneio mais importante do país foi criado em 1989 e desde então foi ampliado várias vezes. Inicialmente, com 32 times, cada time precisava avançar três fases para alcançar a semifinal. Em 2013 o número de mata-matas para chegar à mesma etapa subiu para cinco, devido aos 87 participantes.

Chegar entre os quatro melhores da Copa do Brasil não é um trabalho nada fácil, mas com um bom rendimento de grandes clubes (Grêmio, Flamengo, Cruzeiro…). Por outro lado, é um terreno fértil para surpresas, do naipe de Linhares, 15 de Campo Bom e gente que chegou até mais longe, como Santo André e Paulista, campeões.

Até hoje, 32 times alcançaram a semi. A lista inclui dois clubes pernambucanos, com o Sport disputando em quatro oportunidades (1989/Goiás, 1992/Fluminense, 2003/Flamengo e 2008/Vasco) e o Náutico uma vez (1990/Flamengo).

Das cinco semifinais pernambucanas, duas resultaram em classificações. Contudo, isso é tema para outra postagem…

As semifinais da Copa do Brasil de 2014:

Cruzeiro x Santos
Atlético-MG x Flamengo

Post atualizado em 15 de outubro de 2014

Eis o número de semifinais de cada um. Entre parênteses, os títulos conquistados.

Ranking de clubes
11 – Grêmio (4) e Flamengo (3)
8 – Vasco (1)
7 – Cruzeiro (4)
6 – Corinthians (3) e Palmeiras (2)
5 – Coritiba
4 – Fluminense (1), Sport (1), Santos (1) e Goiás
3 – Internacional (1), Botafogo, Ceará, São Paulo e Atlético-MG
2 – Criciúma (1), Brasiliense e Vitória
1 – Juventude (1), Paulista (1), Santo André (1), Figueirense, Atlético-PR, Atlético-GO, Avaí, Ipatinga, Linhares, Náutico, Ponte Preta, Remo e 15 de Novembro

Ranking de estados
26 – Rio de Janeiro (5)
22 – São Paulo (8)
16 – Rio Grande do Sul (6)
11 – Minas Gerais (4)
6 – Paraná
5 – Pernambuco (1) e Goiás
4 – Santa Catarina (1)
3 – Ceará
2 – Bahia e Distrito Federal
1 – Espírito Santo e Pará

Podcast 45 minutos (71º) – Quase três horas de tira-teimas esportivos

A edição 71 do podcast 45 minutos foi especial. Nada de resenhas sobre jogos ou próximos jogos. Durante 2 horas e 40 minutos – repartidos em dois programas – inúmeros tira-teimas esportivos foram debatidos na mesa.

A pergunta era simples… Quem é maior//melhor?

Náutico ou Santa Cruz, Carlinhos Bala ou Kuki, Senna ou Schumacher, Náutico de 1967 ou Sport de 1987, Yane Marques ou Joanna Maranhão, Zico ou Rivaldo, Popó ou Anderson Silva e por aí vaí.

Estou nessa gravação ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Discorde agora ou quando quiser!

A tabela oficial do Nordestão de 2015, com todos os jogos no meio da semana

Grupos da Copa do Nordeste de 2015. Arte: Esporte Interativo/facebook

Quase um mês após o sorteio dos grupos, a CBF divulgou a tabela da Copa do Nordeste de 2015. O próximo torneio será o primeiro com os nove estados da região, o que aumentou o número de participantes de 16 para 20 clubes.

A curiosidade na tabela básica é o fato de todos os jogos estarem marcados para as quartas-feiras. Posteriormente, alguns jogos deverão ser modificados para terças e quintas, para condicionar a transmissão na tevê.

Pernambuco será representado por três clubes: Sport, Náutico e Salgueiro. O Santa Cruz tenta, através do STJD, uma mudança na composição do Nordestão, mas não há nada concreto em relação ao caso.

Abaixo, as datas e horários de todos os jogos da primeira fase. Da primeira fase vão avançar os cinco líderes e os três melhores segundos colocados.

Em seguida, quartas de final, semifinal e a grande decisão, ida e volta.

O campeão nordestino receberá uma premiação de R$ 3,185 milhões.

Coach, psicóloga, especialista em recursos humanos e ex-comandante do Bope. A psicologia em Pernambuco

Bope

O futebol pernambucano conta com três experiências na psicologia…

Trabalho de orientação e capacitação mental para melhorar o rendimento.

Visando o Brasileirão de 2014, eis a quarta incursão local, com o Sport contratando os serviços do ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Milutar do Rio de Janeiro. Sim, é o Bope. O palestrante Paulo Storani foi consultado até para a produção dos dois filmes Tropa de Elite.

Trata-se de um estilo bem diferente dos anteriores nos rivais centenários.

2010, José Luiz Tavares/Náutico
O coach trabalhou no Timbu durante a Segundona, com o objetivo de motivar o time na briga contra o rebaixamento. Curiosamente, José Luiz exerceu o mesmo trabalho no Guaratinguetá, na reta final. Os dois clubes escaparam do descenso, terminando em 13º e 15º, respectivamente.

2011, Suzy Fleury/Sport
O Leão trouxe uma psicóloga com formação em coaching e famosa ao ser a primeira mulher na comissão técnica da Seleção Brasileira, em 2000, sob comando de Luxemburgo. Ela veio para a reta final do Estadual. Suzy chegou a ficar concentrada com o time, em Gaibu. O Sport foi vice.

2013, Desirée Farah/Santa Cruz
Especialista em gestão de recursos humanos, Desirée comandou sessões com elenco para elaborar um diagnóstico e estratégias de comportamento. Seu trabalho foi focado no próprio estádio do Arruda, antes das atividades físicas. O Tricolor chegou a viver uma crise, mas acabou campeão da Série C.

Coach, psicóloga, especialista em recursos humanos e policial militar…

O uso da psicologia no futebol brasileiro remete desde o primeiro título mundial do país. Em 1958, a delegação verde e amarela viajou para a Suécia acompanhada do psicólogo João Carvalhaes. Lá, a Seleção conquistou a Copa.

Sobre este tipo de função, um breve resumo.

“O psicólogo do esporte não é mágico, não tem uma bola de cristal e também nenhuma pílula que solucione todos os problemas. Ele estuda o comportamento do atleta e o ambiente a sua volta. E a partir daí pode propor intervenções para modificar esse comportamento e, assim, melhorar seu rendimento.”

“A preparação psicológica é um processo, e deve fazer parte da preparação global do atleta. Quando se fala em Psicologia, em um acompanhamento de um psicólogo, logo imaginamos o contexto de um consultório. O trabalho do psicólogo do esporte é um pouco diferente do psicólogo clínico, ele irá acompanhar o atleta no seu dia a dia, durante o período de treinamento e competição e o foco principal é o desempenho. ”

Os dois parágrafos acima fazem parte do artigo de Sâmia Hallage Figueiredo, doutora pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, USP.

O limite na seca de gols no campeonato

Berliner AK 1-2 Coole Pfeil Choreo, em 2012. Crédito: Youtube/reprodução

O protesto da torcida do Magdeburg pela seca de gols do time foi histórico…

Em 2012, cansados de ver o time perder tantos gols no campeonato alemão, os bravos torcedores que ainda não haviam desistido do clube levaram setas gigantes ao estádio, apontando a direção da trave aos atacantes do time.

A cada ataque, dependendo de onde estivesse a bola, os torcedores corriam com as setes. Eram cinco partidas consecutivas sem um golzinho sequer na quarta divisão alemã. O gol acabou saindo. Só não adiantou muito, pois a vitória foi do Berliner AK, 2 a 1.

Em 2014 o Sport ficou 440 minutos sem balançar as redes no Brasileirão. Série à parte, vamos às piores médias dos pernambucanos nas quatro divisões. Alguns anos mereciam uma manifestação semelhante à do Magdeburgo…

Náutico
Pior na A: 0,57, em 2013, com 22 gols em 38 jogos
Pior na B: 0,50, em 1998, com 5 gols em 10 jogos
Pior na C: 2,09, em 1999, com 44 gols em 21 jogos

Santa Cruz
Pior na A: 0,66, em 1987, com 10 gols em 15 jogos
Pior na B: 0,75, em 1997, com 6 gols em 8 jogos
Pior na C: 1,00, em 2008, com 12 gols em 12 jogos
Pior na D: 1,25, em 2010, com 10 gols em 8 jogos

Sport
Pior na A: 0,52, em 1971, com 10 gols em 19 jogos
Pior na B: 0,91, em 1990, com 22 gols em 24 jogos

Curiosidades:
A pior média no Brasileiro unificado pertence ao Náutico, que em 1961 não marcou um gol sequer em dois jogos. Ainda assim, como entrou direto na semifinal, o Timbu foi o 4º colocado na Taça Brasil. 

Em 1990, o Sport estabeleceu o seu pior índice na segunda divisão. Justamente no ano em que conquistou seu único título na Série B. 

As piores médias do Santa Cruz vão ficando menores à medida em que a divisão mais alta é analisada.

Podcast 45 minutos (70º) – A crise na Ilha e o possível cenário Sport x Náutico

A 70ª edição do 45 minutos focou a derrota do Sport para o Vitória em plena Ilha do Retiro – mais uma, pois também perdeu na Sul-Americana. No jogo, o técnico leonino Eduardo Batista foi bastante xingado pela torcida. Neste podcast, analisamos o perigoso cenário do Sport, além do desempenho de Náutico e Santa na Série B, no último fim de semana.

Estou nessa gravação (1 hora) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2014 – 28ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 28ª rodada. Crédito: Superesportes

A segunda derrota do Sport como mandante no Brasileirão custou caro. O revés ocorreu para um time que estava na zona de rebaixamento. Com os três pontos na Ilha do Retiro, o Vitória subiu para o 16º lugar, com 31 pontos. Paralelamente a  isso, trouxe o Sport à mesma briga contra o descenso. Com uma diferença: a crise está no Recife.

No alto da tabela, o Cruzeiro passou vexame no Rio de Janeiro, goleado pelo Flamengo. Com a vitória do Inter no finzinho, a diferença na liderança caiu para seis pontos, esquentando um pouquinho a morna briga pelo título.

A 29ª rodada do representante pernambucano
19/10 – Botafogo x Sport (18h30)

Jogos no Rio pela elite: 1 vitória rubro-negra, 2 empates e 6 derrotas.