Passo a passo da nova taça do Nordestão

Produção do troféu da Copa do Nordeste de 2015. Crédito: Esporte Interativo/Youtube

O novo troféu da Copa do Nordeste foi produzido em São Paulo.

Após o fim do regional de 2014 e a inclusão do Piauí e do Maranhão, a peça precisou passar por uma renovação. A questão era o número de anéis, que passou de sete para nove, representando todos os estados nordestinos.

Do papel ao metal, passando pela projeção em 3D nos computadores, o modelo foi criado pela empresa de cenografia e produção Jardim Elétrico. Com 49 centímetros de altura, a peça dourada pesa dez quilos.

O troféu foi apresentado no lançamento do Nordestão de 2015, organizado pelo canal Esporte Interativo. Abaixo, o vídeo com o processo de produção.

A posse é definitiva. Cada campeão ficará com uma taça idêntica.

Ou seja, a empresa paulista continuará produzindo novas taças no mínimo até 2022, o limite do atual contrato entre a Liga do Nordeste e a CBF.

Para novos troféus, um novo e aguardado acordo…

Podcast 45 minutos (65º) – Passando a limpo Pernambuco nas Séries A, B, C e D

A 65ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, debatendo a participação loca nas Séries A, B, C e D, além da entrevista com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, concedida ao Superesportes.

Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2014 – 25ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 25ª rodada. Crédito: Superesportes

O empate com o líder pode ter sido um resultado aceitável, mas não impediu o Sport de descer mais um degrau na classificação do Brasileirão. Agora, o Leão aparece em 9º lugar. Foi ultrapassado pelo Santos, que venceu o Goiás.

Já o Cruzeiro, que saiu de São Lourenço com um ponto, viu o Internacional reduzir a diferença para seis pontos. Curiosamente, ambos se enfrentam na próxima rodada, no Mineirão. A 26ª rodada será finalizada ainda no sábado, por causa das eleições em todo o país no domingo.

A 26ª rodada do representante pernambucano
04/10 – Corinthians x Sport (18h30)

Jogos em Sampa pela elite: 3 vitórias rubro-negras, 4 empates e 3 derrotas.

Os doze clubes do 101º Campeonato Pernambucano

Os times do Campeonato Pernambucano de 2015

Ainda não há um regulamento definido, mas os doze clubes participantes do Campeonato Pernambucano de 2015 já são conhecidos.

Os dois últimos times saíram da segundona, chamada de “Estadual Sub 23”.

Derrotado no tempo normal por 1 x 0, o Atlético viu o Belo Jardim devolver o placar do jogo de ida. No entanto, o representante de Camaragibe venceu nos pênalts por 5 x 3, em pleno Mendonção. É o estreante da vez.

Em Vitória de Santo Antão, Vera Cruz e Jaguar terminaram o confronto de 180 minutos sem que um golzinho sequer fosse marcado. Outra decisão nos pênaltis, melhor para o time da casa, 4 x 3.

A dupla irá substituir os rebaixados desta temporada, Vitória e Chã Grande.

Antes, vão decidir o títtulo em um jogo, em 11 de outubro, no Carneirão.

Também em outubro deve sair a fórmula da 101ª edição do Estadual. A expectativa da FPF é “driblar” o calendário nacional e iniciar a competição ainda em dezembro deste ano, com jogos também em janeiro.

Eis a divisão de clubes por região…

Região Metropolitana do Recife (5)
América, Atlético Pernambucano, Náutico, Santa Cruz e Sport

Zona da Mata (1)
Vera Cruz

Agreste (4)
Central, Pesqueira, Porto e Ypiranga

Sertão (2)
Salgueiro e Serra Talhada

20 perguntas a Evandro Carvalho sobre o Todos com a Nota

O presidente da FPF, Evandro Carvalho. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Após garantir um novo mandato como presidente da FPF, de 2015 a 2018, Evandro Carvalho recebeu em seu gabinete na sede da entidade, na Boa Vista, a equipe do Superesportes para a entrevista. Ao lado de João de Andrade Neto, participei dos questionamentos. A conversa teve 1h30. Um dos principais pontos foi a série de perguntas (quase um debate) sobre o Todos com a Nota e os públicos fantasmas que há pelo menos três anos mancham o Estadual.

Confira as 20 perguntas e as respostas do dirigente.

Pelo visto, o cenário continuará em 2015…

Em 2015 haverá uma maior fiscalização do programa Todos com a Nota para impedir os públicos “fantasmas” no Estadual, quando o anunciado no borderô não corresponde ao real presente aos estádio?

“A fiscalização é da própria Secretaria da Fazenda. O Governo só paga o que foi trocado. A lei é clara. Se foi trocado 10 mil não importa se no estádio tem 10 mil ou uma pessoa.”

Isso não desvirtua o programa?

“O programa é exatamente por isso. Para fazer a troca.”

Não se discute a troca e sim a presença de público nos estádios…

“Está lá borderô, o total de ingressos adquiridos e o total de ingressos do Todos com a Nota.”

No borderô não aparecem quantas pessoas de fato estiveram no jogo.

“Como eu pago o INSS? A lei determina que eu sou obrigado a pagar em cima do valor recebido.”

Mas já foi feito um questionamento à Secretaria da Fazenda e não teria problema de se colocar no borderô também o público presente

“Todos com a Nota é troca de ingressos. Todo jogo se anuncia o público (sistema de som).”

Não anuncia. Na estatística de público da Série D, por exemplo, o Central tem pouco mais de 7 mil torcedores por jogo, quando os públicos reais não foram esses.

“O que dá média de público não é quem está no estádio. É quem pagou, quem comprou. Eu tenho que recolher INSS.”

Não seria mais fácil o Estado patrocinar o Estadual?

“Perderia a essência do programa.”

Mas o senhor não concorda que a essência do programa já está perdida, já que ela não é apenas ajudar os clubes do interior, mas principalmente levar o torcedor ao estádio?

“Objetivo não é esse. O objetivo é gerar uma série de opções de lazer à população mais pobre. Além disso há a contrapartida do percentual do governo que vai para ajudar instituições de caridades, creches e hospitais, que recebem em torno de 20% da receita do TCN. Se o governo faz o patrocínio acaba todo esse apoio social. O dinheiro vai direto para o clube, livre de imposto. Não gera nenhuma contrapartida social.”

Se em todo jogo se anuncia o público real no estádio, qual é a dificuldade de colocar isso também no borderô?

“Público presente para criterio técnico é quem comprou o ingresso.”

Então para que anunciar?

“Para atender um pedido da imprensa.”

Então aqui vai um novo pedido. Coloque isso no borderô.

“Se eu colocar no borderô, o que vai ser computado para média de público e para os encargos será o público presente. E isso vai gerar uma sonegação fiscal. É crime. É o que a lei diz. Eu, inclusive, sou obrigado a recolher o seguro sobre publico presente.”

Inclusive uma seguradora está ganhando dinheiro para segurar gente que não está no estádio.

“Sabe quanto era o valor da seguradora quando assumi? Pagava R$ 0,25 (por ingresso). Sabe quanto pago hoje? R$ 0,05. Como existe uma defasagem eu fiz uma equação. Tanto que o valor do seguro é irrisório. Não existe seguro nenhum no mundo por esse valor. Exatamente para projetar efetivamente quem está em campo. Antigamente existia essa distorção. Antes ela segurava uma coisa que não existia. Estava ganhando dinheiro que não precisa. Fiz uma equação. Eu tenho em média 2 mil ingressos trocados e em média 400 pessoas no estádio. O valor que era para 2 mil não podia ser o mesmo para 400. Então fizemos uma regra de três e esse valor caiu até chegar ao valor real de 400 pessoas.”

Desde que houve a implantação do cartão eletrônico na capital, dificilmente aconteceu todas as reservas de ingressos por jogo. Ao contrário do interior…

“Já estamos propondo o cartão magnético no interior. O problema é o custo. Até o final de 2015 vamos implantar em todo interior.”

O senhor não acha no mínimo estranho um estádio estar vazio, como os dos Sub 23, e no borderô constar 2 mil pessoas?

“Vamos tomar por exemplo a Europa. Em Portugal os clubes vendem os ingressos antecipados por carnê e declaram para a Fazenda de Portugal todos os ingressos vendidos. A Fazenda recebe como público 100% dos ingressos vendidos e alguns clubes no final do campeonato dão público zero, mas tudo já foi computado. Legalmente tem que ser assim. Se não for assim é sonegação, é crime. Não tem outra maneira.”

Mas isso não é com dinheiro público…

“Mas a lei é a mesma.”

Mas o dinheiro é publico. Não seria mais justo pagar apenas pelos ingressos que de fato foram usados?

“Ai perde o objetivo da Fazenda que é o aumento da arrecadação de receita.”

Isso não é uma forma de burlar para se ter uma maior receita?

“Não tem como o governo fazer nada diferente. O governo é engessado. A única maneira é ele terminar o programa e resolver patrocinar os clubes. Se ele fizer isso ele tira toda a contrapartida social. A gente já pensou nisso. Seria mais cômodo.”

Em resumo. No ano que vem teremos públicos fantasmas de novo?

“Qual o conceito de fantasmas de vocês? Em Goiás, o governo paga antecipado e dá o direito do clube de apresentar no final do ano ‘x’ notas.”

O senhor está justificando uma falha com outra.

“Não é falha. É que não tem como fugir disso. Se eu lançar no borderô mil pessoas em campo estou sonegando o INSS porque houve troca de 5 mil ingressos.”

Mas na prática isso já está acontecendo, o senhor está apenas documentando para não ter o perigo de ter o problema.

“Como gestor tenho que prestar contas com o INSS e o Tribunal de Contas. Ou é assim ou acaba. Não tem jeito.”

O líder Cruzeiro para no Sport, num empate longe de ser tropeço em casa

Série A 2014: Sport 0x0 Cruzeiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Cruzeiro tem um ótimo rendimento como visitante, num nível próximo ao dos jogos no Mineirão. Não por acaso é o líder do Brasileirão, disparado. Até este sábado, o time mineiro havia marcado 18 gols longe de casa. E a estatística se mantém.

O bem armado time de Marcelo Oliveira ficou no 0 x 0 com o Sport de Eduardo Batista, que se ofensivamente é uma negação, na marcação consegue impor o seu estilo de jogo.

Nos últimos quatro jogos, o Leão marcou apenas um gol. Ao todo, somava 21 no campeonato, enquanto a só dupla de ataque do adversário tinha 23, sendo 12 de Marcelo Moreno e 11 de Ricardo Goulart. Apesar desse rendimento lá na frente, o Sport sofreu apenas um tento. Joga no ferrolho, sem vergonha alguma. O estilo é baseado na ocupação dos espaços e com muita pegada desde o camisa 9, numa rápida recomposição.

Na Arena Pernambuco, o jogo – apesar da disparidade técnica – foi equilibrado. No primeiro tempo, o Cruzeiro criou as melhores oportunidades, mas num cenário no qual o Rubro-negro também controlou a bola e tentou rápidas investidas. No segundo tempo, a pegada aumentou, dos dois lados. E o jogo caiu.

O empate sem gols foi um retrato da partida, sem grandes chances, mas que terminou com aplausos da torcida da casa, consciente de que não é todo mundo que arranca pontos do Cruzeiro, em casa ou fora de casa.

Falando nisso, agora o Sport parte para dois jogos fora do estado, contra Corinthians e Grêmio. Se não melhorar ofensivamente, que ao menos mantenha a instigação defensiva…

Série A 2014: Sport 0x0 Cruzeiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Caixa Econômica nos uniformes pernambucanos, femininos

Campeonato Brasileiro de futebol feminino de 2014

A Caixa Econômica Federal tornou-se o principal patrocinador do futebol brasileiro. É quem mais estampa a marca na Série A, com oito times. Em todas as divisões, o banco paga cotas anuais de R$ 1 milhão a R$ 30 milhões.

Tamanho investimento gerou uma corrida para firmar acordos com a instituição. Contudo, era (é) preciso ter as certidões negativas, organizando as dívidas fiscais (milionárias). Claro, nem todos os clubes conseguiram.

No futebol feminino, por outro lado, a adesão é total. Os vinte participantes do Brasileiro contam com a Caixa como patrocinador-master.

A explicação é a operação financeira da competição. Pela segunda edição seguida, a Caixa investe R$ 10 milhões no campeonato, ajudando a bancar os baixos salários e com os direitos de tevê. Neste ano, três times pernambucanos estão na disputa. O pentacampeão estadual Vitória, o Sport e o Náutico.

Em 2013, o Centro Olímpico-SP foi campeão num torneio de 70 jogos, envolvendo 14 estados. Ao todo foram marcados 253 gols.

Náutico – 2 vezes campeão pernambucano (2005 e 2006)

Time feminino do Náutico no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Náutico/assessoria

Sport – 5 vezes campeão pernambucano (1999, 2000, 2007, 2008 e 2009) e uma vez vice-campeão da Copa do Brasil (2008)

Time feminino do Sport no Brasileiro de 2014. Foto: Ney Gomes/Sport

Vitória – 5 vezes campeão pernambucano (2010, 2011, 2012, 2013 e 2014) e duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil (2011 e 2013)

Time feminino da Acadêmica Vitória no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Vitória/assessoria

A nova lista de campeões do Nordeste

Campeões do Nordeste, segundo a Liga do Nordeste (1975-2014). Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Post atualizado em 24/05/2017

Uma reviravolta histórica na lista de campeões do Nordeste está a caminho. Por mais curioso que possa parecer, a lista de campeões do futebol regional sempre foi controversa, até mesmo sobre a definição do primeiro ganhador. O Sport em 1994, na Copa do Nordeste organizada em Alagoas, ou o Vitória, campeão do Torneio José Américo de Almeida Filho, em 1976? O próprio álbum oficial da competição de 2014 veio com uma lista incomum. Pois o status pode pertencer até ao CRB, em 1975.

O blog apurou que a Liga do Nordeste, através de seu presidente, Alexi Portela, encaminhou à CBF a lista de campeões oficiais do Nordestão, englobando não só os torneios organizadas pela liga como outros de peso semelhante. O pedido de análise à diretoria de competições (ainda não respondido) leva em conta as duas versões do Torneio José Américo de Almeida Filho, organizado na década de 1970 para movimentar os clubes fora do Brasileirão. Em setembro de 2012 a CBF já havia sinalizado pela primeira vez o reconhecimento do título baiano, através de seu guia anual. Agora, pode ocorrer a equiparação ao Nordestão, junto a 1975.

A suposta primeira edição teve apenas seis times de três estados, nenhum deles da cena principal. No caso, Alagoas (CRB), Paraíba (Botafogo, Treze e Auto Esporte) e Rio Grande do Norte (ABC e Potiguar). O Clube de Regatas Brasil foi o campeão ao bater o Botafogo de João Pessoa nos pênaltis. A CBF ainda não estipulou um prazo para a resposta, mas, considerando que o pedido veio da própria Liga do Nordeste, eis a nova lista de campeões…

Lista de campeões* 

Torneio José América de Almeida Filho
1975 – CRB*
1976 – Vitória*

Copa do Nordeste
1994 – Sport
1997 – Vitória
1998 – América-RN
1999 – Vitória
2000 – Sport
2001 – Bahia
2002 – Bahia
2003 – Vitória
2010 – Vitória
2013 – Campinense
2014 – Sport
2015 – Ceará
2016 – Santa Cruz
2017 – Bahia

Maiores campeões*
5 Vitória (*)
3 Sport e Bahia
1 CRB (*), América-RN, Campinense, Ceará e Santa Cruz

* Títulos de 1975 e 1976 sob análise de chancela.

O blog listou outros 16 torneios Nordeste e Norte-Nordeste, desde 1946, sem chancela da CBF, além do caminho necessário para oficializá-los. Confira aqui.

Classificação da Série A 2014 – 24ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 24ª rodada. Crédito: Superesportes

O Sport manteve o 8º lugar na Série A, apesar da derrota para o Bahia em Salvador, a sexta seguida com clube como visitante no campeonato. A briga pelo G4, claro, tornou-se ainda mais irreal. A diferença é de cinco pontos, mas com quatro clubes à frente – tanto na pontuação quanto no nível técnico.

Na briga pelo título, Cruzeiro voltou a vencer e foi beneficiado pelo tropeço do São Paulo. O Inter agora é o segundo lugar, mas a oito pontos de distância.

A 25ª rodada do representante pernambucano
27/09 – Sport x Cruzeiro (18h30)

Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, 5 empates e 5 derrotas.

Cartões magnéticos do TCN no interior, uma realidade cada vez mais próxima

Cartões magnéticos do TCN. Crédito: TCN/divulgação

O Todos com a Nota foi informatizado no início de 2010, quando os usuários do Grande Recife passaram a adquirir cartões magnéticos. O sistema melhorou o processo de solicitação e também clareou a execução do programa.

Desde então, o número passou de 370 mil usuários na região metropolitana (Sport 48%, Santa Cruz 30%, Náutico 22%). Contudo, segue defasado no interior, com a troca física, no guichê. Não por acaso, ocorre a troca de ingressos sem controle, com públicos fantasmas há tempos.

De acordo com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o sistema digital do programa estatal poderá se estender aos jogos no interior até o fim de 2015. Já houve uma conversa com a Secretaria da Fazenda e o momento atual é o de captação de recursos para a infraestrutura além da capital.

Segundo o dirigente, há uma expectativa de que pelo menos 20 mil pessoas em Salgueiro e 50 mil em Caruaru solicitem o cartão futuramente.

Ao Superesportes, Evandro Carvalho disse também que não há como mudar o borderô cheio em um jogo vazio, uma vez que as trocas foram feitas.

Segundo ele, “ou continua assim ou acaba”. Pois é, acredite.

Nota-se que a informatização do TCN, um plano para o Pernambucano de 2016, é essencial para que o público presente volte a ser… presente, no borderô.