Oficial: Maranhão e Piauí no Nordestão

Regulamento do Campeonato Maranhense de 2014, com as vagas para o Nordestão de 2015

A inclusão dos estados do Maranhão e do Piauí na Copa do Nordeste, a partir de 2015, já havia sido assegurada pela direção do canal detentor dos direitos de transmissão da competição, o Esporte Interativo, e em informações extraoficiais de dirigentes dos dois estados e da própria Liga do Nordeste.

Faltava o óbvio, a chancela oficial, pois a Confederação Brasileira de Futebol ainda não divulgou o formato de 2015. Contudo, já existem dois indícios definitivos.

A CBF criou outro torneio regional, a Copa Verde, com onze estados do Norte e do Centro-Oeste. A competição pioneira será ainda este ano. Vale lembrar que a antiga Copa Norte contava com a presença de piauienses e maranhenses, mas desta vez a dupla ficou de fora da nova copa.

Como um torneio precisa ter o mesmo formato por pelo menos duas temporadas, segundo as normas do Estatuto do Torcedor, Maranhão e Piauí não poderiam participar em 2014 e ficar de fora da Copa Verde em 2015, justamente no ano em que o Nordestão terá condições de passar por uma mudança estrutural – após as edições de 2013 e 2014.

Mas não há dúvida sobre o futuro dos dois estados e da própria Copa do Nordeste. Basta conferir os regulamentos dos campeonatos dos dois estados nordestinos.

Ambos terão duas vagas na Copa do Nordeste de 2015 – que passaria a contar com 20 clubes, conforme antecipado pelo blog. No texto maranhense a indicação da vaga, ao campeão e ao vice, é direta. Já no piauiense ainda houve uma ressalva, “caso seja confirmada a participação do Piauí”, mas a classificação está presente.

Fim do maior erro organizacional da história da Copa do Nordeste.

Agora, um Nordestão ainda maior.

Regulamento do Campeonato Piauiense de 2014, com as vagas para o Nordestão de 2015

Atuação rubro-negra expõe risco real de eliminação precoce no regional

Copa do Nordeste 2014 , 3ª rodada: Sport x Guarany de Sobral. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Empate sem gols com o Guarany de Sobral, na Ilha do Retiro.

Em outra atuação pífia no Nordestão, contra um rival de potencial econômico muito menor, o Sport assustou a sua torcida. Já são quatro jogos sem vitória em 2014, sendo um amistoso e três pelo regional, com três empates e uma derrota.

O empate em 0 x 0 na noite deste domingo marcou a reestreia do zagueiro Durval, após quatro temporadas no Santos. Defensivamente, o time comandado por Geninho até que não enfrentou tantos problemas.

Ofensivamente, foi fraquíssimo. Até teve vontade. Faltou qualidade técnica. Os passes errados subiram o tom na arquibancada, numa irritação fora do normal. Os deslocamentos se efeito e as firulas completaram o cenário.

E Neto Baiano? Após a provocação no clássico, calou-se. Voltou a finalizar mal e nem acertou a meta. Porém, foi derrubado as 41, num pênalti não marcado.

A etapa final só expôs a desorganização tática do Leão, que teve como ponto positivo (e solitário) o futebol do jovem meia Everton Felipe, de 16 anos. Assim como ocorreu na arena diante do Timbu, o time cearense atuou de forma precavida no primeiro tempo e cresceu no segundo. Brecou o Rubro-negro.

O Leão soma míseros dois pontos em três jogos. Caso não melhore muito, o risco de um vexame na primeira fase do Nordestão é considerável…

Copa do Nordeste 2014 , 3ª rodada: Sport 0x0 Guarany de Sobral. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Clássico das Multidões na versão paraibana

Sport de Campina Grande e Santa Cruz de Santa Rita, integrantes da 1ª divisão paraibana de 2014

O Clássico das Multidões entre Sport e Santa Cruz é um dos mais tradicionais do Nordeste e também um dos mais populares, envolvendo diretamente aproximadamente quatro milhões de torcedores.

Disputado desde 1916, o duelo conta com mais de 500 capítulos. Na vizinha Paraíba, em uma escala bem menor, existe outra versão oficial da partida…

Sport Club Campina Grande e Santa Cruz Recreativo Esporte Clube.

Representantes de Campina Grande e Santa Rita. Em 2014, as duas equipes se enfrentaram pela primeira vez na elite estadual. Vitória tricolor, 2 x 0.

Enquanto o Santa Cruz teve uma inspiração umbilical no Tricolor do Arruda – sendo fundado em 1939 -, com as mesmas cores e mascote, o Sport campinense adotou uma nomenclatura bem semelhante, mas com cores (alviverde) e mascote (bode) distintos. A agremiação, que existia apenas com categorias de base, foi profissionalizada em 2012.

Até a estreia na primeira divisão, o “clássico paraibano” havia ocorrido somente na segundona estadual, com ampla vantagem coral.

08/07/2012 – Sport 2 x 6 Santa Cruz
21/07/2012 – Santa Cruz 2 x 1 Sport
03/09/2013 – Sport 0 x 1 Santa Cruz
11/09/2013 – Santa Cruz 4 x 0 Sport

Homônimos à parte, o único clássico entre os recifenses Sport e Santa Cruz fora de Pernambuco aconteceu justamente na Paraíba.

Em 22 de abril de 1951, em João Pessoa, houve um empate sem gols.

Confira uma postagem sobre os genéricos dos clubes pernambucanos aqui.

Copa do Nordeste cada vez maior, agora com 20 clubes

Nordeste

A inclusão de Piauí e Maranhão na Copa do Nordeste era prioridade. Corrigir o erro histórico na composição seria um passo a mais na maturidade do torneio.

Alijados no “mapa” da CBF, tendo que disputar a Copa Norte, os dois estados serão integrados ao Nordestão a partir de 2015. Enfim, a região será plenamente integrada futebolisticamente.

A notícia já havia sido dada por algumas fontes, como as federações estaduais e pelo canal detentor dos direitos de transmissão, o Esporte Interativo.

Restava saber a readequação estrutural. Com 16 clubes, o regional atual distribui três vagas para Pernambuco, três para a Bahia e duas para os demais estados. De antemão, nenhuma federação será sacrificada.

O Nordestão deve passar a ter 20 clubes na primeira fase, entrando dois times piauienses e dois maranhenses – sem convites a times de outras regiões. A informação partiu do próprio presidente do Esporte Interativo, Edgar Diniz, que esteve na Ilha para acompanhar o primeiro Clássico dos Clássicos do ano.

Ao blog, ele confirmou a intenção (e necessidade) de contar com a região inteira.

“A conversa já existe há muito tempo. Não dava mais para aceitar esses dois estados fora. A ideia é aumentar a estrutura da Copa do Nordeste”.

O regulamento seria basicamente o mesmo, com fase de grupos, quartas de final, semifinal e final. São duas propostas na mesa:

1) 4 grupos de 5 times, com 94 partidas e 14 jogos para ser campeão
2) 5 grupos de 4 times, com 74 partidas e 12 jogos para ser campeão

A diferença está número de datas do torneio. No primeiro modelo seriam necessárias 16. No segundo, o número atual, de 12, seria mantido. Porém, neste, apenas três dos cinco vice-líderes passariam da primeira etapa.

A CBF ainda não confirmou de forma oficial a modificação da Copa do Nordeste, mas trata-se de algo já costurado entre clubes, federações e investidores.

Desde já, o apelido Nordestão passa a ser legítimo, no número de estados e clubes presentes…

Náutico de Lisca leva a torcida à loucura na Ilha

Copa do Nordeste 2014, 2ª rodada: Sport 0x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Eram 12 derrotas e 9 empates na Ilha do Retiro.

Quase uma década sem vencer o centenário rival em sua casa.

A estatística incomodava bastante o Náutico. Até esta quinta-feira…

Tecnicamente, o primeiro clássico pernambucano do ano foi que se esperava. Pobre, dos dois lados. Passes errados, alguns até arrancando risos da própria torcida, bolas espanadas da grande área somente na base do chutão.

Lisca veio precavido. Em alguns momentos eram duas linhas enormes na defesa. À frente de Gideão, cinco. Um pouco mais adiantados, outros quatro.

Fechado, consciente da limitação e da má apresentação na estreia na Copa do Nordeste e de que a noite reservava um duelo de porte bem maior.

O atacante leoonino Neto Baiano, que deu uma provocada antes do jogo, até foi lançado como titular por Geninho, como a grande mudança da noite.

Teve duas chances, uma evitada pelo goleiro e outra em uma finalização sem direção. Assim, precisaria engolir as palavras ao fim dos 90 minutos.

Copa do Nordeste 2014, 2ª rodada: Sport 0x1 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Aos poucos, o Náutico foi se aproximando do campo adversário. Primeiramente, parecia mais interessado em cavar um pênalti, ao menos três vezes.

O jogo seguiu… e com a bola rolando o Timbu levou a geral do placar à loucura. João Ananias tocou para Zé Mário, que mandou bem na meta de Magrão.

O técnico gaúcho parecia mesmo a arma alvirrubra para acabar o longo tabu. Não havia insanidade alguma nisso. Havia confiança. O time vermelho e branco voltou ainda mais compacto na etapa final. Até começou arisco, em dois contragolpes, mas depois apertou a marcação.

No Sport, a mesma desorganização tática vista em João Pessoa, apesar de ter corrido mais na Ilha. Mas a verdade é Gideão não praticou uma defesa sequer.

Empurrado pela torcida, que mesmo em menor número cantou mais, o visitante conseguiu buscar a vitória no reduto leonino, Náutico 1 x 0.

Um resultado há tempos esperado. É para ganhar de vez a torcida…

Copa do Nordeste 2014, 2ª rodada: Sport 0x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Na espera pela Adidas, torcedores projetam os uniformes do Sport

Ideias de torcedores do Sport para o novo uniforme do Leão, através da Adidas. Crédito: Futuro Sport/Facebook

A Adidas irá produzir os uniformes oficiais do Sport de 2014 a 2017. Mesmo com o contrato vigorando, os primeiros padrões só devem chegar em junho.

Atuando com um camisa de “transição”, sem uma fabricante definida, o Leão vai só aguçando a curiosidade dos rubro-negros em relação aos novos modelos.

Em tempos de editores de imagens e compartilhamentos nas redes sociais, os próprios torcedores passaram projetar possíveis opções para o padrão titular.

No facebook, o grupo Futuro Sport passou a postar vários desses modelos representativos. Aqui vão seis deles, criados por André Martins (1 e 5), Rafael Crespo (2), Júnior Bullard (3), Eduardo Silva (4) e Daniel Ramone (6).

Na maioria dos casos, as camisas foram baseadas em modelos lançados nas últimas coleções da Adidas para os clubes de futebol.

Na sua opinião, qual foi a melhor ideia? Até junho, vale apenas a imaginação…

Das flâmulas aos voluntários pela paz no futebol pernambucano

Reunião com os presidentes do Santa Cruz (Antônio Luiz Neto), Sport (João Humberto Martorelli), FPF (Evandro Carvalho) e Náutico (Glauber Vasconcelos). Foto: FPF/assessoria

Os presidentes de Santa Cruz, Sport e Náutico voltaram a se encontrar.

Antônio Luiz Neto, João Humberto Martorelli e Glauber Vasconcelos.

Como em quase todas oportunidades nas quais os mandatários dos maiores clubes do estado se reuniram, o palco escolhido foi a sede da Federação Pernambucana de Futebol, no bairro da Boa Vista (veja aqui).

Independentemente do local ou do grau de formalidade, o objetivo teórico foi alcançado no encontro.

No projeto Futebol de Paz, também com a participação de Evandro Carvalho, presidente da FPF, a ideia é implantar uma cultura de paz.

Trata-se de algo pra lá de trivial, mas que de forma incrível está ausente do contexto atual no Recife. Algumas medidas foram tomadas, como a utilização das redes sociais oficiais na web promovendo a desportividade, a troca de flâmulas entre as equipes exaltando a paz, som interno dos estádios estimulando a cordialidade, convocação de voluntários… Tudo pelo simbolismo.

Portanto, foi mais uma chance pra uma condução do futebol sem violência.

Até porque a necessidade é cada vez maior…

Conhecendo os detalhes da arena rubro-negra

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Pontual Arquitetos/Youtube

A versão definitiva da arena rubro-negra foi revelada em 13 de março de 2012. Na ocasião, apenas algumas imagens foram mostradas à imprensa e à torcida.

O projeto da Arena do Sport, inicialmente desenvolvido pela DDB/Aedas, acabou sendo repassado ao escritório Pontual Arquitetos. Entre ajustes, com exigências da Prefeitura do Recife, e novas readequações, o empreendimento, incluindo um mini-shopping e empresariais, está orçado em R$ 750 milhões.

Confira um vídeo do escritório de arquitetura com os detalhes do novo estádio leonino, que já passou pelas duas comissões necessárias para a aprovação.

O primeiro vídeo da obra apresentava apenas o design. Agora, é possível ver as plantas do projeto, com destaque até para a nova sede social do clube.

Em 2014, segundo o cronograma, deve ser finalizado o processo burocrático, o que transformaria o vídeo em 3D em uma arena com 45 mil lugares.

Flamengo na Copa do Nordeste, e não é brincadeira

Flamengo na Copa do Nordeste?

Os clubes mexicanos disputam a Taça Libertadores da América há tempos.
A Austrália agora só participa das competições asiáticas.
Israel está inserido no contexto futebolístico da Europa.

Existe ao menos uma dezena de exemplos do tipo no futebol. Sendo direto e seguindo essa lógica, qual seria o empecilho de incluir o Flamengo na Copa do Nordeste? Acredite, a ideia é real e partiu da própria direção carioca.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o presidente do Fla, Eduardo Bandeira de Mello, consultou o presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela.

Ambos confirmaram o teor da conversa…

“Ele perguntou se havia possibilidade. Por enquanto, acho que não. No futuro podemos pensar. Primeiro, precisamos consolidar a competição, que está voltando agora. Depois, poderia haver dois convites”, diz Portela.

No caso da embrionária possibilidade de inclusão do Fla – e de até outro clube -, seria via convite, apesar de o Estatuto do Torcedor só autorizar o critério técnico.

A Copa do Nordeste foi chancelada pela CBF num acordo milionário, com a previsão de pelo menos dez edições oficiais. O torneio busca retomar a sua identidade, em parte perdida pelo caráter sazonal da disputa.

Economicamente, a presença do rubro-negro do Rio poderia, sim, gerar renda. Segundo a última pesquisa na região, elaborada pela Pluri Consultoria, de fato o Mengo tem a maior torcida, com 22,4%. O nordestino na melhor colocação é o Sport, em 5º lugar, com 4,8%, mas sete times da região têm torcidas acima de 1 milhão de pessoas. Alheio a isso, o mandatário carioca disse à Folha ter a maior torcida em todos os estados da região – incluiu Pernambuco, um erro, pois o estado é um dos cinco no país com times locais à frente.

Mas se tem algo que não se discute, é a presença local nas arquibancadas, com ou sem agentes externos. Com base na tradicional rivalidade, a média foi de 8.350 pessoas no Nordestão de 2013, a maior em todos os torneios no primeiro semestre do futebol brasileiro, o que rebate a tal necessidade de convites. Não por acaso, o Fla vive entre a paixão a a rejeição na região.

A contrapartida da liga ao clube, o que realmente teria atraído o olhar de Bandeira de Melo, é o valor da cota. O campeão do Nordestão ganhará R$ 1,565 milhão em 2014. O crescimento das verbas para os 16 participantes subiu 54% em um ano, saltando de R$ 5,6 milhões para R$ 8,64 milhões. Há mercado.

Por outro lado, nota-se um entrave nessa história (ou jogo político) ao constatar que a verba do Carioca é de R$ 700 mil a cada partida do Fla (R$ 10,5 mi ao todo). Por que sair de um torneio mais rentável? Ninguém faria isso.

Contudo, enxergando a ideia na prática, há uma enorme contradição.

A Copa do Nordeste foi criada em 1994 com o claro objetivo de fortalecer os clubes locais – com dinheiro, imagem e torcida -, alijados nas quatro séries do Campeonato Brasileiro. Incluir logo a equipe de maior apelo nacional, um potencial concorrente na preferência nordestina, poderia gerar descrédito junto aos torcedores dos clubes da região?

A consulta de Bandeira pode ter mais consequências do que se imagina…

No Nordestão, vale lembrar, já existe um erro histórico, com a ausência dos clubes do Piauí e do Maranhão, que chegaram a disputar a Copa Norte por causa disso. Os dois estados devem ser incluídos no regional em 2015.

Ou seja, antes de tramar a entrada do Flamengo do Rio de Janeiro é preciso condicionar a justa presença do Flamengo do Piauí…

Antes do futebol, o Mercado do Derby

Mercado do Derby, no Recife. Postal datado 1904.

O cartão postal amarelado, datado de 1904, traz lembranças remotas do surgimento do futebol no Recife. Na frente do imponente Mercado do Derby, com os seus 129 metros de comprimento, a história do esporte tomaria um rumo definitivo no ano seguinte.

No mesmo gramado irregular, mais de um século depois, um torneio reunindo 736 adolescentes teve a sua grande final. No campo da Polícia Militar, os jovens da Várzea ganharam dos meninos dos Coelhos por 1 x 0, conquistando a Taça Recife de Comunidades de 2014. A escolha não foi coincidência.

Vale um registro de Carlos Celso Cordeiro, historiador do futebol local.

“No final de 1903, pela persistência de Guilherme de Aquino Fonseca, um pernambucano que estudara na Inglaterra, começou a ser implantado o futebol em Pernambuco. É de se supor que ele não encontrou interesse nos clubes esportivos que existiam na época: Internacional e Náutico. O passo seguinte foi procurar os funcionários ingleses dos bancos, do comércio, da Western Telegraph Company e da Great Western para disseminar o esporte no Recife.

A realização das primeiras práticas de futebol, no ano de 1904, animou Guilherme a planejar a fundação de um clube de futebol. Este plano foi concretizado no dia 13 de maio de 1905 com a fundação do Sport Club do Recife. No início, a prática era restrita a sócios do Sport, a funcionários de companhias inglesas e a times organizados por ingleses.

Além do Football Association, o Rugby e o Cricket eram praticados por estes desportistas, mas não se consolidaram nos costumes locais. O primeiro jogo de futebol no estado foi disputado no dia 22 de junho de 1905, no Campo do Derby, e envolveu o Sport e um time de ingleses radicados na capital. Terminou em 2 x 2. Não foram localizadas informações sobre os goleadores do jogo.”

O prédio ao fundo do jogo pioneiro, presente em inúmeros cartões postais na época, já foi ocupado de diversas formas ao longo dos anos, pontuados por incontáveis reformas e até um incêndio criminoso.

No século XIX havia no lugar um parque de competições hípicas. Acabou comprado pelo empresário Delmiro Gouveia, que construiu uma galeria, inaugurando assim o Mercado do Derby, em 1899. Se vendia de tudo por lá. Carne, verduras, artigos importados, jornais e até gelo. Subúrbio até ali, o terreno foi um divisor na expansão do Recife. Em 1924, já com nova fachada, a edificação tornou-se a sede da Força Pública, a atual PM.

Em 27 de abril de 1997 foi erguido um marco ao acontecimento futebolístico, com 2,5 metros de altura, uma bola estilizada em bronze e duas placas. Numa delas está as escalações das duas primeiras equipes.

Até aquele centenário cartão postal não havia futebol, torcida, rivalidade…

Era só um mercado.

Campo do Derby. Foto: Eduardo Câmara/Panoramio