Em 104 anos de história, o Campeonato Pernambucano de futebol acabou decidido com uma final direta em 70 oportunidades. Foram vários formatos, com final em jogo único, ida e volta, ‘melhor de três’, extra e até supercampeonato, um raro cenário envolvendo três times. Em todos os casos, havia uma troféu na beira do campo e o caráter público de decisão.
Em 2018, uma final inédita, com Náutico e Central. Como ocorre desde 2010, ida e volta, com o segundo jogo sendo mando do detentor da melhor campanha. Embora os dois times estejam empatados em pontos no geral (7V, 4E e 1D), valeu o desempate no turno classificatório, também empatado, mas com o timbu à frente no número de gols marcados. Por isso, a grande decisão programada para a Arena Pernambuco, em 8 de abril.
É a segunda final no empreendimento inaugurado em 2013. Até hoje, oito palcos diferentes receberam a final do Estadual. Nesta edição, o jogo tende a superar o público da primeira final em São Lourenço (30 mil). Portanto, entra forte na briga pelo top ten entre os maiores públicos em jogos de clubes.
O estádios que receberam mais finais em Pernambuco (nº de títulos) 28 – Ilha do Retiro (Sport 15, Santa Cruz 10, Náutico 2 e América 1) 16 – Arruda (Santa Cruz 8, Náutico 6 e Sport 2) 15 – Aflitos (Náutico 7, Sport 5 e Santa Cruz 3) 3 – Avenida Malaquias (América 1, Santa Cruz 1 e Sport 1) 3 – Jaqueira (Santa Cruz 2 e Sport 1) 2 – British Club (Flamengo 1 e Sport 1) 2 – Arena Pernambuco (Sport 1 e a definir 1) 1 – Cornélio de Barros (Sport 1)
Títulos em finais: Sport 27, Santa 24, Náutico 15, América 2 e Flamengo 1
Os 10 maiores públicos na Arena (jogos de clubes) 42.025 – Sport 0 x 2 Palmeiras (23/07/2017, Série A) 41.994 – Sport 2 x 0 São Paulo (19/07/2015, Série A) 37.615 – Sport 2 x 2 Flamengo (09/11/2014, Série A) 35.163 – Sport 2 x 2 Palmeiras (12/07/2015, Série A) 34.939 – Sport 0 x 1 Flamengo (30/08/2015, Série A) 34.746 – Santa Cruz 0 x 1 América-RN (01/11/2014, Série B) 34.496 – Sport 1 x 0 São Paulo (07/12/2014, Série A) 30.165 – Sport 2 x 2 Fluminense (23/11/2014, Série A) 30.061 – Náutico 0 x 1 Sport (23/04/2014, Estadual) 28.019 – Sport 0 x 0 Cruzeiro (02/08/2015, Série A)
Qual é o seu pitaco sobre o campeão? E sobre o público total na Arena?
Em 5 de março de 1961, por volta dos 40 minutos do primeiro tempo, Pelé recebeu um passe na intermediária. Naquela tarde, o Santos visitava o Fluminense, no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo. E Pelé já era ‘Pelé’. Com a bola dominada, o rei arrancou com objetividade e passou por Pinheiro, Clóvis e Altair. Chegando à meta adversária, tocou com categoria no canto direito do goleiro Castilho. Nascia ali a expressão “gol de placa”, sinônimo de golaço. Neste caso, por realmente ter virado uma placa no estádio Mário Filho, em homenagem ao lance, que ajudou na vitória do peixe por 3 x 1. A partir dali, a ideia se expandiu a todos os estádios do país.
Torcedor, qual gol merecia uma placa no Arruda, na Ilha do Retiro e nos Aflitos? Pode ser do dono do estádio ou mesmo do visitante…
No Arruda, o tricolor Betinho ganhou uma placa em 25/10/1978.
Obs. Infelizmente, não há vídeos sobre o primeiro gol de placa. Abaixo, os registros fotográficos relembrando o lance. Quando ao gol, Pelé disse o seguinte: “o único vídeo que existe está na minha memória!”
Em 3 de junho de 2017 o Náutico anunciou a aquisição do novo gramado dos Aflitos, cuja reforma ainda estava no início. Ao custo de R$ 69 mil, o clube comprou 9 mil metros quadrados de grama do tipo ‘Bermuda Celebration’, a mesma utilizada na Arena Pernambuco. A grama foi cultivada no interior do Rio Grande do Norte, paralelamente a toda a reconstrução do sistema de drenagem do estádio alvirrubro. Concluída esta etapa, então, chegou a hora de deixar novamente verde o piso do Eládio de Barros Carvalho.
Considerando a área de jogo, no padrão internacional (105m x 68m), são 7.140 m² de grama, mas, na prática, a área verde será maior, devido ao entorno. Ainda que seja uma etapa gradual da obra, há um simbolismo – natural a quem é apaixonado por um clube de futebol. E o Náutico soube tirar proveito disso através do marketing, monetizando a colocação do gramado com a campanha Voltando pra Casa. No caso, cobrou entre R$ 25 (sócio) e R$ 50 (não sócio) para que o próprio torcedor plantasse o campo, com um metro quadrado a cada ação solicitada. Houve resposta do público.
Com a colocação iniciada em 24 de fevereiro de 2018, o gramado surge com novas lembranças para uma torcida ávida para voltar, de fato, para casa…
A última partida disputada pelo Náutico nos Aflitos foi um amistoso com o Decisão, empate em 0 x 0 em 18/01/2015. Já em competições oficiais o hiato vem desde 27/05/2014, na derrota por 1 x 0 para o Avaí, pela Série B
O estádio dos Aflitos vem passando por uma reforma estrutural em diversos setores, como gramado, vestiários, bancos de reservas e, naturalmente, arquibancadas. Na requalificação dos assentos, com a retirada de todas as antigas cadeiras metálicas e a abertura de novos portões de acesso, o Eládio de Barros Carvalho terá a sua capacidade máxima reduzida em 14%.
Segundo a versão mais recente do cadastro nacional de estádios da CBF, o estádio timbu poderia receber até 22.856 pessoas. Com a reforma, incluindo uma nova setorização, o local poderá abrigar até 19.600 espectadores, em cinco setores distintos, segundo o gráfico da empresa responsável pelo projeto (no fim do post) – a imagem traz, também, o número de banheiros disponíveis em cada área, para homens e mulheres. Logo, a redução é de 3.256 lugares. Na área coberta, anteriormente dividida entre cadeiras cativas e sociais, agora será um setor completo com cadeiras vermelhas, totalizando 3,7 mil. Ao redor de todo o campo, um alambrado de acrílico de 1,5 metro.
Os valores sobre a reforma costumam variar, mas estima-se um investimento de R$ 5 milhões para reabrir o estádio a R$ 7 milhões para cumprir todos os pontos elaborados no projeto, encomendado ao escritório do arquiteto Múcio Jucá. Parte do recursos virá da campanha “Voltando pra casa”, com ações voltadas à torcida, como participação na colocação no gramado, produtos licenciados sobre o projeto e até mesmo uma cadeira antiga de recordação.
O prazo de reabertura do estádio se mantém em abril de 2018, na Série C.
Náutico nos Aflitos* (1917-2018) 1.768 jogos 1.138 vitórias 336 empates 294 derrotas * Competições oficiais e amistosos
A curta descrição é suficiente para relembrar o clássico que valeu ao alvirrubro o ainda exclusivo hexacampeonato pernambucano. Também para determinar o maior público da história dos Aflitos, tomado por 31 mil pessoas, ainda na época do ‘balança mas não cai”, deixando a marca ainda mais surpreendente.
Ao menos para o recorde de público, a descrição muda agora.
Náutico 1 x 0 Santa Cruz, gol de Bita, 1970
Durante uma pesquisa no acervo do Diario de Pernambuco, até então com outra pauta futebolística, o blog encontrou a ficha do Clássico das Emoções que botou o timbu na rota do segundo turno daquele ano. O caderno esportivo trouxe o seguinte título: “Bita atrapalhou o bi do Santa”. Posteriormente, o tricolor faturaria o bi – na verdade, chegaria ao pentacampeonato. No entanto, aquele clássico parou a cidade, com uma superlotação do Eládio de Barros Carvalho, como mostra a ficha do jogo (abaixo), com 25.305 pagantes e 5 mil crianças, além de outras gratuidades e policiais militares. Ou seja, o público total, critério adotado pelo blog, supera em 552 pessoas a partida do hexa.
Eram outros tempos, com o espaço calculado para cada torcedor sendo bem menor (assento de 30 cm, em vez de 50 cm), além da liberação para gente em pé, aumentando consideravelmente a assistência. Não por acaso, os dois maiores públicos, os únicos acima de 30 mil na história do Eládio, ocorreram antes da ampliação do estádio, com obras entre 1996 e 2002.
Sobre o ‘novo’ recorde, vale destacar as escalações dos times. Aliás, timaços.
Os 10 maiores públicos nos Aflitos 31.613 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (16/08/1970, Estadual) 31.061 – Náutico 1 x 0 Sport (21/07/1968, Estadual) 29.891 – Náutico 0 x 1 Grêmio (26/11/2005, Série B) 28.022 – Náutico 0 x 2 América-MG (04/12/1997, Série B) 22.177 – Náutico 0 x 1 Santa Cruz (05/07/2001, Estadual) 21.121 – Náutico 0 x 1 Sport (21/04/2001, Nordestão) 20.699 – Náutico 2 x 0 Ituano (18/11/2006, Série B) 20.506 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (11/12/1974, Estadual) 20.100 – Náutico 1 x 0 Sport (02/12/2012, Série A) 19.880 – Náutico 1 x 0 Corinthians (21/10/2007, Série A)
O primeiro clássico pernambucano foi disputado em 25 de julho de 1909, no antigo campo do British Club, com o Náutico vencendo o Sport por 3 x 1. Desde então, com o Santa entrando na disputa pouco tempo depois, a história do futebol local foi escrita em 1,6 mil clássicos. Frise-se que esses jogos só ganharam esta alcunha após a popularidade e o nível técnico ascendentes sobre os demais times da cidade – os tradicionais apelidos dos clássicos surgiram entre 1943 e 1953. Essa popularidade se refletiu ao longo dos anos em arquibancadas repletas, em lembranças de milhões de torcedores. Aflitos entupido, Ilha apinhada, Arruda lotado. Várias e várias vezes. Nostalgia à parte, nem sempre foi assim. Os clássicos também já foram disputados às moscas, em amistosos ou até mesmo em torneios oficiais – inclusive na era profissional. A partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro, eis um balanço sobre os menores e maiores públicos dos três duelos pernambucanos.
Desde já, algumas ressalvas. Cerca de 1/3 dos clássicos não tiveram públicos divulgados (ou contabilizados), prática comum até os anos 1950. Sobre os critérios distintos ao longo dos anos, em relação à divulgação do borderô, o blog considerou o ‘público total’, com a soma entre pagantes e não pagantes – ocorre que nos anos 80, por exemplo, os jornais tinham como hábito informar apenas os pagantes. De toda forma, é possível relembrar as multidões.
Dados atualizados até 23 de janeiro de 2018
Clássico dos Clássicos Menor: 1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso) Maior: 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual)
No século XXI Menor: 3.430 – Sport 1 x 1 Náutico (01/03/2017), Ilha do Retiro (Estadual) Maior: 32.826 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010), Ilha do Retiro (Estadual)
Clássico das Multidões Menor: 1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso) Maior: 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual)
No século XXI Menor: 5.517 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (24/08/2016), Arena PE (Sula) maior: 62.243 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011), Arruda (Estadual)
Clássico das Emoções Menor: 1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso) Maior: 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983, Arruda (Estadual)
No século XXI Menor: 2.238 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (10/07/2010), Aflitos (Nordestão) Maior: 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001), Arruda (Estadual)
Os 5 menores públicos nos clássicos (geral) 1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso) 1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso) 1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso) 1.747 – Náutico 0 x 1 Sport (06/06/1976), Aflitos (Estadual) 1.905 – Náutico 1 x 1 Sport (16/06/2000), Aflitos (Estadual)
Os 5 maiores públicos nos clássicos (geral) 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual) 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual) 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983), Arruda (Estadual) 75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport (03/05/1998), Arruda (Estadual) 74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/1993), Arruda (Estadual)
As antigas festas pré-carnavalescas nas sedes dos Aflitos, Arruda e Ilha
Até meados dos anos 1990, nas semanas que antecediam ao carnaval pernambucano, as sedes sociais de Náutico, Santa Cruz e Sport eram tomadas por torcedores nos bailes oficiais dos clubes. ‘Vermelho e Branco’ nos Aflitos, ‘Preto, Branco e Vermelho’ no Arruda e ‘Vermelho e Preto’ na Ilha do Retiro. Eram festas com estilo próprio, com dezenas de frevos inspirados em cada clube rasgando a madrugada inteira. Outra particularidade naturalmente era a escolha das camisas a cada edição, com o cuidado de não ‘representar’ alguma cor mais popular nos bailes vizinhos (rivais).
Com o crescimento do carnaval de rua – já existem blocos dos três times -, a concorrência das festas privadas pelo Recife, em shows cada vez maiores, além das seguidas mudanças no calendário do próprio futebol, as festas dentro nos clubes caíram no ostracismo, restando versões esporádicas aqui e acolá. Em 2018, uma retomada dupla, a partir dos trabalhos das diretorias sociais do alvirrubro e do rubro-negro. No tricolor, a ideia pode voltar em 2019.
No carnaval, qual é o bloco que você mais se identifica com o seu time?
Baile Vermelho e Branco (19/01) “Em Pernambuco, o ritmo já é de carnaval. O coração começa a bater mais forte, as pernas involuntariamente estão frevando. Para os alvirrubros a emoção é ainda maior: o Baile Vermelho e Branco está de volta.”
Orquestra Universal + Nonô Germano
Ingressos: R$ 30 pista e mesa a R$ 200 (sócio não paga pista)
Confira mais detalhes do baile timbu clicando aqui
Baile Vermelho e Preto (26/01) “O Baile Vermelho e Preto, que embalou o Carnaval no Clube e faz parte da memória afetiva de todo rubro-negro, está de volta”
Orquestra Treme-Terra + Almir Rouche
Ingressos: R$20 para sócios, R$30 para não-sócios e mesa a R$ 100
Confira mais detalhes do baile leonino clicando aqui
Embora tenha sido fundado para a prática do remo, em 1901, o Náutico adotou o futebol oito anos depois, se tornando a principal modalidade. Na estreia, de cara, o primeiro clássico e a primeira vitória. Desde então, o alvirrubro disputou 109 temporadas, num histórico vivo graças à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O blog deu sequência ao levantamento, atualizando o retrospecto geral nas principais competições oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento timbu atuando nos Aflitos, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.
Em 2018: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C.
Do 1º ao 4.727º jogo… Primeiro: Náutico 3 x 1 Sport (25/07/1909), no British Club (amistoso) Último: Luverdense 3 x 0 Náutico (25/11/2017), no Passo das Emas (Série B)
Ranking Nacional de Clubes da CBF: 32º lugar (4.532 pontos)
Total (competições oficiais e amistosos*) 1909-2017 4.727 jogos (8.641 GP e 5.662 GC, +2.979) 2.304 vitórias (48,7%) 1.052 empates (22,2%) 1.368 derrotas (28,9%) 3 jogos com placar desconhecido Aproveitamento em pontos: 56,1%
Estadual 1915-2017 (ranking de pontos: 3º) 2.234 jogos (4.810 GP e 2.393 GC, +2.417) 1.285 vitórias (57,5%) 437 empates (19,5%) 512 derrotas (22,9%) 102 participações (entre 1916 e 2017) Melhor campanha: campeão, 21 vezes (entre 1934 e 2004) Aproveitamento em pontos: 64,0%
Copa do Nordeste 1994-2017 (ranking de pontos: 10º) 78 jogos (123 GP e 100 GC, +23) 31 vitórias (39,7%) 24 empates (30,7%) 23 derrotas (29,4%) 9 participações (entre 1994 e 2017) Melhor campanha: semifinal em 2001 e 2002 Aproveitamento em pontos: 50,0%
Brasileirão unificado 1959-2017 666 jogos (777 GP e 930 GC, -153) 213 vitórias (31,9%) 154 empates (23,1%) 299 derrotas (44,8%) 34 participações (entre 1961 e 2013) Melhor campanha: vice-campeão em 1967 Aproveitamento em pontos: 39,6%
Série A 1971-2017 (ranking de pontos: 23º) 612 jogos (703 GP, 859 GC, -156) 192 vitórias (31,3%) 144 empates (23,5%) 276 derrotas (45,0%) 27 participações (entre 1972 e 2013) Melhor campanha: 6º lugar em 1984 Aproveitamento em pontos: 39,2%
Série B 1971-2017 536 jogos (738 GP e 669 GC, +69) 225 vitórias (41,9%) 121 empates (22,5%) 190 derrotas (35,4%) 20 participações (entre 1971 e 2017) Melhor campanha: vice-campeão em 1988 e 2011 Aproveitamento em pontos: 49,5%
Série C 1981-2017 21 jogos (44 GP e 20 GC, +24) 13 vitórias (61,9%) 3 empates (14,2%) 5 derrotas (23,8%) 1 participação (em 1999) Melhor campanha: 4º lugar em 1999 Aproveitamento em pontos: 66,6%
Copa do Brasil 1989-2017 90 jogos (135 GP e 112 GC, +23) 40 vitórias (44,4%) 20 empates (22,2%) 30 derrotas (33,3%) 48 confrontos; 26 classificações e 22 eliminações 22 participações (entre 1989 e 2017) Melhor campanha: semifinal em 1990 Aproveitamento em pontos: 51,8%
Taça Libertadores 1960-2017 (ranking oficial: 178º) 6 jogos (7 GP e 8 GC, -1) 1 vitória* (16,6%) 2 empates (33,3%) 3 derrotas (50,0%) 1 participação (1968) Melhor campanha: fase de grupos em 1968 Aproveitamento em pontos: 27,7% 18 * O timbu venceu 2 jogos, mas perdeu os pontos por substituição irregular
Copa Sul-Americana 2002-2017 2 jogos (2 GP, 2 GC, 0) 1 vitória (50,0%) 0 empate (0,0%) 1 derrota (50,0%)
1 confronto; 1 eliminação 1 participação (2013) Melhor campanha: 16 avos de final em 2013 Aproveitamento em pontos: 50,0%
Histórico em decisões no Estadual Náutico 9 x 7 Santa Cruz Náutico 6 x 11 Sport
Náutico nos Aflitos* (1917/2015) 1.768 jogos 1.138 vitórias (64,3%) 336 empates (19,0%) 294 derrotas (16,6%) Aproveitamento em pontos: 70,7% * Competições oficiais e amistosos
Clássico dos Clássicos (1909-2017)* 548 jogos 180 vitórias do Náutico (32,8%) 157 empates (28,6%) 210 vitórias do Sport (38,3%)
Último: Náutico 1 x 1 Sport (23/03/2017, Estadual) *O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Clássico das Emoções (1917-2017)* 519 jogos 167 vitórias do Náutico (32,1%) 150 empates (28,9%) 201 vitórias do Santa (38,7%)
Último: Santa Cruz 2 x 3 Náutico (04/11/2017, Série B) *O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Maiores públicos
Top 5 nos Clássicos
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998) 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, no Arruda (Estadual, 18/12/1983) 71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico, no Arruda (Estadual, 28/07/1993) 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico, no Arruda (Estadual, 11/07/2001) 65.901 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico, no Arruda (Estadual, 08/02/1998)
Top 5 como mandante contra outros adversários
44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983) 41.020 – Náutico 0 x 1 Vasco, no Arruda (Série A, 13/04/1983) 40.615 – Náutico 2 x 3 Grêmio, no Arruda (Série A, 29/04/1984) 40.426 – Náutico 1 x 1 Vasco, no Arruda (Série A, 20/02/1983) 39.597 – Náutico 0 x 1 Santos, no Arruda (Série A, 30/04/1983)
A quinta temporada da Arena Pernambuco foi a mais esvaziada em termos de público e renda no futebol, considerando os jogos oficiais dos grandes clubes da capital. Embora tenha recebido o mesmo número de partidas que o ano anterior neste contexto, 30, o borderô contabilizou uma queda de 44 mil torcedores, ou 18% a menos. A taxa de ocupação dos assentos vermelhos expõe de forma clara o cenário, com apenas 14%, reflexo da média de 6.690 – e olhe que o recorde de público, entre clubes, foi batido.
Pela primeira vez o empreendimento foi administrado do começo ao fim do ano pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, que buscou soluções alternativas no entorno para o movimentá-lo (Domingo na Arena, Som na Arena e Arena games), além de eventos religiosos (um deles com 50 mil pessoas). No futebol propriamente dito, no entanto, a conta ficou difícil de fechar. Basta dizer que em 2014, com o Todos com a Nota ainda em execução, o faturamento do estádio foi de 14 milhões de reais, contando apenas o Trio de Ferro, enquanto em 2017 não chegou sequer a 3 milhões,
Nos quatro primeiros anos de operação do estádio em São Lourenço, nas gestões da Odebrecht e do governo, o resultado financeiro foi sempre negativo, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013, de R$ 24,4 milhões em 2014, de R$ 19,0 milhões em 2015 e de R$ 7,0 milhões em 2016. Improvável um quadro diferente no próximo balanço, a ser divulgado em junho.
Neste ano, a Arena Pernambuco registrou o pior público total, a pior média de público, a pior taxa de ocupação, a pior arrecadação, a pior média de renda e o pior tíquete médio. Apenas um dado escapou: número de jogos.
A conturbada relação entre Náutico e Arena, mesmo com a gestão pública, resultou no menor calendário anual – desconsiderando 2013, com a operação iniciando em junho. Tanto que o alvirrubro chegou a jogar quadro vezes no Lacerdão, em Caruaru. Se em 2016 o time brigou pelo acesso, com jogos acima de 20 mil pessoas, desta vez a lanterna na Série B derrubou a presença da torcida, pela primeira vez abaixo de 10% de ocupação.
Em junho, o governo do estado anunciou um pacote de 5 jogos com o Santa Cruz, numa sequência disputada na Série B. Foi o maior número de apresentações do clube desde 2014, mas a média de 6.374 torcedores ficou abaixo do dado até então registrado no Arruda – com 10.331 pessoas nos quatro jogos anteriores da competição. O tricolor não quis estender a parceria.
Assim como o rival coral, o Sport também teria firmado um acordo de cinco jogos na arena, mas acabou jogando apenas duas vezes – desconsiderando a Taça Ariano Suassuna, amistosa. Num desses jogos, no revés diante do Palmeiras, em 23 de julho, foi estabelecido o maior público entre clubes: 42.025. Embora a arrecadação tenha sido boa (maior que a soma dos 23 jogos do Náutico), o leão optou por voltar à Ilha por questão técnica.
A abaixo, a quantidade de jogos no Recife com mando do Trio de Ferro – os jogos de América, na Ilha (2x) e no Arruda (1x), e Belo Jardim, na Arena (1x), não estão computados. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Por fim, a observação de que em 2015 e 2016 ocorreram jogos de portões fechados na Ilha (1x) e na Arena (1x), também desconsiderados.
A derrota para o Oeste, em 26 de novembro de 2016, mudou o rumo da história do Náutico como poucas vezes se viu – aliás, já se viu. A vitória naquela partida teria levado o alvirrubro à elite nacional, mas o surpreendente revés, diante de um time quase rebaixado, custou caro em Rosa e Silva. Pelo segundo ano seguido o clube terminava a Série B na 5ª posição, num cenário no qual os quatro primeiros subiam. No ano seguinte, o baque à Série C.
É impossível não traçar um paralelo com a sequência entre 1996 e 1998, com o alvirrubro ficando em 3º lugar na segundona nos dois primeiros anos, nos quais apenas os dois primeiros se classificavam, e desabando no terceiro. Pois é. Agora, jogando na arena, diante do Londrina, o revés por 2 x 1 encerrou a chance de permanência, com o timbu retornando à terceirona após 19 anos.
No entanto, apesar da coincidência, não é algo cabalístico. O descenso em 2017 é reflexo da irresponsabilidade financeira cometida pela gestão do Náutico, com quatro presidentes executivos no biênio (!). Basta lembrar da folha no Estadual, de R$ 1 milhão. O clube, claro, não conseguiu manter o quadro nem por dois meses, devido à óbvia previsão enxuta de receitas – como ignoraram isso?. Já na segundona, houve a venda de Erick junto ao Braga, de Portugal, por R$ 2,8 milhões. O objetivo era manter os salários em ordem para tentar evitar a queda, após um primeiro turno catastrófico. Só que o dinheiro foi bloqueado – e o clube ficou sem a grana e sem o atacante.
Apesar da reação da equipe, a terceira montada no ano, não foi possível.
Juntando os cacos, vem o único alento em 2018. A volta aos Aflitos.
Que seja uma nova mudança de rumo na história alvirrubra…
Rebaixamentos do Náutico (5) 1994 – A pra B (24º lugar de 24 times; caíram 2) 1998 – B pra C (21º lugar de 24 times; caíram 6) 2009 – A pra B (19º lugar de 20 times; caíram 4) 2013 – A pra B (20º lugar de 20 times; caíram 4) 2017 – B pra C (19º lugar de 20 times; caíram 4*) * Competição em andamento, com possibilidade de mudança dentro do Z4
Acessos do Náutico (3) 1988 – B pra A (2º lugar de 24 times; 2 vagas) 2006 – B pra A (3º lugar de 20 times; 4 vagas) 2011 – B pra A (2º lugar de 20 times; 4 vagas)
Náutico na Série C 21 jogos (44 GP e 20 GC, +24) 13 vitórias (61,9%) 3 empates (14,2%) 5 derrotas (23,8%) 1 participação: 1999 (4º lugar)