A Seleção Brasileira já disputou nove jogos oficiais em Pernambuco.
Segundo a norma da Fifa, esse contexto se aplica às partidas envolvendo as seleções reconhecidas entidade, com suas equipes principais.
Todas os duelos aconteceram no Arruda, no período após a conclusão do anel superior do estádio José do Rego Maciel.
Foram oito vitórias do Brasil e um empate, na estreia. A agenda completa incluiu seis amistosos, dois jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e um na Copa América. Nas arquibancadas, nada menos que 541.717 torcedores.
O público presente teve uma excelente média de 60.190 pessoas.
Todas as partidas tiveram destaque na capa do Diario de Pernambuco, no dia seguinte. Reveja todas as capas do jornal, em uma viagem no tempo que mostra também a evolução da própria cobertura jornalística.
Entre 1934 e 1978, o Brasil também esteve no Recife, mas em jogos contra times locais e contra a seleção estadual (veja aqui).
A partida contra os chineses marcou a despedida verde e amarela do Mundão. A partir de agora, os jogos da Canarinha devem acontecer na Arena Pernambuco.
A Copa do Mundo no Brasil será seguida de uma overdose de Copa América.
Numa decisão pouco ortodoxa, o principal torneio de seleções da Conmebol terá duas edições consecutivas, em 2015 e 2016. Na primeira, no Chile, será o curso normal do rodízio de sedes no continente sul-americano, em vigor desde 1987.
Na segunda, a competição chegará ao centenário. Apesar do tradicional passado como “Campeonato Sul-Americano”, a edição extraordinária será disputada nos Estados Unidos, confirmado via comunicado oficial da Conmebol.
No Chile – que trocou a vez com o Brasil, cabendo à CBF a organização do torneio em 2019 -, serão doze países, como ocorre há duas décadas. Os convidados da vez serão Japão e México.
Já na centenária Copa América, a 44ª edição, serão 16 países…
Entre participantes estarão os dez filiados da Conmebol (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), os eternos convidados da Concacaf, México e Estados Unidos, e os quatro melhores colocados, exceto os dois convidados, na Copa Ouro de 2015.
A última vez em que a Copa América foi disputada em um espaço tão curto foi em 1959, com dois torneios no mesmo ano! No segundo, no Equador, o Brasil foi representado pela seleção pernambucana, a Cacareco, que ficou em 3º lugar.
Vale destacar que a ideia já existia há um ano. Essa oficialização pode ser o passo para uma futura união entre as duas confederações americanas.
As 32 seleções classificadas ao Mundial de 2014 foram distribuídas.
Bem distribuídas, diga-se.
Grupo da morte? É melhor enxergar a alcunha no plural.
Obviamente, serão seis meses de projeções e mesas redondas até a bola rolar, na segunda Copa do Mundo da história organizada no país.
Falando nisso, vamos aos pitacos preliminares do blog…
Grupo A – Brasil, Croácia, México e Camarões A Seleção Brasileira, em evolução técnica sob o comando de Felipão, caiu em uma chave moderada, no máximo. Representante europeia no quarteto, a Croácia enfrentou problemas para alcançar a sua vaga. O México até vem dando trabalho ao Brasil, mas nas categorias de base, como nas Olimpíadas e no Mundial Sub 17. No time principal, em Copas, é freguês – e não atravessa boa fase. Já Camarões cumpre a cota histórica de times africanos no caminho verde e amarelo. O foco o entendimento para contar com Eto’o.
Vagas: Brasil e México
Grupo B – Espanha, Holanda, Chile e Austrália
Um dos grupos mais difíceis do torneio, sem dúvida alguma. Nada menos que a atual campeã mundial e a atual vice-campeã. Protagonistas da batalha no Soccer City, na África do Sul, Fúria e Laranja Mecânica seguem em boa fase, novamente apontadas como favoritas. O Chile, por sua vez, registrou uma campanha sólida na eliminatória sul-americana, acabando em 3º lugar. Tem um forte conjunto e deve contar com apoio maciço da torcida. Sem surpresas, a Austrália é a zebra.
Vagas: Espanha e Holanda
Grupo C – Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão
Uma chave bastante equilibrada, mas, ao menos na tradição dos Mundiais, nivelada por baixo. Cabeça de chave através do ranking da Fifa, a Colômbia tem mais uma chance de realizar uma boa campanha e superar o trauma de 1994, quando chegou como favorita e decepcionou ainda na primeira fase. Quem não quer mudar é a Grécia, sempre com o seu truncado jogo e que às vezes se mostra eficiente. A Costa o Marfim tem em Drogba o principal jogador da chave. Por último, o Japão visa repetir a boa imagem deixada na Copa das Confederações, com um futebol rápido e ofensivo.
Vagas: Colômbia e Costa do Marfim
Grupo D – Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália
Eis um poderoso grupo a morte, com três campeões do mundo. A Costa Rica deve deixar o Brasil rapidamente. Difícil mesmo será apontar o campeão que também deixará o Mundial ainda na primeira fase. A Itália, do técnico Prandelli, conta com um grupo qualificado e tem tradição demais para ser relegada. Cenário semelhante ao da Inglaterra, sempre times de estrelas, no papel. No entanto, 1966 à parte – quando foi campeã como anfitrião -, o English Team costuma ficar pelo caminho. E o que dizer da aguerrida Celeste? Vem com Suárez, em grande fase, Forlán e Cavani disposta a manter a aura de 1950.
Vagas: Itália e Uruguai
Grupo E – Suíça, Equador, França e Honduras
A Suíça foi a cabeça-de-chave oficial, mas com o sorteio levando a França para a chave E, acabou havendo uma inversão de valores. As bolinhas camaradas no sorteio fizeram os Bleus de Franck Ribéry “ressurgir” na Copa, já com status de favoritos no grupo. A França tem boas chances de manter a sina de uma Copa boa e outra ruim. No caso, estea seria a “boa” (foi campeã em 1998, eliminada na 1ª fase em 2002, vice em 2006 e eliminada novamente na fase e grupos em 2010). Equador e Honduras não devem passar de meros figurantes.
Vagas: França e Suíça
Grupo F – Argentina, Bósnia, Irã e Nigéria
Historicamente, os hermanos são sorteados para grupos dificílimos. É algo cultural na torcida vizinha. Desta vez, entretanto, o sorriso foi largo em Buenos Aires. O time de Lionel Messi deve conquistar três vitórias (goleadas?) na primeira fase. Bósnia, Irã e Nigéria proporcionarão uma briga tremenda pela outra vaga nas oitavas. Leve vantagem para os nigerianos, com um lastro futebolístico – incluindo um título olímpico de 1996, sobre os próprios argentinos.
Vagas: Argentina e Nigéria
Grupo G – Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos
Outra chave equilibrada e de nível técnico elevado. A Alemanha esteve presente nas duas últimas semifinais, com equipes jovens de muita qualidade. Os lusos também tem uma boa memória recente, com a 4ª colocação em 2006. E ainda contam com o provável melhor jogador até a Copa, Cristiano Ronaldo – favorito ao prêmio da Fifa em 2013. Os EUA podem até endurecer algum confronto, mas não a ponto de mudar o destino dos classificados. Gana, que por pouco não alcançou a semifinal no Mundial passado, chegou na Copa ao atropelar o Egito na repescagem africana. O que não é suficiente para impor outro contexto.
Vagas: Alemanha e Portugal
Grupo H – Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul
No derradeiro grupo da Copa, os sul-coreanos fomentam a principal chance de evitar a classificação de dois europeus às oitavas. Arrumada, a Bélgica vive uma grande fase após quase três décadas de inércia na competição – foi semifinalista em 1986 – curiosamente, no calor mexicano. Sede da Copa do Mundo seguinte ao Brasil, a Rússia quebra um hiato de presenças que durava desde 2002. Nas Eliminatórias, deixou Portugal de CR7 em segundo lugar. No mínimo, merece respeito.
O primeiro sorteio de uma Copa do Mundo no Brasil aconteceu em 22 de maio de 1950, na Sala de Conferências do Palácio Itamaraty, no centro do Rio de Janeiro. Eram doze bolinhas numeradas, além dos quatro cabeças de chave, Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai, escolhidas pela CBD, precursora da CBF.
(1) Bolívia, (2) Chile, (3) Espanha, (4) EUA, (5) França, (6) Índia, (7) Iugoslávia, (8) México, (9) Paraguai, (10) Suécia, (11) Suíça e (12) seleção a definir.
Após o sorteio com cara de bingo, a Índia desistiu por um motivo insólito. Os seus atletas se recusaram a jogar de chuteiras – queriam atuar descalços. Já a tal “seleção a definir” foi a Turquia, que também declinou. O país substituto, Portugal, também não veio. E a debandada não parou por aí. Em protesto aos jogos com enormes distâncias no país, a França também ficou de fora.
Portanto, da projeção com 16 seleções, apenas 13 disputaram aquele Mundial. Nesta sexta teremos um novo sorteio no Brasil, mais complexo. Na Costa do Sauípe será definida toda a agenda da Copa de 2014, com 32 países.
Em 1950, as bolinhas retiradas do único globo na mesa apontaram os números 2 e 4 para a partida marcada para a Ilha do Retiro, no Recife, com o jogo Chile x Estados Unidos (goleada dos hermanos por 5 x 2). Agora, o foco local é nas seguintes coordenadas: A2, A3, C3, C4, D2, D4, G1 e G2. Essas nações atuarão nos quatro jogos da primeira fase na Arena Pernambuco.
O avanço no sorteio ao longo das décadas mostra o quanto a Copa do Mundo cresceu em estrutura e organozação. Itinerário? Chuteira? Falta de vontade? Dificilmente teremos tão toscos para qualquer improvável reviravolta. Ainda mais sabendo que a premiação por uma mera participação será de 8 milhões de dólares. O campeão receberá US$ 35 milhões. Ao todo, 358 mi em premiações.
A eliminatória sul-americana para o Mundial no Brasil, que contou com nove países, atraiu um número enorme de torcedores nos dois anos de disputa.
Entre 2011 e 2013, nada menos de 2.529.569 torcedores, ou “hinchas”, como se fala nos países vizinhos, foram aos 72 jogos. A média de público foi na casa dos 35 mil, com quatro países acima de 40 mil pessoas por apresentação.
Por isso e pela proximidade, argentinos, colombianos, chilenos, equatorianos e, provavelmente, uruguaios deverão marcar forte presença por aqui em 2014…
A atualização do ranking da Fifa em outubro, com oito meses de antecedência, foi a base oficial para a composição dos oito cabeças de chave da Copa do Mundo de 2014. Além do Brasil, a bilionária sede, seis países já foram confirmados, incluindo surpresas como Bélgica e Colômbia (lista abaixo). A oitava vaga depende do resultado do Uruguai na repescagem. Se passar pela Jordânia, a Celeste será um dos oito principais times do Mundial. Em caso de classificação inédita da Jordânia, a Holanda ocupará o posto.
O critério técnico adotado, apenas com o ranking, mudou o perfil histórico dos principais países na disputa. No histórico de 1930 a 2014, sem surpresa, os oito campeões mundiais são justamente as oito seleções mais selecionadas nos sorteios como cabeças de chave, os pseudo-favoritos. No 20º Mundial, considerando todos os ex-campeões presentes, três deles não serão cabeças de chave. Ou seja, Itália, França e Inglaterra devem surgir em grupos da morte…
À parte do desempenho, o status para o país-sede é regra. Em todas as edições, o anfitrião só não foi escolhido pela federação que controla o futebol como um dos líderes prévios dos grupos em três oportunidades (1954, 1958 e 1970). Em 2018 e 2022, na Rússia e no Catar, o regulamento deve ser mantido.
Confira a tabela histórica com todos os países escolhidos pela Fifa como cabeças de chave. São 114 indicações.
1930 (5) – Argentina, Brasil, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai
1934 (8) – Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Holanda, Hungria, Itália e Tchecoslováquia
1938 (8) – Alemanha, Brasil, Cuba, França, Hungria, Itália, Suécia e Tchecoslováquia
1950 (4) – Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai
1954 (8) – Áustria, Brasil, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Turquia e Uruguai
1958 – sem cabeças de chave
1962 (4) – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai
1966 (4) – Alemanha, Brasil, Inglaterra e Itália
1970 – sem cabeças de chave
1974 (4) – Alemanha, Brasil, Itália e Uruguai
1978 (5) – Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda e Itália
1982 (6) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e Itália
1986 (6) – Alemanha, Brasil, França, Itália, México e Polônia.
1990 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Inglaterra e Itália
1994 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos e Itália
1998 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Romênia
2002 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Japão
2006 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México
2010 (8) – Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália
2014 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Suíça e mais um*
* Uruguai ou Holanda (2014)
18 – Brasil
15 – Itália
14 – Alemanha
12 – Argentina
7 – Inglaterra
6 – Espanha e França
5 – Uruguai
4 – Holanda
3 – Hungria e Bélgica
2 – Áustria, Estado Unidos, México e Tchecoslováquia
1 – África do Sul, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Japão, Paraguai, Polônia, Romênia, Suécia, Suíça e Turquia
Em três Copas, o número de cabeças de chave foi superior ao de grupos envolvidos. Em 1930 e 1978, foram cinco times para quatro vagas. Naturalmente, uma chave ficou com duas equipes de peso. Em 1954, num regulamento incomum, com partidas entre grupos distintos, foram dois cabeças de chave por chave.
Há ainda a curiosidade de que duas Copas do Mundo sequer tiveram cabeças de chave. Em 1958, na Suécia, o sorteio do torneio, com 16 países, contou com quatro potes distintos em relação às regiões, e não ao nível técnico. Assim, cada grupo contou necessariamente com um europeu ocidental, um europeu oriental, um país britânico e um das Américas.
Em 1970, no México, o sistema foi semelhante ao da edição de doze anos antes. Porém, os potes foram divididos em Europa 1 e 2, Américas e Resto do mundo.
Os critérios para a escolha os cabeças…
Decisão do comitê organizador: 1930, 1934, 1938, 1962 e 1966
Recomendação da CBD (precursora da CBF): 1950
Sorteio: 1954
Sem cabeça de chave: 1958 e 1970
Votação: 1974
Histórico técnico e posição geográfica: 1978, 1982 1986
Performance nas Copas anteriores: 1990, 1994
Performance nas Copas anteriores + ranking: 1998, 2002 e 2006
Ranking: 2010 e 2014
Histórico das 25 seleções que encabeçaram algum grupo no Mundial até 2010. No destaque (triângulo), os países que ganharam a Copa
Os cabeças de chave que mais decepcionaram, caindo na 1ª fase.
Foram 16 longas rodadas em mais de dois anos de disputa. Enfim, acabou a eliminatória sul-americana para a Copa do Mundo no Brasil.
Em 2014, estarão aqui Argentina, Colômbia, Chile e Equador. O Uruguai vai à repescagem num mata-mata contra a Jordânia. Abaixo, a charge com todo o contexto da longa batalha, nos traços de DonSata.
Os campeões de público nas dez ligas nacionais da América do Sul apresentam números bem distintos. A Conmebol divulgou um gráfico com as maiores médias de assistência nos campeonatos da primeira divisão de 2012.
O River Plate, de volta à elite argentina, estabeleceu uma marca impressionante, quase o dobro do segundo lugar. Nada menos que 50 mil pessoas, quase a capacidade máxima do estádio Monumental de Nuñez.
No Brasil, segundo a Conmebol, o Grêmio ficou em primeiro lugar. Em recente estudo da Pluri Consultoria, o tricolor gaúcho havia ficado atrás de Corinthians e São Paulo na Série A. Em vez de 23.530 pessoas, o dado da confederação apresentou 25.845. Confira o levantamento da consultoria aqui.
De todos os dez países membros da entidade, apenas o Paraguai apresentou o clube de maior índice abaixo de dez mil pessoas. Dado pífio do Olimpia, vice-campeão da Taça Libertadores, com quatro mil pessoas.
Esse foi o último levantamento do Brasil antes das arenas. A média deverá subir.