O Maracanazo deixa de ser a última lembrança do Mário Filho na Copa

Maracanã em 1950. Crédito: Arquivo do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – A última aparição do Maracanã na Copa do Mundo conta com poucas imagens. Perdida no tempo, possivelmente até pelo trágico desfecho, a filmagem traz lances emblemáticos, dolorosos. Tudo em preto e branco. Na cena final, frames da arrancada do uruguaio Alcides Ghiggia até o chute rasteiro. A sequência do lance só pode ser vista em um outro microfilme, em uma câmera atrás do gol do Maraca naquela tarde. A bola entrou no cantinho esquerdo de Barbosa, num silêncio monumental que todo mundo já ouviu falar. O maior estádio do mundo, e era mesmo, viveu muito futebol depois disso. Com a própria Seleção Brasileira, com os Fla-Flus e com o brilho de muitos craques. Acima de tudo, a casa do futebol esperou bastante para ver o seu retorno ao maior evento esportivo do planeta.

Por fora, se mantém imponente como nunca, de uma beleza digna de cartão postão. Dentro, as diferenças estruturais saltam aos olhos, necessárias pela evolução. Em vez de uma multidão apinhada, em pé, assentos confortáveis. Da colossal assistência de 200 mil espectadores para 71 mil novos privilegiados. Mais de 23 mil dias separam aquele 16 de julho de 1950 deste 15 de junho de 2014. Quantas vezes não se imaginou rever o velho Mário Filho no Mundial? Quem jogaria… Quem brilharia… A longa espera acaba logo mais.

Mais uma vez com hermanos em campo, protagonizando o bom toque de bola com muita determinação. Nada de uniforme celeste, por enquanto, mas sim a camisa albiceleste. Uma reestreia com genialidade no gramado bem cuidado, através de Lionel Messi. Rivalidade à parte, não haverá o “estrondoso silêncio”, mas sim a reverência a um grande jogador. Será apenas a segunda vez do atacante no país – esteve num Brasil 0 a 0 Argentina em 2008, no Mineirão. Messi não tinha lugar melhor para praticar a sua arte, à frente da sempre favorita Argentina, há mais de vinte anos em busca do tri, contra a Bósnia e Herzegovina.

Com liberdade em campo, devidamente autorizada pelo técnico Alejandro Sabella, o craque do Barça será o alvo principal de uma partida transmitida com a mais alta tecnologia. Nada de frames envelhecidos com segundos de uma grande história, mas 90 minutos em alta definição para novos capítulos. Tudo no Maracanã terá mesmo um ar de novidade. O timaço argentino, com outros destaques como Di María e Agüero, vale o ingresso. No lado bósnio, o jogo é tão especial quanto. É a estreia do país, remanescente da antiga Iugoslávia e o único debutante nesta edição. Um jogo encarado como um presente, pelo adversário, pelo local e até pelo público, tão reverenciado e intimamente vinculado à alma do estádio.

A ligação do Maracanã com a Copa do Mundo conta com oito jogos. Agora serão mais sete. Se em 1950 a Seleção foi quase onipresente, com cinco atuações, desta vez só jogará em uma hipotética decisão. Até lá, vale admirar equipes do porte de Argentina, Espanha e França. Mas não se engane, aquela história contada e recontada em microfilmes não será apagada. Contudo, a história da Copa volta enfim a ser contada no velho gigante de concreto.

O passado merece descanso…

Copa do Mundo de 1950, final: Brasil 1x2 Uruguai. Foto: Fifa/divulgação

O sonho argentino inspirado em Bellini

Torcida Argentina no Maracanã. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Rio de Janeiro – O Maracanã é uma atração à parte, com ou sem Copa do Mundo. A oficialização do renovado estádio como palco da final de 2014 só aumentou o mito. Quis o destino que os primeiros a contemplá-lo no Mundial fossem os argentinos.

A hinchada argentina será a segunda maior entre os estrangeiros. Mais de 61 mil ingressos foram parar nas mãos de torcedores de Buenos Aires, La Plata, Rosário e Mendoza. A confiança no tricampeonato mundial é grande…

“Confiança? Temos 100% de confiança, não menos que isso”, diz Ricardo Sturr.

Nesta manhã, dia que antecede à estreia contra a Bósnia e Herzegovina, o dia é de contemplar o velho (e renovado) Maraca.

“Nunca tinha ido a um jogo de Copa do Mundo. Não tem como não ser uma coisa especial. Desde criança eu queria conhecer o Maracanã. Estar aqui, numa Copa e com a nossa Argentina só faz com que tudo seja ainda mais especial. Queremos voltar, quem sabe com Brasil x Argentina (numa hipotética final)”, comenta Claudio Grapes.

O acesso ao  estádio será só no domingo. Nesta sábado, só o entorno. Mas já é suficiente para ver de perto a estátua de Bellini, erguendo a Taça Jules Rimet em 1958. A escultura só realça os sonhos de todos os torcedores, das mais diversas nacionalidades, desde as primeiras horas da manhã.

Neste primeiro dos sete atos do Maracanã no Mundial, o maior sonho é mesmo dos hermanos.

Torcida Argentina no Maracanã. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O Maracanã no horizonte, pela primeira vez

Maracanã preparado para a Copa do Mundo de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Rio de Janeiro – Esta será a vista do blog nas duas próximas semanas. Acredite, a surpresa foi grande ao chegar na varanda e me dar conta da proximidade do Maraca. Por sinal, jamais havia visto o estádio… É deslumbrante. Exala futebol.

O tamanho da felicidade é proporcional ao da responsabilidade.

Portanto, esse é o início do trabalho definitivo no Mundial após o período de oito dias na fria Granja Comary, em Teresópolis, no início da preparação da Seleção.

Sou o quarto enviado especial do Diario de Pernambuco para a cobertura desta Coa do Mundo de 2014. Já haviam embarcado do Aeroporto dos Guararapes os repórteres João de Andrade Neto (São Paulo), Brenno Costa (Salvador) e Celso Ishigami (Fortaleza).

No Recife seguem os outros dois credenciados do jornal, Alexandre Barbosa e Daniel Leal, além de toda a equipe do portal Superesportes, num trabalho intenso com informações, imagens e novidades. Por sinal, o material produzido pelo blog deve ser focado no site.

Na minha agenda inicial, cinco partidas no renovado (e bilionário) estádio Mário Filho, incluindo quatro na fase de grupos e um nas oitavas de final.

Final da Copa do Mundo? Mais à frente. Por enquanto, vamos, sobretudo, com Argentina, Espanha e França…

Certeza mesmo, só a da bela vista até o dia 29 de junho.

A menos de 300 metros da casa do futebol.

Atualizando o primeira dia na cidade, à noite vista foi esta…

Maracanã na Copa do Mundo de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Podcast 45 minutos (28ª edição) – Análise dos oito grupos da Copa do Mundo

O podcast 45 minutos, um trabalho paralelo de cinco jornalistas, agora faz parte do Diario de Pernambuco. Estou nessa ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade e Rafael Brasileiro.

Como o nome deixa claro, o objetivo é conversar (debater, discutir) sobre futebol por (pelo menos) 45 minutos. Nesta primeira edição em parceria com o Diario – a 28ª ao todo -, uma análise dos grupos do Mundial, com uma dose de greia.

Vale seguir também as redes sociais do podcast: twitter e facebook.

Entre pousos e decolagens, já tem jogo na maior porta de entrada do país

Torcidas de Brasil, Argentina e Uruguai. Foto: João de Andrade Net/DP/D.A Press

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é a principal porta de entrada de turistas no país. Seja no desembarque imediato ou no enorme fluxo de conexões, o movimento é intenso.

Em 2013 foram 36,6 milhões de passageiros nos check-ins, dos quais 12,4 milhões em voos internacionais. Decolagens e pousos num ritmo frenético.

Na Copa do Mundo de 2014 espera-se um recorde – teme-se até um colapso.

Mais de 600 mil estrangeiros devem viajar ao Brasil. Era essa a meta inicial, já batida segundo o balanço de ingressos da Fifa.

Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foto: Infraero/divulgação

As torcidas dos países participantes do Mundial já começaram a desembarcar, a esperar as malas na esteira e a cumprir o lento processo de imigração e alfândega. Contudo, esse público também já começou a curtir o país…

Nesse processo de desembarque, a rivalidade tão cantada nas arquibancadas fica de lado, como no registro do repórter João de Andrade, correspondente do Diario de Pernambuco na capital paulista.

Inlgeses com uniformes das seleções de Brasil, Argentina e Uruguai reunidos numa mesa com o carteado rolando solto após a viagem. E espanhóis observando de longe. Vai ter jogo.

Torcedores da Espanha no Aeroporto de Guarulhos. Foto: João de Andrade Neto/DP/D.A Press

Brasil x Argentina, a final no scout de Felipão

Coletiva de Felipão na Granja Comary em 5 de junho de 2014. Foto: Wander Roberto/VIPCOMM

Teresópolis – Brasil x Argentina, 13 de julho no Maracanã. Uma final dos sonhos para muitos torcedores na Copa do Mundo. No scout da Seleção Brasileira, uma estrutura de dados a serviço da comissão técnica, este também seria o duelo decisivo do Mundial.

A informação foi revelada pelo próprio técnico Luiz Felipe Scolari, ao responder ao jornalista Marcelo Sotille, do famoso diário Olé, de Buenos Aires, em sua primeira entrevista coletiva concedida na Granja Comary, nesta preparação para o torneio de 2014.

A questão era sobre a “final ideal” da Copa na opinião do técnico. Felipão começou reticente na resposta, mas acabou admitindo o caminho, caso o time brasileiro avance até a finalíssima – por sinal, tal jogo jamais chegou nem perto de decidir uma Copa.

“Pelo nosso scout de passagem até a final, a final que imaginamos seria Brasil x Argentina, pelas características das equipes. Tomara que cheguemos à final com Brasil x Argentina, uma final sul-americana com grandes jogadores e muita qualidade técnica”.

Não há, por parte do treinador, qualquer “secação” sobre os hermanos.

“Não quero que a Argentina saia na fase de grupos. Quero jogue o seu futebol normal e vença as suas partidas. O meu problema é o Brasil. Depois do meu time, quem chegar (na final) chegou.”

Sobre uma possível final com o maior clássico do futebol nas Américas, ambos teriam que liderar os seus grupos, para compor o chaveamento necessário. A história mostra que o duelo, apesar de popular, não é muito comum na Copa do Mundo. Até hoje foram apenas quatro jogos.

1974 – Brasil 2 x 1 Argentina (Hanover, Alemanha)
1978 – Brasil 0 x 0 Argentina (Rosário, Argentina)
1982 – Brasil 3 x 1 Argentina (Barcelona, Espanha)
1990 – Brasil 0 x 1 Argentina (Turim, Itália)

O scout da Seleção já prevê uma quinta partida…

Riquelme na milionária e improvável pauta rubro-negra em Buenos Aires

Noticiário da Argentina comenta sondagem do Sport a Riquelme. Foto: Carol F. (twitter.com/lentesuja)

A contratação de Riquelme é um tanto irreal, mas a história permanece.

115 mil euros (A Bola, Portugal)
157 mil dólares (Olé, Argentina)
350 mil reais (Lance!, Brasil)

Mais de R$ 2,1 milhões por um acordo de seis meses.

O valor do salário oferecido pelo Sport ao principal ídolo do Boca Juniors foi divulgado em várias mídias, em vários países, em várias moedas.

Seria, sem dúvida alguma, a maior quantia já paga por um clube do estado a um jogador de futebol. Até hoje, o maior salário foi o do meia Hugo, que ganhou R$ 250 mil mensais no Rubro-negro no Brasileirão de 2012.

Desta vez, a contratação seria uma estratégia de marketing, juntando Sport e Adidas. Por sinal, o craque teria direito a um percentual na venda de uniformes.

Ainda assim, mesmo com a pesada quantia na mesa, o desfecho segue improvável. No entanto, a sondagem leonina a Riquelme é real…

Inclusive com repercussão em Buenos Aires em horário nobre, tanto sobre a proposta quanto pelo interesse (ou falta dele) do Boca na renovação.

“Sport Recife de Brasil viene con todo por Riquelme.”

Noticiário da Argentina comenta sondagem do Sport a Riquelme. Foto: Carol F. (twitter.com/lentesuja)

Os quartéis dos sul-americanos no Mundial do Brasil

A América do Sul terá seis seleções na Copa do Mundo de 2014, sendo cinco países oriundos das eliminatórias e um, claro, como país-sede.

A Conmebol divulgou as imagens dos locais de treinamento de suas equipes no Brasil no período de preparação para o Mundial. Hotel de luxo, campo com grama específica, sala de musculação, imprensa, perímetro de segurança etc.

Na rota, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Além do Brasil, vale a torcida pelos outros representantes do continente?

Brasil – Granja Comary, em Teresópolis/RJ. A reforma do local tradicional da Seleção custou R$ 15 milhões, aumentando a capacidade para 36 suítes.

Local de treinamento da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Argentina – Cidade do Galo (CT do Atlético-MG), em Belo Horizonte/MG. Com 244 mil metros², o local foi apontado em 2010 como o melhor CT de clubes do país.

Local de treinamento da Argentina na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Uruguai – Estádio do Jacaré, em Sete Lagoas/MG. O estádio foi utilizado pelos clubes mineiros durante a reforma do Mineirão. Fica a 75 km da capital do estado.

Local de treinamento do Uruguai na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Colômbia – CFA Laudo Natel (CT do São Paulo), em Cotia/SP. É uma das estruturas do Tricolor Paulista. Esta é voltada para as categorias de base.

Local de treinamento da Colômbia na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Chile – Toca da Raposa II (Centro de Treinamento do Cruzeiro), em Belo Horizonte/MG. Não satisfeito em ter um bom CT na década de 1980, o clube construiu outro ainda melhor, com hotel, piscina térmica e cinema…

Local de treinamento do Chile na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Equador – Resort Vila Ventura, em Viamão/RS. O local com dois campos fica próximo ao hotel de 106 unidades, que será fechado apenas para a seleção equatoriana.

Local de treinamento do Equador na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

De Puskas a Riquelme, os sonhos internacionais dos recifenses

Craques estrangeiros especulados no futebol pernambucano: Salenko (1996), Petkovic (2005), Verón (2008), Puskas (1957), Riquelme (2014), Ortega (2008), Davis (2009) e Luca Toni (2012)

Uma contratação de peso, internacional.

Pense em algo bem raro no futebol pernambucano, até que alguém noticie a negociação de um astro veterano com um dos grandes clubes da capital.

Durante dias especulações do tipo ganham corpo, envolvendo a torcida. Artilheiro da Copa, meia da seleção holandesa, craque argentino etc. Perfis variados entre os gringos. Em alguns casos, a sondagem é até concreta, com proposta salarial. Obviamente, bem acima da realidade, travando o desfecho.

Quase sempre, o fim da história é frustrante, diga-se.

O primeiro caso emblemático aconteceu há bastante tempo, em 1957, quando o Sport tentou contratar Ferenc Puskas. Isso mesmo, o craque húngaro que hoje dá nome ao prêmio da Fifa para o gol mais bonito da temporada.

No registro do extinto Diario da Noite, o diretor Leopoldo Casado chegou a oferecer 100 contos de réis por mês ao craque, que estava parado.

Diário da Noite em 1957

No ano anterior, Puskas liderou um movimento para que os compatriotas não voltassem à Hungria, após a revolução comunista do país. Acabou suspenso pela Fifa. Ele não acertou com o Rubro-negro. No ano seguinte, o major galopante assinou com o Real Madrid, e conquistou a Copa dos Campeões.

Confira a histórica edição do jornal em alta resolução aqui.

Relembre alguns casos curiosos de especulações internacionais no Recife.

Sport
1996 – Salenko, 27, Rússia (Valencia) – O artilheiro da Copa do Mundo de 1994, que alcançou a marca com cinco gols em um jogo, já sem chances de classificação, teria sido oferecido no Brasileirão. Não estava bem fisicamente.

2005 – Petkovic, 33, Sérvia (Fluminense) – Havia um rumor nos bastidores, mas foi uma “pegadinha”. Em vez da chegada de um helicóptero com o meia, passou na Ilha um avião monomotor com a frase “hexa é luxo”.

2008 – Verón, 33, Argentina (Estudiantes) – O nome do meia surgiu em novembro, mirando a Taça Libertadores do ano seguinte. Juan Sebastián disputou a Liberta, mas pelo Estudiantes. E foi campeão…

2012 – Luca Toni, 35, Itália (Juventus) – Curiosamente, a informação surgiu na própria Itália, através do TuttoSport, que cravou a sua saída com destino ao Leão. A direção do Sport jamais admitiu sequer o contato com o empresário.

2014 – Riquelme, 35, Argentina (Boca Juniors) – A surreal bola da vez. O veterano ídolo da Bombonera vê o seu contrato perto do fim. A renovação parece natural, no Recife foi divulgada a possibilidade de um acerto para a Série A (!).

Náutico
1998 – Piekarski, 23, Polônia (Flamengo) – O jogador surgiu no país no Atlético Paranaense. As tratativas chegaram a ficar na “reta final”, inclusive com apoio financeiro da FPF, mas o Alvirrubro acabou não chegado a um acordo.

2009 – Edgar Davids, 36, Holanda (Ajax) – Já experiente, o ex-meia da Juventus e Ajax teria sido oferecido ao Timbu. Sua “vontade” era atuar no Brasil. A novela durou duas semanas, sem ter tido ao menos o primeiro capítulo.

Santa Cruz
2008 – Ariel Ortega, 34, Argentina (River Plate) – O talentoso jogador sofria de alcoolismo, que o tirou do futebol. A passagem no Santa seria um recomeço na carreira. Trocou o Arruda pelo pequeno Independiente Rivadavia.

Lembra de mais algum “sonho” internacional no futebol pernambucano?

Superclássico das Américas remodelado para o mercado estrangeiro

Argentina (Messi) x Brasil (Neymar), o Superclássico das Américas. Crédito: Site Oficial da Conmebol

Argentina e Brasil selaram um acordo para a volta da Copa Roca em 2010.

O tradicional torneio de futebol entre os dois países ocorreu de forma intermitente entre 1914 e 1976.

Foi retomado em 2011, já rebatizado de Superclássico das Américas.

A ideia era um mata-mata com jogos de ida e volta, um em cada país, sempre revezando o local da segunda partida, apenas com atletas em ação nos campeonatos sob as chancelas da AFA e da CBF.

O Brasil ganhou em 2011 e 2012 e a taça foi esquecida no ano seguinte. O curioso é que o tal acordo firmado era de oito edições até 2018…

Pois bem. O Superclássico das Américas voltará mais uma vez, já confirmado pela Conmebol. Um retorno revitalizado.

Agora, em jogo único, em 11 de outubro de 2014. Onde?

No Ninho do Pássaro, em Beijing.

Por se tratar de uma data Fifa, qualquer jogador poderá ser convocado, incluindo Lionel Messi e Neymar, que já estão na imagem de divulgação da própria confederação sul-americana.

De fato, o nível técnico do duelo será melhor. Entretanto, com essa nova visão de mercado, fica mais difícil que o troféu seja disputado em cidades brasileiras e argentinas.

Retorna, na verdade, o velho costume de clássicos em campo neutro. Foi assim em amistosos na Inglaterra (2006), no Catar (2010) e nos Estados Unidos (2012). Agora, na China.

Superclássico das Américas, com a torcida de argentinos e brasileiros na tevê.