Universidade exclusiva para o mundo esportivo embaixo da arquibancada

Faculdade do River Plate. Crédito: http://www.riverplate.com

Nas dependências do enorme estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, começou a operar neste ano a primeira faculdade de um clube de futebol.

No River Plate, a criação de uma faculdade particular é o ponto final do sistema educacional do clube, em funcionamento há 25 anos. Alguns times já haviam surgido num processo inverso, como a Universidad de Chile e o Pumas do México, com as instituições criando times para representá-las. Neste caso, foi a marca “River” que se estendeu aos estudos.

Estrutura para educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e agora ensino superior. Ao todo são 2.000 alunos/sócios distribuídos em instalações literalmente embaixo das arquibancadas, num cenário bem incomum.

Faculdade do River Plate. Crédito: http://www.riverplate.com

A curiosidade sobre o Instituto Universitario River Plate (Iurp) é o viés puramente esportivo nos cursos disponíveis. Inicialmente com marketing esportivo, administração esportiva e educação física. Outros cursos estão em fase de criação, incluindo fisioterapia, medicina esportiva, nutrição e direito esportivo.

Para abrir as portas da faculdade foram quase oito anos de desenvolvimento, até mesmo para se adequar à lei argentina. O primeiro semestre de aulas começou em abril de 2013, com 60 estudantes. O aluno precisa ser torcedor do Millonario? Não. Obviamente, quase todos são. No River, aliás, muitos jogadores da base já passaram pelas escolas do clubes. Nomes como Hernán Crespo, Gonzalo Higuaín, Javier Saviola, Pablo Aymar e Fernando Cavenaghi.

A faculdade tem um objetivo oficial: “Otimizar e profissionalizar a gestão no esporte como disciplina para a construção e desenvolvimento humano e social”.

Faculdade do River Plate. Crédito: http://www.riverplate.com

Lionel Messi ativa a corrida por mais uma temporada de Fifa e PES, já em 2014

Lionel Messi no game Fifa Soccer 2014. Crédito: EA Sports/divulgação

A versão 2014 das duas tradicionais franquias dos videogames será a 19ª do maior clássico futebolístico no mundo virtual.

Entre setembro e outubro deste ano devem chegar às lojas os novos games do Fifa Football e do Pro Evolution Soccer, ferrenhos competidores no mercado de jogos, numa disputa particular das produtoras EA Sports e Konami.

Apesar dos games de “2013” ainda estarem recebendo atualizações, já começa a circular imagens e novidades das próximas edições. No Fifa, de forma oficial, Messi veste a camisa do Barcelona para avisar que o novo jogo está chegando.

Enquanto isso, o possível rosto do jogador para o PES vazou nas redes sociais. A Konami nem negou nem confirmou. Talvez o marketing viral seja o objetivo.

O fato é que o craque argentino, eleito no mundo real como o melhor jogador nas últimas quatro temporadas, segue como principal produto.

Por enquanto, nada de trailer oficial. As doses de novidades são homeopáticas. Já faz parte da tradição deste clássico dos joysticks…

Confira todas as capas dos dois games de 2007 a 2013 clicando aqui.

Possível imagem de Lionel Messi no game Pro Evolution Soccer 2014

A suposta grande diferença entre Lionel Messi e Neymar

Messi e Neymar em ação. Crédito: Youtube

O título do post dá nome ao vídeo produzido pelo doentesporfutebol.com.

Em 3 minutos e 40 segundos, uma compilação de imagens com lances recentes de Lionel Messi, pelo Barcelona e na seleção argentina, e Neymar, pelo Santos e com a camisa da Canarinha.

Enquanto o argentino não desiste das jogadas, o brasileiro acaba preferindo cavar alguma falta, segundo o vídeo. Vale destacar a atuação da arbitragem brasileira. Aí sim, uma grande diferença em relação apito europeu.

Assista e comente…

Você concorda com a tal “grande diferença” entre os dois craques?

Papa Francisco I, argentino e torcedor fiel do San Lorenzo

Papa Francisco I, novo Papa da Igreja Católica

O Papa é argentino. Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi escolhido no conclave como o novo líder da Igreja Católica.

Nomeado como Papa Francisco I, o agora ex-arcebispo de Buenos Aires gosta de futebol e é um torcedor fiel do San Lorenzo.

No centenário do clube, em 2008, o pontífice recebeu uma carteira especial de sócio. Nas festividades, celebrou a missa especial.

Bergoglio assistia aos jogos do San Lorenzo, tendo como inesquecível a campanha de 1946, e também aos da equipe de basquete, onde jogava seu pai.

O time de Almagro, um dos mais tradicionais e populares da capital argentina, tem 104 anos de história e 10 títulos nacionais na era profissional. O nome é uma homenagem ao Padre Lorenzo, que ajudou na fundação do clube.

Papa Francisco I, novo Papa da Igreja Católica. Sócio do San Lorenzo

A religião não impede um padre de torcer por um time de futebol. Entre os cardeais, não surpreende a escolha por equipes com nomenclatura religiosa.

O brasileiro Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, era um dos cotados na escolha do pontífice. Seu time do coração? São Paulo Futebol Clube.

No Brasil, aliás, são várias as opções com essa conotação, como Santos, Santa Cruz, São Caetano, Santo André, São Cristóvão…

Voltando ao novo Papa, eis o seu lema: “Caminho do amor e da fraternidade”.

Esta fazendo falta no futebol.

A escolha, claro, causou furor no país vizinho, como demonstra a manchete do Olé, instantes depois do anúncio: “Maradona, Messi… Y ahora Bergoglio.”

Site do Olé sobre o novo Papa Francisco I, argentino, em 2013

Em vinte anos, o Brasil vai da supremacia no ranking da Fifa ao fundo do poço

Ranking da Fifa em fevereiro de 2013

Com uma atualização mensal, o ranking da Fifa já teve o Brasil na liderança em 150 oportunidades desde a sua criação, em 1993.

Considerando que foram 235 listas divulgadas com o complexo sistema de pontuação, a Seleção Brasileira, de Careca a Neymar, liderou a tabela durante 63,8% do tempo nas últimas duas décadas do futebol.

Provavelmente por isso, por enxergar a Canarinha sempre tão alto num passado não muito distante, seja surreal observar a equipe verde e amarela afundada pelo terceiro mês consecutivo no 18º lugar, a pior colocação de sua história.

Noventa dias como coadjuvante, sem conseguir superar grandes adversários, aumentando ainda mais a pressão. A menos de 500 dias de sua própria Copa.

Enquanto isso, a Espanha mantém a liderança, agora com 18 meses seguidos, desde fugaz primeira colocação da Holanda, em agosto de 2011.

Atualmente, a Fúria, atual campeã mundial e europeia, registra uma segura diferença de 153 pontos sobre a segunda colocada, a Alemanha (veja aqui).

Será possível alguma mudança na liderança até a Copa do Mundo de 2014?

Meses na liderança do ranking (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):

Brasil – 150 (09/1993)
Espanha – 48 (07/2008)
França – 14 (05/2001)
Argentina – 10 (03/2007)
Alemanha – 6 (08/1993)
Itália – 6 (11/1993)
Holanda – 1 (08/2011)

Bola de Ouro sem lugar para intrusos

Bola de Ouro da Fifa. Crédito: Fifa/divulgação

Um prêmio disputado por um grupo seletíssimo no futebol…

O tetracampeonato de Lionel Messi no troféu de melhor jogador do mundo traz uma particularidade em relação à disputa, pra lá de restrita (veja aqui).

De 2009 a 2012, apenas quatro jogadores ficaram entre os primeiros lugares. Além do argentino, aparecem o português Cristiano Ronaldo e os espanhóis Xavi e Iniesta.

Mais. Nota-se que são três atletas do Barcelona e um do Real Madrid, sem espaço algum para outros clubes na eleição, mostrando o domínio dos gigantes da Espanha.

O último “intruso” entre os finalistas foi o atacante espanhol Fernando Torres, do Liverpool, em 2008. E olhe que a última temporada sem Messi ou CR7 na festa da Fifa foi em 2006, com Cannavaro, Zidane e Ronaldinho Gaúcho.

Qual jogador em atividade tem condições de brigar por um lugar entre os três últimos candidatos para a edição de 2013? No Santos, Neymar tem chance?

2009
1) Lionel Messi (Argentina) – 41,97%
2) Cristiano Ronaldo (Portugal) – 13,77%
3) Xavi (Espanha) – 7,66%

2010
1) Lionel Messi (Argentina) – 22,65%
2) Andrés Iniesta (Espanha) – 17,36%
3) Xavi (Espanha) – 16,48%

2011
1) Lionel Messi (Argentina) – 47,88%
2) Cristiano Ronaldo (Portugal) – 21,60%
3) Xavi (Espanha) – 9,23%

2012
1) Lionel Messi (Argentina) – 41,60%
2) Cristiano Ronaldo (Portugal) – 23,68%
3) Andrés Iniesta (Espanha) – 10,91%

O marketing instantâneo do esporte

Homenagem da Adidas ao recorde de Messi, superando a marca de Gerd Müller, de 1972. Crédito: Adidas

Com a velocidade das redes sociais e o crescente volume de pssoas conectadas, há cada vez menos espaço para ideias publicitárias de longa gestação.

No esporte, imagens publicitárias são reveladas pelas empresas instantes depois ao feito alcançado, ao título conquistado ou até mesmo a uma derrota histórica.

Publicidade acompanhada de produtos, uma vez que o objetivo é fazer dinheiro.

Neste domingo, bastou Messi marcar 2 gols com o Barcelona e chegar a 86 em 2012, tornando-se o maior goleador em um ano, para a Adidas homenageá-lo. Marketing puro.

O argentino superou os 85 gols anotados pelo alemão Gerd Müller em 1972 (veja aqui).

Curiosamente, Müller também calçava uma chuteira produzida pela fabricante de material esportivo. Era o modelo “Adidas 2000”, que apesar do nome tinha uma tecnologia jurássica se comparada às levíssimas chuteiras da atualidade.

Com o recorde de Messi, nada melhor que promover a AdiZero f50, utilizada por Messi.

Parabéns a Messi sim, mas faturando, e muito, ao mesmo tempo. Não se surpreenda se logo depois algum vídeo viral cair na rede. Faz parte da trama da campanha all in.

Esse é  mercado atual, cada vez mais integrado à internet, às redes sociais, ao olhar instantâneo do público. Um minuto de atraso tornou-se uma eternidade nos negócios…

A maior artilharia de uma temporada

Lionel Messi 2012 x Gerd Muller 1972. Crédito: twitter.com/messistats

Messi não cansa de fazer história.

O argentino vem quebrando recordes e mais recordes. Mais gols pelo Barcelona, liderança em uma temporada na Espanha, no primeiro tempo, no segundo…

Neste mar de estatísticas, uma indiscutível, no forno.

Nada menos que o maior número de gols em um ano.

A marca pertencia ao alemão Gerd Müller, que anotou incríveis 85 gols em 1972, somando jogos oficiais pelo Bayern de Munique e pela seleção da Alemanha Ocidental.

Entre os tentos pelo Barça e pela Argentina, La Pulga chegou a 86 neste domingo.

Bastaram 24 minutos de bola rolando contra o Bétis, fora de casa, para o craque balançar as redes duas vezes. O feito foi repercutido de forma imediata mundo afora.

Esse recorde, nem Pelé. Em 1958, aos dezessete anos, o Rei fez 75.

Messi vinha de uma lesão. Se curou rapidamente, entrou em campo e fez o de sempre. De lambuja, se tornou o maior goleador do Barcelona na liga espanhola, com 192 gols.

Sempre do seu jeito, pra lá de objetivo. Veloz, habilidoso e finalizador.

A conta, claro, não conta as inúmeras assistências aos companheiros de equipe. E olhe que esse não foi o último jogo de Lionel Messi em 2012…

Aos 25 anos, ele chegou aos 86 gols em 66 partidas, com média de 1,3. Assista abaixo.

Como base de comparação, eis os dados dos times pernambucanos neste ano, com todos os jogadores: Sport, 91 gols, 67 partidas; Náutico 84/65; Santa, 81/46.

O hermano vem em uma curva profissional ascendente e sem data para acabar.

Rivalidade à parte, assistir ao futebol desse gênio é gratificante. E 2014 e logo ali…

Futebol como inspiração, matéria-prima e arte

Arte o futebol. Crédito: www.fantasista.co.uk/

Matéria-prima: jornais e revistas sobre esportes.

Objetivo: transformar as imagens das publicações em colagens e, em seguida, animações.

Tema: futebol.

O artista inglês Richard Swarbrick vem desenvolvendo uma ideia bem distinta para reproduzir momentos históricos em vídeos cada vez mais populares na internet.

No post, dois exemplos da exposição Fantasista – The Art of The Number 10.

Golaço do argentino Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986.

Show de Lionel Messi no clássico Barcelona x Real Madrid.