Uma noite com 354 testemunhas na Arena Pernambuco

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Náutico x América-RN. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A press

Chuva, horário ruim, falta de motivação… e público ínfimo na Arena Pernambuco.

Até então, a menor presença de torcida no estádio havia na primeira fase da Copa do Brasil, quando o Náutico eliminou o Sergipe, com 1.497 pessoas. A marca foi quebrada no mesmo torneio, na segunda fase, no duelo entre Timbu e América de Natal. Como o time de Rosa e Silva precisava golear, somente 354 heróis pagaram ingresso.

Sim, apenas 354 testemunhas. A arrecadação foi de R$ 5.280, gerando um buraco difícil de pagar no empreendimento. Ou não, já que em caso de prejuízo o governo do estado precisa bancar. Vale lembrar ainda que a expectativa de faturamento anual no estádio é de R$ 73,2 milhões.

O público recorde (no mau sentido) foi o segundo pior em arenas da Copa do Mundo de 2014. Ficou abaixo apenas de Ferroviário 1 x 2 Guarany, no Castelão, este ano, com 200 pessoas.

Eis os dez piores públicos da Arena Pernambuco em um ano de operação.

1º) Náutico 2 x 0 América-RN (13/05/14) – 354 pessoas
2º) Náutico 1 x 0 Sergipe (09/04/14) – 1.497 pessoas
3º) Náutico 0 x 2 Salgueiro (05/03/14) – 1.801 pessoas*
4º) Náutico 0 x 1 Criciúma (10/11/13) – 2.707 pessoas
5º) Náutico 0 x 1 Bahia (17/11/13) – 2.721 pessoas
6º) Náutico 0 x 2 Goiás (27/10/13) – 3.558 pessoas
7º) Náutico 2 x 0 Vila Nova (26/04/14) –  4.923 pessoas
8º) Náutico 3 x 0 Porto (23/02/14) – 5.253 pessoas
9º) Náutico 1 x 5 Santos (19/10/13) – 5.452 pessoas
10º) Náutico 1 x 3 Botafogo (09/10/13) – 6.658 pessoas

*Foi o público presente, anunciado durante o jogo. No dia seguinte, porém, o borderô subiu o dado para 4.159, incluindo bilhetes trocados do Todos com a Nota, não contabilizados nas catracas.

Timbu não consegue segurar vantagem em Fortaleza e volta só com um ponto

Série B 2014, 3a rodada: Ceará 2 x 2 Náutico. Foto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

O resultado foi frustrante no Castelão, mas durante mais da metade da partida o sentimento foi bem distinto…

O Náutico fez um excelente primeiro tempo. Marcou bem a saída de jogo do adversário, sobretudo Dê, fechando os espaços e buscando as suas chances.

De bola parada, o Alvirrubro abriu o placar com Rai, aos 25. Bela cobrança de falta. Desceu para o intervalo em vantagem e logo no comecinho da etapa final a situação ficou “perfeita”.

Aos 6 minutos, Careca foi derrubado na área. Pênalti para os pernambucanos e cartão vermelho para o Ceará. A tranquila conversão de Elicarlos encaminhou a vitória como visitante, que deixaria o Timbu na ponta da tabela.

Jogava bem, dois gols de vantagem, marcação ajustada, um jogador a mais. Tudo isso. Até que o time simplesmente abriu mão de jogar futebol.

Lisca continuava gritando na beira do campo, mas dentro das quatro linhas os alvirrubros passaram a rifar a bola, devolvendo-a de qualquer maneira ao Vozão. A preparação física já era a mesma para conter o rival.

De falta, Ricardinho diminuiu o placar, numa falha de Alessandro, que se atrapalhou com o efeito da pelota, sem tempo de reação.

O empate em 2 x 2 neste sábado foi decidido aos 40, em jogada individual de Gil. Antes, o time de Fortaleza já havia desperdiçado duas oportunidades.

O Náutico segue invicto na Série B, somando o segundo ponto longe do Recife. Desta vez, o cenário foi o oposto ao da estreia, quando foi buscar o 2 x 2.

Em Bragança Paulista, trouxe um ponto. Em Fortaleza, deixou de ganhar dois…

Série B 2014, 3ª rodada: Ceará 2x2 Náutico. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Game oficial da Copa do Mundo apresenta a Arena Pernambuco com o LED

A cada quatro anos, uma versão especial do game Fifa Football chega ao mercado. Com a chancela da Fifa, o jogo oficial da Copa do Mundo no Brasil – o Fifa World Cup 2014 – será lançado em 15 de abril. Apesar da nova geração disponível (Playstation 4 e Xbox One), o título virá apenas para PS3 e Xbox 360.

O diferencial do game, claro, é a imersão absoluta no clima do Mundial, desde os primeiros jogos nas eliminatórias, em todos os continentes. Na fase final, no Brasil, os doze estádios do torneio foram recriados – vários deles antes do estádios reais, diga-se.

A produtora do Fifa, a EA Sports captou no futebol brasileiro a festa das arquibancadas para dar mais realidade. As torcidas de outros países ainda terão fan fests – em Paris, por exemplo, o cenário é o Arco do Triunfo.

Em doses homeopáticas, a empresa vem lançando imagens – fotos e vídeos curtos – do novo jogo. Já foi possível captar frames de oito palcos, incluindo a Arena Pernambuco, que no futebol virtual conta com a fachada de LED…

Ao todo, foram licenciadas 203 seleções, com uniformes e nomes reais de todos os 7.469 atletas envolvidos na disputa. A EA Sports adquiriu os direitos do jogo em 1998, com distribuição para o Playstation 1 o Nintendo 64. Entre 1986 a 1994 os games foram produzidos pela US Gold, para PC e plataformas de 8 e 16 bits.

Confira os estádios presentes no 8º game oficial da Copa do Mundo.

Arena Pernambuco

Arena Pernambuco. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Arena das Dunas

Arena das Dunas. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Castelão

Castelão. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sportsa

Fonte Nova

Fonte Nova. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Itaquerão

Itaquerão. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Beira-Rio

Beira-Rio. Foto: Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Mineirão

Mineirão. Foto: Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Maracanã

Maracanã. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Recomendação da Fifa vai tirando shows da Arena Pernambuco. E só da Arena…

Time-lapse da Arena Pernambuco. Crédito: Youtube/Arena Pernambuco

Os primeiros grandes shows em 2014, no Recife, já foram confirmados.

12/04 – Roberto Carlos (Arruda)
15/04 – Guns N´Roses (Chevrolet Hall)

Além da agenda próxima, há outro ponto em comum nessas apresentações. O curso comum da negociação deveria ter levado os shows para a Arena Pernambuco, o empreendimento mais moderno do estado para eventos do tipo.

O consórcio do estádio informa que recebeu uma recomendação da Fifa para não realizar eventos no gramado – para evitar o desgaste do piso até o Mundial. Por isso, vem abrigando eventos apenas em sua área externa e no auditório.

A recomendação está em vigor desde janeiro. No entanto, o pedido (seria, na prática, uma exigência?) parece valer apenas no Recife…

Curiosamente, o Castelão, outro palco nordestino para a Copa do Mundo, também receberá um show de Roberto Carlos. O Rei irá cantar em Fortaleza em 5 de abril, uma semana antes da capital pernambucana.

Antes, em 26 de fevereiro, será a vez de Elton John – que também irá à Fonte Nova, quatro dias antes. O palco do inglês possui 17 metros de altura, medindo 24m x 18m e sustentan mais de 50 toneladas, acima das recomendações.

Falando em infraestrutura, a Arena Pernambuco foi concebida para receber até 55 mil pessoas em um show. Até agora, houve apenas um evento do tipo, com um público de 20 mil em agosto de 2013, com Cláudia Leite.

Na ocasião, uma área do campo de aproximadamente dez mil metros quadrados foi coberta com um piso de plástico propileno de alta resistência e proteção ao impacto, justamente para evitar desgastes.

Apesar disso, a recomendação ao local deve vigorar até o final de julho…

Um campeonato nordestino repleto de arenas de primeiro mundo

Arenas nordestinas para a Copa do Mundo: Castelão, Arena Pernambuco, Arena das Dunas e Fonte Nova. Crédito: Cassio Zirpoli, Arena Pernambuco, Conmebol e Governo da Bahia

A Copa do Nordeste de 2014 terá um fator novo em relação à infraestrutura.

Entre os estádios inscritos, quatro deles farão parte da Copa do Mundo.

As quatro arenas nordestinas selecionadas como subsedes do Mundial no Brasil irão disponibilizar 202.426 cadeiras para a torcida. Para isso, um investimeno bilionário. Ao todo, uma despesa de 2,059 bilhões de reais, com 71% do gasto através de financiamento federal.

Em 2013, o Nordestão contou apenas com o Castelão, que foi também a primeira arena da Copa do Mundo a ser inaugurada no país. Na ocasião, houve uma rodada dupla, com Fortaleza 0 x 0 Sport e Ceará 0 x 1 Bahia.

Em seguida foram abertas as portas da Fonte Nova e da Arena Pernambuco, ainda no primeiro semestre, mas só após o regional. Já em plena operação, os estádios serão utilizados regularmente no regional.

Assim como o empreendimento de Natal, finalizando agora, um ano depois. O jogo de abertura será pela disputa do Nordestão.

Primeiros jogos nas arenas no Nordestão 2014:
18/01 – Ceará x CRB (Castelão)
20/01 – Náutico x Guarany (Arena Pernambuco)
22/01 – Bahia x Santa Cruz (Fonte Nova)
26/01 – América x Confiança (Arena das Dunas)

Castelão (Fortaleza-CE)
Capacidade: 64.846 lugares
Custo: R$ 518,6 milhões
Clubes: Ceará (até 2018), Ferroviário (até 2018) e Fortaleza (em negociação, mas com mando em alguns grandes jogos)

Castelão, em Fortaleza. Crédito: Portal da Copa/Ministério do Esporte

Fonte Nova (Salvador-BA)
Capacidade: 50.223 lugares
Custo: R$ 591,7 milhões
Clubes: Bahia (até 2018) e Vitória (em negociação)

Fonte Nova, em Salvador. Crédito: Governo da Bahia

Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata-PE)
Capacidade: 46.214 lugares
Custo: R$ 532 milhões (ordem de grandeza de R$ 650 mi)
Clubes: Náutico (até 2043), Sport (até 2019, ainda não assinado) e Santa Cruz (em negociação)

Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Crédito: Arena Pernambuco

Arena das Dunas (Natal-RN)
Capacidade: 42.086 lugares
Custo: R$ 417 milhões
Clubes: América (até 2018) e ABC (em negociação)

Arena das Dunas, em Natal. Crédito: Conmebol

Estádios de ponta agora estão inseridos no futebol nordestino, em quatro de suas principais capitais

Resta aguardar por um bom futebol…

Festa em Iracema e Fúria na finalíssima

Copa das Confederações 2013, semifinal: Espanha (7) 0x0 (6) Itália. Foto: Robert Cianflone/Fifa

O jogo mais longo da Copa das Confederações.

120 minutos, fora o desconto dado pelo ábitro, que insistia em deixar a bola rolar.

No Castelão, um jogo quente, com muita entrega e desgaste.

E nenhum golzinho… Nem no tempo regulamento nem no tempo extra.

Ao contrário das apresentações anteriores, quando teve amplo domínio da posse de bola, desta vez os espanhóis tiveram “apenas” 54% de posse.

Até porque os italianos também se arriscaram no ataque, mesmo sem Balotelli.

O saldo do confronto europeu foi de uma bola na trave para cada lado. Portanto, haveria de ter um golzinho nos tiros livres para definir o vencedor…

Como na Eurocopa de 2008, no mesmo placar.

Na ocasião, a Fúria avançou nos pênaltis por 4 x 2.

Nesta quinta, todos os dez jogadores converteram a primeira série, cravando um 5 x 5 sem chance alguma para os goleiros Casillas e Buffon.

Na disputa alternada, mais gols…

Até que o italiano Bonucci chutou por cima.

Jesús Navas não vacilou, 7 x 6. Festa em Iracema e Fúria na decisão.

No domingo, no Maracanã, o jogo mais esperado da competição no país. Brasil x Espanha será um choque de duas escolas distintas.

O jogo que a torcida queria, mas que não foi tão fácil quanto se imaginava.

Copa das Confederações 2013: Espanha x Itália. Foto: Claudio Villa/Fifa

A ordem de grandeza das seis arenas das confederações chega a R$ 4,616 bilhões

Estádios da Copa das Confederações 2013: Arena Pernambuco, Maracanã, Castelão, Fonte Nova, Mané Garrincha e Mineirão

As seis arenas selecionadas para a Copa das Confederações custaram R$ 4,616 bilhões. O valor total é 33,1% maior que a previsão inicial das obras de construção e reforma. Há três anos a projeção era de R$ 3,467 bilhões. Numa conta simples, basta ver o gasto médio por assento – somados, os seis palcos têm 374.594 lugares. O índice por cadeira subiu de R$ 9.255 para R$ 12.322.

O cálculo pôde ser efetuado após a Secopa divulgar que a “ordem de grandeza” do custo final da Arena Pernambuco, considerando o gasto extra para antecipar a obra em oito meses, deve alcançar R$ 650 milhões. Isso corresponde a um aumento de 22,1% sobre o valor original de R$ 532 milhões, com base de maio de 2009, quando o projeto foi lançado.

O Castelão foi o único empreendimento a respeitar o orçamento original, sem aditivos. Curiosamente, também foi o primeiro a ser aberto. Já o Maracanã teve nada menos que dez ativos. As seis arenas foram inauguradas em 2013.

Castelão (Fortaleza) – 64.165 lugares
Orçamento previsto: R$ 518 milhões (R$ 8.072 por assento)
Custo final: não houve aditivos

Fonte Nova (Salvador) – 50.433 lugares
Orçamento previsto: R$ 591,7 milhões (R$ 11.732 por assento)
Custo final: R$ 689,4 milhões (R$ 13.669 por assento)
Aumento: 16,5%

Arena Pernambuco (Recife) – 46.214 lugares
Orçamento previsto: R$ 532 milhões (R$ 11.511 por assento)
Custo final: R$ 650 milhões (R$ 14.065 por assento)
Aumento: 22,1%

Estádio Mané Garrincha (Brasília) – 70.042 lugares
Orçamento previsto: R$ 800 milhões (R$ 11.421 por assento)
Custo final: R$ 1,015 bilhão (R$ 14.491 por assento)
Aumento: 26,8%

Mineirão (Mineirão) – 66.805 lugares
Orçamento previsto: R$ 426 milhões (R$ 6.376 por assento)
Custo final: R$ 695 milhões (R$ 10.403 por assento)
Aumento: 63,1%

Maracanã (Rio de Janeiro) – 76.935 lugares
Orçamento previsto: R$ 600 milhões (R$ 7.798 por assento)
Custo final: R$ 1,049 bilhão (R$ 13.634 por assento)
Aumento: 74,8%

Degustação da Arena para ganhar o apoio do torcedor, a nova tática das PPPs

Arena

As arenas estão sendo inauguradas Brasil afora. A grande maioria será gerida através de parcerias público-privadas. Nas concessões, empresas num contato direto com os clubes, os grandes clientes futebolísticos dos novos palcos.

Até agora três estádios da Copa do Mundo de 2014 foram abertos. Nem todos os grandes clubes das respectivas praças assinaram contrato para jogar lá.

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro acertou com o consórcio por 25 anos. Recebeu R$ 2 milhões na adesão e terá 100% da bilheteria de 54.201 ingressos, mas precisa arcar com 70% dos custos operacionais dos jogos. Atlético e América não cederam e seguem no Independência, com 19 mil lugares.

Em Foraleza, somente após a abertura do estádio a concessionária conseguiu firmar os contratos com Ceará, Fortaleza e Ferroviário, por cinco anos. Os dois mais populares ganharam R$ 500 mil de aporte e receberão mensalmente R$ 130 mil, ou R$ 260 mil em caso de presença na Série A.

Aqui, como se sabe, só o Náutico tem um acordo para mandar seus jogos na Arena Pernambuco. Válido até 2043, é o mais longo do mercado. O Timbu recebeu R$ 1,5 milhão na adesão e R$ 4,8 milhões em investimentos no seu CT.  A sua cota mensal é de R$ 500 mil. Se deixar a elite, cai para R$ 350 mil.

Na recém-aberta Fonte Nova, o Bahia deu andamento ao memorando de entendimentos assinado em 2010 e fechou com o consórcio até 2018. No contrato, R$ 9 milhões por ano, dando a bilheteria para a empresa.

E o Vitória? Dono do estádio Barradão, com capacidade para 35.000 pessoas, o rubro-negro de Salvador vem protelando uma decisão final. Após várias rodadas de negociação, o clube aceitou uma proposta inédita no país.

O Vitória assinou um acordo de apenas cinco jogos, todos neste ano. Trata-se de uma “degustação”, palavra usada pelo próprio presidente do consórcio Arena Fonte Nova, Frank Alcântra, em entrevista ao blog.

A ideia é oferecer o novo serviço de arena ao clube, sobretudo à sua torcida. A tática seria justamente ganhar o apoio popular, gerando uma “simpatia” com a remodelada Fonte Nova. Na estreia, goleada de 5 x 1 num Ba-Vi.

Enquanto isso, as negociações locais com Santa Cruz e Sport aparentam tratar só de valores e projeções de mercado. Até o momento, não foi cogitada uma degustação da arena para tricolores e rubro-negros como mandantes…

Arena

Nova Fonte Nova antes do Ba-Vi dos velhos tempos

Arena Fonte Nova em 6 de abril de 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Salvador – Mais um estádio nordestino abre as portas com o mais alto padrão de infraestrutura no futebol. Repaginada, remodelada, reconstruída. Tanto faz a denominação. A verdade é que a arena soteropolitana tem tudo para fazer o festeiro torcedor baiano esquecer a antiga Fonte Nova, outrora o maior estádio da região. A capacidade de público foi superada pelo Castelão, com 64 mil. Na Bahia, a arena, que mantém a abertura na ala sul, associando a sua composição ao Dique do Tororó, foi erguida com 51 mil lugares.

Assim como ocorreu em Fortaleza, o blog esteve presente nos preparativos finais para a abertura de fato e de direito, com bola rolando, em vez de atos políticos. Como parece ser de praxe na organização brasileira para a Copa do Mundo, operários ainda davam os últimos ajustes a 24 horas do Ba-Vi, agendado para o domingo. Pequenos detalhes. Cadeiras, limpeza, iluminação, testes no placar eletrônico, som, para os shows de Ivete Sangalo e Claudia Leitte. Tudo isso numa tarde de sábado.

Confira algumas imagens da rápida visita liberada para a imprensa. No clássico, com 41.500 ingressos liberados pela Fifa, serão 58% para os tricolores e 42% para os rubro-negros da Boa Terra. Será que na Arena Pernambuco também teremos uma divisão fora do padrão 80%/20% em vigor nos clássicos recifenses? Um bom desempenho na Fonte Nova pode viabilizar a ideia.

Saiba mais sobre a Arena Castelão e a Arena Pernambuco.

Erros nas finalizações tiram a “história” do Sport no Castelão

Copa do Nordeste 2013: Fortaleza 0x0 Sport. Foto: Cláudio Tomaz/Estadão Conteúdo

Fortaleza – O primeiro ato na inauguração da moderníssima Arena Castelão, um minuto de silêncio. A tragédia em Santa Maria, com 245 mortos em um incêndio em uma boate, comoveu o público nordestino, com a presença de cearenses, pernambucanos e baianos no maior estádio da região. Até Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, se disse consternado com o episódio. Respeitado o minuto, ou quase isso, por causa dos integrantes da Torcida Jovem, a bola rolou.

Todos os lances seriam históricos. Desde o primeiro passo no campo, que coube a Magrão, ao primeiro chute, primeira trave etc. Nos primeiros minutos, todos os jogadores em campo pareciam nervosos com o novo palco, imponente. Como se houvesse a responsabilidade de proporcionar um grande jogo. Talvez houvesse mesmo, sobretudo o histórico “primeiro gol”. Essa pressão atrapalhou Forteleza e Sport, ambos em um estádio de primeiro mundo pela primeira vez.

Copa do Nordeste 2013: Fortaleza 0x0 Sport. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Durante 20 minutos, um jogo fraquíssimo. Com mais calma, tocando a bola em um gramado onde isso era uma exigência, a partida melhorou. O primeiro levante da arquibancada, um tanto esvaziada, diga-se, foi em um chute cruzado de Jailson, do time da “casa”. A partir daí, bons ataques. Roger aos 34, novamente Jailson aos 36 e, por fim, um lance inacreditável com Cicinho. A no máximo dois metros do gol, acertou a trave após cruzamento de Felipe Azevedo. O ala custou a acreditar.

A essa altura, o volume de jogo já era do Sport. No começo do segundo tempo, Roger e Marcos Aurélio perderem boas chances antes dos cinco minutos. Depois da saída de Hugo, o Sport perdeu o domínio de bola e passoua  ser pressionado pelo Fortaleza, na base da empolgação. Rafinha, livre, perdeu a melhor chance do Fortaleza no jogo. Nos descontos, o Sport continuou abusando dos erros, perdendo duas chances incríveis, na frente de sua torcida, em bom número no domingo histórico. O Sport até entrou para a história pelo primeiro jogo. Faltou pouco para ir bem além. O primeiro gol foi adiado.

Copa do Nordeste 2013: Fortaleza 0x0 Sport. Foto: LC MOREIRA/FUTURA PRESS