Lampions League vira reportagem na terra da Champions League

Copa do Nordeste e Liga dos Campeões da Uefa

A agência de notícias Associated Press, com sede em Nova York, é uma das mais antigas do mundo, em atividade desde 1846. Conhecida pela sigla “AP”, a agência distribui notícias e fotos para jornais de todos os cantos do globo, incluindo os pernambucanos, diga-se. Por isso, chama a atenção a reportagem enviada à Europa sobre a Copa do Nordeste. Escrito por Tales Azzoni, correspondente da AP em São Paulo, o texto “Prospera a versão brasileira da Liga dos Campeões, a Lampions League” explica o apelido Lampião/Lampions, a média de público e a transformação do futebol da região. A seguir, a tradução do texto. Confira a reportagem original, em inglês, clicando aqui.

Equipes com grandes e fervorosas torcidas se qualificam através de campeonatos locais. Elas são divididas em grupos de quatro e o melhor avança para a fase eliminatória. Milhares vão ao jogos, milhões assistem na televisão e o interesse segue crescendo. O sorteio para as quartas de final é transmitido ao vivo pela TV e o campeão ergue um troféu conhecido como “orelhuda”.

Liga dos Campeões? Experimente Lampions League.

Disputado no nordeste do Brasil, povoado por quase 55 milhões de habitantes, quase tantos como a soma de Chile e Argentina, a Lampions League evolui como o campeonato regional de futebol mais bem sucedido do país.

Ela tem algumas das mais altas audiências da tevê e a melhor média de público. No ano passado, a final atraiu mais de 60.000 pessoas à Arena Castelão, em Fortaleza, no maior público do Brasil à parte da Copa do Mundo. Passou até os jogos do Mundial em Fortaleza, incluindo o da Seleção.

O campeonato é oficialmente conhecido como Copa do Nordeste (Northeast Cup), mas não demorou muito para que os fãs começassem a chamá-lo de Lampions League, em referência a Lampião, um conhecido e popular herói local da década de 1920, que permanece simbólico à região. Muitos nordestinos – northeasterns – vão aos jogos vestindo camisas da “Lampions League” e chapéus típicos.

Não é coincidência que o formato da Lampions League, o marketing e o troféu sejam modelados à Liga dos Campeões da Uefa. Até o hino da Liga dos Campeões foi adaptado para a música leve de uma região conhecida por seu clima quente, belas praias e pessoas alegres.

A emissora que transmite a Copa do Nordeste no Brasil, o Esporte Interativo, também adquiriu recentemente os direitos exclusivos para a Liga dos Campeões no país.

“Estamos usando um torneio para ajudar a promover o outro”, diz o presidente da Esporte Interativo Edgar Diniz. “Nós sempre admiramos e nos inspiramos pela forma como a Liga dos Campeões foi capaz de construir sua marca. Por isso, decidimos adotar algumas das mesmas práticas.”

A copa tem crescido tanto que o clube mais popular do Brasil, o Flamengo, do Rio de Janeiro, tentou recentemente um convite junto aos organizadores. O Goiás, um clube de primeira divisão nacional localizado no Centro-Oeste, também considerou a adesão.

Entre os times tradicionais no torneio estão Bahia, Vitória, Náutico, Sport, Ceará e Fortaleza, todos com reconhecimento pelo Brasil. A intensa rivalidade entre eles acrescenta sabor, assim como o entusiasmo dos torcedores locais, conhecidos como os mais apaixonados e dedicados no país.

“Todo mundo está reconhecendo que este é um dos melhores torneios no Brasil neste momento”, diz Alexi Portela, o presidente da liga que organiza a copa. “Aqui, as equipes preferem jogar a Copa do Nordeste do que a Copa do Brasil. O impacto financeiro para esses clubes tem sido grande. O torneio tornou-se realmente significativo para cada um destes clubes.”

Como outros torneios regionais, a copa preenche os primeiros meses antes do Campeonato Brasileiro, que começa em maio e vai até dezembro. Ídolos locais, como Chicão, Magrão e Durval esperam também ganhar para suas equipes uma vaga na Copa Sul-Americana.

As Copa do Nordeste foi disputada pela primeira vez em 2001, mas foi cancelada após duas temporadas por razões políticas. Ele voltou com o novo formato em 2013.

“Nós crescemos (em público) 22% no ano passado, e esperamos crescer 30% este ano”, diz Portela. “Não há dúvida de que estamos falando sobre o mais rápido crescimento de uma competição no Brasil hoje em dia”.

Nota blog – Apesar do texto positivo sobre a Lampions, faltaram alguns dados na reportagem. Destaco abaixo:

1) Oficialmente, a Copa do Nordeste começou em 1994, e não em 2001.

2) O público da final do regional foi o segundo maior registrado no país em 2014, fora o Mundial. O maior, também no Castelão, foi na Série C, no 1 x 1 entre Fortaleza e Macaé, com 62.525 pagantes.

3) A média de público do Nordestão foi, sim, a maior entre estaduais e regionais em 2014. O índice do torneio foi de 8.286 espectadores por jogo.

4) Segundo o Ibope MW Parabólica, as 62 partidas do regional de 2014 tiveram uma audiência média de 1,6 milhão de telespectadores. Na final, 4,5 milhões.

5) O faturamento do Nordestão 2014 foi de R$ 23 milhões e a expectativa é de que o número chegue em 2015 a R$ 29 milhões, o maior da história.

A milionária campanha de mídia para consolidar a imagem do Nordestão

Outdoor do Nordestão de 2015 em Olinda. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A Copa do Nordeste de 2015 será realizada de 3 de fevereiro a 29 de abril. Durante todo o torneio, uma milionária campanha de mídia fará a sua divulgação. Um investimento superior até à premiação oficial da competição.

Se as cotas dos clubes somam R$ 11,14 milhões, o plano de mídia está orçado em R$ 12 milhões, ou 20% acima do valor gasto na edição passada. A campanha “Aqui é Nordeste. Aqui é Paixão” passa pelos principais jornais e revistas da região, e até em publicações nacionais, como a Veja. Internet, rádio e televisão também estão no pacote de exposição da marca.

Nas ruas já é possível destacar o marketing do Nordestão, desenvolvido pelo Esporte Interativo, com outdoors espalhados nas três maiores capitais, Recife, Salvador e Fortaleza. Tanto nas principais avenidas quanto nos aeroportos. Em cada cidade, um painel voltado para os times locais. Aqui, faltou o Salgueiro…

Vale lembrar que a taça dourada do Nordestão está garantida, no mínimo, até 2022. Se a curva financeira continuar ascendente, o torneio será visto de uma vez por todas como o principal vetor do início de temporada.

Outdoor do Nordestão de 2015 em Salvador. Foto: Michele Chalupe/Esporte Interativo

Premiação absoluta do Nordestão chega a R$ 11.140.000

Faturamento da Copa do Nordeste. Crédito: arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A premiação absoluta da Copa do Nordeste de 2015 será de R$ 11,14 milhões, somando as cotas comerciais de participação e a verba extra ofertada pela CBF. Em setembro, o presidente da Liga do Nordeste, Alex Portela, havia informado ao blog uma projeção de crescimento de 10,8% em relação a 2014. Contudo, o valor definitivo foi até maior, com acréscimo de 11,4%.

O campeão nordestino desta temporada irá receber R$ 2,74 milhões, o valor agregado de todas as fases da competição junto à bonificação da CBF, de R$ 500 mil – curiosamente, no lançamento do torneio, no Recife, o presidente da confederação brasileira, José Maria Marin, prometeu um bônus maior, de R$ 1 milhão. Em relação à edição passada, o aumento é de R$ 840 mil.

Na distribuição do dinheiro há uma particularidade. Na primeira fase, com 20 times, os dois maranhenses e os dois piauienses não ganham a verba de R$ 365 mil. Sob contrato, os novos integrantes estão num período de testes, de três anos, e a liga já tinha um acordo de divisão para os 16 times originais. Portanto, os estreantes só podem receber premiação a partir das quartas de final.

Além das cotas, os clubes não terão despesas com arbitragem, viagens e hospedagens no torneio, cujo investimento total passa de R$ 15 milhões. Este ano marca a ampliação do Nordestão, de 62 para 74 jogos. As emissoras responsáveis pela transmissão, em sinal aberto (Rede Globo) e na tevê paga (Esporte Interativo), estão entre as principais responsáveis pela receita.

Cotas absolutas para as campanhas na Copa do Nordeste:

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões
Vice – R$ 1,24 milhão
Semifinalista – R$ 890 mil
Quartas de final – R$ 615 mil
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

Representantes locais: Sport, Náutico e Salgueiro

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão
Vice – R$ 1,2 milhão
Semifinalista – R$ 850 mil
Quartas de final – R$ 600 mil
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

Premiações: Sport R$ 1,9 milhão, Santa Cruz R$ 850 mil, Náutico R$ 350 mil

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

Premiações: Sport R$ 300 mil, Santa Cruz R$ 300 mil, Salgueiro R$ 300 mil

A taça do Nordestão de passagem pelo Recife

Tour da taça da Copa do Nordeste 2015. Crédito: Esporte Interativo/divulgação

O troféu dourado da Copa do Nordeste de 2015 irá percorrer pela primeira vez todos os estados da região, através de uma exposição pública em em dez cidades – as nove capitais e Campina Grande. A inclusão de Piauí e Maranhão na competição refletiu diretamente na taça, que agora tem mais dois anéis, aumentando de sete para nove. Cada um representando um estado.

O tour irá de janeiro a março, com a apresentação ao público mesmo com o torneio em andamento. Começando em Salvador e terminando em Aracaju.

No Recife, a exposição ocorrerá entre os dias 21 e 25 de janeiro, no shopping Rio Mar. O objeto de desejo do futebol nordestino também deverá ser levado a outros locais na capital, incluindo a redação do Diario de Pernambuco.

O estado será representado por Sport, Náutico e Salgueiro.

O clube que erguer a taça este ano embolsará R$ 2,39 milhões em prêmios.

As 3 maiores vitórias do Sport em 2014

As maiores vitórias do Sport em 2014: Palmeiras 0x2 Sport, Sport 2x0 Ceará e Náutico 0x1 Sport. Fotos: Paulo Paiva/DP/D.A Press e José Patrício/Estadão

O Sport viveu um excelente 2014, com dois títulos no primeiro semestre e uma campanha sóbria no Brasileirão. Além de bons resultados contra os rivais, o Leão ainda obteve vitórias empolgantes contra rivais de outros estados. O único ponto fraco foi a participação na Sul-Americana, mas insuficiente para apagar o bom rendimento. Considerando a opinião da galera no twitter e uma análise com a equipe do Superesportes, eis as três principais vitórias do Leão em 2014.

Você concorda com a lista? Algum outro jogo também merecia destaque?

19/11 – Palmeiras 0 x 2 Sport (Série A)
Seria o grande ato do centenário do Palmeiras, a inauguração de seu novo estádio, o Allianz Parque. Com a casa cheia, o cambaleante Verdão recebeu o Sport. Àquela altura, o ano do Rubro-negro já estava quase garantido, com os títulos pernambucano e nordestino e a permanência na elite por um triz. E ela foi sacramentada matematicamente de forma histórica. No moderno estádio, Ananias (“Ananias Parque”) e Patric (um golaço) marcaram os gols que silenciaram 30 mil pessoas.

02/04 – Sport 2 x 0 Ceará (Nordestão)
Há tempos a Ilha do Retiro estava morna, sem aquela simbiose entre time e torcida. Não por acaso, veio a seca de títulos. E a virada neste cenário veio como nos velhos tempos, com estádio lotado e pressão em campo. Contra o Ceará, no primeiro jogo da final do Nordestão, o Leão abriu uma ótima vantagem, com gols de Neto Baiano e Danilo, no finzinho. A festa em casa foi ampliada até Fortaleza, quando um empate garantiu o tri regional. A conquista havia sido construída uma semana antes.

23/04 – Náutico 0 x 1 Sport (Estadual)
A primeira volta olímpica da história da Arena Pernambuco. Por si só, o jogo já merecia a presença na lista do ano rubro-negro. Mas a vitória leonina sobre o Alvirrubro foi ainda mais emblemática. Com o gol de cabeça do capitão Durval no segundo tempo, o Sport chegou, enfim, ao 40º título título estadual, mantendo uma invencibilidade em finais contra o Timbu desde 1968. Foram duas vitórias na final, sem contestação.

As 3 maiores vitórias do Santa em 2014

As maiores vitórias do Santa Cruz em 2014: Ceará 0x2 Santa Cruz (Série B), Santa Cruz 3x0 Sport (Estadual) e Santa Cruz 1x0 Vasco (Série B). Fotos: Arquivo DP/D.A Press e Jarbas Oliveira/Estadão

O aguardado centenário do Santa Cruz terminou de forma frustrante, desperdiçando com tropeços em casa o acesso à Série A. Foi o ano do “quase”, com o time chegando também à semifinal no Nordestão e no Estadual. Apesar do desfecho, o Tricolor conquistou algumas vitórias expressivas. Considerando a opinião da galera no twitter e uma análise com a equipe do Superesportes, eis as três principais vitórias da Cobra Coral em 2014.

Você concorda com a lista? Algum outro jogo também merecia destaque?

24/10 – Ceará 0 x 2 Santa Cruz (Série B)
Historicamente, o Santa não conquistava bons resultados em Fortaleza. E o Vozão, também em seu centenário, havia investido bem mais no time. Após um bom começo, os alencarinos caíram de produção. Enquanto isso, o Tricolor vivia a sina de abrir o placar fora de casa e não segurar a vitória. Após marcar o primeiro logo no comecinho, Tony foi expulso. Só aumentou o drama. A três minutos do fim, o alento, com Adilson fazendo a torcida pernambucana ser ouvida no Castelão. O Santa vivia seu melhor momento no ano.

06/04 – Santa Cruz 3 x 0 Sport (Estadual)
Os tricolores estavam engasgados. Eram três derrotas contra o rival no ano. Na semifinal do estadual, o sonho do tetra permanecia vivo. Era a chance de devolver a eliminação na semi do regional. No jogo de ida, um primeiro tempo insosso. Na etapa complementar, os corais foram bem superiores, marcando três vezes. Foi a primeira goleada do clube no Clássico das Multidões desde 1990. Infelizmente, para o Santa, não havia saldo de gols no regulamento.

18/10 – Santa Cruz 1 x 0 Vasco (Série B)
Um chute forte de pé esquerdo aos 40 minutos do segundo tempo levantou o povão na Arena Pernambuco. E tinha bastante gente. Foram 24 mil pagantes, que confiaram no time mesmo numa semana difícil, um dia após a greve dos jogadores. Salários atrasados à parte, o time se empenhou, sobretudo no primeiro tempo. No segundo, os cariocas melhoraram, exigindo bastante de Tiago Cardoso. No finzinho, o triunfo sobre o time mais rico do campeonato.

Os maiores perfis do futebol no facebook e no twitter, nos níveis estadual, regional e nacional

Os maiores perfis pernambucanos no facebook e no twitter. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Os três grandes clubes pernambucanos chegam em dezembro de 2014 com dois milhões de pessoas envolvidas diretamente em suas redes sociais oficiais, sendo 1.205.087 no facebook e 852.177 no twitter. Boa parte é do Sport.

A análise a partir do facebook e do twitter é simples. Os dois sites representam as duas maiores redes sociais utilizadas pelos internautas brasileiros, com 89 milhões de pessoas no facebook e mais de 40 milhões no twitter.

Aqui, os levantamentos atualizados nos níveis estadual (Pernambuco), regional (Nordeste) e nacional em relação aos clubes mais poulares. Líder tanto no facebook quanto no twitter, o Leão aparece bem colocado nacionalmente, em 14º e 10º, respectivamente. Fruto do trabalho nessas mídias.

Dono do 5º maior perfil nordestino no facebook, o Santa Cruz aparece em 20º lugar nacionalmente. O Náutico, o 9º na região, não figurou entre os vinte primeiros do face. Já o twitter de ambos, abaixo dos 50 mil seguidores, estão distantes do top 20, no qual todos os integrantes possuem perfis oficiais acima de meio milhão de torcedores.

FACEBOOK

Top 3 // Pernambuco
1º) Sport (824.054)
2º) Santa Cruz (226.518)
3º) Náutico (154.515)

Top 10 // Nordeste
1º) Bahia (931.344)
2º) Sport (824.054)
3º) Ceará (509.341)
4º) Fortaleza (403.594)
5º) Santa Cruz (226.518)
6º) Vitória (198.067)
7º) América-RN (195.226)
8º) ABC (163.333)
9º) Náutico (154.515)
10º) Campinense (147.073)

Top 20 // Brasil
1º) Corinthians (10.146.368)
2º) Flamengo (9.681.565)
3º) São Paulo (6.103.718)
4º) Palmeiras (3.206.327)
5º) Santos (3.102.971)
6º) Cruzeiro (2.451.823)
7º) Vasco (2.428.566)
8º) Atlético-MG (2.331.682)
9º) Grêmio (2.034.054)
10º) Internacional (1.983.536)
11º) Botafogo (1.150.470)
12º) Fluminense (1.106.622)
13º) Bahia (931.344)
14º) Sport (824.054)
15º) Atlético-PR (681.884)
16º) Ceará (509.341)
17º) Fortaleza (403.594)
18º) Goiás (253.388)
19º) Coritiba (237.655)
20º) Santa Cruz (226.518)

TWITTER

Top 3 // Pernambuco
1º) Sport (783.215)
2º) Náutico (38.621)
3º) Santa Cruz (30.341)

Top 10 // Nordeste
1º) Sport (783.215)
2º) Bahia (726.337)
3º) Vitória (618.318)
4º) Ceará (79.364)
5º) ABC (46.089)
6º) Fortaleza (45.245)
7º) América-RN (39.359)
8º) Náutico (38.621)
9º) Santa Cruz (30.341)
10º) Treze (20.019)

Top 20 // Brasil
1º) Corinthians (2.614.017)
2º) Flamengo (2.172.937)
3º) São Paulo (1.890.313)
4º) Palmeiras (1.368.831)
5º) Santos (1.285.466)
6º) Grêmio (1.263.642)
7º) Vasco (910.468)
8º) Atlético-MG (822.397)
8º) Cruzeiro (815.270)
10º) Sport (783.215)
11º) Internacional (760.137)
12º) Bahia (726.337)
13) Fluminense (653.733)
14º) Botafogo (636.081)
15º) Vitória (618.318)
16º) Atlético-PR (574.099)
17º) Coritiba (564.444)
18º) Figueirense (527.850)
19º) Goiás (522.483)
20º) Criciúma (516.879)

Um Santa Cruz copeiro no Castelão, entrando de vez na briga pelo acesso

Série B 2014: Ceará x Santa Cruz. Foto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Uma vitória de muita raça, empenho tático e de quem tem muita vontade de subir. O triunfo coral no Castelão impulsionou um sonho quase desmanchado.

Após o 2 x 0 sobre o Ceará, com um show à parte do goleiro Tiago Cardoso, o Santa Cruz entrou de vez na briga pelo acesso ao Brasileirão.

Soma 48 pontos, a quatro do Avaí, derrotado mais uma vez.  Aliás, a rodada ajudou novamente o time pernambucano, que agora precisa fazer a sua parte. Com uma partida a menos, irá jogar a sua 32ª partida somente na terça. Enfrentará o quase rebaixado Vila Nova na Arena Pernambuco.

Um resultado positivo – e há uma onda favorável com uma expectativa desde já sobre o público numeroso – deixaria o time do Arruda a um pontinho do G4. E se for considerar que lá na frente ainda haverá o confronto direto contra o Avaí em casa… Bem, vamos por partes.

Vamos focar pelo presente, com um resultado dificílimo no Castelão.

O primeiro gol saiu logo aos nove minutos, com Tony cruzando e a bola desviando, mas entrando só após uma baita colaboração do goleiro Luis Carlos. Mesmo assim, o Ceará atacaria muito mais nesta noite. Ainda por cima quando ficou em vantagem numérica, após o segundo amarelo (injusto) recebido por Tony.

No segundo tempo a bola rondou a área coral o tempo todo, com Tiago Cardoso lembrando aquele camisa 1 das três finais seguidas contra o Sport. Uma atuação digna de um 9,5, a nota na edição deste sábado do Diario de Pernambuco.

Bola à queima roupa, chute de fora da área, bola cruzada, defesa com os pés. De todo jeito. TC1 jogou demais. Segurou o Santa lá atrás e propiciou algumas oportunidades de contragolpe. Quase todas despediçacadas pelo apagado Léo Gamalho e pelo ciscador Keno.

Coube ao improvável Adilson o segundo gol. Chutou mal, é verdade. Não importa.

Essa sorte que gerou tantos empates aos corais parece ter virado.

E na hora certa, na reta final, numa onda positiva. Que seja em três cores.

Série B 2014: Ceará x Santa Cruz. Foto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Podcast 45 minutos (73º) – Crise na Ilha e expectativa do Santa em Fortaleza

A 73ª edição do programa 45 minutos traz uma análise sobre a crise do Sport após sofrer mais uma derrota em casa, desta vez para o Goiás. Além disso, um debate sobre a prévia do importantíssimo jogo Ceará x Santa Cruz, que pode colocar o Tricolor na rota do acesso à Série A. Falando em acesso, como fica o caminho do Náutico após a derrota em Varginha? Também entrou na discussão.

Estou neste podcast (de 1 hora) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

De pacotes temporários a 30 anos de mando, os contratos das arenas do NE

Arenas do Nordeste: Castelão, Arena Pernambuco, Arena das Dunas e Fonte Nova. Crédito: divulgação

A grosso modo, as quatro arenas nordestinas da Copa do Mundo de 2014 conseguiram firmar acordos com os clubes mais tradicionais das capitais.

Dez times assinaram. Porém, a diferença está no prazo dos contratos…

Do enxuto pacote do Vitória, jogo a jogo, sendo apenas um no Brasileirão, ao longo contrato do Náutico com o consórcio que administra o estádio em São Lourenço, com 30 anos de duração. São vários modelos, todos em ritmo de avaliação – inclusive das operadoras, buscando a receita esperada nas arquibancadas.

Curiosamente, apesar de ter o contrato mais duradouro, o Timbu foi o primeiro assinar. Depois, outras agremiações firmaram acordos de no máximo cinco anos. No próprio estado, os rivais Santa Cruz e Sport assinaram pacotes pontuais, sem abrir mão dos estádios particulares.

As assinaturas mais recentes são da dupla potiguar, até mesmo porque o estádio o último a ser inaugurado…

Eis os dados de cada arena em Fortaleza, Salvador, Recife e Natal.

Castelão
Capacidade: 63.903 lugares
Custo: R$ 518,6 milhões
Consórcio: Galvão/Serveng/BWA (8 anos de concessão)
Clubes: Ceará (até 2018), Ferroviário (até 2018) e Fortaleza (Série C de 2014)
Recorde (entre clubes): Ceará 1 x 1 Sport, 61.240 pessoas, 09/04/2014
Percentual de ocupação no recorde: 95,8%

Castelão, em Fortaleza. Crédito: Portal da Copa/Ministério do Esporte

Fonte Nova
Capacidade: 50.223 lugares
Custo: R$ 591,7 milhões
Consórcio: Odebrecht/OAS (35 anos de concessão)
Clubes: Bahia (até 2018) e Vitória (5 jogos em 2014)
Recorde (entre clubes): Bahia 1 x 2 Fluminense, 42.849 pessoas, 08/12/2013
Percentual de ocupação no recorde: 85,3%

Fonte Nova, em Salvador. Crédito: Governo da Bahia

Arena Pernambuco
Capacidade: 46.214 lugares
Custo: R$ 532 milhões
Consórcio: Odebrecht (30 anos de concessão)
Clubes: Náutico (até 2043), Santa (6 jogos em 2014) e Sport (6 jogos em 2014)
Recorde (entre clubes): Náutico 0 x 1 Sport, 30.061 pessoas, 23/04/2014
Percentual de ocupação no recorde: 65,0%

Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Crédito: Arena Pernambuco

Arena das Dunas
Capacidade: 31.375 (42.086 lugares no Mundial, com arquibancada provisória)
Custo: R$ 417 milhões
Consórcio: OAS (20 anos de concessão)
Clubes: ABC (até 2018) e América-RN (até 2018)
Recorde (entre clubes): América-RN 0 x 1 Fla, 30.575 pessoas, 01/10/2014
Percentual de ocupação no recorde: 97,4%

Arena das Dunas, em Natal. Crédito: Conmebol