As salas de imprensa dos clubes pernambucanos

Nas coletivas com jogadores, técnicos e dirigentes, a imagem é fechada no rosto do interlocutor, com um painel logo atrás, contendo o escudo do clube e seus patrocinadores. Ao redor, o ambiente específico para a imprensa esportiva, com a sala de entrevistas. Ampliando um pouco a imagem, é possível conferir a infraestrutura à disposição para a cobertura jornalística do futebol, com casos bem distintos. Aqui, exemplos das salas dos três grandes clubes do Recife e do Central de Caruaru, todas repaginadas e climatizadas. Mas, mesmo assim, com pendências nas condições básicas para um nível profissional.

Confira também a estrutura das cabines destinadas à imprensa escrita no Arruda, na Ilha do Retiro e nos Aflitos clicando aqui.

Náutico – Sala de Imprensa Rômulo Capela Pontes – (CT Wilson Campos)
Nos Aflitos há uma sala de imprensa, hoje em desuso pela falta de jogos no estádio. Assim, a maioria das entrevistas do Alvirrubro ocorre na sala construída no CT, em janeiro de 2012, ao lado do campo principal. Lá, há um espaço para as câmeras de televisão, com sistema de iluminação especial. O clube, claro, também utiliza o centro de imprensa da Arena Pernambuco.

Sala de imprensa do CT do Náutico. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz – Sala de Imprensa Alexandre Severo (Arruda)
O Tricolor foi o primeiro a disponibilizar mesas para os repórteres, em maio de 2015. A estrutura é necessária, tamanha a quantidade de laptops nas coberturas. Todas as mesas têm saída de energia para os equipamentos. Contudo, não há sistema de áudio na mesa do entrevistado – ruim para a gravação nas rádios e tevês. A sala fica embaixo das cadeiras do Mundão.

Sala de imprensa do Arruda. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Sport – Sala de Imprensa Haroldo Praça (Ilha do Retiro)
Inagurada em novembro de 2001, a sala é a única entre os clubes locais a possuir um painel digital para expor os patrocinadores (desde novembro de 2012), em vez de um banner na parede. Porém, o espaço, localziado embaixo da geral do placar, é apertado para o trabalho da imprensa, sobretudo a escrita. Também não há nivelamento para as câmeras de televisão.

Sala de imprensa da Ilha do Retiro. Foto: Ricardo Luís (twitter.com/ricardoreporter)

Central – Sala de imprensa Severino de Souza Pepeu (Lacerdão)
Mesmo num tamanho reduzido em relação ao trio da capital, a sala do estádio alvinegro segue o padrão dos principais clubes, de forma customizada, com telão para os patrocinadores, espaço exclusivo para radialistas e painel sobre o clube (uma foto ampla do estádio). O espaço, inaugurado em agosto de 2011, ocupa uma das salas embaixo do tobogã do estádio Luiz Lacerda.

Sala de imprensa do Lacerdão, em Caruaru. Foto: Central/divulgação

Tricolor campeão estadual no campo e nas arquibancadas em 2015

Pernambucano 2015, final: Santa Cruz 1x0 Salgueiro. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Os 46.370 torcedores presentes na finalíssima no Arruda credenciaram o Santa Cruz a mais uma liderança no campeonato das multidões. O clube terminou com uma média superior a 20 mil espectadores, mesma situação ocorrida durante o recente tricampeonato estadual. Por sinal, esta foi a sexta vez em onze anos que o Tricolor teve a maior presença de torcida no Campeonato Pernambucano, segundo os números do blog, desde 2005.

A média elevada, porém, não condiz com o restante da competição. Em 2º lugar no quesito assistência na arquibancada, o Sport teve um índice de 12 mil. Já o Náutico pela primeira vez ficou fora do pódio (completado pelo Salgueiro). Aliás, o time vermelho e branco ficou bem longe, na 5ª posição.

No geral, a 101ª edição do Estadual teve 555 mil espectadores computados no borderô, com uma média de 4.590 pessoas, a pior marca dos últimos oito anos. Este número foi puxado para baixo por causa da Taça Eduardo Campos e do hexagonal do rebaixamento. Na fase principal (hexagonal do título e mata-mata), passou de 10 mil – ainda assim, abaixo de 2014, quando ficou em 11.859.

Média de público dos grandes clubes no Campeonato Pernambucano de 2005 a 2015. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em relação à arrecadação, a renda bruta após as 121 partidas “abertas” ao público foi de R$ 7,6 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da bilheteria. Logo, a federação pernambucana já abocanhou R$ 612.551.

Abaixo, os números dos principais clubes e os dados da competição de 2015:

1º) Santa Cruz (7 jogos como mandante, 6 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 142.874 pessoas
Média: 20.410
Taxa de ocupação: 35,14%
Renda: R$ 2.682.552
Média: R$ 383.221
Presença contra intermediários (5): T: 104.017 / M: 20.80

2º) Sport (7 jogos como mandante, 4 na Ilha e 3 na Arena)
Total: 87.723 pessoas
Média: 12.531
Taxa de ocupação: 32,41%
Renda: R$ 1.704.797
Média: R$ 243.542
Presença contra intermediários (5):T: 56.189 / M: 11.237

3º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 51.168 pessoas 31.735
Média: 7.309
Taxa de ocupação: 59,42%
Renda: R$ 530.995
Média: R$ 75.856

4º) Central (14 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 85.715 pessoas
Média: 6.122
Taxa de ocupação: 31,43%
Renda: R$ 978.775
Média: R$ 69.912

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (12 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 44.316 pessoas
Média: 3.693
Taxa de ocupação: 73,86%
Renda: R$ 341.226
Média: R$ 28.435

Geral – 121 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 555.501
Média: 4.590 pessoas
Arrecadação: R$ 7.656.893
Média: R$ 63.280
* Foram realizadas 124 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 384.649
Média: 10.122 pessoas
Arrecadação total: R$ 6.343.719
Média: R$ 166.939

Média de público do Campeonato Pernambucano de 1990 a 2015. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em ritmo de treino, Sport empata com o Central e vai ao Nordestão pela 11ª vez

Pernambucano 2015, disputa pelo 3º lugar: Sport x Central. Foto: Marlon Costa/FPF

A partida foi dura de assistir. Um empate sem gols, sem graça. O confronto até valia alguma coisa, as vagas no Nordestão e na Copa do Brasil de 2016, mas a vitória rubro-negra por 5 x 0 no Lacerdão já havia sacramentado a terceira colocação estadual e consequente a classificação aos dois torneios.

De toda forma, havia a necessidade de jogar a “volta”, num modorrento sábado no Recife. Em uma Ilha do Retiro vazia, com a corneta imperando, tendo Danilo e Vitor com alvos principais, o Sport jogou em ritmo de treino, sem forçar, por mais que toda a equipe titular tivesse sido escalada – na moral, nem havia motivo para isso. O Central, então, parecia nem ter saído em Caruaru.

Com o 0 x 0 mantido até o fim, vaias na arquibancada, com a parcela mais exigente dos 3.469 presentes saciando a vontade de desabafar contra a equipe, fora da final pernambucana após uma década. Aos demais, o jogo cumpriu a sua meta. Como a vaga na Copa do Brasil (será a 22ª) poderia ser obtida sem problemas através do ranking nacional, importava mesmo o lugar na Copa do Nordeste. Neste caso, o Leão garantiu a 11ª participação no regional.

Antes do primeiro semestre de 2016, naturalmente há uma preocupação bem maior, com o Brasileirão, dentro de uma semana. Logo, o ritmo de treino acabou hoje. A “corneta” não, até porque a cobrança a partir de agora será ainda maior.

Pernambucano 2015, disputa pelo 3º lugar: Sport x Central. Foto: Marlon Costa/FPF

Contrato de TV do Pernambucano vai de R$ 600 mil a R$ 3,8 milhões em 16 anos

TV

A primeira transmissão aberta de forma regular do Campeonato Pernambucano ocorreu em 1999, através da TV Pernambuco, uma emissora estatal. Sob o comando do locutor Luciano do Valle, o canal adquiriu os direitos junto à FPF por R$ 600 mil. Como se sabe, a audiência da competição, chegando a 50 pontos no Ibope, obrigou a Rede Globo a se mexer.

Os direitos dos quatro torneios seguintes foram comprados pela emissora por R$ 1,92 milhão. Em 2015 foi iniciado um novo contrato, ainda nas mãos do canal, com duração de quatro anos. Apesar das ressalvas dos dirigentes em relação à divulgação de valores, aos poucos as peças foram sendo encaixadas. Após a quantia destinada ao trio da capital, o presidente do Salgueiro, Clebel Cordeiro, revelou as cotas dos intermediários.

Somando o pagamento anual da luva de R$ 50 mil, cada time pequeno ganhará mais R$ 60 mil, totalizando R$ 110 mil por edição. Bem abaixo dos R$ 950 mil (cota + luvas) de Náutico, Santa e Sport. No geral,  um montante de R$ 3,84 milhões, num aumento de 540% em relação à pioneira negociação com a tevê.

Neste ano, 26 partidas passaram na televisão, sendo 14 em sinal aberto e 12 na tevê por assinatura. Os dois formatos integram o mesmo pacote.

1999 – TV Pernambuco: R$ 600 mil
Cotas
Grandes (3): R$ 100 mil
Pequenos (7): R$ 42 mil

2015 – Rede Globo: R$ 3,84 milhões
Cotas
Grandes (3): R$ 950 mil
Pequenos (9): R$ 110 mil

O contrato vigente com a tevê vai até 2018, com pequenos ajustes a cada ano.

Todas as seleções oficiais do Campeonato Pernambucano, de 2003 a 2015

Troféu Lance Final

Os onze melhores do campeonato. Alguns renomados, incontestáveis. Outros de brilho fugaz, surpreendentes. Mas todos eles eleitos de forma democrática. A seleção oficial do Campeonato Pernambucano foi oficializada pela FPF em 2003, através do Troféu Lance Final, organizado pela Rede Globo.

Nas 13 edições, até 2015, foram entregues 143 taças especiais para os mais votados em cada posição, considerando a clássica formação 4-4-2 (lista completa abaixo). Ao todo, onze clubes foram agraciados. Nesta conta, 107 jogadores levaram a estatueta, alguns mais de uma vez, como o goleiro Magrão e o zagueiro Durval, os recordistas, com 6. Cinco atletas conseguiram vencer em clubes diferentes e um, Moacir, ganhou em duas posições distintas.

Ranking de premiações: Sport 61, Santa Cruz 40, Náutico 22, Central 6, Salgueiro 4, Itacuruba 3, Ypiranga 2, Porto 2, América 1, AGA 1 e Vitória 1.

Se fosse possível escalar um time só com os maiores vencedores de cada posição, desempatando a favor do primeiro premiado, eis a formação: Magrão (6); Osmar (2), Durval (6), Batata (2) e Dutra (3); Hamilton (4), Daniel Paulista (2), Geraldo (2) e Marcelinho Paraíba (2); Carlinhos Bala (3) e Kuki (3).

À parte da seleção, há o grande prêmio anual, para o melhor jogador do torneio. Kuki e Carlinhos Bala são os únicos eleitos em duas oportunidades.

Craque do campeonato (13 prêmios) – Sport 5, Santa Cruz 5 e Náutico 3.

Em relação ao sistema de votação, nos primeiros anos a escolha era aberta ao público na primeira fase, com uma comissão de jornalistas selecionando os mais indicados numa segunda etapa. Atualmente, são contabilizados apenas os votos dos profissionais da imprensa esportiva do estado.

2015 – Craque: João Paulo, meia, 24 anos (Santa Cruz)
Emprestado pelo Inter, o meia chegou como mais um entre os 17 reforços do Santa para o campeonato. Começou como segundo volante e foi ganhando a confiança de Ricardinho. Assumiu a corrdenação de jogadas e marcou três gols (um deles marcante, com o rosto ensanguentado, na Ilha). Eficiente.

Luciano (Salgueiro), Marcos Tamandaré (Salgueiro), Durval (Sport), Alemão (Santa Cruz) e Tiago Costa  (Santa Cruz); Rithely (Sport), João Ananias (Náutico), João Paulo (Santa Cruz) e Diego Souza (Sport); Candinho (Central) e Betinho (Santa Cruz). Técnico: Sérgio China (Salgueiro)

2014 – Craque: Neto Baiano, atacante, 31 anos (Sport)
Com oito gols na competição, o atacante foi sem dúvida o personagem do campeonato, com frase polêmicas. Em campo, brigou por todas as bolas, com muita raça em campo. Marcou um dos gols das finais.

Magrão (Sport); Patric (Sport), Durval (Sport), Ferron (Sport) e Renê (Sport); Ewerton Páscoa (Sport), Elicarlos (Náutico), Pedro Carmona (Náutico) e Zé Mário (Náutico); Neto Baiano (Sport) e Léo Gamalho (Santa Cruz). Técnico: Eduardo Batista (Sport)

2013 – Craque: Dênis Marques, atacante, 32 anos (Santa Cruz)
Artilheiro na temporada anterior, com 15 gols, DM9 marcou apenas sete gols na segunda participação local. Porém, foi decisivo nas finais, sobretudo nos clássicos.

Tiago Cardoso (Santa Cruz); Éverton Sena (Santa Cruz), William Alves (Santa Cruz), Maurício (Sport) e Tiago Costa (Santa Cruz); Anderson Pedra (Santa Cruz), Rithely (Sport), Lucas Lima (Sport) e Raul (Santa Cruz); Rogério (Náutico) e Dênis Marques (Santa Cruz). Técnico: Marcelo Martelotte (Santa Cruz)

2012 – Craque: Marcelinho Paraíba, meia, 36 anos (Sport)
Mesmo com a idade avançada, o meia conduziu o Leão em todo o campeonato. Marcando belos gols no Estadual, 14 ao todo, se manteve como artilheiro até a decisão, quando foi ultrapassado pelo atacante tricolor Dênis Marques.

Magrão (Sport); Marcos Tamandaré (Salgueiro), Alemão (Salgueiro), Bruno Aguiar (Sport) e Renatinho (Santa Cruz); Hamilton (Sport), Memo (Santa Cruz), Souza (Náutico) e Marcelinho Paraíba (Sport); Dênis Marques (Santa Cruz) e Joelson (Porto). Técnico: Neco (Salgueiro).

2011 – Craque: Tiago Cardoso, goleiro, 26 anos (Santa Cruz)
A defesa coral sofreu 25 gols em 26 partidas na vitoriosa campanha. Menos de um gol por jogo. Boa parte disso por causa da agilidade do camisa 1, sobretudo nos clássicos.

Tiago Cardoso (Santa Cruz); Roma (América) Leandro Souza (Santa Cruz), Thiago Mathias (Santa Cruz) e Renatinho (Santa Cruz); Everton (Náutico), Hamilton (Sport), Weslley (Santa Cruz) e Marcelinho Paraíba (Sport); Gilberto (Santa Cruz) e Paulista (Porto). Técnico: Zé Teodoro (Santa Cruz)

2010 – Craque: Eduardo Ramos, meia, 24 anos (Sport)
Emprestado pelo Corinthians, Eduardo chegou como “segundo volante”. Criativo, logo se destacou um pouco mais à frente, como observou o técnico Givanildo Oliveira.

Magrão (Sport); Gilberto Matuto (Santa Cruz), Igor (Sport), Tobi (Sport) e Dutra (Sport); Derley (Náutico), Zé Antônio (Sport), Eduardo Ramos (Sport) e Élvis (Santa Cruz); Ciro (Sport) e Jadilson (Vitória). Técnico: Dado Cavalcanti (Santa Cruz)

2009 – Craque: Gilmar, atacante, 25 anos (Náutico)
Variou bastante na criação de jogadas e na função de atacante. Velocista, ainda marcou 14 gols. Não foi campeão pernambucano, mas acabou valorizado.

Magrão (Sport); Moacir (Sport), Thiago Matias (Santa Cruz), Durval (Sport) e Dutra (Sport); Hamilton (Sport), Daniel Paulista (Sport), Paulo Baier (Sport) e Aílton (Central); Marcelo Ramos (Santa Cruz) e Gilmar (Náutico). Técnico: Nelsinho Batista (Sport)

2008 – Craque: Romerito, meia, 33 anos (Sport)
Chegou no ano anterior e viveu bastante tempo com as críticas. Batalhador em campo, passou a ser um vetor ofensivo no torneio local. Fez 10 gols. Fora a Copa do Brasil.

Magrão (Sport); Luizinho Netto (Sport), Vágner (Náutico), Durval (Sport) e Dutra (Sport); Daniel Paulista (Sport), Moacir (Central), Romerito (Sport) e Geraldo (Náutico); Wellington (Náutico) e Edmundo (Ypiranga). Técnico: Nelsinho Batista (Sport)

2007 – Craque: Vítor Júnior, meia, 20 anos (Sport)
Chegou como uma aposta na Ilha. Rápido, o jogador logo se transformou no condutor do time. Rápida também foi a sua passagem, pois foi negociado por R$ 500 mil após o título.

Magrão (Sport); Russo (Central), Marcelo (Central), Durval (Sport) e Bruno (Sport); Everton (Sport), Ticão (Sport), Fumagalli (Sport) e Vítor Júnior (Sport); Carlinhos Bala (Sport) e Marcelo Ramos (Santa Cruz). Técnico: Alexandre Gallo (Sport)

2006 – Craque: Carlinhos Bala, atacante, 26 anos (Santa Cruz)
No “bi” da premiação, Bala marcou 20 gols, mais do que o dobro do segundo artilheiro, Valdir Papel, do Estudantes, com 9. Lutou muito, mas foi vice no Estadual.

Rodolpho (Náutico); Osmar (Santa Cruz), Kleber (Sport), Durval (Sport) e Jorge Guerra (Ypiranga); Hamilton (Sport), Flávio (Náutico), Geraldo (Sport) e Rosembrick (Santa Cruz); Carlinhos Bala (Santa Cruz) e João Neto (Central). Técnico: Dorival Junior (Sport)

2005 – Craque: Carlinhos Bala, atacante, 25 anos (Santa Cruz)
Cria do Mundão, Bala tornou-se, enfim, protagonista no clube, acabando com uma fila de troféus de uma década. Foi o segundo goleador do campeonato, com 12 gols.

Cléber (Santa Cruz); Osmar (Santa Cruz), Roberto (Santa Cruz), Batata (Náutico) e Periz (Santa Cruz); Ramalho (Sport), Neto (Santa Cruz); Cleiton Xavier (Sport) e Marco Antônio (Santa Cruz); Carlinhos Bala (Santa Cruz) e Kuki (Náutico). Técnico: Givanildo Oliveira (Santa Cruz)

2004 – Craque: Kuki, atacante, 33 anos (Náutico)
Dessa vez foi decisivo, incluindo um gol no histórico 3 x 0 sobre os corais no Arruda. O atacante foi, também, o vice-artilheiro do Estadual, com dez tentos.

Nilson (Náutico); Daniel (Itacuruba), Valença (Santa Cruz), Batata (Náutico) e Xavier (Santa Cruz); Marcelo Cavalo (Itacuruba), Luciano (Náutico), Gil Baiano (Náutico) e Iranildo (Santa Cruz); Kuki (Náutico) e Kelson (Itacuruba). Técnico: Zé Teodoro (Náutico)

2003 – Craque: Kuki, atacante, 32 anos (Náutico)
O baixinho dos Aflitos sequer disputou a final, mas a artilharia da competição, com 16 gols, acabou pesando na pioneira escolha do prêmio, com um carro zero km.

Maizena (Sport); Adriano (Santa Cruz), Gaúcho (Sport), Silvio Criciúma (Sport) e Xavier (AGA); Ataliba (Sport), Fernando César (Sport), Nildo (Sport) e Cléber Santana (Sport); Adriano Chuva (Sport) e Kuki (Náutico). Técnico: Péricles Chamusca (Santa Cruz)

Podcast 45 (125º) – Empate no Sertão, 3º lugar em Caruaru e título do Ceará

Uma quarta-feira decisiva na região. No Sertão, com dez mil espectadores no Cornélio de Barros, Salgueiro e Santa ficaram num empate sem gols, na pauta principal do 45 minutos. Arruda lotado e camisa são suficientes para o título coral em 2015? O podcast também debateu a tranquila vitória do Sport no Lacerdão, assegurando na prática a vaga no Nordestão de 2016. Falando no regional, o título histórico do Ceará tmabém chamou a atenção (entrou no “G4 do NE”?). Por fim, a prévia de Jacuipense x Náutico, pela Copa do Brasil.

Neste podcast, com 1h31min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Sport atropela o Central e praticamente assegura a vaga no Nordestão de 2016

Pernambucano, disputa de 3º lugar: Central 0x5 Sport. Foto: Rafael Lima, especial para o DP/D.A Press

Fora da decisão do campeonato estadual, o Sport entrou em campo no Lacerdão consciente de que estava vivendo a sua pior campanha desde 2005. Desde aquele 3º lugar foram seis títulos pernambucanos e três vices. Mas a série acabou encerrada no gol de Valdeir, do Salgueiro.

Ainda assim, a história nesta edição não havia acabado, longe disso. Repetir a 3ª colocação dez anos depois valeria vaga na Copa do Nordeste, com o calendário completo em 2016. O desânimo dos rubro-negros parecia ser o maior rival na insossa disputa, com gramado horrível e arquibancadas vazias.

Caberia ao técnico Eduardo Batista incutir no time a necessidade (moral e financeira) de classificação. Na Patativa, com ameaça de greve por salários atrasados, o objetivo tornara-se mais difícil justamente pela presença do Leão – a direção aguardava o Carcará para este mata-mata.

O temor alvinegro sobre o duelo acabou fazendo sentido, pois, mesmo sem forçar, o Sport passeou em Caruaru, marcando três gols logo no primeiro tempo (Diego Souza, duas vezes, e Elber). No segundo tempo, mais dois, com Felipe Azevedo e Joelinton, fechando a goleada por 5 x 0, garantindo, na prática, o lugar do Sport na Lampions League de 2016. Dos males, o menor.

Pernambucano, disputa de 3º lugar: Central 0x5 Sport. Foto: Rafael Lima, especial para o DP/D.A Press

A final do Estadual chega ao interior

Estádio Cornélio de Barros. Foto: Salgueiro AC/facebook

Com o Carcará, em 2015, o interior recebe pela primeira vez a grande final do Campeonato Pernambucano. Daí, percebe-se o enorme peso histórico para o futebol local na disputa entre Salgueiro e Santa Cruz no Cornélio de Barros, cuja capacidade de 12 mil lugares deverá chegar ao limite.

Ter o interior na rota do título estadual é uma lacuna há muito em falta. Dos 26 estados do país, apenas Pernambuco e Rio de Janeiro jamais consagraram um campeão do interior – e não cabe ao Tricolor mudar o cenário, claro. No entanto, ao longo dos anos, os clubes interioranos, mesmo de forma indireta, fizeram parte da “decisão” do campeonato, no Recife ou não. Desses sete casos, em apenas dois a taça foi erguida em estádios no próprio interior (fotos a seguir).

10/12/1967 – Náutico 4 x 1 Central (Aflitos, 3º turno)
O Alvirrubro goleou a Patativa na última rodada do terceiro turno, nos Aflitos, terminando a fase com um ponto a mais que o Sport. Com isso, foi campeão estadual por antecipação (penta, na verdade), uma vez que ganhou os três turnos. Assim, o vice-campeão foi o segundo maior pontuador, o Sport.

04/05/1972 – Santa Cruz 4 x 0 Central (Aflitos, 2º turno)
A Cobral Coral foi (tetra) campeã pernambucana com duas rodadas de antecipação no segundo turno, ao vencer o Central no Eládio de Barros Carvalho – a construção do Arruda estava quase pronta, para a Minicopa do Mundo. Curiosamente, quem brigou pelo turno com os tricolores foi próprio Náutico.

28/11/1982 – Sport 1 x 0 Central (Arruda, decisão do 3º turno)
Com o torneio disputado de novo em três turnos, o Leão venceu os dois primeiros e decidiu o terceiro com o Central, no Arruda. Àquela altura, claro, apenas o Alvinegro poderia impedir o título rubro-negro. Porém, como perdeu o turno, o vice-campeão foi o segundo maior pontuado geral, o Náutico.

Pernambucano 1997, Porto 0x2 Sport. Foto: Otavio de Souza/DP/D.A Press

15/06/1997 – Porto 0 x 2 Sport (Antônio Inácio, final da 2ª fase do 2º turno)
Foi a primeira volta olímpica no interior, mesmo sem final. O Leão ganhou o 1º turno e a primeira fase do 2º turno. Foi campeão antecipado vencendo o Gavião na final da segunda fase do 2º turno (acima). Este foi também o primeiro ano que o segundo maior pontuador foi um interiorano, o próprio Porto.

07/06/1998 – Sport 2 x 0 Porto (Ilha do Retiro, final extra)
Um regulamento sui generis. Mesmo vencendo os três turnos da competição, de forma invicta, o Sport foi obrigado a disputar uma final contra o segundo maior pontuador, o Porto. Ao menos, teve uma vantagem enorme – só seria vice perdendo quatro jogos seguidos. Ganhou o primeiro jogo e encerrou a série.

30/03/2005 – Petrolina 1 x 2 Santa Cruz (Associação Rural, 2º turno)
O Santa foi campeão de forma arrasadora, com 15 vitórias em 18 jogos. O título do 2º turno (e do campeonato), veio no Sertão do São Francisco, diante de apenas 2.189 espectadores (abaixo). No domingo seguinte, na última rodada, 40 mil celebraram o troféu no Clássico das Emoções – e o Timbu foi o vice geral.

16/04/2008 – Sport 1 x 1 Central (Ilha do Retiro, 2º turno)
A Patativa foi vice-campeã geral em 2007, mas no jogo decisivo, o Sport enfrentou o Náutico. O cenário foi exatamente o oposto no ano seguinte, com o Alvirrubro ficando com o vice e o Central presente no “jogo do título”. Nos dois casos, o Leão foi campeão direto, vencendo os dois turnos.

Somente a partir de 2010 o campeonato estadual passou a ter a obrigatoriedade de uma final, de forma contínua, sem turnos.

Pernambucano 2005, Petrolina 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

2.340 minutos de futebol ao vivo na TV no Campeonato Pernambucano de 2015

Campeonato Pernambucano de 2015 na televisão. Fotos: Paulo Paiva (Lacerdão e Arruda), Ricardo Fernandes (Arena Pernambuco), ambos o DP/D.A Press

A grade de transmissão do Campeonato Pernambucano de 2015 apontou 26 jogos na televisão, totalizando 2.340 minutos de futebol ao vivo. É o menor dado dos últimos anos, num claro indício do crescimento do Nordestão, disputado paralelamente, também com transmissão aberta e fechada. Além, claro, da própria redução do certame local. Como ocorre desde 2011, a exibição deste ano ocorreu mais uma vez através da Rede Globo Nordeste, para todo o estado, e nacionalmente no canal Premiere (PFC), num pacote de pay-per-view para quem adquiriu outros estaduais, como o Paulistão e o Carioca.

Nos últimos quatro jogos da competição local (abaixo), as finais ficaram com a tevê a aberta e a disputa pelo 3º lugar (ida e volta) com o canal por assinatura. Ou seja, nesta edição nenhum jogo teve transmissão simultânea, ao contrário de 2014, quando a decisão entre Náutico e Sport passou nos dois canais.

O número de partidas na telinha corresponde a 20,9% da tabela estadual de 2015. No ranking da tevê, Santa 12, Sport 11, Náutico 6. Foi a primeira vez, desde que o blog iniciou o balanço, que o Leão não liderou a lista absoluta.

Nº de jogos de Náutico, Santa e Sport transmitidos na televisão no Campeonato Pernambucano de 2012 a 2014. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Segundo plano comercial da Globo, os jogos têm uma audiência de 696 mil telespectadores. Confira os números do Ibope nos anos anteriores aqui.

Os direitos de transmissão do Pernambucano foram renovados juntos à emissora até 2018. Saiba mais detalhes clicando aqui.

Transmissão do Campeonato Perambucano 2015, com número de jogos de Náutico, Santa e Sport. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Podcast 45 (124º) – Final inédita entre Santa e Salgueiro e fiasco do Sport

Teremos uma final inédita no Campeonato Pernambucano de 2015. Santa Cruz e Salgueiro, 3º e 4º lugares no hexagonal, conquistaram as suas vagas na decisão jogando fora de casa. No 45 minutos, uma análise sobre a disputa pela taça da 101ª edição do Estadual. Qual é o tamanho do favoritismo do Tricolor por causa de sua tradição? O quanto pesará a favor do Carcará o seu mando de campo? Além disso, um debate sobre o fiasco do Sport, eliminado em mais uma semifinal nesta temporada. Hora de mudanças no elenco?

Neste podcast, com 1h23min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!