Não houve apoio algum nas arquibancadas da Ilha do Retiro. Construída em 1937, a casa rubro-negra não pôde receber a sua torcida pela primeira vez.
De tão surreal, a arrecadação no domingo foi negativa, de R$ -10.582.
Com todo mundo torcendo apenas pela televisão e via rádio, devido à punição de uma briga de organizadas, o Leão teria que superar o clima de “campo neutro”…
Superou. Dominando o adversário do começo ao fim, com uma marcação forte, o Sport venceu o CSA por 2 x 0 e se aproximou bastante da semifinal da Copa do Nordeste, alimentando um possível e histórico Clássico das Multidões.
Efetivado como técnico, Eduardo Batista manteve a pegada do time, que vem acertando a defesa, a maior lacuna na última temporada. Aproveitando a boa fase de Neto Baiano, à frente, o Leão construiu o importante resultado.
O centroavante, sem camisa da uniformizada por baixo, abriu o placar aos 29 minutos, escorando um cruzamento de Renê. Gol de “camisa 9”.
Enquanto o fantasma do fundador do clube, Guilherme de Aquino Fonseca, curtia sozinho na arquibancada, o time recifense seguia envolvendo o alviazulino.
Foram duas grandes chances desperdiçadas ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Ferron tratou de acalmar a torcida – de longe – com um gol de cabeça.
A partir daí, Batista tirou Neto e colocou Éverton Felipe, deixando a equipe articulada para os contragolpes, pressionando o rival, até então fechadinho.
Perto do fim, Patric salvou um tento do time alagoano. Contudo, o lateral puxou a camisa do jogador adversário antes de chegar na bola.
Na partida de volta, no Rei Pelé, na pressão, um vacilo desse poderá custar.