Náutico goleia o Uniclinic na Arena, sem dificuldades, e larga bem no Nordestão

Nordestão 2017, fase de grupos: Náutico 4x0 Uniclinic. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em jogo isolado, o Náutico venceu o Uniclinic por 4 x 0, na abertura oficial da Copa do Nordeste de 2017. De volta ao torneio regional após breve ausência, o alvirrubro não encontrou dificuldades para superar o vice-campeão cearense. O estreante, que ocupa o 7º lugar no estadual após três rodadas, se mostrou bem limitado tecnicamente. Basicamente, assistiu à troca de passes do time pernambucano, que até então havia disputado apenas jogos-treinos.

Na primeira apresentação oficial nesta segunda passagem de Dado Cavalcanti, o time jogou desfalcado de Marco Antônio e Maylson no meio-campo e de Anselmo no ataque. Ainda assim, manteve o ritmo treinado na pré-temporada, com a valorização da posse de bola, desde a saída com os zagueiros Éwerton Pascoa e Tiago Alves. Buscando espaço e contando com alguma paciência dos 2.410 espectadores – bem ressabiados da última partida na arena, pela Série B -, o Náutico marcou dois gols no primeiro tempo, com Giva (cabeçada) e Jefferson Nem. O mesmo Nem ampliou logo aos três da segunda etapa, num chute cruzado. Depois, 40 minutos de passeio, evitando desgaste para a pesada agenda pela frente, com um Clássico das Emoções já no domingo, pelo Pernambucano. Nos descontos, Juninho pegou um rebote e definiu a goleada.

Sem dúvida, foi um resultado importante em um grupo tido como parelho, com Santa e Campinense. Como apenas três vice-líderes avançam às quartas, o que não aconteceu nas participações anteriores do timbu, em 2014 e 2015, o cálculo (mesmo cedo) passa por seis pontos diante do Uniclinic. Três já foram.

Nordestão 2017, fase de grupos: Náutico 4x0 Uniclinic. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Sem amistoso na pré-temporada, Náutico testa 29 jogadores em jogo-treino no CT

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Náutico 3 x 0 Ipojuca. Foto: Léo Lemos/Náutico

A pré-temporada foi esticada no calendário oficial da CBF em 2015. Desde então, o Náutico conseguiu organizar amistosos no Recife contra Decisão (2015) e Botafogo de João Pessoa (2016). Neste ano, com a remontagem do grupo e problemas de agenda, o alvirrubro acabou sem testes oficiais, ficando restrito a jogos-treinos. No primeiro, contra o Ipojuca, o técnico Dado Cavalcanti conseguiu colocar em campo os 29 atletas do elenco à disposição – ficando de fora apenas Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante), oriundos da Copinha e que ainda não se apresentaram.

No 3 x 0, construído sem dificuldades e acompanhado por alguns torcedores no Centro de Treinamento Wilson Campos, na manhã de domingo, o Náutico atuou com três formações distintas, com mudanças a cada 30 minutos. Foram dois times totalmente diferentes nas duas primeiras partes e mais sete trocas no último terço, sempre com a formação 4-1-4-1. Da lista abaixo, qual seria a formação ideal para a estreia oficial, em 24 de janeiro, contra o Uniclinic?

Do 1º ao 30º minuto (0 x 0)
Tiago Cardoso; Joazi, Tiago Alves, Éwerton Páscoa e João Paulo; João Ananias, Rodrigo Souza, Marco Antônio, Dudu e Jefferson Nem; Anselmo

Do 31º ao 60º minuto (1 x 0, Alison)
Jeferson; David, Nirley, Adalberto e Igor Neves; João Ananias (Negretti), Cal Rodrigues, Maylson e Juninho e Giva; Alison

Do 61º ao 90º minuto (3 x 0, Cal e Negretti)
Bruno; Raphael, Rafael Ribeiro, Adalberto e Manoel; Negretti (David voltou), Cal Rodrigues, Maylson, Jefferson Renan e Willian Silva; Odilávio

Abaixo, um vídeo com os gols do jogo-treino, produzido por Rafael Brasileiro.

Os 14 jogadores da Copinha integrados aos elencos profissionais de Sport, Náutico e Santa para a temporada 2017

A participação pernambucana na Copa São Paulo de Juniores de 2017 acabou na terceira fase (de um total de sete), com Náutico e Sport eliminados por Mirassol e Batatais. A campanha, entretanto, não ficou nisso, com parte dos elencos sendo aproveitada nos times principais. Ao todo, o Trio de Ferro integrou 14 nomes, que após anos na base (infantil, juvenil e júnior) passam a trabalhar com nomes mais tarimbados, com outra carga de cobrança, buscando uns minutinhos nos jogos. Ou seja, o rumo natural para promessas de até 19 anos.

Torcedor, dos nomes abaixo, qual seria a sua maior aposta para revelação?

Sport
Sete jogadores que atuam no time campeão estadual na categoria Sub 20 passam a trabalhar com o grupo principal no CT de Paratibe, sob comando técnico de Daniel Paulista. Cinco deles (Lucas, Adryelson, Caio, Pardal e Juninho) foram convocados para a Seleção Brasileira Sub 18/20 em 2016. Já o centroavante Wallace chegou a entrar em campo no Mineirão, pelo Brasileirão 2015, chamado às pressas na ocasião. Lembrando que a direção leonina prometeu, durante a campanha eleitoral, a utilização de boa parte do time júnior durante o Campeonato Pernambucano de 2017, ao menos no hexagonal.

Rubro-negro na Copinha: 3 vitórias e 2 derrotas, 7 GP, 6 GC
Integrados: Lucas (goleiro), Adryelson (zagueiro), Caio (lateral-esquerdo), Fabrício (volante), Pardal (meia), Juninho (atacante) e Wallace (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Copas do NE e do Brasil, Série A e Sula

Time do Sport na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Sport/divulgação

Náutico
O técnico Dado Cavalcanti autorizou a transição de quatro nomes para o time principal. Nos Aflitos, o destaque vai para os atacantes Erick e Gerônimo, com 4 e 3 gols marcados na Copinha, respectivamente. Atuando no interior paulista, o time fez a melhor campanha do clube em 11 participações. Com o reforço nos trabalhos no CT Wilson Campos, a base alvirrubra representa agora quase 50% do elenco profissional no início de 2017, segundo levantamento do próprio timbu.

Alvirrubro na Copinha: 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 11 GP, 6 GC
Integrados: Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Náutico na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

Santa Cruz
No Arruda, os tricolores voltaram a passar da fase de grupos da Copa SP após quatro anos, mesmo sem ter uma infraestrutura equiparada a dos rivais – segue sem CT. Os três nomes convocados por Vinícius Eutrópio já tiveram uma primeira experiência no grupo principal, sobretudo o goleiro Lucas, que chegou a compor o banco no último ano. Em 2017, com quatro competições na agenda e um plantel em profunda reformulação, oportunidades podem aparecer para o trio.

Tricolor na Copinha: 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, 4 GP, 4 GC
Integrados: Lucas (goleiro, 19), Thawan (zagueiro, 19) e Otávio (volante, 18)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Santa Cruz na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Santa Cruz/instagram (@santacruzfc)

Podcast – Especial Treinadores com Dado Cavalcanti, do Náutico

Dado Cavalcanti, técnico do Náutico, em entrevista ao podcast 45 minutos em 4 de janeiro de 2017. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Em 1h30 de gravação, no CT Wilson Campos, Dado Cavalcanti analisou o seu início de trabalho e as metas do Náutico para a temporada 2017. Abrindo a série especial do 45 minutos com os treinadores do grandes clubes da capital, ele avaliou os reforços, admitiu a prioridade (apesar do longo jejum alvirrubro, apontou o acesso) e até revelou bastidores de sua conturbada passagem no Coritiba. Uma conversa franca, estendida à estrutura do futebol brasileiro e as disputas de calendário, mas também com espaço para descontração, como o fato de já ter jogado, sim, o game Elifoot, ancestral dos managers.

“Se eu concordar que os estaduais atrapalham a evolução dos grandes clubes, eu vou concordar que o Brasileiro de Série A não pode ter vinte clubes.”

Nesta edição, estive ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

No Náutico, sai Givanildo Oliveira (68 anos) e entra Dado Cavalcanti (35 anos)

Givanildo Oliveira deixa o Náutico após a Série B 2016 e Dado Cavalcanti assume no Estadual 2017. Fotos: DP e Náutico/site oficial

No mesmo dia, a direção do Náutico confirmou a saída de Givanildo Oliveira e volta de Dado Cavalcanti. Dois treinadores pernambucanos de perfis bem distintos. Ambos com histórico no clube, sobretudo na Série B. Em 2014, Dado comandou o time durante boa parte da competição, sem brigar efetivamente pelo G4. Em 2016, Giva chegou na reta final, com o time quase fora, e só perdeu o acesso após uma inesperada derrota para o Oeste, na Arena.

O novo técnico, 33 anos mais novo que o antecessor, tem com característica principal, para este momento do Náutico, a remontagem do grupo. Após o revés na 38ª rodada, a direção perdeu a paciência com alguns atletas, que teriam “amarelado”. Compor um time em pouco tempo (e fazê-lo funcionar, claro) é questão de urgência, uma vez que o título de campeão é prioridade em Rosa e Silva (seja estadual ou regional). Por isso, a pressão começa já no primeiro semestre, numa possível inversão de objetivos na temporada timbu.

Quanto a Giva, que trabalhou no alvirrubro pela 5ª vez, a imagem deixada foi positiva, ainda que sua limitação (mudanças táticas mais efetivas durante os jogos) siga como entrave para trabalhos mais duradouros em grandes clubes – exceção feita ao América-MG, onde tem um histórico extremamente vencedor.

Alvirrubro, o que você achou da troca de comando do Náutico?

Dado Cavalcanti na Série B 2014
23 jogos
9 vitórias
5 empates
9 derrotas
46,3%

Givanildo Oliveia na Série B 2016
15 jogos
9 vitórias
2 empates
4 derrotas
64,4%

Bastante desfalcado, o Náutico esbarra no Paysandu na Arena Pernambuco

Série B 2015, 8ª rodada: Náutico x Paysandu. Foto: Rafael Martins /DP/D.A Press

Após cinco jogos em casa, nesta Série B, o Náutico saiu sem a vitória pela primeira vez. Teve que se contentar com o 1 x 1 com o Paysandu. O confronto (direto pelo G4) marcou a abertura da oitava rodada, mas, desde já, se sabe que o Timbu terminará a semana na zona de classificação, devido à gordura acumulada. É verdade que o apito final trouxe um misto de vaias e aplausos entre os 6.390 torcedores presentes na Arena Pernambuco, mas o placar pode ser considerável aceitável, hoje. Pela limitação técnica imposta pelos desfalques, entre lesões (Ronaldo Alves e William Magrão) e suspensões (Marino e Douglas), e pelo rendimento ascendente do adversário.

O Papão havia largado com duas derrotas, ambas por 1 x 0. Da vice-lanterna, o time paraense engatou uma série de cinco vitórias consecutivas e subiu ao 3º lugar. Sob o comando do pernambucano Dado Cavalcanti, e tendo o versátil Yago Pikachu como destaque, o time veio de Belém em busca do resultado.

Com o conhecido volume de jogo nos primeiros 15 minutos, o Alvirrubro logo balançou as redes, com a boa jogada de Hiltinho pela esquerda, seguida de um cruzamento rasteiro para Carmona finalizar – um gol importante para retomar a forma do meia. Na segunda etapa, porém, o visitante ajustou a marcação e deu trabalho. O empate veio com Pikachu, de falta, chegando a 53 gols na carreira, mesmo sendo um lateral de 23 anos. A partir daí, a partida ficou franca, com as duas equipes cercando a vitória, com gás. Não por acaso, ambas estão no G4.

Série B 2015, 8ª rodada: Náutico x Paysandu. Foto: Rafael Martins /DP/D.A Press

Expulsão irresponsável e derrota fatídica do Timbu em Minas

Série B 2014, 31ª rodada: Boa Esporte 1x0 Náutico. Foto: Pakito Varginha/Futura Press

A irresponsabilidade de Vinícius custou caro demais ao Náutico em Varginha. A estúpida expulsão do meia com apenas nove minutos, por reclamação (!), sentenciou a atuação alvirrubra na noite desta terça, na qual todos os outros resultados ajudaram.

As derrotas de Vasco, Avaí e Ceará, nas partidas iniciadas às 18h30, proporcionaram ao time pernambucano a chance de reduzir para apenas quatro pontos o hiato em relação ao G4. Às 20h50 começaria a partida-chave – mais uma nesta campanha vermelha e branca.

Contudo, o vermelho tão cedo, tão inexplicável, foi um baque. E o Boa Esporte, sonhando tanto quanto o time dos Aflitos, não demorou a abrir o placar. Na verdade, precisou de apenas oito minutos com um jogador a mais para marcar o primeiro gol. O chute cruzado de Romão foi o único no interior mineiro, 1 x 0.

No segundo tempo, o Náutico ainda teve uma grande chance com Bruno Furlan, cara a cara, mas o próprio atacante reconheceu que adiantou demais a bola. Tirando isso, muita afobação – afinal, o grupo sabia que era precisa buscar os três pontos a todo custo -, e espaço para contragolpes, desperdiçados de forma consecutiva pelo mandante.

De toda forma, o Boa se aproximou do G4, subindo para 47 pontos, a cinco do pelotão. O Náutico, um contexto melancólico para tanta esperança depositada. Difícil não colocar a maior parte disso na conta de Vinícius…

Série B 2014, 31ª rodada: Boa Esporte 1x0 Náutico. Foto: Ascom Boaec Pakito

Apagado no primeiro tempo e brigador no segundo, Timbu empata no Maranhão

Série B 2014, 30ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: Site Oficial do Sampaio Corrêa/Assessoria

Com a derrota do Avaí na terça-feira, uma vitória no sábado deixaria o Náutico a cinco pontos do G4. Era mais uma grande chance batendo na porta. Claro, não seria fácil vencer o Sampaio Corrêa no Maranhão. Portanto, seria preciso uma dedicação absoluta nos 90 minutos. Infelizmente, faltou atitude na primeira metade. Não há como pensar diferente.

O time pernambucano ficou preso na marcação adversária até com certa facilidade. Nos primeiros minutos, faltou buscar mais tabelas, impor um ritmo mais rápido. Para piorar o cenário, o Náutico foi vazado rapidamente. Aos 12 minutos, liberdade no escanteio para Mimica, que aproveitou o desvio para mandar de cabeça para as redes.

Relembrando o contexto do jogo, somente a vitória importava para uma chance mais clara de acesso. A pressão pelo resultado parece mesmo ter feito a diferença, sem qualquer reação.

No intervalo, Dado Cavalcanti cobrou mais organização tática de sua equipe. Mais gana em um campeonato tão complicado. Enquanto isso, do outro lado, nada de treinador. O ex-alvirrubro Lisca cumpria suspensão e assistia a tudo, nervoso como sempre, num camarote.

E de fato, o segundo tempo pareceu até outro jogo. Um Alvirrubro mais aceso, mais brigador. O mínimo que a torcida esperava. Com Júlio César se garantindo embaixo da trave, o empate em 1 x 1 veio com o volante Paulinho, marcando pela quarta vez nesta Série B. O maior volume na etapa final só não foi realmente premiado por causa do pênalti não assinado em Cañete, no finzinho. O lance deixou os alvirrubros na bronca. Uma pena que esse esforço todo não tenha começado logo às 16h10…

Tarde de pênaltis na arena, com a 13ª vitória timbu

Série B 2014: Náutico 2x1 ABC. Foto: Allan Torres/DP/D.A Press

A barra à direita das cabines de imprensa na Arena Pernambuco foi o cenário da partida entre Náutico e ABC, com dois pênaltis marcados e um não assinalado.

Entre os convertidos, um sofrido por Zambi (que já havia caído na área minutos antes) e muitíssimo bem defendido pelo goleiro Júlio César, quando o jogo estava 1 x 0 para o time da casa. O outro foi decisivo, aos 40 minutos do segundo tempo, quando Bruno Furlan foi derrubado. já com o empate no marcador.

A penalidade foi convertida com personalidade por Sassá – o nome do jogo, uma vez que também marcara logo aos dois minutos, aproveitando a confusa zaga potiguar.

Com o gol marcado a cinco minutos do fim, evitou que a pressão aumentasse. A torcida timbu vinha pegando no pé do time, ainda de cabeça inchada após a derrota na última terça, também na arena. Com o 2 x 1, o Náutico chegou a 13 vitórias na Série B e manteve a distância de sete pontos em relação ao G4.

Faltando nove rodadas, o time precisará de todas as suas forças para conseguir retornar à elite. Uma tarde na qual o goleiro pega um pênalti e o atacante cobra com firmeza na reta final da partida mostra que essa energia ainda existe nos Aflitos…

Série B 2014: Náutico 2x1 ABC. Foto: Allan Torres/DP/D.A Press

Goleada mineira em cima do Timbu, que perde outra chance de se aproximar do G4

Série B 2014, 28ª rodada: Náutico 1x4 América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A press

O Náutico foi impiedosamente goleado pelo América Mineiro. Na arena, o Timbu sofreu a sua maior derrota no ano, 1 x 4. O time vinha de duas vitórias seguidas pela Segundona e tTeria uma sequência de dois jogos em casa, pronto para enfim arrancar. Numa disputa de muita oscilação técnica, o time de Dado Cavalcanti travou. Não conseguiu jogar, viu o adversário tocar a bola com facilidade, criar chances e aproveitá-las sem dó.

Com menos de trinta minutos a desvantagem já era de dois gols, ambos marcados pelo atacante Gilson. O segundo, aliás, foi um golaço. Com a situação difícil, o volante Elicarlos passou a ser perseguido pela torcida – sentindo a falta de Paulinho. Eli estava, sim, mal em campo.

Contudo, jogar nas costas dele o peso da derrota era quase uma maldade, pois a equipe inteira estava mal. Até mesmo Júlio César, que não evitou os gols e se mostrou inseguro em duas saídas de bola – e pioraria até o apito final.

Nem Elicarlos nem Crislan voltaram do intervalo, mas não houve reação. Logo aos três o Coelho marcou mais um. Numa jogada individual, Renan Oliveira (aquele!) passou fácil pela zaga e bateu no cantinho. A partir daí, a tarefa já era inglória, ainda mais com o altíssimo nível de impaciência da torcida.

O lance seguinte mandou o público embora, numa falha do goleiro, num cruzamento rasteiro. Obina, surpreso, só empurrou. A goleada era tremenda, e o gol de honra, numa cabeçada de Renato Chaves, não diminuiu o vexame.

Série B 2014, 28ª rodada: Náutico 1x4 América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A press