Salgueiro elimina o Sport na Arena e coloca o Sertão na final pela primeira vez

Pernambucano 2015, semifinal: Sport 1x1 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Há dez anos o Salgueiro vem fazendo história no futebol pernambucano. Fundado em 1972, a 518 quilômetros do Recife, o Carcará profissionalizou o seu departamento de futebol somente em 2005, através de Clebel Cordeiro. Começou do zero, na segunda divisão estadual. Mas nunca parou de crescer, alcançando os resultados mais significativos do interior.

Em 2007, conquistou a segunda divisão pernambucana, em Garanhuns.
Em 2011, disputou a Série B, após um acesso memorável em Belém.
Em 2012, ficou em 3º no Estadual, indo ao Nordestão e à Copa do Brasil.
Em 2013, chegou nas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Inter.
Em 2015, um feito duplo. Avançou às quartas de final do Nordestão e agora o ponto mais alto, com a presença inédita na final do Estadual.

O gol de Valdeir aos 43 do segundo tempo, em uma Arena Pernambuco lotada, levou o clube sertanejo à decisão contra o Santa Cruz, empurrando o Sport para uma até então improvável disputa de terceiro lugar.

Desde 1998 o interior não se fazia presente na final. Porém, em relação àquele Porto, a disputa desta temporada é bem mais decisiva.

Pernambucano 2015, semifinal: Sport 1x1 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Gavião do Agreste disputou uma final tendo que vencer o Sport quatro vezes seguidas para ficar com a taça, tamanha era a vantagem leonina na ocasião. Agora, não. Será um legítimo mata-mata, começando no caldeirão do Cornélio de Barros e terminando no Arruda, em 3 de maio.

Serão dois jogos inesquecíveis para um time com uma base formada, já conhecida do torcedor pernambucano, como o goleiro Luciano, com dez temporadas de casa (mesma marca de Magrão, apesar do reconhecimento menor), Marcos Tamandaré, Rodolfo Potiguar, Moreilândia, Pio…

Todos eles sob o comando do técnico Sérgio China, que soube segurar os ânimos de uma equipe ansiosa neste domingo. E o jogo foi tenso, com o Leão abrindo o placar ainda na primeira etapa, numa bela cobrança de falta de Diego Souza. Se já estava na defesa, lotado de volantes, a partir dali o Salgueiro ficou todo atrás da linha do meio-campo. Se defendeu bem, até pela ineficácia do ataque adversário, ainda mais após as mexidas equivocadas do técnico Eduardo Batista. No fim, deu o bote, Carcará que é, 1 x 1.

Em 180 minutos, o Salgueiro pulverizou os 14 pontos a mais que o Sport havia feito no hexagonal. Mostrou copeirismo. E essa história ainda não acabou…

Pernambucano 2015, semifinal: Sport 1x1 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Com dois gols de pênalti, Salgueiro vence o Sport e fica pertinho da final inédita

Pernambucano 2015, semifinal: Salgueiro x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O zagueiro Rogério Paraíba cobrou duas penalidades com perfeição, uma em cada lado de Magrão, e o Salgueiro venceu o Sport por 2 x 0, abrindo uma ótima vantagem para avançar à final estadual. Os sertanejos vêm martelando um lugar na decisão. Em 2014, caíram nos pênaltis na Arena Pernambuco. No mesmo local, em uma semana, poderão até perder por um gol de diferença para ficar com a vaga. Seria histórico. E em caso de dois gols? Ainda haveria chance nos pênaltis. E o jogo de ida mostrou que o time está bem neste fundamento.

O mais incrível na vitória salgueirense, no solzão deste domingo, foi que a equipe quase não teve a posse de bola. No primeiro tempo, apenas 28%. No segundo, 33%. Pois é. Os comandados de Sérgio China deram o campo ao adversário, cuja mobilidade irritou. Excessivamente lento, o Leão pouco agrediu. Mesmo sem arrancar, Diego Souza deixou três companheiros (Felipe Azevedo, Régis e Rithely) livres, mas ninguém finalizou bem. Ao todo, os leoninos só tiveram cinco chances reais. No abafa, ainda acertou o travessão.

Pernambucano 2015, semifinal: Salgueiro x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Àquela altura, o mandante já vencia após o polêmico pênalti marcado por Emerson Sobral, que viu mão na bola de Durval (na opinião do blog, bola na mão). Nos descontos, aí não cabe qualquer discussão. De uma infantilidade tremenda, Rithely segurou o atacante Kanu, em mais infração na grande área. Se Magrão vem construindo uma boa estatística pessoal nos pênaltis, Rogério não quis fazer parte disso, chutando com força, convicto.

Com apito final no estádio Cornélio de Barros logo na sequência, o Salgueiro – que na quarta-feira ainda terá o aguardado jogo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil – comemorou bastante o placar. Até porque a presença na final permitira novas campanhas no Nordestão e na própria Copa do Brasil – com receita extra, mínima, de R$ 565 mil. Enquanto isso, o Sport volta para a capital consciente da pressão da torcida, carente de resultados e futebol.

Pernambucano 2015, semifinal: Salgueiro x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Sport

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico 0x2 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A busca pelo bicampeonato pernambucano teve uma campanha avassaladora no hexagonal, com 11 pontos a mais que o segundo colocado. Mesmo sem apresentar um grande futebol, mesmo escalando alguns times mistos. De toda forma, a superioridade técnica vista até aqui fica no passado a partir de agora. No mata-mata, com semifinal e final, a única vantagem possível é jogador a segunda partida em casa. Pouco. Mas é o regulamento, paciência.

Portanto, cabe a Eduardo Batista orientar um time já experiente (apesar das caras da base) sobre o espírito necessário. Funcionou no último ano, com a dupla conquista (Estadual e Nordestão), crescendo justamente nos mata-matas. E o primeiro exemplo deste ano foi duríssimo, contra o Fortaleza, pelo regional. Mesmo na Série C, o adversário só caiu nos pênaltis. Decisões de 180 minutos resultam num nivelamento natural. Será possível com o Salgueiro?

Outro ponto sobre a equipe é a obrigação de conciliar a agenda do time, dividida entre Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. E com a Série A marcada já para 9 de maio, logo mais. A preparação física da equipe – algumas peças sentem bastante – será testada no limite. Em 2014 deu certo.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
5 participações e 5 classificações

Formação básica do Sport no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Diego Souza. Na prática, o meia-atacante não foi o melhor jogador do Leão no hexagonal. Vem aquém da sua qualidade técnica – a um valor salgado. Porém, tem a maior responsabilidade para ser o principal vetor ofensivo do time.

Aposta
Elber. Contratado junto ao Cruzeiro, o atacante chegou sem alarde, mas logo na estreia marcou dois gols contra o Santa Cruz. Rápido, o jogador é o artilheiro rubro-negro na temporada, mesmo sem a titularidade absoluta.

Ponto fraco
Vitor. A saída de Patric para o Galo deixou uma lacuna quase irreparável na lateral direita. Alex Silva e Vitor, os concorrentes neste ano, não agradaram, com o segundo assumindo a titularidade por falta de opção. Falta intensidade.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
25 pontos (líder)
8 vitórias (quem mais venceu)
1 empate (quem menos empatou)
1 derrota (que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
5 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 3 Sport, em 31 de janeiro, no Arruda.

Empate no Clássico das Multidões, na Ilha, com sorriso tricolor no finzinho

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport x Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O Clássico das Multidões na Ilha do Retiro pouco valia. A não ser a greia, onipresente na imensa rivalidade pernambucana. Aos rubro-negros, numericamente, absolutamente nada, com a liderança geral no Estadual consolidada há tempos. Aos tricolores, a chance de decidir a semifinal contra o Central em casa, nada mais. Ainda assim, no domingo de páscoa, as torcidas compareceram. Valia o sorriso na segunda-feira.

Não houve vencedor, mas inegável a satisfação final dos corais, que arrancaram o empate em 1 x 1 aos 47 minutos do segundo tempo, num lance de raça de João Paulo, diante de uma defesa plantada. Àquela altura, o Santa jogava com dez em campo, após a expulsão de Danny Morais. Esse vermelho estava diretamente relacionado ao gol do Leão – com um mistão em campo -, quando o zagueiro coral, o último homem, derrubou Samuel. O próprio centroavante bateu, no cantinho esquerdo do goleiro Fred.

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport x Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A festa tricolor na geral do placar, quase tomada, valeu pela rivalidade. No fim, com as reclamações de sempre acerca de um clássico (arbitragem, excesso de faltas, resultado no detalhe etc) não houve mudança prática alguma. Em busca do bicampeonato, o Sport (com 11 pontos a mais sobre o 2º lugar no hexagonal) enfrentará o Salgueiro decidindo na Arena Pernambuco, dando seguimento ao acordo firmado com o consórcio.

Estadual à parte, o Leão terá algo maior pela frente já nesta semana, embate contra o Bahia pela semifinais da Copa do Nordeste. Sem mistão, a greia fica para outra oportunidade. Já o Santa terá que ir a Caruaru no segundo jogo da semifinal contra o Central. Será a primeira vez que um time do interior jogará a segunda partida em casa. Se bem que neste mata-mata o Tricolor terá uma dose de confiança a mais, mesmo na condição de visitante, justamente por causa do clássico. Valeu algo…

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport x Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Reservas do Leão vencem o Salgueiro outra vez e garantem a liderança do hexagonal

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Sport x Salgueiro. Foto: Marlon Costa/FPF

Sport e Salgueiro jogaram no sábado com a cabeça voltada para a quarta-feira.

Ambos dependem de uma vitória para chegar às quartas de final do Nordestão sem depender de outros resultados. Portanto, contra Sampaio Corrêa (Ilha) e Náutico (Cornélio de Barros), carga máxima. E isso, na prática, significava poupar fôlego no Estadual. Ao Leão, não havia qualquer problema, com a liderança folgada. Já ao visitante, no limite do G4, valeu a questão financeira. Além dos R$ 365 mil pela participação na fase de grupos do regional, o classificado às quartas receberá mais R$ 250 mil. Não tinha como ignorar.

No Sport, entre os titulares, apenas Durval, Páscoa e Felipe Azevedo. No Carcará de Sérgio China, os laterais Lúcio e Tamandaré, por exemplo, só esquentaram o banco na Arena Pernambuco.

Sobre o jogo, com oito mil espectadores, o Rubro-negro – cujo time reserva havia feito 3 x 0 na ida – começou melhor. Sem forçar, abriu o placar com Oswaldo. Sem forçar também, até porque mal atacou, o visitante empatou com Anderson Lessa, após falha na saída de bola com Danilo. No segundo tempo da peleja, a sete minutos do fim, Elber, sempre acionado por Eduardo Batista, bateu rasteiro e desempatou. Na sequência, numa jogada de velocidade, corta-luz e chute certeiro, Felipe Azevedo definiu, 3 x 1.

A 7ª vitória leonina em 8 jogos garantiu, por antecipação, a liderança do hexagonal. E o favoritismo no âmbito local foi confirmado. Agora, com a equipe completa, o Sport tem o dever de fazer o mesmo no âmbito regional…

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Sport x Salgueiro. Foto: Marlon Costa/FPF

Vitória sobre o Central encaminha o plano do Sport de se poupar para o Nordestão

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Sport 1x0 Central. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Os dez mil torcedores que foram à Ilha enfim saíram satisfeitos. A vitória foi magra, arrancada no finzinho, mas é inegável o esforço do time, com uma mobilidade melhor em relação aos jogos anteriores, no regional e no estadual.

Em vez de aceitar a marcação adversária, uma troca de passes com mais rapidez, seguida de uma maior variedade de jogadas, tanto pelos laterais quando afunilando. Contra o Central, encerrando a primeira metade do hexagonal, o Leão venceu por 1 x 0, no quinto triunfo seguido no Pernambuco, 100%.

O herói da noite foi Felipe Azevedo, outra vez. Como no Nordestão, entrou no decorrer e foi decisivo. Rápido e voluntarioso, ele é. O faro de gol é que merece uma atenção maior. Porém, neste início de ano o atacante vem correspondendo. O gol a cinco minutos do fim, escorando um cruzamento de Vitor, foi de quem sabe. Se antecipou e bateu firme, tirando o goleiro alvinegro do lance.

O gol destravou a Patativa, num ferrolho daqueles e apelando à maca a todo instante. Acuada, viu Diego Souza, terminando como centroavante, mandar no travessão – apesar disso, não brilhou na posição. Quanto ao Central, fez o que podia. Por pouco não pontuou, mas teve que engolir o tabu desde 2006.

Um próximo confronto já está marcado. Domingo, em Caruaru. Em campo, teremos um Sport reserva. Com 15 pontos somados, o técnico Eduardo Batista pode poupar a equipe para focar a Copa do Nordeste. Outros ferrolhos na disputa paralela aguardam o Leão, com seus heróis improváveis…

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Sport x Central. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Polêmica no Clássico dos Clássicos do começo ao fim, com vitória do Sport

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Um Clássico dos Clássicos marcado pela polêmica do começo ao fim. Primeiro, com a marcação na Arena Pernambuco, tendo o Náutico como visitante. Por mais que a situação não configure inversão, o conselho arbitral extraordinário convocado pela FPF, com o veto alvirrubro, foi desrespeitado.

Em São Lourenço, vitória do Sport pelo magro 1 x 0, mantendo a liderança do hexagonal do Estadual de 2015. Um jogo com ritmo intenso no primeiro tempo. Ea a polêmica do domingo foi o gol do Leão, ainda na primeira etapa. Aos 26 minutos, Diego Souza invadiu a área e chutou, Júlio César rebateu, Danilo dividiu com o goleiro e a bola sobrou para a Samuel. Os alvirrubros reclamaram bastante do lance, alegando mão de Danilo na confusão na área.

Em três ângulos exibidos na transmissão do PFC, não foi possível confirmar isso. Num quarto ângulo, da barra do Sport para a do Náutico,  exibido minutos depois, configurou a “dividida” como falta do rubro-negro no goleiro timbu.

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Ainda que no intervalo Júlio César tenha confirmado a reclamação numa suposta mão, houve falta no lance. Não marcada pelo árbitro Emerson Sobral.

No segundo tempo, apenas duas chances claras de gol. Uma com Régis, raspando a trave, e no belo chute de Jeferson Nem, exigindo uma verdadeira ponte de Magrão. No geral, a partida esfriou, com o Sport mais precavido em campo (novo relaxamento?) após as mudanças do técnico Eduardo Batista. Na base da disposição, o Timbu insistiu bem mais, mas sem sucesso.

Aos 46 minutos, ainda houve outro lance polêmico, num gol anulado do Timbu. Neste, contudo, a marcação foi correta, com Patrick Vieira completando para as redes em posição de impedimento. De toda forma, após o apito final, na segunda vitória seguida do Leão em clássicos, ficou a discussão sobre a arbitragem. Polêmica antes, durante e depois.

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Sampaio Corrêa quebra tabu contra o Sport em noite de desleixo do visitante

Copa do Nordeste 2015, 1ª rodada: Sampaio Corrêa 3x2 Sport. Foto: HONÓRIO MOREIRA/FUTURA PRESS

O Sport perdeu do Sampaio Corrêa pela primeira vez. No 8º jogo oficial entre as equipes, a Bolívia Querida virou o placar em dois minutos, ampliou no finzinho e expôs o ritmo do Leão, cadenciado demais durante as partidas.

Com empate entre Coruripe e Socorrense, o atual campeão nordestino largou na lanterna do grupo B. Sem dúvida, foi punido pela falta de ímpeto ofensivo para matar o jogo no primeiro tempo, quando controlou as ações, e pelo desleixo na etapa final, cedendo espaço demais ao mandante, estreante no Nordestão.

O Leão começou dominando as ações no Castelão, mais aceso que no Clássico das Multidões. Aos 14, abriu o placar com Rithely, escorando de cabeça o escanteio cobrado por Danilo. Diego Souza, que chegara de última hora, após a regularização, entrou jogando fácil. Chegou a deixar Joelinton livre para marcar. Oscilante, o jovem centroavante perdeu a “bola” da noite.

Se o time de Eduardo Batista voltou do intervalo num ritmo disperso, a equipe de Oliveira Canindé foi para o abafa. Mostrou vontade e foi tecnicamente bem. Aos 14 e aos 15, virou com Edivânio e Válber. Às pressas, o rubro-negro promoveu todas as mudanças, incluindo Régis, que deu mais velocidade. Exposto, o time pernambucano sofreu outro gol aos 43, com Robert, 3 x 2.

Aos 50 minutos, Régis descontou. Não adiantou. Que fique a lição.

O favoritismo é do Sport, mas precisa fazer o óbvio, mostrar superioridade…

Copa do Nordeste 2015, 1ª rodada: Sampaio Corrêa 3x2 Sport. Foto: HONÓRIO MOREIRA/FUTURA PRESS

A 50ª vitória do Sport sobre o Santa Cruz no Arruda

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Balançando as redes três vezes no segundo tempo, o Sport goleou o Santa Cruz na abertura do hexagonal do campeonato estadual de 2015 e chegou a 50 vitórias sobre os rivais das multidões dentro do Arruda. Com o 0 x 3 no placar, o visitante ultrapassou o mandante no número de triunfos nos clássicos realizados no José do Rêgo Maciel em toda a história, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

161 jogos
49 vitórias do Santa
62 empates
50 vitórias do Sport

Um resultado emblemático, sem dúvida, dando mais molho a uma rivalidade quase centenário. Foi também um começo quente para o Pernambucano de fato – que não tinha um clássico na primeira rodada desde 1996. Mais entrosado, o Leão só fez valer a sua superioridade técnica nos 45 minutos finais. Antes, teve que ter muita paciência. Enquanto no dedicado Santa era visível a falta de entrosamento, o Sport entrou em campo num ritmo bem abaixo daquele imposto no amistoso contra o Nacional do Uruguai.

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

O primeiro tempo foi amarrado, apesar da disposição. Foram poucas jogadas criadas. Tanto que cada time teve apenas uma chance, ambas com finalizações constrangedoras. Primeiro com o tricolor Waldison (chute tosco) e depois com o leonino Joelinton (cafofa). As vaias das duas torcidas foram aumentaram a exigência por um futebol mais solto.

Na volta dos vestiários, o Sport aos poucos foi trocando mais passes, com Eduardo Batista gritando a todo momento “gira, gira”. Era para a bola ir de pé em pé mesmo, envolvendo o adversário. Provocou uma marcação mais dura, que resultou num pênalti, aos 15. Bileu derrubou Régis de forma inconsequente. Na cobrança, Danilo chutou no meio do gol e abriu o placar. O prognóstico já não era bom para o goleiro Bruno, que em sua estreia não defendera uma vez sequer nas 11 cobranças do Zalgiris Vilnius.

O campo ficou mais aberto após a dupla expulsão, de Alemão e Joelinton. Excesso de rigor, para os dois lados, do árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique. Na sequência, o Rubro-negro “matou” o jogo num contragolpe mortal, com uma deixadinha de Rithely para Élber. O mesmo Élber, que chegou sem alarde na Ilha, definiu a categórica (50ª) vitória aos 43 minutos, livre, já com o Santa disperso.

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

A primeira Taça Ariano Suassuna fica na Ilha

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: Marlon Costa/FPF

A pioneira edição da Taça Ariano Suassuna foi conquistada pelo Sport. Num jogo duro, como não poderia deixar de ser, considerando o aguerrido adversário uruguaio, o Leão venceu por 2 x 1, em sua estreia em 2015. O Nacional, atual campeão nacional, vinha de quatro vitórias em sua pré-temporada, mas acabou superado na Arena Pernambuco, com 22.356 espectadores, um bom público.

No amistoso internacional, com inúmeras modificações, só se viu futebol no primeiro tempo. No 4-1-4-1, o Leão impôs um ritmo veloz, apesar da natural falta de ritmo. Substituindo Diego Souza, Régis mostrou valor. Só depende de sua condição física. Rápido e habilidoso, procurou tabelas e enfiadas de bola.

Antes de Régis se destacar, o Leão abriu o placar com o centroavante Samuel, concorrente de Joelinton. Aproveitando a ausência da revelação leonina – que só entrou no finzinho -, o estreante mandou para as redes. Depois, o lance mais bonito, numa tabela entre Régis e Elber, terminando com o gol de Danilo, atento.

O time ainda teve a mais chance, com Alex Silva, postulante à vaga deixada por Patric. A zaga uruguaia tirou em cima da linha. Do outro lado, Durval não teve a mesma sorte, cortando para as próprias redes, deixando o jogo “vivo”.

Tanto que na etapa final o árbitro Nielson Nogueira teve trabalho para controlar os ânimos, com muitas faltas. Além dos amarelos, houve um cartão vermelho, para o experiente centroavante dos visitantes, Iván Alonso, de 35 anos. No fim, foi preciso jogar na base do “copeirismo”. De fato, valia taça.

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: Marlon Costa/FPF