A preliminar da Copa do Mundo com mais torcedores

Copa das Confederações 2013. Crédito: Fifa/divulgação

Foi na Coreia do Sul e no Japão, em 2001, que a Fifa passou a utilizar a Copa das Confederações como um “teste” para os organizadores da Copa do Mundo.

A competição, criada em 1992, já havia passado por Arábia Saudita e México, quando houve a mudança no foco do torneio, cuja marca foi sendo consolidada.

No Brasil, em 2013, o Festival de Campeões deverá registrar a segunda maior média de público da história e a maior entre os países que estavam se preparando para o Mundial no ano seguinte – abaixo, o ranking. Preparação à parte, o brasileiro está empolgado.

Ao todo, os seis estádios selecionados pela entidade receberão 16 partidas entre 15 e 30 de junho. Considerando todos os lugares disponíveis para eventos da Fifa, que geralmente reduzem a capacidade total, o número de assentos chegaria a 961.640.

Contudo, por questão de segurança nesta edição preparatória, a Fifa só autorizou 829.286 lugares, ou 86,2% da capacidade prevista para o Mundial. Desta forma, caso todos sejam comercializados, a média brasileira chegaria a 51.830 pessoas.

A venda antecipada de entradas surpreende até o momento. Na pré-venda foram 132 mil. Em seguida, no primeiro dia oficial de venda, mais 186 mil.

Outros 50 mil já estão reservados para torcedores de baixa renda. Somando esses dados preliminares o índice de ocupação já estaria em 23 mil pessoas por partida.

Que adquirir um ingresso? A venda segue até o dia 15 de janeiro no site da Fifa.

Público da Copa das Confederações de 1992 a 2009. Crédito: Fifa/divulgação

Nordestão no Padrão Fifa e sob olhar da Fifa

Projeto da Arena Castelão. Crédito: Arena Castelão/divulgação

Uma rodada dupla no Castelão, em Fortaleza, deve marcar a exposição nacional da renovada Copa do Nordeste neste ano. De lambuja, um viés internacional…

Ainda que estejam agendados para a terceira rodada do torneio regional, em 27 de janeiro, Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia terão uma presença ilustre na arquibancada.

No novíssimo estádio alencarino de 64.165 lugares, o primeiro da Copa do Mundo de 2014 a ser inaugurado, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, assistirá à primeira partida com o “Padrão Fifa” no Brasil, considerando as doze arenas.

“Em 27 de janeiro, estarei de volta ao Brasil para assistir pessoalmente ao jogo inaugural do Estádio Castelão, em Fortaleza.” 

Declaração em seu artigo mensal no site da Fifa sobre a preparação do país (veja aqui).

Valcke conhecerá algumas das mais apaixonadas torcidas da região e um dos maiores estádios do país. Espera, claro, ver uma organização no nível exigido pela entidade.

Sobre o nível técnico do futebol nos 180 minutos diante do francês… A conferir.

Jérôme Valcke, o secretário-geral da Fifa, na Suíça. Foto: Fifa/divulgação

O ano da maioridade da Arena Pernambuco

Evolução da Arena Pernambuco em 2012. Crédito: Cidade da Copa

Este ano ficará marcado como o período chave da construção da Arena Pernambuco.

Em janeiro de 2012, o canteiro de obras contava com 2.397 operários e o avanço físico não passava de 28%, índice preocupante para a Copa das Confederações, em 2013.

O trabalho registrado àquela altura correspondia a 17 meses, desde agosto de 2010, com o primeiro motor ligado, entre burocracia, liberação de recursos e ações efetivas.

Agora, em dezembro, com 4.500 trabalhadores no intenso plano de aceleração, a arena deve encerrar a temporada em 85%. Resultado de um investimento extra (veja aqui).

Nos últimos doze meses, um crescimento de 57%.

Faltam 90 dias para cumprir o último prazo estipulado pela Fifa. Mais 15% e pronto.

Finalização da arquibancada superior e da cobertura, ambos na ala norte, colocação do gramado, instalação da fachada e do recursos eletrônicos através da NEC, acabamento.

Considerando que o recente avanço da obra vem num ritmo de 7% a cada trinta dias, o prazo parece ser suficiente para garantir o estado no festival de campeões.

A data de abertura segue vigente, em 14 de abril de 2013. Falta pouco…

Os gols mais bonitos da temporada

Prêmio Puskas 2012: Falcao (Colômbia), Neymar (Brasil) e Stoch (Eslováquia). Crédito: Fifa/Youtube

Prêmio Puskas, destinado ao golaço do ano. Com status de obra de arte.

Nu universo do futebol profissional, com milhares de gols a cada ano, escolher o mais espetacular é uma tarefa dificílima, mas nas mãos do público…

Esta é a quarta edição do prêmio oferecido pela Fifa, em homenagem ao gênio húngaro e já vencido por Cristiano Ronaldo (2009), Hamit Altintop (2010) e Neymar (2011).

O brasileiro tentará o bicampeonato, novamente fazendo fila a partir do meio campo, na Vila Belmiro, vestindo o uniforme branco do Santos.

O gol/candidato foi anotado no dia 7 de março, contra o Internacional.

O craque tem fortes concorrenes. O colombiano Radamel Falcao, do Atlético de Madri, em um amistoso contra o América de Cali em 19 de maio, e o eslovaco Mirsolav Stoch, no duelo do Fenerbahçe contra o Gençlerbirliği em 3 de março.

A votação é aberta no site da Fifa, até 7 de janeiro. Para participar, clique aqui.

Na sua opinião, qual foi o gol mais bonito desta temporada?

Relembre os três finalistas de 2011 clicando aqui.

Timão de Guerrero, o maior campeão mundial da Fifa

Mundial de Clubes 2012, final: Corinthians x Chelsea. Foto: Fifa/divulgação

Nunca houve asterisco algum no título mundial dos corintianos em 2000.

Aquele torneio realizado no Brasil foi o primeiro Mundial de Clubes com a chancela da Fifa, ampliando uma tradição iniciada 1960.

Pesou na época a falta de um título da Libertadores como ingresso oficial para a competição. Pesou até o fato de ter sido no Brasil, com a equipe jogando em “casa”.

Saiu somente na decisão, para o Maracanã, com 22 mil mil torcedores invadindo a festa carioca programada para o Vasco.

Por isso, repito, nunca houve asterisco.

Tanto que neste domingo o Corinthians, outrora criticado pelos rivais tradicionais pela falta de taças  internacionais, conquistou o bicampeonato mundial da Fifa.

Apenas o Barcelona contava com dois troféus, em 2009 e 2011. A partir de agora, os torcedores alvinegros vão cansar de argumentar isso nas discussões contra os rivais, com títulos do antigo Mundial Interclubes, tão importante quanto, diga-se.

Ao impedir o hexacampeonato mundial dos clubes da Europa, o Timão completou uma sequência raríssima no Brasil. Para liquidar qualquer contestação.

Entrou na Libertadores como campeão brasileiro.
Ganhou a América de forma invicta.
Encerrou a temporada dominando o mundo.

Triunfos alcançados com bom futebol. O último deles por 1 x 0. Gol de cabeça do centroavante peruano Guerrero, que já javia feito o mesmo na semifinal contra o Al Ahly.

Novamente com uma invasão apaixonada, desta vez no Japão, com mais de dez mil pessoas saindo do Brasil e outros milhares de brasileiros que já viviam por lá.

No primeiro tempo em Yokohama o goleiro Cássio fez três defesas incríveis. Uma delas de forma monumental num chute de Moses.

O Corinthians, que não havia ficado plantado e esperando o adversário, tocou bastante a bola e também criou as suas chances. As melhores com Guerrero e Emerson.

O empate sem gols ao final da primeira etapa não inviabilizava o fato de que a final já era uma das mais emocionantes do Mundial nos últimos tempos.

Na segunda etapa, Cássio continuou pegando tudo lá atrás, em uma atuação desde já histórica. Faltava ao time paulista comandado por Tite aproveitar uma oportunidade.

Como São Paulo em 2005… Como Internacional em 2006…

Dito e feito. Aos 24 minutos, numa sobra na área, Guerrero marcou de cabeça. Bastou.

Um bando de loucos, bicampeões mundiais. Um time de guerrero.

Mundial de Clubes 2012, final: Corinthians 1x0 Chelsea. Foto: Fifa/divulgação

Mundializando a marca Corinthians, de Alagoas a São Paulo

Gafe da TV do Egito, trocando o escudo do Corinthians.

Campeão mundial em 2000, o Corinthians busca em 2012 o seu segundo título oficial, desta vez credenciado pela conquista da Taça Libertadores.

No acesso à Série A, há quatro anos, o clube alvinegro viveu uma reviravolta financeira.

Mudou a visão mercadológica, antes atrelada ao Clube dos 13. Passou a caminhar só. Atraiu patrocinadores de peso e fechou contratos com a televisão ainda maiores.

Somando esses dois vetores, uma receita líquida de R$ 162,5 milhões só este ano. Paralelamente a isso, repaginou o seu programa de sócios, então subutilizado.

Atualmente, conta com 103 mil membros. Caso o percentual de crescimento seja mantido, o Timã0 ser tornará o clube com mais sócios na América Latina ainda em 2013.

Dinheiro, visibilidade e força da torcida, que enviu mais de 10 mil torcedores ao Japão para acompanhar o time no Mundial de Clubes da Fifa.

Não por acaso, um estudo lançado acaba de colocar a sua marca como a mais valiosa entre os clubes de futebol do país, com um valor estipulado em R$ 1 bilhão (veja aqui).

A “mundialização” do Timão já preocupa setores do esporte brasileiro, que enxergam num futuro não muito distante um cenário semelhante ao da Espanha, como Barcelona e Real Madrid de forma dominante. No Brasil, o contraporte paulista seria o Flamengo.

Mesmo com tanto destaque, o escudo do centenário Corinthians parece precisar de um pouco mais de afinco na divulgação e fiscalização. Antes da vitória na semifinal contra o Al Ahly, nesta quarta, uma emissora de TV do Egito estampou o escudo do Corinthians, mas do primo pobre alagoano, fundado em 1991 e com apenas um título estadual.

Que na final, conta Monterrey ou Chelsea, o distintivo não vire uma nova gafe global.

Mundial de Clubes 2012: Corinthians 1x0 Al Ahly. Foto: Fifa/divulgação

A maior artilharia de uma temporada

Lionel Messi 2012 x Gerd Muller 1972. Crédito: twitter.com/messistats

Messi não cansa de fazer história.

O argentino vem quebrando recordes e mais recordes. Mais gols pelo Barcelona, liderança em uma temporada na Espanha, no primeiro tempo, no segundo…

Neste mar de estatísticas, uma indiscutível, no forno.

Nada menos que o maior número de gols em um ano.

A marca pertencia ao alemão Gerd Müller, que anotou incríveis 85 gols em 1972, somando jogos oficiais pelo Bayern de Munique e pela seleção da Alemanha Ocidental.

Entre os tentos pelo Barça e pela Argentina, La Pulga chegou a 86 neste domingo.

Bastaram 24 minutos de bola rolando contra o Bétis, fora de casa, para o craque balançar as redes duas vezes. O feito foi repercutido de forma imediata mundo afora.

Esse recorde, nem Pelé. Em 1958, aos dezessete anos, o Rei fez 75.

Messi vinha de uma lesão. Se curou rapidamente, entrou em campo e fez o de sempre. De lambuja, se tornou o maior goleador do Barcelona na liga espanhola, com 192 gols.

Sempre do seu jeito, pra lá de objetivo. Veloz, habilidoso e finalizador.

A conta, claro, não conta as inúmeras assistências aos companheiros de equipe. E olhe que esse não foi o último jogo de Lionel Messi em 2012…

Aos 25 anos, ele chegou aos 86 gols em 66 partidas, com média de 1,3. Assista abaixo.

Como base de comparação, eis os dados dos times pernambucanos neste ano, com todos os jogadores: Sport, 91 gols, 67 partidas; Náutico 84/65; Santa, 81/46.

O hermano vem em uma curva profissional ascendente e sem data para acabar.

Rivalidade à parte, assistir ao futebol desse gênio é gratificante. E 2014 e logo ali…

Preterida do Mundial, a Grêmio Arena faz história no Brasil

Arena do Grêmio. Foto: facebook oficial do Grêmio

Às 20h48 deste sábado, 8 de dezembro de 2012, foi inaugurado o primeiro estádio de futebol no Brasil que cumpriu à risca toda a cartilha do exigente Padrão Fifa.

A 5ª versão do documento “Estádios de futebol – Recomendações técnicas e os requisitos”, com 420 páginas, foi lançada em abril de 2011, englobando novas tendências de funcionalidade e conforto das arenas, tendo como base de dados os elogiados estádios sul-africanos na última Copa do Mundo. Saiba mais aqui.

O pioneirismo no país foi da arena do Grêmio, com 60.170 lugares, 52 metros de altura e fincado em um complexo com cinco mil vagas no estacionamento e futuros edifícios.

Custou R$ 540 milhões, em uma parceria com a construtora OAS, na qual entrou no acordo o terreno do agora findado estádio Olímpico. Saiu do chão em 27 meses.

Vale frisar que a empreitada não contou com um mísero centavo de dinheiro público.

Isso torna ainda mais surreal a ausência do novo estádio na Copa de 2014, com doze arenas ainda em obras – fotos abaixo. Inclusive o Beira-Rio, na mesma Porto Alegre. Mas em se tratando de Brasil, talvez seja justamente essa a explicação para o veto.

Ao todo, os doze estádios público/privados terão 659.575 lugares, com um orçamento agregado entre construção e reforma de R$ 6.818.100.000. Haja financiamento…

Política econômica, ou não, à parte, outro fato importante é que coube ao Grêmio iniciar o novo patamar do futebol brasileiro, bem além de 2014.

A partir de agora, será este o nível de exigência aos grandes clubes. Um desafio que se estende a Náutico, Santa e Sport. Com ou sem Mundial, a arena gremista fez história.

Mapa interclubes do Mundial

Houve um tempo em que o Campeonato Mundial de Clubes era chamado pelo torcedor brasileiro de “Projeto Tóquio”. Era o sonho de consumo de qualquer fanático…

Com o tempo, a antiga Copa Intercontinental passou a ser realizada em Yokohama. Depois, a competição passeou pelos Emirados Árabes, “acabando” com o bordão.

Apesar da competição ser organizado pela Fifa desde 2000, o site oficial da entidade só apresenta os mapas com os clubes da competição a partir de 2007.

Esta temporada encerra mais um ciclo no Japão… Mais um “Projeto Yokohama”.

Confira os mapas no slide acima, com times de todos os cantos. Alguns são milionários, dotados de uma infraestrutura espetacular. Outros ainda são semiamadores.

Após a edição nipônica em 2012, tendo Corinthians e Chelsea como favoritos, a competição será realizada nos dois próximos anos no Marrocos, estreando na África.

A Fifa escolhe a sede a cada dois anos. As edições de 2015 e 2016 seguem indefinidas.

Espanhóis, uruguaios e italianos na Arena Pernambuco

Sorteio da Copa das Confederações 2013. Foto: Fifa/divulgação

Melhor para o torcedor pernambucano, quase impossível…

Dos cinco países que jogarão na Arena Pernambuco na Copa das Confederações no ano que vem, três ostentam em suas galerias o título da Copa do Mundo.

A tetra Itália, o bi Uruguai e atual campeã Espanha.

1930, 1934, 1938, 1950, 1982, 2006 e 2010. Haja tradição por essas bandas.

Tudo por causa de um “errinho” do chef de cozinha Alex Atala, convidado para realizar o sorteio em São Paulo, neste sábado, em um ato um tanto confuso…

No evento na capital paulista também foi apresentada a bola oficial do torneio em 2013, a “Cafusa”, numa junção de carnaval, futebol e samba. Nome de acordo com o dia.

Espanha x Uruguai – 16/06 (19h)

Será o primeiro jogo internacional, oficial, do estádio. Certamente, será o mais concorrido na corrida virtual por ingressos. Em campo, com 46 mil espectadores, Iniesta, Forlán, Xavi, Suárez, Casillas, Lugano etc. O atual campeão da Copa América terá uma missão daquelas diante da Fúria, que vem conquistando tudo nos últimos tempos.

Itália x Japão – 19/06 (19h)

Única partida do equilibrado grupo A no estado. Nesta segunda rodada, italianos e japoneses poderão jogar valendo a classificação à semifinal. Após erguer a Taça Fifa em 2006, a Itália não se encontrou mais até este ano, quando foi vice da Eurocopa. Dar continuidade ao rendimento no festival de campeões é a meta da Azzurra de Balotelli.

Uruguai x Taiti – 23/06 (16h)

A presença do campeão da Oceania, apesar da exótica, não deverá atrair a atenção de muita gente. Por outro lado, o jogo deverá se caracterizar como uma boa chance de assistir a uma seleção tradicional, a Celeste, e também para conhecer a própria arena.

Confira a tabela completa da competição, de 15 a 30 de junho de 2013, clicando aqui.

Ingressos? A venda será basicamente no site da Fifa.

Bola da Copa das Confederações 2013, a "Cafusa". Crédito: Adidas/divulgação