Resumo da 2ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Salgueiro 0 x 0 Sport, Central 0 x 1 Náutico e Santa Cruz 0 x 0 Belo Jardim. Fotos: Williams Aguiar/Sport (Cornélio de Barros), Léo Lemos/Náutico (Antônio Inácio) e Ricardo Fernandes/DP (Arruda)

A 2ª rodada do Pernambucano de 2017 registrou números curiosos. Somando os três jogos, foram apenas 7.272 torcedores presentes, com o maior borderô justamente na menor cidade, Salgueiro, com 3.058 espectadores. Poucas gente nos estádios, mas provavelmente com audiência, pois as três partidas foram exibidas na tevê (causa e consequência?), uma em sinal aberto (Arruda) e duas em pay-per-view (Antônio Inácio e Cornélio de Barros). E reunindo esse povo todo, um mísero gol, embolando a classificação, com Sport, Salgueiro e Náutico com quatro pontos, separados pelo saldo, nesta ordem.

Nos seis jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 8 gols, com média de 1,3. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Rogério, Diego Souza e Lenis (Sport), Anselmo e Maylson (Náutico), Léo Costa (Santa), Daniel e Dadá (Salgueiro) começaram liderando econômica lista, com 1 gol cada.

Hoje, as semifinais seriam Sport x Santa Cruz e Salgueiro e Náutico.

Central 0 x 1 Náutico – Em um jogo amarrado, mas com algumas chances claras desperdiçadas, o Timbu arrancou a vitória aos 35 do 2º tempo.

Santa Cruz 0 x 0 Belo Jardim – O tricolor foi inoperante do começo ao fim, com pouca articulação de jogadas. Amargou mais um empate na temporada. 

Salgueiro 0 x 0 Sport – Atuando com o time reserva (incluindo ex-juniores), o Leão não correu riscos no Sertão, o suficiente para manter a liderança.

Destaque: Erick. O ponta de 19 anos fez uma linda jogada em Caruaru, driblando 2 adversários e cruzando para Maylson definir a vitória timbu

Carcaça: Gildo. O camisa 9 da Patativa perdeu um gol de cego, furando a bola cara a cara com Tiago Cardoso. Símbolo de uma rodada sem apetite.

Próxima rodada (atualizada em 04/02)
08/02 (20h30) – Náutico x Salgueiro, Arena (Premiere)
09/02 (20h30) – Central x Santa Cruz, Arena (Premiere)
15/02 (20h30) – Sport x Belo Jardim, Ilha do Retiro (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 2ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 2 rodadas. Crédito: Superesportes

Clássico das Emoções com 40% de gratuidades na Arena Pernambuco

Borderô de Náutico 1x1 Santa Cruz, pela 1ª rodada do hexagonal do Estadual 2017. Crédito: FPF/site oficial (reprodução)

O empate entre Náutico e Santa Cruz, válido pela 1ª rodada do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2017, registrou o pior público em 17 clássicos realizados na Arena Pernambuco desde a abertura, há quatro anos. Foram apenas 4.622 espectadores. Para completar, o borderô oficial, divulgado somente no dia seguinte, apresenta o número intrigante de pagantes. Apenas 2.764, sendo 1.888 alvirrubros e 876 tricolores. Faltou algo? Sim, o número de gratuidades, com 1.858 pessoas girando as catracas!

Nos últimos quatro Clássicos das Emoções com borderôs à disposição na web, o jogo desta temporada foi o que contou com mais não pagantes, que corresponderam a 40% do total. Justamente no jogo de menor público. 

Claro, havia muita gente trabalhando durante a partida (seguranças, jornalistas, organizadores etc), além de 400 ingressos autorizados para o clube mandante, mas o dado geral ficou bem acima da média. No fim, uma bilheteria de R$ 75,6 mil, resultando numa renda líquida de R$ 44.695. Dado irrisório num clássico quase centenário e quase sem pagantes…

Gratuidades no Clássico das Emoções na Arena:
11/07/2015 – Náutico 2 x 0 Santa Cruz – 1.658 (13,7% de 12.085)
01/02/2016 – Náutico 2 x 0 Santa Cruz – 1.043 (11,2% de 9.296)
24/04/2016 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz – 1.506 (9,6% de 15.596)
29/01/2017 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz – 1.858 (40,1% de 4.622)

Pernambucano 2017, 1ª rodada: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Yuri de Lira/DP

Nas entrelinhas da entrevista de Evandro Carvalho sobre a ameaça ao Nordestão

FPF, a entidade de futebol superavitária. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O público pífio na abertura do Estadual, o menor neste formato com hexagonal do título, mostrou uma faceta inacreditável do presidente da FPF, que parece se negar a enxergar os problemas da competição que organiza.

Em entrevista ao repórter Alexandre Arditti, do Jornal do Commercio, Evandro Carvalho não só ameaçou a continuidade do torneio regional como inverteu a ordem que mantém a estrutura atual do futebol brasileiro. A seguir, as cinco aspas publicadas (em negrito) e as observações do blog.

“Do modo que está (a Copa do Nordeste), com 20 clubes e quatro meses de disputa, não dá. Ou o Nordestão volta a ser uma copa, iniciando e terminando antes dos Estaduais ou tem que ser extinto”
Mesmo ampliado, de 16 para 20 clubes, em 2015, o torneio manteve a mesma estrutura de 12 datas (6 na fase de grupos e quartas, semi e final em ida e volta). Desde a volta ao calendário oficial, em 2013, o regional foi realizado paralelamente ao Pernambucano, cuja média de público variou de 4,5 mil a 6,3 mil nos anos com TCN. Mais: enquanto presidente, Evandro não viu este cenário sugerido por ele. O que não dá, mesmo, é a autorização de gramados, mesmo na primeira fase, como ocorreu no Estadual 2017. Era única opção para iniciar o campeonato? Então nota-se que é preciso repensar o Campeonato Pernambucano, e não a Copa do Nordeste, ascendente financeiramente há 5 anos (de R$ 5,6 mi para R$ 18,5 milhões em premiações).

“A Copa do Nordeste está desvirtuada. A CBF misturou futebol e política e estrangulou os Estaduais. Não temos mais datas. Os Estaduais na região passam por dificuldades, mas estamos num momento de reviravolta. Temos que resolver isso de uma vez por todas. Não podemos esperar”
A segunda sentença beira o surrealismo, pois foi justamente a política, das federações junto à CBF, que tirou o Nordestão do calendário nacional, em 2003. Em 2001/2002, quando o regional foi disputado com turno (15 rodadas) e mata-mata, no auge econômico-esportivo, as federações da região enfraqueceram a disputa ao condicionar a mudança do Campeonato Brasileiro, que passou a ser de pontos corridos (46 rodadas na época) durante oito meses, à retirada das copas regionais. Porém, a briga foi parar na justiça, com a Liga do Nordeste (que possuía contratos assinados de patrocínio e tevê) exigindo mais de R$ 25 milhões de indenização. Acuada quase uma década depois, a CBF cedeu e incorporou a Lampions até 2022, via acordo judicial. E hoje já paga mais que o Estadual: R$ 600 mil por 4 jogos (podendo chegar a R$ 2,8 milhões por 12) x R$ 950 mil por 10 jogos. Lembrando que o calendário oficial de 2017, apresentado pela CBF em julho de 2016, reduziu a Copa do Nordeste de 12 para 8 datas. O formato atual só foi “autorizado” porque as federações dos estados nordestinos, que ganharam 4 datas, pulando de 14 para 18, “cederam” 4. Não há justificativa no regulamento, restando a constatação óbvia, de dar poder, outra vez, às federações. Logo, o discurso reducionista de Evandro pode, sim, ser aplicado, justamente por um regulamento geral desvirtuado, para usar a mesma palavra.

“Se os Estaduais acabarem, estaremos contribuindo ainda mais para a crise que afeta o país”
Para começar, não defendo o fim dos estaduais, mas uma reformulação. De acordo com a diretoria de registro de transferências da CBF, cerca de 80% de todos os 21 mil atletas profissionais do país ganham até R$ 1 mil e só trabalham durante 4 meses. A realização do Estadual, da forma como é hoje, independentemente do Nordestão, não é determinante para essa crise, mas sim o desemprego gerado em 2/3 do ano, com uma estrutura de calendários regulares, no âmbito nacional, para apenas 60 clubes (nas Séries A, B e C). Hoje, existem 766 clubes no país. Somando as quatro divisões, chega-se a 128 times em atividade anual, o que corresponde a 16% do total. O Estadual torna-se quase irrelevante numa análise expandida. Indo além dos empregos, caberia à própria federação a articulação de um contrato de TV (mais recursos, mais condições de pagar folhas e jogadores mais qualificados) ao menos razoável. Hoje, para dar um exemplo, Sport, Náutico e Santa, somados, ganham quase o mesmo da TV que o América-MG no campeonato mineiro (2,85 mi x 2,80 mi)

“Em Pernambuco, sabemos que a extinção do programa Todos com a Nota teria um impacto grande no público. A crise financeira que abala o país é outro fator negativo. Tem também a questão da violência, que assusta os torcedores de bem. Além disso, é início de competição. O Náutico não teve o fim de Série B que se esperava, enquanto o Santa Cruz foi rebaixado”
A violência é, sim, um problema crônico, com as (suspensas) uniformizadas. E a saída do Todos com a Nota foi um baque. Primeiro, porque, em alguns anos, o TCN turbinou o quadro geral com fantasmas. Denúncia feita várias vezes pelo Diario. Sem TCN, a competição local de 2016 teve uma média de 3.498, sendo a pior desde 2003, segundo dados da própria FPF. Afinal, foram 17 anos de ingressos subsidiados e o público precisa ser reacostumado a “pagar”, ingresso ou mensalidade de sócio (com acesso livre). Porém, o programa estatal também pode ser visto como uma muleta que impulsionou números num campeonato que há tempos necessitava de ajustes. E Evandro se sustenta em apenas dois pilares, ignorando o formato de uma competição na qual 4 dos 6 se classificam, com 2 dos 3 representantes do interior impedidos de receber os grandes clubes em suas cidades nesta edição. Qual o nível de competitividade disso? São jogos que pouco agregam a uma provável classificação do Trio de Fero, além da falha organizacional (da FPF) em fazer um torneio basicamente no Recife. E a federação que marcou Central (de Caruaru) x Náutico na Ilha do Retiro acha que o problema é o Nordestão?!

“Mas não temos dúvidas que, à medida que o campeonato aquecer, a média de público vai subir”
No mata-mata, a média deve subir, sem dúvida. Mas até lá, o que justifica uma média de 1.077 pessoas, contabilizando os 26 jogos com borderô na 1ª fase e no hexagonal, até o momento? A partir da semifinal, criada em 2010, os motivos são óbvios. 
Interesse numa disputa real (títulos e vagas nas copas) e a realização de clássicos com algum apelo. Contudo, o formato atual se restringe a quatro jogos à vera. Enquanto isso, liderar o hexagonal com 10 vitórias em 10 jogos não vale uma vantagem concreta, nem esportiva (o mando é único ponto) nem financeira. Exigir que os times atuem com forçam máxima em campanhas com classificações asseguradas em vez de decisivos confrontos no Nordestão e na Copa do Brasil é pensar em benefício próprio, o da FPF, cuja arrecadação caiu bastante em 2016, sem o TCN. Com 8% da renda bruta de todos os jogos, abocanhou R$ 379 mil, contra R$ 612 mil do último ano subsidiado.

Por fim, o posicionamento dos clubes, que não dão um pio. Acho mais grave que a visão do mandatário, porque beira covardia, pra não dizer outra coisa

Estadual 2017 registra os piores público e bilheteria na 1ª rodada do hexagonal

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: FPF/facebook (@fpfpe)

A rodada de abertura da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2017 foi a pior em termos de público e renda desde que a competição passou a ter este formato. Já são quatro temporadas com o hexagonal do título e esta edição foi a única a não reunir sequer dez mil espectadores nos três primeiros jogos. Com 4.622 na Arena (e tevê aberta na capital), 3.821 na Ilha do Retiro (e exibição no pay-per-view) e 228 no Antônio Inácio, em Caruaru, o público total chegou a 8.671 pessoas, um fiasco. Em todos os anos neste formato houve um clássico na abertura, inclusive em 2014, num confronto que acabou adiado – o Clássico dos Clássicos daquela 1ª rodada só ocorreu em fevereiro.

Clássicos na abertura do Estadual:
2014 – 8.784 pessoas (Náutico 2 x 1 Sport)
2015 – 24.143 pessoas (Santa Cruz 0 x 3 Sport)
2016 – 9.296 pessoas (Náutico 2 x 0 Santa Cruz)
2017 – 4.622 pessoas (Náutico 1 x 1 Santa Cruz)

Abaixo, o comparativo nos anos com hexagonal do título. Nos dois primeiros anos os ingressos foram subsidiados pelo governo do estado, via Todos com a Nota. De qualquer forma, caso a comparação seja apenas com 2016, a queda foi de 31% no público e 48% na arrecadação, mesmo com dois jogos no Recife.

Público e renda do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Sobre a corrida das multidões (por enquanto, longe disso), o Náutico começou liderando. Dos seis times no hexagonal, apenas o Santa ainda não atuou como mandante, somando todas as fases. Por sinal, considerando toda o torneio, a FPF, mesmo com o quadro pífio, já arrecadou R$ 24.678, ou 8% da renda bruta.

1º) Náutico (1 jogo como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 4.622
Taxa de ocupação: 10,0%
Renda: R$ 75.615

2º) Sport (1 jogo como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 3.821
Taxa de ocupação: 13,9%
Renda: R$ 60.780

3º) Salgueiro (3 jogos como mandante, no Cornélio de Barros
Público: 6.449 torcedores
Média de 2.149
Taxa de ocupação: 17,8%
Renda: R$ 26.729
Média de R$ 8.909

4º) Central (3 jogos como mandante; 2 no Lacerdão e 1 no Antônio Inácio)
Público: 3.856 torcedores
Média de 1.285
Taxa de ocupação: 8,1%
Renda: R$ 51.730
Média de R$ 17.243

5º) Belo Jardim (4 jogos como mandante, no Antônio Inácio)
Público: 818 torcedores
Média de 204
Taxa de ocupação: 2,7%
Renda: R$ 6.872
Média de R$ 1.718

Geral – 26* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 28.009
Média: 1.077 pessoas
Arrecadação: R$ 308.486
Média: R$ 11.864
* Mais 4 jogos ocorreram de portões fechados

Fase principal – 3 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 8.671
Média: 2.890 pessoas
Arrecadação total: R$ 138.385
Média: R$ 46.131

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Sport 3x0 Central. Foto: Sport/twitter (@sportrecife)

Resumo da 1ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 1ª rodada: Náutico x Santa Cruz, Sport x Central e Belo Jardim x Salgueiro. Fotos: Peu Ricardo/DP (Arena), Ricardo Fernandes/DP (Ilha) e FPF/facebook (Antônio Inácio)

Começou, de fato, o Campeonato Pernambucano de 2017. Ou seja, o hexagonal do título. No sábado, o Leão passeou diante do Central. Usou o time principal, ignorando o discurso de “Sub 20”. No domingo, um clássico esvaziado. Abrindo o centenário do duelo, alvirrubros e tricolores ficaram num empate. Foi o terceiro ano seguido que o atual campeão estreando num clássico e como visitante. Também no domingo, no Antônio Inácio, já que o gramado em Belo Jardim está vetado, o Calango foi derrotado pelo Salgueiro – que já larga bem outra vez. Nas arquibancadas, apenas 8.671 pessoas, com média de 2.890. Pois é. Lembrando que o torneio será intercalado com o Nordestão. No caso, haverá uma rodada no meio de semana antes da pausa para o regional e para a Copa do Brasil.

Nos três jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 7 gols, com média de 2,3. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Rogério, Diego Souza e Lenis (Sport), Anselmo (Náutico), Léo Costa (Santa), Daniel e Dadá (Salgueiro) começaram liderando econômica lista, com 1 gol cada.

Sport 3 x 0 Central – Em ritmo de treino o Leão fez uma apresentação melhor, técnica e fisicamente, do que na estreia no Nordestão – sem DS na ocasião.

Náutico 1 x 1 Santa Cruz – Os rivais decepcionaram no primeiro confronto, com poucas chances. Ao menos, houve emoção a partir dos 44 do 2º tempo.

Belo Jardim 0 x 2 Salgueiro – Favorito entre os interioranos, o Carcará largou bem já como visitante. Deve ser o único a receber os grandes em seu campo.

Destaque: Diego Souza. O camisa 87 comandou o Sport no sábado, tanto na armação quanto na finalização. E não foi poupado, atuando os 90 minutos.

Carcaça: Péricles Bassols. O árbitro do clássico falhou tanto na questão disciplinar (um vermelho a menos) quanto na técnica (pênalti não marcado)

Próxima rodada
01/02 (20h30) – Central x Náutico, Antônio Inácio (Premiere)
01/02 (21h30) – Santa Cruz x Belo Jardim, Arruda (Globo NE)
02/02 (20h30) – Salgueiro x Sport, Cornélio de Barros (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 1ª rodada.

Classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 1 rodada. Crédito: Superesportes

FPF marca Central x Náutico na Ilha do Retiro. Um jogo no Recife é inversão?

Central x Náutico na Ilha do Retiro, pela 2ª rodada do hexagonal estadual de 2017. Arte: Cassio Zirpoli sobre reprodução do google maps

A péssima situação dos gramados no interior, em 2017, resultou em mudanças drásticas na fase principal do Campeonato Pernambucano. Dos três interioranos no hexagonal, dois vão começar jogando fora de seus domínios. Sem condições no Mendonção, o Belo Jardim precisa viajar 49 km para mandar seus jogos no Antônio Inácio. E o Central, com o Lacerdão vetado pela FPF, terá que viajar 133 km até o Recife. Para receber o Náutico na Ilha do Retiro (01/02). Receber?

Confira o documento de informação de modificação de tabela clicando aqui.

Como se não bastasse o fato de o Antônio Inácio também ter sido vetado (contra os grandes) por questão de segurança, o alvinegro irá atuar como mandante na cidade do rival. Abaixo, o artigo 12 do Regulamento Geral de Competições da FPF de 2017 sobre as possibilidades de mudanças na tabela, longe de ser claro.

Regulamento Geral de Competições da FPF em 2017

Nem no regulamento geral nem no regulamento do Estadual há um detalhamento sobre o que seria “inversão de mando de campo”. Cidade, estádio, posse etc. O que chama a atenção é que o mesmo artigo 12 da versão anterior do RGC, válido em 2015-2016 (a seguir), dizia que só não seria considerado inversão na Arena Pernambuco, por ser um “estádio público sob concessão”.

Aquele texto só foi criado para que os clássicos pudessem ocorrer em São Lourenço da Mata, evitando o problema visto num Sport x Náutico em janeiro de 2015. Hoje, não há mais concessão, e nem o parágrafo de observação.

Regulamento Geral de Competições da CBF, para 2015, sobre a função do "árbitro de vídeo". Crédito: reprodução

Voltando um pouco mais no tempo, ao RGC de 2013-2014 (abaixo), agora no artigo 13, o texto era claro, evitando mudanças de tabela caso houvesse inversão já na origem dos participantes. Não só o estádio inscrito, mas a cidade. No caso da inversão, só havia uma exceção, em caso de reciprocidade. Fica a dúvida sobre o motivo deste texto ter sido alterado nos documentos seguintes. Para dar pleno poder de escolha à federação em casos do tipo?

Regulamento Geral de Competições da CBF, para 2014, sobre a função do "árbitro de vídeo". Crédito: reprodução

Moralmente, já na versão 2015-2016 um jogo de um clube do interior no Recife seria polêmico. Na ocasião, o Central até negociou com o (extinto) consórcio para receber o Santa na Arena, pela semi. Acabou demovido pela torcida. No hexagonal, o América atuou na Ilha contra Náutico e Santa e no Arruda contra o Sport. Porém, o clube é sediado capital, alugando campos locais há décadas.

Sobre o caso da Patativa em 2017, lendo o regulamento atual, a reprovação do Lacerdão (“passa por reparos em seu gramado”) parece justa – através do artigo 13, nos itens 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. O que não justifica a partida na cidade do adversário, num cenário possível também com tricolores (08/02) e rubro-negros (09/04). Ainda mais com outro palco em Caruaru. Menor (7.307 lugares), mas autorizado no mesmo hexagonal. Respondendo à pergunta: considero inversão.

Por fim, a clara desvalorização do torneio, no qual 4 dos 6 clubes avançam à semifinal. Com dois deles fora de suas cidades, só um esforço enorme, no mau sentido, para a desclassificação do Trio de Ferro. Não haveria outra praça para abrigar o jogo? Então, nota-se que é hora de repensar a competição…

Primeira fase do Estadual registra média de 842 pessoas e R$ 170 mil, a pior renda

A média de público na 1ª fase do Campeonato Pernambucano. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A primeira fase do Campeonato Pernambucano de 2017 atraiu apenas 19.338 torcedores aos estádios. Dos 27 jogos realizados, quatro ocorreram de portões fechados, três em Carpina, onde o Atlético não conseguiu todos os laudos técnicos, e um em Paulista, na estreia do América, pelos mesmos motivos. Considerando, então, os jogos com borderô, a média foi de apenas 842 espectadores, quatro a mais que a temporada passada. Números quase idênticos e dentro de um mesmo contexto: a ausência do Todos com a Nota. Em 2015, na última edição com ingressos subsidiados, o TCN correspondeu a 92% do público. Antes, em 2013 e 2014, com números bem questionáveis (troca de ingresso sem presença efetiva), o índice chegou a 4 mil pessoas.

Na fase preliminar em 2017, o maior público foi na estreia do Salgueiro, com 2.264 torcedores no Cornélio de Barros, graças ao plano de sócios do clube sertanejo, com o associado adimplente pagando apenas R$ 1 pelo ingresso. Por sinal, a torcida salgueirense correspondeu a 33% do público absoluto. Já o pior borderô ocorreu no Nildo Pereira, num gramado inaceitável, com apenas 102 pessoas assistindo ao duelo de eliminados Serra Talhada x Afogados. Em relação à arrecadação, o valor bruto foi de R$ 170 mil, o menor na primeira fase, com a FPF tendo direito, segundo regras próprias, a uma taxa de 8% sobre a bilheteria de todas as partidas. Logo, a arrecadou R$ 13.608.

Público e renda na 1ª fase do Campeonato Pernambucano, com 1 jogo de portões fechados em 2016 e 4 em 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Salgueiro, Belo Jardim e Central foram os classificados ao hexagonal do título. O blog, então, continuará levantando as médias de público e renda na fase principal da competição, além do balanço geral, somando todas as fases.

1º) Salgueiro (3 jogos como mandante, no Cornélio de Barros
Público: 6.449 torcedores
Média de 2.149
Taxa de ocupação: 17,8%
Renda: R$ 26.729
Média de R$ 8.909

Pernambucano 2017, 1ª fase: Salgueiro 2x1 Flamengo de Arcoverde. Foto: @CarcaraNet (twitter)

2º) Central (3 jogos como mandante; 2 no Lacerdão e 1 no Antônio Inácio)
Público: 3.856 torcedores
Média de 1.285
Taxa de ocupação: 8,1%
Renda: R$ 51.730
Média de R$ 17.243

Pernambucano 2017, 1ª fase: Central 2x0 Belo Jardim. Foto: Belo Jardim/facebook (@CalangolBJFC)

3º) Belo Jardim (3 jogos como mandante, no Antônio Inácio)
Público: 590 torcedores
Média de 196

Taxa de ocupação: 2,6%
Renda: R$ 4.872
Média de R$ 1.624

Pernambucano 2017, 1ª fase: Belo Jardim 3x0 Vitória. Foto: Belo Jardim/facebook (@CalangolBJFC)

Até 30% de torcida visitante nos clássicos do Campeonato Pernambucano de 2017

Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro. Crédito: Google Maps/2017

Em competições nacionais, a presença da torcida visitante é restrita a 10% da capacidade do estádio, segundo o regulamento geral de competições da CBF. A controversa medida, válida até nos clássicos, foi tomada por questão de segurança, sempre em caráter reducionista. No Recife, de forma excepcional no Estadual, a federação pernambucana elevou o dado para 20%, em 2009, apenas nos confrontos entre Náutico, Santa Cruz e Sport. Em 2017, até 30%, numa releitura do último regulamento geral da FPF. Em 2016, o texto dizia que o visitante poderia reservar até 49% dos ingressos, mas ressalvando sobre o requerimento com cinco dias de antecedência e a garantia a compra antecipada. Ninguém deu conta nos dez clássicos realizados. Agora, há mais tempo para a solicitação, segundo o artigo 82 do RGC 2017 (em itálico). Alguém dá conta?

Art. 82 O clube visitante, salvo disposição diversa do REC, terá o direito de adquirir, com pagamento prévio, a quantidade máxima de ingressos correspondente a 30% (trinta por cento) da capacidade do estádio ou da capacidade permitida pelos órgãos de segurança, desde que se manifeste em até 03 (três) dias úteis antes da realização da partida através de ofício dirigido ao clube mandante, obrigatoriamente com cópia à DCO-FPF. 

§ 1º Caso os órgãos de segurança informem, após inspeção, quantidade diferente da prevista no caput, esta prevalecerá, cabendo ao clube mandante repassar o relatório da referida inspeção à FPF no prazo de 10 (dez) dias de antecedência para a partida ou, em caso de partida eliminatória (mata-mata), antes da partida de ida do confronto.

§ 2º Em cumprimento à disposição do REC ou ao acordo assinado entre os clubes, inclusive para situações de reciprocidade, a disponibilidade de ingressos para o visitante poderá ser superior aos 30% da capacidade do estádio.

Abaixo, as cargas de ingressos dos maiores estádios locais. Regra à parte, vale lembrar que na decisão de 2016, por exemplo, os corais só tiveram 2.235 ingressos, ou 8,12% da capacidade da Ilha, devido ao veto dos bombeiros. Foi criado um parágrafo, o 1º, para evitar uma nova polêmica. A conferir.

Arruda*
Capacidade: 50.582 lugares
Mandante: 45.523 ingressos no Brasileiro (90%) e 35.407 no Estadual (70%)
Visitante: 5.058 ingressos no Brasileiro (10%) e 
15.174 no Estadual (30%)

Arena Pernambuco*
Capacidade: 45.845 lugares
Mandante: 41.260 ingressos no Brasileiro (90%) e 32.091 no Estadual (70%)
Visitante: 4.584 ingressos no Brasileiro (10%) e 13.753 no Estadual (30%)

Ilha do Retiro*
Capacidade: 27.435 lugares
Mandante: 24.691 ingressos no Brasileiro (90%) e 19.204 no Estadual (70%)
Visitante: 2.743 ingressos no Brasileiro (10%) e 
8.230 no Estadual (30%)

* Os limites autorizados pelo Corpo de Bombeiros, por questão de segurança

Quase sem água, os precários campos da primeira fase do Pernambucano de 2017 estão ameaçados de veto no hexagonal

Estádio Pereirão em 13/12/2016. Foto: Serra Talhada/twitter (@Serra_TalhadaFC)

A crise hídrica, com o Nordeste vivendo a maior seca em um século, age diretamente na qualidade dos gramados dos times intermediários, da região metropolitana ao sertão. Com receitas modestas e pouca ajuda das prefeituras para bancar seguidos caminhões-pipa (de uma forma geral), o quadro é dos piores já vistos no futebol pernambucano. Tanto que a fase principal, o hexagonal do título, pode não contar com os palcos hoje autorizados. É o que diz primeira circular do ano, publicada pela FPF, chamando a atenção dos nove intermediários sobre o estado dos gramados. Todos foram alertados sobre a possibilidade de veto. Ainda que não haja tal regra no regulamento do Estadual 2017 (que exige, apenas, uma capacidade mínima de 10 mil espectadores a partir do mata-mata), no regulamento geral de competições da FPF há um artigo que dá à entidade o poder de veto, independentemente dos laudos técnicos.

Em caráter preventivo, a federação lembrou um artigo presente no RGC (abaixo, em itálico) e também a diretriz operacional quando os locais são utilizados por equipes das Séries A e B, caso do Trio de Ferro. Uma nova vistoria (já surpreende a primeira) será feita entre os dias 21 e 24 de janeiro.

Artigo 5º – Incumbe à diretoria de competições da FPF, na qualidade de órgão gestor técnico das competições:
VI – “Validar os estádios ao termino de cada fase/turno das competições, independentemente da vigência dos Laudos Técnicos estabelecidos em Lei, objetivando a qualificação do evento, exigida em face dos contratos de televisionamento e da premissa do programa de Projetos de Gramado, implantado pela CBF, em 2016.”

Dos nove times, oito estão no interior. Um deles já não joga em seu município, o Belo Jardim. Com o Sec-Mendonção castigado (imagine a situação!), o Calango acabou acertando com a liga caruaruense o aluguel do Antônio Inácio. Abaixo, imagens recentes dos campos de cada clube, todas registradas em janeiro.

América – Estádio Ademir Cunha (Paulista, a 17 km do Recife)
Foto em 17/01, no treino do América

O Mequinha toma conta do estádio municipal desde 2010. No último ano, o local acabou sendo bastante usado por categorias de base de outros clubes, além de peladas de fim de ano e ações sociais. Devolvido em péssimo estado, o campo vem recebendo placas de grama, compradas pelo próprio alviverde.

Estádio Ademir Cunha em 17/01/2017. Foto: América/twitter (@america_pe)

Atlético Pernambucano – Estádio Paulo Petribú (Carpina, 45 km)
Foto em 15/01, Atlético 0 x 2 América

O acanhado estádio, que começou sendo utilizado sem torcida, por falta de laudos técnicos de segurança e bombeiros, tem inúmeros buracos, com um piso duro. Ao menos, tem uma grama verdinha acima da média.

Estádio Paulo Petribú em 15/01/2017. Foto: América/facebook (@americafcpe)

Acadêmica Vitória – Estádio Carneirão (Vitória de Santo Antão, 50 km) 
Foto em 04/01, Vitória 3 x 0 América

O campo do Severino Cândido Carneiro foi o primeiro a chamar atenção negativamente, por causa da inédita transmissão via internet, com o globo.com exibindo Vitória x América. A quantidade de buracos nas laterias gerou críticas da FPF. Apesar da capacidade de público apta ao hexagonal, está ameaçado.

Estádio Carneirão em 04/01/2017. Foto: Márcio Souza/A Voz da Vitória (avozdavitoria.com)

Central – Estádio Luiz Lacerda (Caruaru, 130 km) 
Foto em 15/01, Central 2 x 0 Belo Jardim

Vale lembrar que em 2016 a Patativa firmou um acordo para a reutilização da água da Compesa. Em um mês, na ocasião, a reutilização gerou 120 caminhões com 12 mil litros cada. Ou seja, 1,44 milhão de litros sem uso aparente deixaram o campo verde. Neste ano, nem esse tipo de água foi suficiente. Além de caminhões-pipa, o clube vem usando água do poluído Rio Ipojuca.

Estádio Lacerdão em 15/01/2017. Foto: Belo Jardim/facebook (@CalangolBJFC)

Belo Jardim – Estádio Antônio Inácio (Caruaru, 130 km)
Foto em 08/01, Belo Jardim 3 x 0 Vitória

O estádio, também conhecido como Vera Cruz, apresenta remendos, mas conta com um campo melhor que o do outro estádio da cidade. Tende a receber o Central caso o Lacerdão seja vetado ou não seja melhorado a tempo. Quanto ao Belo Jardim, o time é mandante a 49 km de distância. Às moscas. Em Belo Jardim, já treinou no estádio do rival local, o campo sintético da “Gameleira”.

Estádio Antônio Inácio em 08/01/2017. Foto: Belo Jardim/facebook (@CalangolBJFC)

Flamengo – Estádio Áureo Bradley (Arcoverde, 256 km) 
Foto em 04/01, Flamengo 2 x 1 Belo Jardim

Apontado pela FPF como o melhor campo no interior, neste ano, o gramado de Arcoverde é o único que vinha sendo cuidado pela prefeitura de maneira prévia, com acordo para fornecimento de água em níveis satisfatórios. O Fla só deixaria o local em caso de mata-mata (por falta de arquibancadas maiores).

Estádio Áureo Bradley em 04/01/2017. Crédito: Dárcio Rabêlo (darciorabelo.com.br) / Youtube (reprodução)

Afogados – Estádio Vianão (Afogados da Ingazeira, 386 km) 
Foto em 11/01, Afogados 1 x 3 Salgueiro

Utilizado pela primeira vez na primeira divisão estadual, o local tem um tom mais uniforme de grama, ainda que a irrigação também sofra com a estiagem.

Estádio Vianão, em Afogados, no dia 11/01/2017. Foto: Salgueiro/twitter (@CarcaraNet)

Serra Talhada – Estádio Nildo Pereira (Serra Talhada, 415 km) 
Foto em 08/01, Serra Talhada 3 x 3 Atlético

Uma calamidade o cenário no Pereirão. Sem grama em diversos pontos, com o Cangaceiro precisando implantar, desde dezembro, placas de grama – ainda insuficientes para todo o campo, como a grande área, de areia.

Estádio Pereirão em 08/01/2017. Foto: Geovani / Serra Talhada (ascom)

Salgueiro – Estádio Cornélio de Barros (Salgueiro, 518 km) 
Foto em 02/01, treino do Salgueiro

A casa do Salgueiro seria a única, hoje, a atender tanto a capacidade mínima na semifinal quanto o gramado. Ainda assim, vem tentando melhorar desde dezembro, uma vez que o piso estava completamento seco. Alega-se à falta d’água e de manutenção a disputa eleitoral. O prefeito eleito acabou sendo Clebel Cordeiro, ex-mandatário do Carcará.

Estádio Cornélio de Barros em 02/01/2017. Foto: Salgueiro/twitter (@CarcaraNet)

De R$ 900 a R$ 4.210, as taxas de árbitros no Pernambucano 2017. O mandante paga

A taxa de arbitragem na fase final do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2017, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos para a realização da peleja, ampliados a cada fase. Se na etapa preliminar basta a arbitragem e um delegado de jogo, no mata-mata são dez funções! Árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado especial de arbitragem, assessor de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo, assessor de protocolo e fiscal da FPF.

Além disso, cada partida é precificada de uma forma. Logo, os valores da final são bem maiores que os da primeira fase. Somando essas taxas de funções, o gasto vai de R$ 2.725 a R$ 14.957 – no caso dos assistentes, a cota equivale a 75% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 35% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 8,4%. No caso do Árbitro Fifa, R$ 322 a mais. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros. Em vez de estipular metas de distância, como e 2016, desta vez a federação já determinou o valor de cada cidade, com Salgueiro sendo a mais cara, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante não é regra. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 4 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Salmo Valentim.

Os “clássicos” envolvem, claro, os jogos entre Náutico, Santa e Sport, com até cinco categorias de árbitro – com os níveis CBF e Fifa sendo mais requisitados.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O quadro seguinte é válido no hexagonal do título, nos jogos do Trio de Ferro no Recife diante dos três classificados da fase preliminar. No Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro os jogos já contam com dez funções.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os jogos entre clubes intermediários (nove clubes ao todo) têm um preço diferente, necessitando de apenas uma função administrativa. Cenário válido na fase preliminar e hexagonais do título e da permanência. Ou seja, a tabela só mudaria num confronto do tipo a partir da semifinal (o que nunca ocorreu).

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP