O regulamento do Pernambucano de 2012, divulgado em primeira mão pelo blog, já virou alvo de polêmica, sobretudo pelo formato que irá definir os rebaixados. Por outro lado, as melhores campanhas passam a ter vantagem na fase final, uma exigência antiga.
Confira as novidades na fórmula do próximo Estadual clicando aqui.
Nesta semana, a diretoria da FPF vai entregar aos 12 clubes participantes uma cópia do regulamento de 29 páginas. Após a consulta, alguns ajustes poderão ocorrer.
Até lá, participe da nova enquete do blog, dividida, novamente, pelos principais clubes.
O que você achou do regulamento do Campeonato Pernambucano de 2012?
Algumas taças acima se confundem com o próprio campeonato de futebol, como na Liga dos Campeões da Uefa, Libertadores e, sobretudo, na Copa do Mundo.
O fenômeno é potencializado pelo peso da tradição encravada no troféu.
Em Pernambuco, isso nunca esteve na pauta. Aqui, os capitães erguem um modelo diferente a cada ano. Peças únicas, mas sem um apelo histórico junto ao torcedor.
A partir de 2013, então, uma nova identidade ao campeão local, definitiva.
Após a próxima edição, cuja taça irá homenagear a Rede Globo Nordeste, o Campeonato Pernambucano deverá ter um troféu com uma fórmula de disputa idêntica ao da famosa “taça das bolinhas” do Brasileirão, como apurou o blog.
O troféu seria o mesmo todos os anos. Há a possibilidade até de uma posse definitiva, através de três títulos consecutivos ou cinco alternados, contando as edições a partir da implantação da ideia.
Ao vencedor de cada Estadual até a conquista da taça, uma réplica reduzida.
Outro ponto a ser estudado pode ser o convite da FPF a alguns escultores, com o objetivo de produzir a obra que se tornará um símbolo do Estadual.
Como sugestão, que tal uma escolha pública, em uma votação no site da entidade?
Seria uma chance a mais para que o troféu caia no gosto popular, uma vez que quase todos os anos as obras são criticadas pela beleza de gosto pra lá de duvidoso.
Não se trata de uma ampliação do quadro de filiados da agremiação que reúne os principais clubes de futebol do país.
A ideia, ainda em caráter preliminar, pode ser aplicada em Pernambuco.
A nova gestão da Federação Pernambucana de Futebol, que tomou posse nesta sexta-feira, pretende implantar na segunda divisão a mesma estrutura da Série A1.
Portanto, com os mesmos 12 clubes e o mesmo regulamento (fase classificatória, semifinal e final) nos dois degraus profissionais do Estadual.
“Ainda não definimos nem mesmo a primeira divisão, que precisa ser votada, mas a ideia é essa mesma, de igualar as duas séries, construindo uma estrutura única.”
Declaração do presidente da FPF, Evandro Carvalho, clamando por modernidade.
Pernambuco chegou a contar com uma 3ª divisão, entre 2000 e 2002, mas a falta de interessados – e estrutura – acabou limitando a organização em dois níveis.
Neste ano, a segundona só teve nove times, com a eliminação de várias equipes antes da abertura por causa do não cumprimento dos prazos exigidos pela entidade.
Assim, a partir de agora, os 24 clubes profissionais das duas divisões terão obrigações específicas. Uma delas, para a turma de baixo, é a de participar sempre do torneio.
Com os 12 clubes da Série A1 deste ano e os 9 da Série A2, sobrariam, então, somente três vagas nessa nova composição.
Quem sabe a ideia não acaba com a proliferação de times de prefeitura (veja aqui)?
Depois que lotar as 24 vagas não será fácil encontrar uma brecha…
Pode-se afirmar que a fórmula do Estadual do ano que vem foi o último ato de Carlos Alberto Oliveira como presidente da FPF.
No domingo passado, quando acompanhava a delegação coral em João Pessoa, ele recebeu um e-mail com um documento de 29 páginas com o esboço da competição.
Ele imprimiu o arquivo e fez todas as correções a mão, rabiscando com uma caneta.
Ajustes em alguns capítulos e exigência de clareza no texto em outros artigos.
No entanto, algo havia tirado a paciência do dirigente durante toda a leitura.
Uma tal “Taça Zumbi”, escrita em negrito e presente em boa parte do regulamento, relacionada aos quadrangulares do rebaixamento, na segunda fase da competição.
Leu uma, duas, três vezes… Taça Zumbi…
Carlos Alberto não se conteve e ligou na hora para o amigo e secretário-geral da federação, João Caixero, para tirar aquela dúvida.
“Que nome é esse? Quem disse que vai ser Taça Zumbi?”
“O nome foi apenas para dar um exemplo, Carlos Alberto, pois 13 de maio (data da final) é o dia de Zumbi (Lei Áurea, de fato). Era só para deixar um nome no troféu”.
“Pode falar para tirar logo do papel. Esse troféu vai ser uma homenagem a alguém e eu ainda vou escolher. A um Zumbi é que não vai ser!”
Ainda que o troféu, o substituto da Taça do Interior, receba outro nome, a verdade é que a denominação “Zumbi” se encaixa perfeitamente para o quadrangular da morte…
Confusa, a segunda divisão do Pernambucano* deste ano já está em sua reta final.
Os dois classificados da Série A2 podem sair, inclusive, neste fim de semana.
Em casa, o Belo Jardim joga por um simples empate com o Timbaúba, na chave 1, para assegurar a sua volta após a queda como lanterna em 2007.
No grupo 2, o Serra Talhada vai até o estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, em busca de uma vitória que daria um acesso histórico.
Informações sobre a elite do Pernambucano de 2012 à parte, o post também chama a atenção para um fenômeno clubístico que vem se espalhando pelo estado.
Cada vez mais, os times estão do interior estão ligados às respectivas prefeituras.
Além do Belo Jardim e do recém-criado Serra Talhada, também estão no segundo escalão local Timbaúba, Chã Grande e Olinda.
Na primeira divisão, é bom lembrar, conta com Salgueiro, Araripina e Petrolina.
Dos oito clubes citados, sete foram profissionalizados na última década, com exceção do Petrolina, fundado em 1998, no início dessa onda.
Várias dessas cidades já contavam com representantes tradicionais, como Serrano e Ferroviário, em Serra Talhada, Estudantes, em Timbaúba, e 1º de Maio, em Petrolina.
Aos poucos, os antigos clubes foram perdendo apoio, sendo escanteados.
Entre os inúmeros motivos para o enxugamento dos times tradicionais paralelamente ao surgimento dos “braços” municipais está, obviamente, a receita.
Os municípios ganham em visibilidade, com o nome aparecendo durante todo o Estadual. No mapa do futebol, ganham cobertura da TV com a transmissão dos jogos ao vivo. Espaço para propaganda política, claro.
Em contrapartida, as prefeituras fornecem estrutura – como o custo quase irrisório dos estádios – e patrocínio, ou, no mínimo, facilitam a busca de investidores.
Não é incomum o presidente de um clube responder diretamente ao prefeito. Em alguns casos, como em Olinda, o prefeito (Renildo Calheiros, no caso) também é o presidente.
Outros políticos preferem utilizar o lampejo de experiência futebolística já existente. Basta ver a parceria de Chã Grande com a formação do Decisão, filiado da FPF.
Naturalmente, este tipo de ligação é bem mais difícil diante de times com mais história e torcida, como o Central de Caruaru, por exemplo.
Ainda que receba uma ajuda da Capital do Forró, a Patativa jamais cogitou a possibilidade de mudar o nome para “Caruaru FC”. Sequer as cores da camisa alvinegra.
Vale destacar ainda os clubes que flertam com o lado parasita, indo de prefeitura para prefeitura, como ocorre em São Paulo, tendo Barueri e Americana como exemplos. Aqui, o Porto já jogou em Caruaru, Brejo da Madre de Deus e Belo Jardim. Pagou, levou?
* O torneio deste ano apenas nove clubes, sendo que oito deles se classificaram para a fase final. O único eliminado, o Centro Limoeirense, perdeu todos os jogos por WO. Além disso, o Belo Jardim ainda foi julgado pelo TJD, com 15 pontos de punição.
Muito se discute sobre a idade do sobrinho de Carlos Alberto Oliveira, o universitário Davi, de 22 anos, candidato ao posto de 1º vice-presidente executivo da entidade.
De fato, não parece lógico dispor um cargo tão importante para alguém que está apenas começando, ainda mais pelo fato de postular a função devido ao sobrenome.
Porém, há quem esteja bem preocupado é com outro aspecto.
Em entrevista ao blog, o presidente timbu, Berillo Júnior, fez uma observação interessante sobre a nova cúpula da Federação Pernambucana de Futebol.
“A composição da FPF é importantíssima e precisa de gente com experiência. Com 22 anos, não tem como exigir muita experiência desse rapaz (Davi). Mas, além disso, a FPF não pode ser composta só por rubro-negros, só com um time. Isso não existe. É salutar que tenha alvirrubros e tricolores na mesa também.”
Evandro Carvalho, novo mandatário, e Davi Oliveira torcem pelo Sport, diga-se.
O dirigente, então, foi questionado se de alguma forma isso se aplicava a Carlos Alberto. Berillo, porém, disse que a gestão passada não interferiu na divisão das conquistas.
“Carlos Alberto tinha um jeito próprio, mas foi muito honesto. A superioridade do Sport no período foi por causa do dinheiro do Clube do 13, só. Antes, era equilibrado”.
O blog fez um levantamento com a divisão de títulos estaduais considerando as três gestões mais longas da história da entidade, incluindo a última. Confira aqui.
Oficialmente, as cores da FPF são azul e branco. Nada de rubro-negro, alvirrubro ou tricolor. Qualquer semelhança com as ilustrações é mera coincidência…
A assinatura de Evandro Barros Carvalho, apenas com as suas iniciais, já está presente nos documentos da FPF, apesar do aviso da assessoria da federação de que a posse do dirigente será somente nesta sexta-feira, às 15h30, na sede da entidade.
Até agora, é verdade, foram apenas decisões administrativas, como nota oficial e convocação em caráter extraordinário de uma assembleia geral, em 12 de setembro.
De qualquer forma, a assinatura acima estará presente em todos os ofícios da Federação Pernambucana de Futebol de agora em diante.
De cara, a decisão de nomear os três vice-presidentes executivos evitando uma polêmica logo no início da gestão, sem desgaste, sem paternalismo.
A partir de agora, muita atenção nos documentos expedidos na sede na Boa Vista.
Chegou a hora do último adeus a Carlos Alberto Oliveira. Com uma personalidade forte, o dirigente deixou frases polêmicas durante a sua longa gestão à frente da FPF.
A cada entrevista, a certeza de que a conversa com o presidente da FPF, natural de Limoeiro, resultaria em algo marcante, base para debates.
Confira algumas dessas declarações, proferidas nas últimas três temporadas.
“Você é incompetente. Você não sabe fazer futebol. Você pegou um time de R$ 300 mil do Santa Cruz e que deu três pisas no seu time de 2 x 0. Aprenda a fazer futebol ou saia disso. Me respeite. Deixe de ser moleque”
Resposta ao diretor do Sport, Wanderson Lacerda, que, após a abertura da final do Estadual deste ano, insinuou que a FPF estava “conseguindo tirar o hexa do Sport”.
“Não vou poupar ninguém. Quem estiver na frente vai ser atropelado. Um dos dois vai se dar mal. É preciso ter responsabilidade nessa história e eu estou indignado. Já organizei 16 campeonatos e nunca houve isso”
Irritado com a denúncia feita pelo Náutico antes do segundo jogo da semifinal do Estadual deste ano, na qual o Sport teria tentado subornar Eduardo Ramos.
“Não tenho tempo para perder com esse assunto não”
Sobre a insatisfação dos dirigentes da Cabense, que durante o Pernambucano de 2011 se sentiram perseguidos pela arbitragem.
“Criem o campeonato de vocês”
Dando uma “sugestão” à imprensa, no final de 2010, após ouvir críticas sobre o regulamento do Pernambucano deste ano, além do calendário apertado.
“Fazer o quê? Mudei fórmula de campeonato, mudei tabela, arrumei briga com o Sport, Justiça, e eles (o Santa Cruz) não ganham nada. Só se eu der o campeonato direto para eles”
Ao ser questionado sobre o que poderia fazer para ajudar o Santa Cruz. A frase foi dita durante o Estadual do ano passado.
“O campeonato é meu. Eu mudo se eu quiser”
Em 2009, sobre as mudanças em relação ao confuso Estadual de 2008, quando subiu o número de clubes de 10 para 12, beneficiando Centro Limoeirense e Petrolina.
Leia uma das entrevistas de maior repercussão feita pela blog com o dirigente aqui.
Um novo capítulo começa a ser escrito, ainda sob o olhar incrédulo do torcedor…
Em uma solenidade fechada na tradicional sede da FPF, no bairro da Boa Vista, o advogado Evandro Barros Carvalho vai tomar posse nesta quinta-feira, de forma oficial, como o novo presidente da entidade que comanda o futebol pernambucano.
Ele ficará no poder de 1º de setembro de 2011 até 31 de dezembro de 2015.
São mais de quatro anos de gestão pela frente, em uma organização de 93 filiados e R$ 2,8 milhões de patrimônio líquido, registrando lucro nos últimos anos.
Evandro será o 31º mandatário da federação, cuja história começou em 16 de junho de 1915, ainda com o nome Liga Sportiva Pernambucana.
Até então primeiro vice-presidente executivo, ele chega à principal cadeira do futebol local – profissional, amador e feminino – com uma enorme responsabilidade, entre elas a de substituir Carlos Alberto Oliveira, cuja liderança era geral entre os clubes e ligas.
Então, este post é um espaço aberto para o torcedor… Portanto, participe. Opine!
O que você espera do novo presidente da FPF? Qual deve ser a principal atitude?
Qual mudança deve ser feita na estrutura do futebol pernambucano?
O que você que acha pode ser mantido em relação à gestão anterior?
Durante a entrega do Troféu Lance Final, destinado aos melhores jogadores do Campeonato Pernambucano deste ano, em 16 de maio, Carlos Alberto Oliveira subiu no palco para revelar o nome oficial do troféu do Estadual de 2012.
“Como forma de agradecimento a essa empresa amiga, correta, leal do futebol pernambucano, quero anunciar que o nome do troféu do próximo campeonato será Troféu Globo Nordeste.”
Agora, a cúpula da FPF estuda modificar a denominação da taça de campeão da próxima competição para “Troféu Carlos Alberto Oliveira”.
Ainda abatido, o secretário-geral da FPF, João Caixero, que também era amigo pessoal do dirigente, afirmou ao blog que a ideia já está sendo considerada.
“Carlos Alberto deu esse compromisso, divulgando o nome do troféu, mas a ausência dele nos move ao interesse de fazer uma homenagem. Vamos rever com a diretoria da FPF quando a vontade dele será cumprida (2012 ou 2013). Com a concordância da Globo, faríamos uma importante homenagem póstuma no próximo ano.”
Desde a notícia sobre o falecimento do mandatário, alguns torcedores chegaram a sugerir o nome de Carlos Alberto para a futura Arena Pernambuco. Por questões contratuais com o consórcio, porém, isso é basicamente impossível.
Mas tal homenagem já foi feita, em escala menor. Em Surubim, o campo local com capacidade para 4 mil pessoas chama-se Estádio Municipal Carlos Alberto Oliveira.
Até 1999, o nome era “Roberto Rivelino”, mas, após uma ajuda da FPF na ampliação da arquibancada, a nova denominação acabou sendo aprovada pela população.