Transfermarkt avalia elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport após temporada 2015

Avaliação do Transfermarket sobre as Séries A e B em 2015 (em euros). Crédito: reprodução

Avaliando o mercado de jogadores desde 2000, o site alemão Transfermarkt fez um balanço após o encerramento das Séries A e B do Brasileiro de 2015. No Recife, o quadro aponta uma enorme diferença do Sport para Santa e Náutico – em tese, o elenco valeria 23 milhões de euros a mais que a soma dos rivais. O cenário é recorrente nos demais clubes da segunda divisão, pois a estimativa visa o mercado internacional – ou seja, o acesso coral deverá influenciar diretamente na projeção sobre os direitos econômicos dos jogadores.

O blog já havia publicado sobre o tema em março, durante o Estadual. Comparando os dados, os três grandes terminaram o ano mais valorizados, por causa da chegada de reforços e do rendimento técnico dos remanescentes. De março a dezembro, portanto, o plantel do Leão saltou de 26,85 mi para 38,5 milhões de euros (43%). Muito? Apesar de ter acabado o Brasileirão em 6º lugar, em valor de mercado aparece apenas em 12º. Já o Náutico foi de 4,98 mi para 8,88 milhões (78%), enquanto Santa, apesar do vice-campeonato da Segundona, aumentou apenas 8%, de 5,75 mi para 6,25 milhões.

Quem mais se valorizou no futebol local foi Rithely, passando de 1,5 mi para 4 milhões de euros (R$ 16 milhões). O valor se aproxima da proposta feita pelos chineses este ano (ou seja, um número real). Entre as distorções, enxerga-se a do meia João Paulo, com destaque técnico no Tricolor, mas a 100 mil euros de Alemão, e Raniel, joia da base avaliada em apenas 150 mil (com 19 anos, pode evoluir bastante). E o volante Ronaldo, jovem e bastante utilizando na elite, vale 1/3 do inoperante atacante Samuel? Sobre o Transfermarket, o cálculo é feito a partir de estatísticas de rendimento, idade, histórico de lesões, clubes etc.

Confira o quadro nacional numa resolução maior clicando aqui.

Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em dezembro de 2015 (em euros):

Sport (elenco com 27 jogadores: € 38,5 milhões)
1º) 5 milhões – Diego Souza (meia)
2º) 4 milhões – Rithely (volante)
3º) 3 milhões – André (atacante)
4º) 2,5 milhões – Renê (lateral-esquerdo)
5º) 2 milhões – Marlone (meia)
5º) 2 milhões – Hernane Brocador (atacante)
7º) 1,5 milhão – Danilo Fernandes (goleiro)
7º) 1,5 milhão – Samuel (atacante)
7º) 1,5 milhão – Rodrigo Mancha (volante)
10º) 1,25 milhão – Neto Moura (volante)
10º) 1,25 milhão – Régis (meia)
10º) 1,25 milhão – Élber (atacante)

Náutico (elenco com 35 jogadores: € 8,88 milhões)
1º) 750 mil – Ronaldo Alves (zagueiro)
2º) 700 mil – João Ananias (volante)
3º) 650 mil – Fillipe Soutto (volante)
4º) 600 mil – Guilherme Biteco
5º) 550 mil – Dakson (meia)
6º) 500 mil – Júlio César (goleiro)
7º) 475 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo)
8º) 450 mil – Hiltinho (atacante)
9º) 400 mil – Douglas (atacante)
9º) 400 mil – Ronny (meia)

Santa Cruz (elenco com 25 jogadores: € 6,25 milhões)
1º) 850 mil – Alemão (zagueiro)
2º) 750 mil – João Paulo (meia)
3º) 550 mil – Anderson Aquino (atacante)
4º) 500 mil – Grafite (atacante)
4º) 500 mil – Vitor (lateral-direito)
6º) 450 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
6º) 450 mil – Vinícius Reche (meia)
8º) 350 mil – Daniel Costa (meia)
9º) 300 mil – Luisinho (atacante)
9º) 300 mil – Danny Morais (zagueiro)
9º) 300 mil – Bruninho (volante)
9º) 300 mil – Bruno (goleiro)
9º) 300 mil – Diego Sacoman (zagueiro)

Podcast 45 – Tira-teima dos melhores e piores do futebol pernambucano em 2015

Tira-teima do Podcast 45 minutos em 2015

Fim de temporada no futebol pernambucano, Hora do balanço do 45 minutos. Como em outras oportunidades, uma edição especial com o “tira-teima”, neste caso voltado para os resultados de Náutico, Santa e Sport em 2015. Perguntas diretas, sem direito a ficar “em cima do muro”. Qual foi a melhor atuação de cada um (Bahia 1 x 2 Santa, Sport 3 x 0 Inter, Vitória 2 x 3 Náutico)? E a pior? E o time que mais se destacou (Santa campeão estadual e vice da Série B ou Sport, o 6º da Série A)? Na sequência, a escolha da melhor contratação, da maior decepção, do pior jogador… E ainda uma debate sobre as mudanças entre os maiores times da região e o cada vez mais insustentável G12.

Bom humor e muita opinião num bate-papo de 2h37!

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Santa Cruz lança uniforme do acesso lembrando a última campanha na Série A

Uniforme especial do Santa Cruz para o acesso à Série A 2015. Crédito: Santa Cruz/twitter (@scfc_oficial)

No apagar das luzes, um quarto uniforme oficial do Santa Cruz em 2015. O motivo é pra lá de especial, o acesso à Série A. Comemorando o retorno, o Tricolor usará na última rodada da Segundona, contra o Vitória, no Arruda, uma camisa preta, com o branco e vermelho nas mangas. É a segunda camisa alternativa lançada pela fabricante este ano.

O modelo produzido pela Penalty emula o uniforme vestido pelo clube na sua última participação na primeira divisão do futebol brasileiro, em 2006 –  a lembrança, convenhamos, não é boa. Entre outros jogos naquele ano, o Santa utilizou o padrão feito pela Finta (abaixo) contra o Corinthians, no Pacaembu, e São Caetano, no Mundão – este jogo marcou o rebaixamento. Já a ultima partida da Cobra Coral no Brasileirão foi contra o Santos, em 3 de dezembro de 2006. Na Vila Belmiro, os pernambucanos usaram o primeiro uniforme.

A princípio, a nova camisa deve ser utilizada somente na despedida da Série B, pois o departamento de marketing do clube trata a peça como uma “lembrança de superação e força” na campanha do G4. A camisa preta, que se junta ao modelos coral, branco e azul, chega às lojas por R$ 169.

Tricolor, o que você achou do novo uniforme do Santa Cruz?

Uniforme do Santa Cruz na Série A de 2006

Diego Souza e Grafite no Playstation 4? Clássico das Multidões a caminho do Fifa

Meme: a "capa" do Fifa 2017, com Diego Souza (Sport) e Grafite (Santa Cruz). Arte: Paulo Lima /divulgaçãoi (‏@cravo19)

A capa é fictícia, obviamente. Mesmo que Diego Souza e Grafite continuem atuando no Recife em 2016, esta versão, criada pelo tricolor Paulo Lima, dificilmente chegaria às lojas para Playstation 4 e Xbox One. Ainda mais se for para substituir Lionel Messi e Oscar, estrelas da capa atual.

Em relação à presença oficial de Sport e Santa Cruz, no entanto, a possibilidade é bem real. Os dois clubes devem ser chamados pela EA Sports para compor a futura edição do game Fifa Football. Na versão 2016, já nas lojas, 16 clubes do país foram licenciados. O Leão só não figurou devido à empecilhos burocráticos sobre a cessão de imagem dos atletas – problema que deve ser solucionado pelo departamento jurídico do clube. Sem dúvida, seria uma importante visibilidade, pois trata-se da franquia de futebol mais vendida no mundo.

O Tricolor não aparece no Fifa desde 2008 – único ano com o trio da capital  oficializado. Já o Rubro-negro teve seus dados oficiais (nome, escudo, uniforme e elenco) pela última vez em 2009. Depois, só de forma genérica (“S. Recife”), duas vezes. E ainda há o Pro Evolution Soccer. Arquirrival do Fifa, o game da Konami licenciou 24 brazucas na última edição, com toda a Série A. A medida deve se manter no PES 2017. Logo, Santa e Sport presentes. Diego Souza e Grafite digitalizados num Clássico das Multidões no videogame? Com chancela.

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife e S. Recife)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem times brasileiros
2016 – 16 times

Clubes brasileiros licenciados no PES
2008 – 1 time
2009 – 1 time
2010 – 1 time
2011 – 5 times
2012 – 6 times
2013 – 20 times (Náutico e Sport)
2014 – 24 times (Náutico e Sport)
2015 – 21 times (Náutico e Sport)
2016 – 24 times (Sport)

A carreata do Santa Cruz rumo à Série A

A triunfal chegada do Santa Cruz no Recife. Do desembarque no Aeroporto Internacional dos Guararapes, o time seguiu numa carreata até o Arruda, com buzinaço, festa, fogos e uma alegria sem igual. Confira um álbum com 25 fotos, produzidas pela assessoria coral e pelo Superesportes.

« de 25 »

Podcast 45 (190º) – Raio x sobre o acesso do Santa Cruz, com projeção sobre 2016

Série B 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim 0x3 Santa Cruz. Foto: Luciano Claudino/Estadão conteúdo

A saga do Santa Cruz nesta volta à primeira divisão, numa caminhada iniciada em 2011, ainda na Série D, pautou a edição especial do 45 minutos. Foi um verdadeiro “SantaCast”, com 1h36. Analisamos a campanha, a importância de Marcelo Martelotte e Grafite, a gestão de Alírio Moraes, com Constantino Júnior à frente do futebol (esse esteve presente nos três acessos), a possível reformulação do elenco coral para a Série A em 2016, a possibilidade de jogar a Copa Sul-Americana já na próxima temporada (ganhar do Vitória e terminar como vice-campeão da Série B ajudaria muito) e as mudanças na receita do clube com a possível cota de R$ 25 milhões da televisão. Um raio x tricolor.

Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Nesta 190ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Com arrancada empolgante, o Santa Cruz conclui a sua caminhada à Série A

Série A 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim x Santa Cruz. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Chegou o Dia A. Após uma década perambulando em todos os cantos do país em uma provação para toda a vida, o Santa Cruz chegou lá. Apoiado por 1.400 tricolores em Itu, literalmente toda a torcida presente, o Tricolor goleou o Mogi Mirim e confirmou a arrancada na Série B, com cinco vitórias seguidas. O futebol competitivo visto na Fonte Nova e no Engenhão apareceu no segundo tempo de um sábado tenso, natural em um jogo tão importante para uma geração de corais. Uma história que passou a ser acompanhada por quem gosta de futebol no país, que, aliás, assistiu ao vivo na tevê aberta.

Lá no Novelli Júnior, ainda pela manhã começara a ocupação do povão, que viajou do Recife, pousou em São Paulo e encarou 102 quilômetros de ônibus. Tudo para ver in loco ao renascimento do clube das multidões. Essa ansiedade era geral, se estendendo aos jogadores. Bastava uma vitória simples diante de um adversário rebaixado, sem vitória há doze rodadas. Na teoria, ok. Em campo, era preciso a seriedade que se tornou uma marca do time comandado por Marcelo Martelotte, mas a ansiedade atrapalhou.

Série A 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim x Santa Cruz. Foto: LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Mais do que orientação tática, o técnico gastou a voz pedindo calma ao time, visivelmente tenso com a possibilidade tão real de obter o acesso. Apesar da lanterna, o Mogi Mirim correu mais que de costume. Parecia animado com incentivo financeiro dos adversários do Tricolor. A irritação do treinador coral foi assimilada pelo time, que desceu unido para o vestiário, consciente da situação. O time voltou muito bem, dominando as ações, investindo bem pelo lado esquerdo e deixando o Mogi sem reação.

Lembrou a atuação diante do Botafogo, até porque foram três gols na segunda etapa, cravando o 3 x 0. De pênalti com Daniel Costa e outros dois de rebote com Bruno Moraes (no lugar do suspenso Grafite, símbolo-mor dessa campanha) e Bileu. Festa em São Paulo, festa em Pernambuco, festa do povão. O Santa Cruz está no Brasileirão de 2016. Da D pra A, no campo. Com todos os méritos. Parabéns aos tricolores!

Série A 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim x Santa Cruz. Foto: LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Com atitude, Santa goleia o Botafogo no Rio e fica a uma vitória da Série A

Série B 2015, 36ª rodada: Botafogo 0x3 Santa Cruz. Foto: Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo entrou em campo para ser campeão da Série B. Com o acesso garantido, parecia tranquilo para buscar a vitória, o resultado que anteciparia a conquista. A bronca foi encontrar do outro lado um time faminto por resultados, pisando no gramado para retornar à primeira divisão depois de dez anos. Com mais vontade e futebol, o Santa se impôs no Rio, goleando por 3 x 0 e dando um passo do tamanho do Arruda para terminar o ano no G4. Além da belíssima vitória, o campeão pernambucano chegou a 61 pontos e foi beneficiado pelos tropeços de Sampaio e Náutico. Com isso, abriu quatro pontos de vantagem e pode subir já no próximo sábado, em Itu, contra o lanterna Mogi.

O time de Martelotte encaixou. Com padrão de jogo e fisicamente bem, com intensidade durante 90 minutos. Numa reta final, essa condição é primordial. No primeiro tempo contra o Fogão, é verdade, o time foi mais precavido, forçado pelo mandante, com 57% de posse e duas ótimas chances – uma delas evitada por Danny Morais. No segundo tempo, o Tricolor manteve a formação com três atacantes, com Grafite centralizado. Usando bem as laterais, sobretudo a esquerda, a Cobra Coral aos poucos foi dominando, criando chances. 

Série B 2015, 36ª rodada: Botafogo 0x3 Santa Cruz. Foto: Ernesto Carriço/O Dia/Estadão

A torcida até lamentou a defesa de Helton Leite no primeiro minuto, com Grafa na pequena área. Depois disso, deitou e rolou. Aos 5, Luisinho acionou Grafite, em clara posição irregular, e o atacante, de forma inteligente, foi até a linha de fundo e rolou para Lelê, desmarcado, marcar o seu 5º gol. Doze minutos depois, o mesmo Lelê foi substituído por Bileu. O objetivo era congestionar o meio, já com dois marcadores, para impedir as investidas do Botafogo, com clara dificuldade na saída de bola.

E a Estrela Solitária nem atacou nem se defendeu. Aos 23, sem polêmica alguma, num contragolpe bem armado, Luisinho avançou live e, consciente, tocou para Grafite ampliar. O lance deixou a vantagem incontestável no Engenhão, pela superioridade demonstrada pelos pernambucanos. E Bruno Moraes, que entrara no lugar do camisa 23, ainda deixou o seu, frustrando de vez os 23 mil alvinegros presentes. Em compensação, a quantidade de gente que celebrou no Recife não foi brincadeira…

Série B 2015, 36ª rodada: Botafogo 0x3 Santa Cruz. Foto: Vitor Silva/Botafogo

Santa Cruz cumpre o seu papel no Arruda, vence bem o Oeste e se mantém no G4

Série B 2015, 35ª rodada: Santa Cruz x Oeste. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A press

Uma vitória categórica do Santa Cruz, confirmando a arrancada na Série B para um objetivo há muito tempo esperado. Dez anos depois de seu último acesso à Série A, o Tricolor está a apenas três rodadas de repetir o feito. Contra o Oeste e apoiado por 26 mil torcedores, o time manteve a pegada vista na heroica virada contra o Bahia e venceu o Oeste, com todos os setores do time trabalhando muito bem, mantendo o clube no G4.

Os corais até levaram um susto no Arruda, no primeiro minuto, num contragolpe com três jogadores contra um defensor. A má execução dos paulistas findou a chance de pontuação. A partir disso, o campeão pernambucano voltou a mostrar conjunto em campo. Vetado pelo departamento médico, Grafite acabou não sendo um grande desfalque. Isso porque o time dirigido por Marcelo Martelotte vem ganhando confiança e se impondo em campo. Na bola parada, aos 20, Daniel Costa abriu o placar. Foi o seu quatro gol de falta na Série B.

Ainda no primeiro tempo, um gol de oportunismo, através de Danny Morais, que no sábado já havia deixado o seu na Fonte Nova. No segundo tempo, outro lance bem distinto, numa jogadaça do lateral-esquerdo Allan Vieira, que avançou do campo de defesa. Em velocidade, foram quase 70 metros até o cruzamento para Luisinho empurrar para as redes. O Oeste ainda diminuiu no fim, 3 x 1. Adiantou de nada, pois a vitória já estava consolidada, deixando o Santa isolado em 4º lugar, com 58 pontos. Perto do sonho.

Série B 2015, 35ª rodada: Santa Cruz x Oeste. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A press

De virada, o Santa Cruz vence o Bahia na Fonte Nova e grita pelo acesso à elite

Série B 2015, 34ª rodada: Bahia 1x2 Santa Cruz. Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

O cenário era hostil, o adversário era cascudo e a vitória era essencial. O gol de Kieza aos sete minutos do segundo tempo só aumentou a bronca do Santa Cruz lá na Fonte Nova, tomada por 30 mil torcedores. O rápido atacante mandou para as redes menos de um minuto após Souza perder um pênalti, tirando da torcida coral o direito de comemorar o lance. O que parecia desanimador logo motivou uma reviravolta daquelas, até porque o time de Marcelo Martelotte era taticamente mais organizado, diante do irregular Bahia. Tocava a bola com mais qualidade, atacava de forma concatenada. Era possível.

Só não poderia desperdiçar mais chances, como a bola pra fora de Luisinho, com o gol escancarado ainda no primeiro tempo. Pressionando o Baêa contra o seu campo, o Tricolor utilizou a velocidade de Raniel pela esquerda e o passe apurado de João Paulo para abrir as jogadas. O empate veio aos 21 minutos, numa cobrança de escanteio pela esquerda. João Paulo cobrou e Danny Morais desviou de cabeça. Foi o primeiro gol do zagueiro na competição (que hora!).

A partir dali, o Santa passou a dominar as ações, com o dono da casa encurralado pela própria torcida a cada passe errado. Bem postado, diante de um bando que não guardava posição, o time pernambucano precisava de paciência. Com boa vontade, o empate até serviria, mas os três pontos mudariam o patamar da campanha. Forçando sempre pelo lado esquerdo, a virada veio aos 37, numa jogada bem trabalhada, sobrando para Bruno Moraes (que acabara de substituir Grafite). O gol para estabelecer o 2 x 1 em Salvador, aumentar a invencibilidade contra o rival, com quatro jogos desde 2010, e colocar o atual campeão pernambucano nos trilhos para um acesso daqueles.

Série B 2015, 34ª rodada: Bahia 1x2 Santa Cruz. Foto: Romildo de Jesus/Futura Press