Clássico das Emoções termina em 0 x 0. Ruim para os dois, pior para o Náutico

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Após doze jogos, o clássico entre alvirrubros e tricolores acabou em branco, o que não ocorria desde 2014, curiosamente pela mesma Série B. Os dois times saíram devendo no Clássico das Emoções de maior público em 2017, com 13.450 torcedores. Mesmo sem vencer, o Santa Cruz ao menos reduziu a diferença ao G4, de 5 para 4 pontos, graças ao tropeço do Vila Nova. Já o Náutico, mesmo sem perder há três rodadas, não consegue levar essa reação para a classificação, numa caminhada já difícil para escapar do rebaixamento.

Em um campo com sinais de desgaste – após a incomum sequência de jogos do Trio de Ferro em São Lourenço da Mata -, os times entraram sem grandes mudanças. O alvirrubro iniciou num 4-4-2, com o meio num losango, com Giovanni municiando Erick e Alison – era a ideia, mas ele se machucou aos 35/1T. Giva manteve 4-2-3-1 no tricolor, no mesmo padrão desde sua estreia.

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Rafael Brasileiro/DP

O primeiro tempo foi de poucas chances, com 50% de posse para ambos. O tricolor se apresentou um pouco melhor, prendendo mais a bola no campo ofensivo. Teve uma grande chance, aos 21 minutos. Pitbull ganhou do marcador e tocou para João Paulo, que arrumou de calcanhar para Augusto, frente a frente com Tiago Cardoso. Porém, ele finalizou muito mal, chutando em cima do goleiro. À parte disso, passes curtos e pouca objetividade. Pior foi o timbu, que só chegou uma vez, aos 44. E sem perigo, diga-se.

A etapa complementar foi mais animada, com um grau tensão mais elevado no agora centenário duelo. Logo aos 2, outra chance incrível desperdiçada por Augusto. Desta vez na pequena área, escorando mal uma falta. O atacante seria substituído pouco depois por Barbio, mas Givanildo só modificou a estrutura, de fato, aos 27, quando colocou Sheik no lugar de André Luís. O ponta estava mal, mas o substituto tirou a velocidade. No mandante, muitas bolas esticadas, num indício de desespero. Por baixo, Erick tentou carregar demais, sendo desarmado. Extraindo as oportunidades, só uma real, com Alison cabeceando no ângulo de Júlio César, que fez grande defesa. E não saiu do 0 x 0, com a igualdade mantida no Troféu Gena após sete jogos. A “decisão” ficou para o returno, daqui a 19 rodadas, com objetivos incertos…

Histórico do Clássico das Emoções na Série B
13 jogos
6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0)
4 empates (último em 2017, 0 x 0)
3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Com gol de pênalti aos 43 do 2º tempo, Santa empata com o Luverdense no MT

Série B 2017, 13ª rodada: Luverdense 2 x 2 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

No segundo jogo sob o comando de Givanildo Oliveira, o Santa Cruz manteve o 4-2-3-1, mas não pôde contar com Elicarlos e Roberto. O volante segue machucado. Já o lateral-esquerdo foi desconsiderado de última hora devido a uma negociação com a Chape. E foi justamente no setor onde começou o primeiro gol do Luverdense, antes dos dez minutos de bola rolando. Num cruzamento de Moacir, ex-Sport, Sérgio Mota apareceu na pequena área entre os zagueiros e testou para as redes – ao todo, eram quatro defensores corais no lance. Era o início de uma atuação pouco inspirada do tricolor, que acabou saindo no “lucro” no encerramento da 13ª rodada.

Diante do então vice-lanterna da Série B (e campeão da Copa Verde), o time pernambucano vislumbrava a terceira vitória fora de casa, após Criciúma e Ceará. Não chegou nem perto. Na verdade, até “chegou”, com gols de Jaime e Augusto. Ambos anulados, corretamente, por impedimento. Ao menos, os lances foram sinal de que a troca de passes estava mesmo ajustada, pronta pra pegar a zaga adversária no limite, como foi o caso do gol de empate, em ótima finalização de Augusto (abaixo), logo na retomada da partida no Passo das Emas. Neste caso, com decisão polêmica da arbitragem, pois Barbio, que recebeu a bola antes de dar assistência, pareceu adiantado. De toda forma, a igualdade não durou muito, com o meia Sérgio Mota aparecendo de novo e colocando novamente os mato-grossenses em vantagem.

A partir dos 25, Giva fez três mudanças ofensivas, buscando referências na área. Entraram Parra, Halef Pitbull e Julio Sheik – neste caso na vaga de Ricardo Bueno, apagado. Do trio, a melhor chance foi de Pitbull, num chute cruzado, com a bola batendo nas duas traves! Mas, ironia do destino, o gol que valeu o pontinho saiu através de um zagueiro. Bruno Silva chamou a responsa na cobrança de pênalti, aos 43 minutos, e bateu com categoria, 2 x 2. Em termos de classificação, o resultado afastou o Santa do G4 (de 3 para 5 pontos), mas estabelecer uma sequência neste novo trabalho é fundamental…

Série B 2017, 13ª rodada: Luverdense 2 x 2 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Com gol antes do meio de campo, Santa perde do Oeste e soma 4 jogos de jejum

Série B 2017, 11ª rodada: Oeste 2 x 0 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

O segundo tempo no Castelão, quando virou o placar com autoridade, deixou uma boa impressão na largada de Adriano Teixeira. Embora já assuma o Santa Cruz de forma interina há dez ano, o treinador ganhava a sua grande chance. Apesar das ressalvas, o blog também viu uma mudança de postura interessante. Entretanto, ao que parece, ficou só por ali mesmo.

Após a volta ao G4, o tricolor engatou uma sequência de quatro jogos sem vitória, empatando duas no Arruda e perdendo duas como visitante. Distanciou-se demais do grupo de acesso, com 5 pontos. Tanto que a zona de rebaixamento, outrora um cenário improvável, ficou a apenas 2 pontos.

Série B 2017, 11ª rodada: Oeste 2 x 0 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Neste jejum, pesou a falta de competitividade do time, vista somente na capital cearense. Pois, além de volume de jogo, é preciso eficiência – não por acaso, somou apenas 1 gol no período. E isso não está, necessariamente, ligado à insistência, como foi a opção de Adriano, colocando três centroavantes no jogo – com Facundo Parra e Júlio Sheik, ambos sem bom rendimento na temporada, entrando no decorrer, já com Ricardo Bueno em ação.

Àquela altura, em Barueri, os corais já perdiam do Oeste, então no Z4. No fim de um primeiro tempo opaco, o atacante Velicka deu um já vai em Bruno Silva e marcou. E nos descontos do jogo, com os três atacantes enfiados, o goleiro Júlio César também foi até a área. O relógio marcava 46min40s, indo até 49. Era mesmo necessário? Além de não ter funcionado, o contragolpe foi fatal, com Fernando Aguiar chutando a mais de 60 metros para o gol vazio, 2 x 0. Um golaço a partir de uma desorganização tática e técnica do Santa…

Série B 2017, 11ª rodada: Oeste 2 x 0 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Santa Cruz empata com o Figueirense na Arena Pernambuco e cai para o 8º lugar

Série B 2017, 10ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Figueirense. Foto: Peu Ricardo/DP

Quando venceu o Ceará no Castelão, com ótima atuação no segundo tempo, o Santa voltou ao G4, anulando a derrota em casa para o Londrina. Desde então, foram mais três apresentações, em oito dias, com o tricolor somando apenas dois pontos. Contra o Inter, um campo ruim, com um jogo equilibrado e a satisfação momentânea pelo empate. Na sequência, derrota para o América, com falta de apetite ofensivo em BH. Voltando a atuar como mandante, mas na Arena Pernambuco, no primeiro dos cinco jogos acertados lá, um novo cenário, com volume ofensivo e pouca eficiência nas finalizações. O saldo disso tudo foi a queda para a 8ª colocação, a pior dos corais nesta Série B.

Creio que caiba uma ressalva sobre o Figueirense, pois mesmo estando na penúltima colocação, o clube é organizado e conta com jogadores de qualidade para a segundona, como Marco Antônio, Luidy e Jorge Henrique. Nomes que seriam reforços no Arruda. Tentando se encontrar no ano – apenas 6 vitórias desde janeiro! -, o Figueira equilibrou bastante o primeiro tempo, marcado por erros defensivos do corais. Falhas em sequência, até a derradeira, aos 46 minutos, com Roberto (perdeu a bola), Jaime (bote errado) e Bruno Silva (atrasado). Na conclusão, um golaço por cobertura de Henan.

Na segunda etapa, talvez o melhor momento do Santa desde o Castelão, sufocando o visitante. Com melhor preparo físico, o time de Adriano Teixeira impôs um ritmo forte nas pontas, sobretudo pela direita, de onde veio a bola para Augusto empatar, 1 x 1 – o atacante entrara no lugar de André Luís, em queda. Pela direita, insistiu até os descontos, criando quatro boas chances, todas desperdiçadas. Nem Ricardo Bueno, de volta, fez a diferença.

Série B 2017, 10ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Figueirense. Foto: Peu Ricardo/DP

Sem ímpeto ofensivo, Santa Cruz perde do América no Independência e sai do G4

Série B 2017, 9ª rodada: América-MG x Santa Cruz. Foto: Juarez Rodrigues/EM

A falta de ímpeto ofensivo custou o G4 ao Santa no Independência. Embora seja preciso ressalvar a sequência da tabela, com Ceará, Inter, América e Figueira, clubes de força nesta Série B, com o tricolor começando bem o roteiro, com quatro pontos. Na capital mineira, o técnico Adriano Teixeira repetiu a formação do sábado. Léo Lima e Primão no meio, reforçando a articulação com o trio de ataque, tendo Pitbull ainda no lugar do vetado Ricardo Bueno. Não bastou. Num jogo parelho, não houve diálogo ofensivo.

O tricolor chegou pouco à frente, com duas finalizações com algum perigo. O empate até seria insuficiente para manter o clube na zona de classificação à elite, mas daria continuidade aos pontos conquistados como visitante. Em uma atuação relativamente tranquila, quase flertando com a apatia, o time acabou penalizado aos 33 minutos do segundo tempo, numa boa jogada individual do jovem camisa 10 do Coelho, Matheuzinho. Passou por um marcador na entrada da área, puxou pra perna boa e mandou no canto de Júlio César.

Numa noite sem inspiração, o tento foi quase a sentença para o resultado final. E se passou perto de mudar algo, foi na própria barra coral, com o América Mineiro explorando os contragolpes. Nem precisou, com o 1 x 0 deixando o clube com os mesmos 13 pontos do Santa Cruz – que term uma vitória a mais, 4 x 3. Sábado, mantendo o embalo de rodadas da Segundona, o time volta a campo na Arena Pernambuco, cumprindo o primeiro dos cinco jogos acertados com o governo do estado e poupando o Arruda. Em BH, o gramado também foi favorável. O time, nem tanto.

Série B 2017, 9ª rodada: América-MG x Santa Cruz. Foto: Juarez Rodrigues/EM

Com Arruda cheio e gramado castigado, Santa empata com o Inter e segue no G4

Série B 2017, 8ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

A torcida atendeu ao apelo, com o ingressos a partir de R$ 5, e marcou boa presença no Arruda. Apesar do borderô anunciado, com 25.356 espectadores, os setores reservados aos tricolores, nos anéis superior e inferior, estavam cheios. Apoio num confronto direto pelo grupo de acesso (4º x 5º), diante do Internacional, o bicho-papão desta Série B – tese ainda não imposta na classificação. Melhor no primeiro tempo, chegando com perigo com Bruno Paulo (2x) e Pitbull, o Santa Cruz acabou travado na segunda etapa. Cansou, mas como também teve um adversário pouco inspirado, acabou no 0 x 0. O empate beneficiou o time pernambucano, que manteve a 4ª colocação.

Nesta segunda apresentação sob o comando de Adriano Teixeira, a equipe manteve a formação com pontas abertos, Bruno Paulo e André Luís. A principal mudança foi no meio-campo, mais técnico que pegador, com Primão e, sobretudo, Léo Lima, que ajudou enquanto teve gás – a limitação física do apoiador era esperada nesses seus primeiros jogos.

Série B 2017, 8ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Premiere/SporTV (reprodução)

Além do condicionamento da equipe, para uma atuação melhor faltou um detalhe: um gramado regular. Chamou demais a atenção o estado do piso do Mundão, esburacado e desnivelado. Apesar do trabalho emergencial, com o time treinando em Aldeia na véspera, enquanto o campo recebia perfurações para o escoamento da água, durante o jogo a situação não foi boa.

A bola parava nas poças o tempo todo, quebrando passes, com jogadores escorregando na lama – acionado no lugar de LL, Augusto, por exemplo, teve um desempenho irrelevante, sem conseguir carregar a bola. Frise-se que o campo foi ruim para os dois times. No lado do Inter, sem D’Alessandro, muitas bolas esticadas para Nico Lopez (mal, acabou substituído) e Cirino. Buscando um encaixe melhor, Guto Ferreira teve que se contentar com a lenta caminhada, com o 4º empate em 8 jogos. No fim da peleja, aplausos do povão. Pelo G4 e pela entrega em um cenário adverso para o bom futebol.

Série B 2017, 8ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

Na primeira partida pós-Eutrópio, Santa vence Ceará no Castelão com autoridade

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Houve um momento emblemático no Santa Cruz na partida no Castelão. Embora tenha virado sobre o Ceará com três gols no segundo tempo, quando melhorou a pegada, chamou a atenção a mudança efetuada no período pelo técnico (interino?) Adriano Teixeira. Por volta dos 19 minutos, ele substituiu o meia Léo Lima, titular, mas ainda em busca de um melhor condicionamento para suportar o jogo todo, pelo atacante Augusto, ex-Campinense. O tricolor havia acabado de empatar, num gol de extrema categoria do próprio LL. Há poucos dias, talvez um volante tivesse sido acionado nesta troca. Ao menos era o histórico de Vinícius Eutrópio, que não conseguiu tirar a equipe coral de uma linha defensiva com pouca inspiração à frente.

Com o time vindo de duas derrotas e encarando uma das pedreiras da Série B, como visitante, Adriano não tinha muito a perder. Ganhou a oportunidade e fez diferente, arriscou. Embora Augusto não tenha sido decisivo na virada, a postura à frente deu ao time pernambucano a condição de buscar um resultado interessante na capital alencarina. Aos 25 minutos, o atacante Bruno Paulo (de bom encaixe com Bueno) arrumou espaço na entrada da área e finalizou bem demais, acertando o ângulo. A virada deixou o vozão atordoado – pouco antes havia acertado o travessão, em ótima oportunidade -, com o Magnata anulado por Nininho, surpreendendo como substituto de Vítor.

Com a marcação adiantada e contando com a mobilidade de André Luís, na visão do blog o melhor jogador do time até o momento, o Santa passou a ter a bola em seguidos contragolpes. Em um desses, Augusto, aí sim efetivo, cruzou da direita e Ricardo Bueno (levemente adiantado) empurrou para as redes, 1 x 3. Os três gols da vitória foram anotados por reforços visando o Brasileiro. Tecnicamente, peças que poderiam dar uma nova cara ao time. Desde que o comandante conseguisse enxergar uma nova proposta. Adriano conseguiu e, como prêmio, ainda recolocou o Santa no G4…

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Santa perde a segunda seguida na Série B. Desta vez no Arruda, para o Londrina

Série B 2017, 6ª rodada: Santa Cruz 1 x 3 Londrina. Foto: Marlon Costa/Futura Press/Estadão conteúdo

Em apenas quatro dias, o Santa Cruz acumulou duas derrotas na Série B, com cinco gols sofridos, expondo justamente o setor mais ajustado do time. Diante de Goiás e Londrina, a relação da torcida coral com Vinícius Eutrópio tornou-se ainda mais turbulenta, tendo como ponto alto a expulsão do técnico nesta sexta, no Arruda, com o tricolor perdendo a invencibilidade em casa.

Por volta de 46 minutos, na reclamação do pênalti a favor dos paranaenses, o treinador foi repreendido pelo árbitro gaúcho Jean Pierre Lima. Entre os poucos corais nas sociais, mais reclamações. A maioria direcionada ao próprio treinador, na descida para o vestiário. Àquela altura, o volante Germano já convertera, no cantinho de Júlio César. Embora tenha começado melhor, propondo o jogo e com Ricardo Bueno tirando tinta da trave numa cabeçada, a equipe tricolor já vinha tomando pressão nos últimos 15 minutos da primeira etapa. Escapara em dois contragolpes e numa cobrança de escanteio, no travessão. Na penalidade cometida por Anderson Salles, não teve jeito.

No segundo tempo, a reação parou com apenas seis minutos, quando Salles, em noite infeliz, escorregou, com Belusso se aproveitando e rolando a bola para Artur marcar. O mesmo Artur faria mais um, num chutaço de fora da área, justamente no “melhor momento” do Santa em termos de criação. As aspas são necessárias (e óbvias) devido à situação do jogo, com o placar bem favorável ao Londrina, já compactado na defesa. Enquanto isso, aquele time que chegou a mirar a liderança no Serra Dourada ia sendo goleado em casa. Acionado numa fogueira, o estreante Léo Lima ainda deu um passe, no finzinho, para João Paulo anotar o único e insuficiente tento coral, 1 x 3. Eutrópio acompanhou o restante pela tevê, longe da pressão estabelecida…

Série B 2017, 6ª rodada: Santa Cruz 1 x 3 Londrina. Foto: Nando Chiappetta/DP

Em jogo aberto, Santa Cruz perde do Goiás e desperdiça chance de ser líder

Série B 2017, 5ª rodada: Goiás 2x1 Santa Cruz. Foto: Goiás/facebook (@goiasoficial)

Na torcida coral, havia a expectativa sobre continuidade do futebol apresentado no segundo tempo contra o ABC. Não necessariamente a imposição, que é mais circunstancial do que estratégia, mas sobre o interesse num jogo bem jogado, sem aversão absoluta ao risco. Durante boa parte da peleja contra o Goiás, na visão do blog, isso aconteceu. Embora tenha começado mal na Série B, o alviverde é o segundo clube de maior orçamento, abaixo apenas do Inter. Portanto, segue aberto a um investimento fora dos padrões dos outros 18 concorrentes. Contra este adversário, o Santa Cruz fez um jogo aberto, com boas oportunidades de ambos lados.

Júlio César trabalharia bastante, mas acabou vazado logo aos 11 minutos, numa cabeçada de Carlos Eduardo. Apesar disso, o tricolor respondeu à vera, com David (chute de fora da área) e Ricardo Bueno (cabeçada). Com a aproximação dos atacantes corais, o mandante acabou se retraindo. A ponto de o atacante Carlos Eduardo ter cometido um pênalti aos 45. Se no sábado a cobrança havia sido no travessão, desta vez Anderson Salles mandou bem, deslocando o goleiro. Empate. Àquela altura, uma virada coral deixaria o time na liderança, se aproveitando da derrota do Paysandu, pouco antes.

Após uma volta sem mudanças, Eutrópio fez a mesma troca do jogo passado, com Bruno Paulo no lugar de André Luís. Se desta vez o ascendente atacante não esteve em boa jornada, tampouco esteve o insubstituível Éverton Santos. E o resultado acabaria mesmo na conta do técnico, ao recuar o time – neste caso, não era expectativa, era temor entre os torcedores. Com Gino no lugar de Primão, o time deu campo ao Goiás. O desempate saiu numa cobrança ensaiada de escanteio, com desvio no primeiro pau e Carlos Eduardo (onipresente) concluindo, 2 x 1. A forte pressão pelo empate, no fim, mostrou que havia capacidade para algo mais no Serra Dourada. Vacilou.

Série B 2017, 5ª rodada: Goiás 2x1 Santa Cruz. Foto: Goiás/facebook (@goiasoficial)

Com reforços à disposição, Santa Cruz vence o ABC no Arruda e volta ao G4

Série B 2017, 4ª rodada: Santa x Cruz x ABC. Foto: Roberto Ramos/DP

O Santa Cruz venceu pela 3ª vez em 4 rodadas. Todas por 2 x 1, todas no limite, sempre com muita entrega da equipe, sobretudo na marcação. Se não agrada à parte da torcida, que segue pegando no pé do técnico Vinícius Eutrópio, o desempenho é respaldado pela classificação, com o clube de volta ao G4. Diante do ABC, a tarde de maior imposição nesta Série B.

Com as adversidades no sábado, como o tempo chuvoso e a decisão da Champions League, apenas 4.834 torcedores foram ao Arruda. Entre os tricolores, a expectativa pelos reforços, que podem dar nova cara ao criticado setor ofensivo. Com mais opções, Eutrópio fez algumas mudanças no time titular. A principal foi a titularidade de Ricardo Bueno. Gino na direita, com Nininho no banco, surpreendeu. No jogo, o primeiro tempo foi amarrado, com o “velho” Santa. O ABC teve mais posse de bola, enquanto os corais seguiam esperando uma chance. Até lá, viram o time de Geninho chegar com perigo, parando em Júlio César. Com o ataque isolado, Roberto resolveu arriscar aos 36. De pé direito, o lateral-esquerdo bateu de fora da área. Porém, a vantagem só durou três minutos, com Pardal marcando de cabeça. O 1 x 1 era um retrato mais fiel, já considerando o pênalti desperdiçado por Anderson Salles, nos descontos. Ele acertou o travessão, numa infração fora da área.

Na retomada, o tricolor destravou a partida logo aos três minutos. André Luís pegou um rebote de Bueno, que acertara o travessão. O atacante dominou, limpou e marcou. Pouco depois, sairia para a estreia de Bruno Paulo, que dialogou melhor com o centroavante. Com o visitante preso na marcação, o Santa conseguiu controlar e atacar. E até ampliou, com Ricardo Bueno, mas o lance foi anulado. Impedimento inexistente. Não fez falta, desta vez…

Série B 2017, 4ª rodada: Santa x Cruz x ABC. Foto: Andrei Torres/ABC FC