Os torcedores alvirrubros votaram no site oficial do clube e escolheram a seleção histórica do Náutico que atuou nos Aflitos, a casa timbu de 1917 a 2013.
Os votos foram computados durante cinco dias.
Nesta segunda, foi anunciada a equipe oficial de estrelas de Rosa e Silva.
Lula; Gena, Beliato, Sidcley e Salomão; Clovis e Ivan Brondi; Nado, Bita, Bizu e Kuki.
Os onze serão homenageados pelo clube no evento “Revivendo os Aflitos”, como se tornou a partida contra o Avaí, válida pela Série B do Brasileiro.
Você votou em quantos nomes desta seleção, alvirrubro?
Da seleção histórica votada pelo blog apenas um nome não entrou: o zagueiro Lula (substituído por Beliato na formação oficial).
O Náutico mandou os seus jogos nos Aflitos entre 1917 e 2013.
Lá, foram 1.764 partidas, com 1.138 vitórias, 334 empates e 292 derrotas, segundo o pesquisador Carlos Celso Cordeiro.
Em 2014, de forma extraordiária, o clube voltará à sua velha casa, devido ao uso da Arena Pernambuco na Copa do Mundo. A direção timbu aproveitou a chance para promover um saudosismo na torcida, no projeto “Revivendo os Aflitos”.
Em uma das ações, o torcedor pode escolher no site oficial a seleção histórica do estádio Eládio de Barros Carvalho. O time abaixo teve como critério os melhores jogadores – entre as opções possíveis – que o blog viu em ação. Não se trata da seleção alvirrubra, que contaria com nomes como Nado e Bita.
Monte a sua seleção do estádio alvirrubro clicando aqui.
Os craques mais votados na enquete serão homenageados em 27 de maio, no jogo Náutico x Avaí, pela Série B. Nos Aflitos…
Considerando a “seleção histórica”, a votação do blog seria esta aqui.
Leonardo e Kuki marcaram época no futebol pernambucano.
No Sport, entre 1992 e 2000, o rápido e habilidoso Leonardo conquistou nove títulos, sendo o jogador com mais conquistas pelo clube. Marcou 136 gols, sendo 34 na Série A, tornando-se o terceiro maior artilheiro da história rubro-negra. Foi ídolo numa época de domínio leonino na região.
No Náutico, de 2001 a 2010, o raçudo Kuki mostrou um raro faro de gol. Já chegou experiente, mas fez história, vestindo a camisa vermelha e branca em 386 partidas, recorde do clube. Balançou as redes 179 vezes, com três títulos e três artilharias. Foi o símbolo do resgate alvirrubro, que vivia um enorme jejum.
Ambos encerraram as carreiras profissionais em 2010, Leonardo aos 36 anos e Kuki aos 39. Atuaram juntos somente num amistoso solidário, o Gol pela Vida.
Quatro anos depois, antes tarde do que nunca, os dois atacantes terão as suas despedidas oficiais dos gramados. Cada um na sua em 2014…
Na Arena Pernambuco, possível amistoso antes do Mundial, com Kuki. Na Ilha do Retiro, possível amistoso do Sport com Leonardo após a Copa do Mundo.
Jogos festivos, camisas exclusivas, placas especiais etc.
Na memória das duas torcidas rivais, golaços e mais golaços. Ao todo, foram 315 com as duas camisas. Rubro-negros e alvirrubros terão mais uma oportunidade de vibrar com os velhos ídolos. Mais um gol na conta?
Com mais de um século de paixão crescente, o futebol pernambucano tem muita história para contar. E num espaço intermitente, ela vem sendo contada. Confira alguns livros sobre o futebol no estado, disponíveis nas prateleiras das livrarias e perdidos em bibliotecas, com alguns exemplares desde a década de 1960. Outros, com edições bem antigas, só mesmo em sites de compra.
Para os fãs do futebol local, dois livros sobre o campeonato estadual formam um prato cheio de história, curiosidades e imagens. As estatísticas que dominam a imprensa esportiva atual foram colhidas nesses dois exemplares.
Ainda sobre o Campeonato Pernambucano, que em 2014 terá a sua centésima edição, mais dois títulos. Em 1999, com o apoio da FPF, Givanildo Alves lançou “85 anos de bola rolando”, com histórias e causos do futebol local. O autor faleceu um ano depois, quando foi lançada a segunda edição, com nova capa. Já José Maria Ferreira revisou o certame estadual de 1915 a 2007, com uma linguagem mais técnica sobre a competição.
A série “Reis do futebol em Pernambuco”, criada em 2011, terá cinco capítulos. No primeiro, com 300 páginas, os maiores técnicos que trabalharam no estado, de Pimenta a Nelsinho. Os próximos serão sobre atacantes, meias, zagueiros e goleiros. Ainda sobre treinadores, a biografia do olindense Givanildo Oliveira, escrita em 2006 pelo jornalista Marcelo Cavalcante, tem o histórico do jogador e técnico, campeoníssimo no Recife, desde a infância na Vila Popular.
O Náutico ganha dois livros em 2013, ambos com o selo da BB Editora. Primeiro, “Adeus, Aflitos”, com histórias e números de Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira sobre o estádio Eládio de Barros Carvalho, agora aposentado. Ainda neste ano, chegará a biografia “Kuki, o artilheiro do Nordeste”, sobre a carreira do quarto maior goleador da história do Timbu, com 179 gols em 357 partidas.
Em 1996, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro transformou a apuração de trinta anos em publicações, com uma série de livros preenchidos por estatísticas dos três grandes clubes do estado, com partidas, escalações, públicos etc. Começou com o Náutico, com as partes 1 (1909 a 1969) e 2 (1970 a 1984).
A série “Náutico – Retrospecto” continuou com mais dois volumes, de 1985 a 1999 e 2000 e 2009. O Timbu é o único com dados publicados sobre o século XXI. O pesquisador segue guardando dados sobre os jogos para futuros livros.
Em 2009 o tradicional clássico entre alvirrubros e rubro-negros chegou a cem anos de história. Com apoio da FPF, foi lançado um livro de capa dupla, “100 anos de história do Clássico dos Clássicos”, novamente com o trio de Carlos Celso/Lucídio José/Roberto Vieira. O incansável Carlos Celso ainda publicou uma edição especial sobre o Timbu com um vasto acervo fotográfico. A cada imagem, textos explicativos sobre escretes inesquecíveis.
Dessa vez, um trabalho solo do escritor Lucídio José de Oliveira, com o romance “O Náutico, a bola e as lembranças”. Em 2003, o jornalista Paulo Augusto lançou a “A guerra dos seis anos” sobre o hexacampeonato pernambucano de 1963 a 1968, com personagens e grandes jogos da saga.
Kuki terá a sua própria biografia. Contudo, esse será o segundo livro sobre o ex-ídolo alvirrubro. O pesquisador Carlos Celso já levantou todos os dados do atacante, que desembarcou nos Aflitos em 2001, na série “Grandes Goleadores”. Além do baixinho, há o exemplar sobre o Bita, o maior goleador do Náutico, com 223 gols em 338 partidas, com o tradicional apelido no título: “O Homem do Rifle”.
O próximo livro agendado sobre o trio de ferro é o do centenário do Santa Cruz, em 2014, pela BB Editora. Com um ano de produção, irá retratar a história do clube com doses de emoção. Em 2007 o Tricolor também teve a sua história revisada com resumos estatísticos, via “Retrospecto”, assim como os rivais. O trabalho nos mesmos moldes, com jogos, escalações, público e renda, vai de 1914 a 1999, em três livros distintivos.
Com o apoio do filho, Luciano Guedes, Carlos Celso conseguiu estampar capas coloridas nos três exemplares do Tricolor, fato alcançado com o apoio do clube, uma vez que a circulação do livro não contou com uma grande editora.
Editado em 1986 pela Cepe, o livro “Eu sou Santa Cruz de Corpo e Alma”, do falecido Mário Filho, conta histórias da Cobra Coral desde os anos 30, com causos sobre o povão e a formação da mística da torcida tricolor. Já em “Centrefó de Armação”, Aramis Trindade mistura realidades paralelas e ficção do futebol pernambucano de uma forma geral, mas com bastante humor. A capa foi ilustrada com um desenho do Santa Cruz.
Tendo o goleiro Magrão como personagem principal, o Sport lançou “Copa do Brasil 2008 – Há cinco anos o Brasil era rubro-negro”, com revelações de bastidores da segunda conquista nacional, como pressão de árbitro, viagens e orientações, editados por Rafael Silvestre. O Leão já contava com o levantamento de todos os seus jogos desde 1905, com três volumes. No primeiro, de 1905 a 1959, a diretoria do clube não apoiou no início e a capa, com baixo custo, foi preta e branca. A partir da segunda edição ela foi colorizada.
A série “Sport – Retrospecto” continuou, enumerando todas as partidas do Leão de 1960 a 1999, seguindo o padrão adotado por Carlos Celso Cordeiro nos demais livros estatísticos dos grandes clubes do Recife. Nas capas três fases da Ilha, com os formatos da Copa de 1950, ampliação na década de 1970 e reforma em 1982.
Durante muitos anos Fernando Bivar, irmão mais velho de Luciano e Milton Bivar, foi o curador do museu do Sport. Apreciador da história do clube, escrever alguns livros. Um deles foi “Coração Rubro-negro”, focando a importância da união do Leão em certas conquistas. Já o romance História da Garra Rubro-negra, editado pela Comunicarte, chama a atenção pela bela capa.
A publicação “100 anos de história – O Clássico dos Clássicos” é, literalmente, a mesma do Náutico. A capa e a contracapa têm ilustrações distintas, uma para o Alvirrubro e outra para o Rubro-negro. São 25 capítulos para o Sport e 25 para o Náutico. A primeira edição, esgotada, teve 500 unidades. Também com uma linha romanceada, Costa Filho lançou as memórias de um paraibano louco pelo Sport, com “Meu coração de Leão”.
Autor do gol da vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 6 x 5 na inauguração da Ilha do Retiro, em 1937, o saudoso Haroldo Praça também foi escritor. Com diversas crônicas sobre o futebol local, ele reuniu o material no livro “Gol de Haroldo”. Já a biografia “Clécio: o Halley” conta a vida do zagueiro, encontrado morto em um quarto de hotel aos 26 anos, em 2007. Revelado pelo Sport, Clécio viveu os altos e baixos no campo e fora dele.
Na década de 1980, Manoel Heleno escreveu dois livros sobre a história do Leão. Em 1985, no octogésimo aniversário do clube, saiu a primeira parte da “Memória Rubro-negra”, focando não só o futebol, mas a construção da identidade leonina na Ilha do Retiro. Em 1988 veio a segunda parte, compilando todos os fatos ocorridos de 1956 a 1988.
Há espaço também para os clubes intermediários. Começando pelos dois mais famosos, América, seis vezes campeão estadual, e Central, o maior do interior. Em 1990 o Alviverde da Estrada do Arraial ganhou um livro de Mário Filho, “O Periquito”. Já a Patativa viu a sua história contada por Zenóbio Meneses em “Meu Central, meu orgulho, minha paixão”, num esforço grande do torcedor/escritor. O livro foi publicado em espiral.
No embalo da fama de pior time do mundo, o jornalista Israel Leal conta a história do Íbis e todo o folclore que marca o famoso clube, no “O voo do Pássaro Preto”. Já Marcondes Moreno relembra a vida do Ypiranga, que cresceu paralelamente à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, desde a era amadora.
Aos 41 anos, Kuki vai calçar novamente as chuteiras.
De forma profissional.
Com a mesma garra de quem entrou 389 vezes em campo com o uniforme do Náutico.
Ninguém em Rosa e Silva jogou tanto pelo clube quanto ele.
Nos seus últimos 90 minutos pelo Timbu, tentará voltar a balançar as redes.
Até hoje, contabiliza 179 gols com a camisa vermelha e branca, o que o coloca como quarto maior artilheiro da centenária história do clube.
Acredite, Silvio Luiz Borba da Silva assinou contrato até o fim do ano e seu nome já foi publicado no Boletim Informativo Diário da CBF (veja aqui).
Uma burocracia para que Kuki possa, quem sabe, entrar em campo nesta Série A…
Na teoria, não há uma festa oficial agendada para o ídolo.
A inscrição de novos jogadores na Série A se encerra nesta sexta-feira. Portanto, havia a pressa para a tomar a decisão, para estruturar uma ideia antiga.
Contudo, o presidente timbu, Paulo Wanderley, afirmou, em entrevista ao blog, que ainda “depende de uma série de fatores”.
O principal, sem dúvida alguma, é a permanência na Série A. Sem sustos.
“Tomei essa decisão para ter a chance de pensar em algo mais à frente. Queremos fazer uma homenagem a Kuki e estamos vendo as possibilidades.”
Ao Náutico, hoje, faltam quatro vitórias para disputar a elite no ano que vem.
Se o Timbu mantiver a regularidade na campanha, isso irá acontecer.
Como curiosidade, vale lembrar a última partida do clube nos Aflitos na competição.
Bizu e Kuki, 293 gols e quatro títulos estaduais no Náutico. Eras distintas.
Dois dos maiores ídolos da história do Timbu.
Responsáveis pelos títulos alvirrubros nos últimos 25 anos. Atacantes com faro de gol apuradíssimo, sempre na mira dos rivais (veja aqui).
Fizeram história, de fato. Bizu com a camisa 9, centroavante clássico na área, finalizador. Kuki e sua camisa 11, chegando na cara do gol em velocidade…
Os números do pesquisador Carlos Celso Cordeiro comprovam a eficiência da dupla.
Bizu
114 gols
189 jogos
Campeão pernambucano em 1989
Artilheiro do Estadual em 1989 e 1990 e da Copa do Brasil de 1990
Kuki
179 gols
389 jogos
Campeão pernambucano em 2001, 2002 e 2004
Artilheiro do Estadual em 2001, 2003 e 2005
Salário mínimo do Brasil em 2012: R$ 622. É o de maior poder de compra desde 1983.
Obviamente, ainda é muito pouco, considerando que o país agora ocupa o 6º lugar entre as maiores economias do mundo. E a desigualdade chega ao futebol.
Confira abaixo os maiores salários já firmados por grandes clubes pernambucanos a jogadores no Plano Real, desde 27 de fevereiro de 1994, com valores absolutos.
O alvirrubro Derley, após um mês de negociação, acertou por um contracheque recorde nos Aflitos, abaixo apenas de treinadores como Roberto Fernandes e Waldemar Lemos.
Sport – R$ 120 mil ao meia Marcelinho Paraíba, em 2011.
Náutico – R$ 75 mil ao volante Derley, em 2012.
Santa Cruz – R$ 40 mil ao meia Iranildo, em 2004.
Agora, algumas curiosidades sobre valores históricos no Recife:
Em sua segunda passagem no Náutico, há dois anos, o uruguaio Acosta veio recebendo R$ 125 mil. No entanto, o Timbu bancou apenas metade. O restante ficou com o Corinthians, detentor dos direitos econômicos do gringo.
A ausência da elite entre 1994 e 2007 colaborou para que o recorde timbu fosse recente. Para ser uma ideia, Kuki chegou ganhando R$ 3.600 e luvas de R$ 500. Subiu para R$ 7 mil após o título de 2001. O auge foi em 2006, no acesso, com R$ 40 mil.
Em 1999, o argentino Mancuso assinou um contrato com o Santa em dólar, por US$ 22 mil. A cotação era de R$ 1,75 (R$ 38,5 mil). Após a dispensa do jogador, no segundo semestre, a cotação subiu para R$ 1,90. O salário poderia ter subido para 41.800 reais.
Nem em 2001 e 2006, quando jogou a Série A, o Tricolor conseguiu superar o valor de Iranildo, contratado para o Estadual. O zagueiro Paulão foi o dono do maior salário em 2001, com R$ 38 mil. Carlinhos Bala, no ápice em 2005, ganhava R$ 27 mil…
O Rubro-negro segue como o único a bancar mais de 100 mil reais a atletas. Também estão na lista os meias Paulo Baier (R$ 110 mil) e Paulinho (R$ 100 mil), ambos em 2009.
O primeiro salário de grande porte do Sport foi o do zagueiro Wilson Gottardo, em 1999, com R$ 70 mil, causando problemas com o ídolo Leonardo, que ganhava R$ 60 mil.
É importante lembrar que há míseros quatro anos, o Leão, clube de maior poder aquisitivo do estado, tinha como teto para novos contratados a quantia de R$ 40 mil.
Quatro temporadas depois, essa realidade é quase inviável até para reservas…
No Brasil, a maior cifra paga por um clube pertence ao Flamengo, com R$ 1,8 milhão a Ronaldinho Gaúcho. Também em 2011, o prodígio Neymar ganhou R$ 3 milhões do Santos, mas o valor inclui patrocinadores, com 50% de todos os vencimentos.
O maior salário pago a um atleta de futebol nesta temporada foi o do camaronês Samuel Eto’o, de inacreditáveis R$ 3,9 milhões, no obscuro Anzhi, da Rússia.
Sobre o supracitado salário mínimo, vale destacar que 8.944 dos 14.678 jogadores registrados na CBF ganham apenas isso, o que representa 60% do empregados da bola.
Confira um post sobre o crescimento descontrolado nos salários do futebol aqui.
Quem mais jogou por cada um dos grandes clubes de Pernambuco em toda a história? Sem dúvida alguma, a conta é enorme, atravessando décadas. Começa em três pontos distintos nos campos do Recife, em 1905 (Sport), 1909 (Náutico) e 1914 (Santa Cruz).
Pois o pesquisador Carlos Celso Cordeiro mergulhou em seu enorme arquivo sobre o futebol local e chegou aos dados absolutos, repassando em primeira mão para o blog.
No Náutico, o recorde é recente, estabelecido por Kuki em 2010, superando Lourival Silva. No Sport, Magrão, com mais de 350 jogos, ainda está a 200 partidas da marca.
Enquanto isso, o Tricolor ostenta a marca de atleta com mais partidas em um clube local. Além dos 599 jogos pela Cobra Coral, Givanildo Oliveira ainda atuou 150 pelo Sport, fora as passagens como treinador. Confira os personagens e seus dados abaixo.
Givanildo Oliveira
599 partidas
Volante, em dois períodos, 1969/1976 e 1977/1979
8 títulos estaduais: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978 e 1979
Bria
562 partidas
Zagueiro, de 1949 a 1963
7 títulos estaduais: 1949, 1953, 1955, 1956, 1958, 1961 e 1962
Kuki
386 partidas
Atacante, em dois períodos 2001/2007 e 2008/2010
3 títulos estaduais: 2001, 2002 e 2004
Aproveitando os recordes de jogos, vale informar os maiores artilheiros: Bita (alvirrubro, 223 gols), Tará (tricolor, 207 gols) e Traçaia (rubro-negro, 202 gols).
Em 3 de janeiro de 2001, um baixinho realizava o seu primeiro treino nos Aflitos.
Contratado já com idade avançada, o atacante nunca havia brilhado nos principais centros de futebol do país. No máximo, em divisões inferiores da região Sul.
O nome tinha apenas quatro letras, mantendo uma tradição nas denominações dos goleadores em Rosa e Silva, tendo Bita como o maior exemplo, é claro.
Do nada, explodiu.
Passou a fazer muitos gols, colecionar marcas quase insuperáveis no clube.
Passou a reescrever a história do Clube Náutico Capibaribe. Ele mesmo, Silvio Luiz Borba da Silva, ou simplesmente Kuki.
A “revelação” de 29 anos marcou uma década nos Aflitos. Se tornou o atleta que mais vestiu o uniforme timbu em 110 anos.
Foram 389 partidas, com direito a três títulos estaduais e três artilharias do Estadual. Kuki virou sinônimo de raça, perseverança e festa nas arquibancadas.
Kukê! Kukê! Kukê!
Ao todo, marcou 179 tentos. É o 4º maior goleador do clube. Na frente dele, só Bita, Fernando Carvalheira e Baiano.
É claro que ocorreram atritos durante o longo relacionamento. Chegou a mudar de camisa. Mas voltou para “casa”. Virou auxiliar técnico.
Não tinha como deixar de viver o Timbu, a sua paixão tardia, mas incondicional.
Futebol, agora, só como brincadeira… Como rachões e futevôlei em Boa Viagem. Os gols, as arrancadas, a alegria e até a raiva em campo, ficaram no passado.
O tempo parece cada vez mais rápido…
Aquele Kuki completa 40 anos neste sábado, 30 de abril de 2011.
A história sempre dá uma chance para ser reescrita. Às novas gerações.