Santa Cruz Store desbrava o mercado no interior

Loja oficial do Santa Cruz em Garanhuns. Foto: Elton Ponce/Santa Cruz/divulgação

O Santa Cruz é o primeiro clube da capital pernambucana a abrir uma filial de sua loja oficial no interior do estado.

A Santa Cruz Store localizada no centro de Garanhuns, a 232 quilômetros do Recife, é um passo importante para consolidar do consumo dos grandes clubes locais.

Até então, a única extensão de mercado no interior era um quiosque do Sport, a Embaixada da Ilha, em um shopping center em Caruaru.

Com uma loja maior e um consequente aumento na variedade de oferta de produtos, o Tricolor preenche um nicho em uma das cidades onde mais exerce influência.

A loja oficial dos corais existe desde 1º de junho de 2009. Sua primeira loja fica na própria sede do clube. Para a primeira filial, logo no interior, foram investidos R$ 80 mil.

Uma terceira loja já está articulada para Caruaru…

Segundo a Pluri Consultoria, torcedores alvirrubros, rubro-negros e tricolores teriam um potencial de consumo mensal sobre produtos envolvendo os clubes de R$ 43 milhões.

Portanto, que a Santa Cruz Store siga desbravando o interior. E que a Espaço Sport e a Timbushop também encarem a BR-232…

Loja oficial do Santa Cruz em Garanhuns. Foto: Elton Ponce/Santa Cruz/divulgação

A divisão do mercado de chuteiras na Liga dos Campeões entre Adidas e Nike

As chuteiras dos craques na Liga dos Campeões 2014/2014. Crédito: twitter.com/GeniusFootball

A nova edição da Liga dos Campeões da Uefa contam com 32 times na fase de grupos. Dos maiores times da Europa a algumas surpresas no Velho Mundo.

Na temporada 2014/2015, velhas estrelas. Lionel Messi no Barcelona e Cristiano Ronaldo no Real Madrid ainda aparecem como os principais jogadores da Champions League. Nos pés de cada um, um clássico à parte.

O argentino vai calçar na disputa a Adizero F-50, num modelo exclusivo, amarelo, produzido pela Adidas. Outros 88 atletas também vão calçar a Adizero.

Já o português vai entrar em campo com a Mercurial Superfly IV, que junta o calçado a uma meia elástica. O modelo do CR7 também será exclusivo, mas através da Nike. Esta é a segunda chuteira mais popular do torneio.

Os cinco modelos mais usados nesta nova edição são, pela ordem: Adizero (Adidas), Mercurial (Adidas), Predator (Adidas), Magista (Nike) e Tiempo (Nike).

Nada menos que 317 jogadores vão atuar com esses cinco modelos.

O mercado de material esportivo segue em ritmo clássico na Europa…

A boa aceitação do plano de sócios e a inexplicável baixa adesão no Recife

Programa de sócios de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O resultado da enquete do blog sobre a opinião das torcidas em relação aos planos de sócios dos clubes foi bem contraditório. Mais da metade das três grandes torcidas do estado apontaram como “bom” o plano de 2014.

No âmbito geral, foram 897 participações, com a seguinte divisão: bom 59,19%; regular 26,53%; ruim 14,27%. No fim da postagem, os dados separados de cada time local. A contradição desses dados vem do fato do número de torcedores associados em dia. Primeiramente, vamos ao ranking da campanha nacional de descontos para sócios torcedores criada pela Ambev.

Futebol Melhor (sócios titulares e dependentes com pelo menos 18 anos):
1º) Santa Cruz – 20.518
2º) Sport – 13.655
3º) Náutico – 4.013

A direção da Ambev vem fazendo uma varredura nos quadros de sócios de todos os times brasileiros inscritos no programa, com o objetivo de evitar que associados que não estejam em dia sigam com o benefício do desconto em mais de 600 produtos no país. O Leão, por exemplo, chegou a ter 23 mil pessoas cadastradas no ranking nacional, mas o número foi revisado.

O ranking nacional da Ambev, em vigor há um ano e meio, não leva em conta o quanto de fato os clubes arrecadam com mensalidades. Assim, é preciso relatar o número atualizado de sócios titulares na Ilha do Retiro, Arruda e Aflitos.

Sócios títulares em dia*:
1º) Sport – 9,6 mil
2º) Santa Cruz – 8,5 mil
3º) Náutico – 3,9 mil

* Número informado pelos próprios clubes.

No Recife, o trio de ferro conta com apenas 22 mil sócios titulares em dia. É um dado baixíssimo considerando o universo estimado nas pesquisas de torcida. Menos de 1%, na verdade. Eis a quantidade absoluta mais recente no estado, de acordo com o estudo do Ibope, em agosto de 2014…

1º) Sport – 2.421.848
2º) Santa Cruz – 2.210.052
3º) Náutico – 488.053

Ou seja, considerando somente os sócios titulares de cada rival, esses números representariam na quantidade geral de cada time: Sport 0,39%, Santa Cruz 0,38%, Náutico 0,79%. Somando as três massas pernambucanas, com 5.119.953 torcedores, a adesão no quadro de associados é pífia, de 0,42%.

O plano pode ser até bom… mas a adesão não está coerente.

O que você acha do plano de sócios do seu clube, entre vantagens e custo?

Rubro-negro – 405 votos
SportBom – 58,52%, 237 votos
Regular – 29,38%, 119 votos
Ruim – 12,09%, 49 votos

Tricolor – 367 votos
Santa CruzBom – 62,12%, 228 votos
Regular – 24,52%, 90 votos
Ruim – 13,35%, 49 votos

Alvirrubro – 125 votos
NáuticoBom – 52,80%, 66 votos
Ruim – 24,00%, 30 votos
Regular – 23,20%, 29 votos

O camisa 1 com o uniforme 1

Magrão com uma camisa especial no jogo contra o Santos, na Arena Pernambuco, em 10 de setembro de 2014. Foto: Sport/facebook

Após dez anos atuando no Sport, Magrão enfim foi agraciado com o uniforme tradicional do clube, com as listras rubro-negras.

Na posição de goleiro, sempre teve que vestir, claro, padrões especiais, em cores distantes. Verde, azul, cinza, dourado etc. Rubro-negro, jamais.

Numa ação de marketing ao lado da Adidas, no lançamento do terceiro padrão do time (laranja) contra o Santos, pela Série A, a direção decidiu homenagear o experiente ídolo leonino.

No país, o pioneirismo coube ao São Paulo, com o goleiro Rogério Ceni jogando sempre com a camisa de “linha”. Quando o time joga de branco, ele usa o padrão tricolor listrado verticalmente.

Fluminense e Coritiba também já haviam adotado a ideia com seus goleiros…

Rogério Ceni com a camisa tradicional do São Paulo. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Os clássicos mais alternativos da história do Recife

Camisas alternativas de Santa Cruz, Náutico e Sport

No Arruda, os alviazulianos receberiam o time verde-limão.
Nos Aflitos, o verde clara teria um embate contra os laranjas.
Na Ilha do Retiro, clássico entre alvinegros e laranjas.

Todos os jogos possíveis com Náutico, Santa Cruz e Sport.

Ação de marketing relativamente recente no mercado pernambucano, o lançamento de padrões alternativos, à parte das cores oficiais, é algo já tradicional na Europa. Há quem chegue a cinco versões numa mesma temporada.

Por aqui, o Santa Cruz já teve três versões azuis, entre 2009 e 2011, simbolizando a conquista da Fita Azul, em 1979. Pelo centenário em 2014, uma camisa alvinegra, resgatando o primeiro uniforme. Todas as versões  foram criadas pela Penalty.

Também através da Penalty, o Náutico teve a (ainda única) cor alternativa verde claro. Para isso, foi feita uma enquete oficial, em 2012. A definição era uma homenagem ao Rio Capibaribe.

O Sport é o recordista de camisas alternativas. Foram seis nos últimos cinco anos, desconsiderando o padrão preto, oficialmente o 3º do clube.

Vestindo a Lotto, o Leão lançou os padrões dourado (2009), amarelo (2011) e cinza com fotos de torcedores (2012. A estreia da Adidas foi com laranja (2014), sem esquecer as versões limitadas em homenagem às seleções que jogararam o Mundial no estado, como verde/México e verde-limão/Japão. Também houve o alvinegro/Alemanha, mas tal combinação já está prevista no clube.

Misturando todas as cores alternativas, à parte do alvirrubro, rubro-negro e tricolor, a possibilidade num clássico local é bem ampla…

Antecipando o padrão laranja para mudar a pauta do dia na Ilha

Terceiro padrão do Sport em 2014. Crédito: Adidas

O lançamento do terceiro padrão do Sport estava agendado para o dia 9 de setembro. A pré-venda já havia sido iniciada, por R$ 219,9, mesmo sem mostrar a camisa de fato.

Um teaser, algumas fotos escuras e só. Nada mais sobre o novo padrão, numa cor alternativa.

Porém, as dicas serviam para criar uma expectativa na torcida. O blog até postou uma hipótese (acertada) do modelo (veja aqui).

Dois dias depois do teaser, bem antes do previsto no varejo, a Adidas acabou revelando todo o uniforme, na cor laranja, ou “solar red”, numa definição de cor da empresa.

Tudo bem que algumas imagens mais claras circularam na web durante o dia, o que poderia ter forçado de fato a marca a liberar a imagem.

No entanto, como essa atitude não é de praxe, é curioso que a revelação
(programada) tenha ocorrido no dia seguinte à eliminação da Copa Sul-Americana, onde a camisa seria usada, diga-se. No mínimo, “apaziguou”.

O mistério da camisa Black Solar Red do Sport

Terceiro padrão do Sport em 2014. Crédito: Adidas

Um vídeo de seis segundos traz a única imagem do novo uniforme do Sport.

Como costuma fazer com os seus clubes patrocinados, a Adidas lança um terceiro padrão meses após o lançamento das duas camisas oficiais, numa manobra direta para reativar a venda junto à torcida.

Depois da divulgação da camisa rubro-negra e da camisa branca, em maio, a empresa alemã volta instigar o público em setembro com uma dose homeopática do produto, através da campanha “um leão nunca está sozinho”.

Mas deixou algumas as pistas no ar… a começar pelo olhar laranja.

Se estende à descrição Black / Solar Red, que na linha da Adidas é um laranja forte com detalhes pretos. Contudo, há a inversão das cores (veja aqui).

Ao clarear de forma automática a primeira imagem disponibilizada, o tom laranja cresce bastante no padrão de 2014. Tire as suas conclusões aqui.

No entanto, pesa contra esta versão o fato de a camisa borrada no site ser predominantemente preta… nas primeiras camisas o borrão correspondeu.

Mistério decifrado ou não? Só não houve mistério no preço: R$ 219,90.

As camisas centenárias do Recife

As camisas do centenário de Náutico (2001), Sport (2005), Santa Cruz (2014) e América (2014)

Em 2001, 2005 e 2014, alvirrubros, rubro-negros, tricolores e alviverdes lançaram uniformes à parte dos padrões tradicionais, renovados ano a ano.

Nos quatro casos específicos, cada rival recifense comemorou o seu centenário com uma edição limitada. Além das marcas pelos 100 anos, foram criadas camisas pouco utilizadas – ou nem isso -, numa ação de marketing.

No interior, o primeiro centenário foi o Centro Limoeirense, em 2013. Veja aqui.

Na capital, eis os casos nos Aflitos, Ilha do Retiro, Arruda e Estrada do Arraial.

Marcas especiais do centenário de Náutico, Sport, Santa Cruz e América

O primeiro foi o Náutico, em 2001, com um modelo criado pela finta, que recuperou o primeiro distintivo da história timbu. Uma marca especial dos 100 anos também foi criada, centralizada na camisa (confira os detalhes).

A camisa do centenário do Náutico, em 2001

Em 2005, com a Topper, o Sport teve uma camisa discreta, sem muitos detalhes em relação ao primeiro padrão, a não ser a gola com cadarço e as etiquetas especiais. Atrás, o número 100 (confira os detalhes).

A camisa do centenário do Sport, em 2005

Em 2014, o Santa resgatou o seu primeiro uniforme, alvinegro. A camisa conta com uma marca alusiva aos 100 anos e também com o primeiro escudo do time, apenas com as letras iniciais do seu nome completo (confira os detalhes).

Camisa do centenário do Santa Cruz, em 2014

Também centenário em 2014, a Garra lançou para o América uma camisa toda verde, em vez da da listrada, mais comum. Distintivo e marcas especiais dos 100 anos foram inseridos. Nas costas, o número 100 (confira os detalhes).

Camisa do centenário do América, em 2014

Um resgate centenário do Tricolor em seu primeiro ano, Alvinegro

Possível camisa do centenário do Santa Cruz, em 2014

A aguardada camisa do centenário do Santa chega ao mercado em 9 de setembro. O padrão especial produzido pela Penalty, com uma suposta versão já na web, vem com uma cor a menos. Nada de vermelho…

Como em sua fundação, o hoje Tricolor resgata a sua origem alvinegra. Durou cerca de um ano, até o início do pioneiro Campeonato Pernambucano, em 1915.

Em 16 de junho foi fundada a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF. No início, não podia haver clubes com as mesmas cores. Já na fundação, um impasse. Santa e Flamengo do Recife optaram pelo branco e preto.

No caso do Santa Cruz, a escolha foi a representação de um ideal. O de aproximar adeptos de todas as raças, pois até a fundação do clube, negros e mestiços eram proibidos de fazer parte do elenco de outros times da capital.

Como nenhum clube cedeu, houve um sorteio. E o Santa Cruz foi obrigado a mudar. No caso, não mudou. Somou mais uma cor, o vermelho indígena.

Como curiosidade, o fato de o clube ter feito o jogo inaugural do Estadual, em 1º de agosto de 1915, no campo do Derby, hoje no centro da PM.

Vestindo com a camisa alvinegra, antes da mudança, venceu por 1 x 0, gol de Mário Rodrigues, que escreveu o seu nome na história do nosso futebol.

A Penalty ainda não apresentou oficialmente a camisa, mas como em outras oportunidades o padrão “vazou”. Estratégia de mercado?

Mas nada como resgatar tudo isso em um uniforme especial, limitado…

Obs1. Existem outras duas versões acerca da inclusão da cor vermelha. Numa delas, o Flamengo do Rio estaria de passagem no Recife, e naquela época o clube usava uma camisa coral (abolida pouco tempo depois). Ainda há a hipótese de inspiração na bandeira da Alemanha usada na Guerra do Reich.

Obs2. A marca PE Retrô já havia lançado uma camisa de malha, licenciada, alusiva a 1914. No caso, já com o vermelho (inexistente na época). Veja aqui.

A imitação é o maior elogio que existe, até nos uniformes

Camisas de Sport (1999), Santa Cruz (2010), Boca Juniors (2005) e Independiente (2014)

Uma estratégia comum no mercado futebolístico para alavancar a venda de produtos oficiais é a criação de modelos alternativos.

Terceiro padrão, camisa para apenas um jogo, quarto padrão…

Seja pelo resgate histórico, pelo abuso do desing por um cor realmente diferente, de vez em quando o marketing passa da conta…

O caso mais recente é o do Independiente, conhecido como Rojo, vermelho. Pois bem, a Puma, fornecedora do clube, lançou um padrão azul.

Porém, azul é a cor do Racing, o outro time de Avellaneda. Ainda que tenha ficado parecida com o padrão reserva do rival, a ideia foi incompreensível ( elaboração e aprovação). Acredite, existem outros capítulos. Até no Recife…

Antes, ainda vale lembrar outro caso na Argentina, com o maior clássico do país.

Comemorando o centenário do Boca Juniors em 2005, a Nike lançou uma série de uniformes antigos. O de 1907, com a faixa diagonal, deixou a torcida nervosa na Bombonera. Como não ligar la banda àquela tradicional do River?

Na ocasião, a torcida do River disse: “A imitação é o maior elogio que existe”.

No clássico pernambucano das multidões, um “vacilo” de cada lado.

Em 1999, a Topper resgatou um padrão utilizado pelo Sport na década de 1970, quando a camisa branca tinha duas faixas horizontais, uma vermelha e outra preta. Com uma rivalidade bem mais acirrada, a nova versão boiou no mercado.

Mais recente, em 2010, a Penalty exagerou no tamanho da listra branca, quase invisível. Não por acaso, da arquibancada parecia outro time jogando…

Erros em 1999, 2005, 2010 e 2014. Não se engane. Vem mais por aí…

Camisas de Santa Cruz (2014), Sport (2014), River Plate (2014) e Racing (2014)