O 45 minutos esmiuçou os jogos dos grandes clubes pernambucanos pelo Brasileiro no fim de semana. Nesta 159ª edição, a pauta principal foi o Santa Cruz, com a estreia de Grafite. Foram quase 40 minutos sobre a vitória coral e o peso da presença do atacante para o decorrer da Série B. Na sequência, a má fase do Náutico, derrotado no Rei Pelé e queimando a sua gordura na classificação. Por fim, o amargo empate do Sport em Curitiba, sofrendo um gol do Atlético-PR aos 52 do segundo tempo.
Neste podcast, de 1h32m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo, na estreia de Grafite, e a derrota do Náutico para o CRB, em Maceió, deixaram aberta uma possibilidade que parecia irreal na 6ª rodada da Série B. Àquela altura, o Timbu somava 16 dos 18 pontos possíveis, em segundo lugar, 12 pontos à frente do Tricolor, o 16º lugar. Desde então, o atual campeão pernambucano foi construindo uma campanha mais sólida, enquanto o Alvirrubro queimou bastante a sua gordura.
Nas onze rodadas seguintes, com reforços no Arruda e lacunas nos Aflitos, foram 21 pontos do Santa e 12 do Náutico, ambos fora do G4 após 17 partidas. Com isso, considerando o grau de dificuldade da próxima jornada, numa terça-feira cheia, pode ocorrer um “X” na classificação em caso de vitória tricolor, em casa, e derrota alvirrubra, fora. Essa análise da Série B só mostra o equilíbrio da competição, que sequer chegou à sua metade… Indefinição total.
No G4, dois baianos (incluindo o líder), um mineiro e um carioca.
A 18ª rodada dos representantes pernambucanos
11/08 (19h00) – Santa Cruz x Mogi Mirim (Arruda)
11/08 (19h00) – Bahia x Náutico (Fonte Nova)
O Náutico partiu para dois jogos fora de casa, ambos no Nordeste, com o objetivo de mudar o seu desempenho como visitante, o que poderia levá-lo de volta ao G4. Era uma questão fundamental, com todo o grupo consciente. Mas, esbarrando em seus limites, o time perdeu do CRB por 1 x 0 e chegou a cinco derrotas em oito jogos fora da Arena Pernambuco, diminuindo ainda mais o seu aproveitamento neste contexto, agora de apenas 20,8%.
A apresentação no Rei Pelé, sem criatividade, deixou a torcida receosa sobre o andamento da competição, aumentando a cobrança por reforços, algo que Lisca admite publicamente. A lacuna principal está no ataque, sem um definidor, alguém que realmente chame a responsabilidade. Douglas, grata surpresa nesta Série B, funcionaria mais como um coadjuvante nessa composição.
Até a contratação de peças ofensivas, a curto prazo, o Náutico continuará na briga pelo acesso, mas com a confiança menor em relação às primeiras rodadas. Se antes, com 28 pontos, mesmo em 5º lugar, tinha a pontuação do vice-líder, agora está a dois pontos do 4º. Contra os alagoanos, dirigidos por Mazola, o gol de Zé Carlos, aproveitando o rebote dele mesmo, desanimou o time aos 15 do segundo tempo. Cedo demais, em todos os sentidos.
Escorada na crise econômica, a Conmebol congelou todas as premiações de seus principais torneios interclubes. A Taça Libertadores e a Sul-Americana tiveram as mesmas cotas em 2014 e 2015. A diferença nesta temporada é a cotação da moeda, uma vez que a conferação paga em dólar. Fica claro que a nova edição da Sula, mesmo sem mudanças na moeda norte-americana, até que apareça um investidor, tem a avaliação mais alta em relação ao real.
Caso um time brasileiro seja campeão, largando a partir da 2ª fase (fase brasileira), irá receber 2,2 milhões de dólares. Em 2014 isso representou R$ 4,9 mi. Em 2015, com a delicada situação econômica, a conversão dá R$ 7,8 milhões, num aumento (em reais) de 58%. A polêmica quanto ao aumento absoluto do prêmio se deve à ausência de um patrocinador. Criado em 2002, o torneio só não teve um acordo de naming rights na pioneira edição. Após dois anos, a companhia francesa de petróleo Total ainda não firmou a renovação.
2002 – Copa Sul-Americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-Americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-Americana
2013/2014 – Copa Total Sul-Americana
O regulamento oficial de 2015 não trata de valores. No capítulo XII, sobre direitos comerciais, há o seguinte trecho: “Da exploração dos direitos de patrocínio do torneio, cada clube receberá uma quantia determinada pela Conmebol, segundo os jogos em que atue como mandante e dependendo da fase que alcance. O pagamento dos prêmios será efeturado sempre que o clube cumprir com as obrigações contidas no Manuel Técnico: Direitos de Patrocínios”.
Vale lembrar que o Sport, presente na Sula pela terceira vez consecutiva, saiu da Copa do Brasil com R$ 1,33 milhão em cotas pela campanha até a terceira fase, o máximo possível para ir ao vigente torneio internacional.
As cotas da Copa Sul-Americana desde a primeira participação pernambucana:
2015 (US$ 1 = R$ 3,53)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 530 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 795 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 1,06 milhão)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 1,272 milhão)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,943 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 4,241 milhões)
Total para o campeão da Sula de 2015: US$ 2,235 milhões (R$ 7.898.000)
2014 (US$ 1 = R$ 2,23)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 334,5 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 501,7 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 669 mil)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 802,8 mil)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,226 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 2,676 milhões)
Total para o campeão da Sula de 2014: US$ 2,235 milhões (R$ 4.984.050)
Cota final do Sport: R$ 334,5 mil
2013 (US$ 1 = R$ 2,44)
Fase brasileira: US$ 100 mil (R$ 244 mil)
Oitavas: US$ 140 mil (R$ 342 mil)
Quartas: US$ 180 mil (R$ 439 mil)
Semifinal: US$ 220 mil (R$ 537 mil)
Vice: US$ 300 mil (R$ 732 mil)
Campeão: US$ 600 mil (R$ 1,464 milhão)
Total para o campeão da Sula de 2013: US$ 1,24 milhão (R$ 3.025.600)
Cota final do Sport: R$ 586 mil
Cota final do Náutico: R$ 244 mil
As premiações máximas a partir da definição das vagas brasileiras na Sula:
2015 Copa do Brasil – R$ 6.510.000*
Sul-Americana – R$ 7.898.000 (US$ 2,235 milhões)**
Em 06/08, o dólar foi avaliado em R$ 3,53
2014
Copa do Brasil – R$ 5.120.000*
Sul-Americana – R$ 4.984.050 (US$ 2,235 milhões)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,23.
2013
Copa do Brasil – R$ 5.000.000*
Sul-Americana – R$ 3.025.600 (US$ 1,24 milhão)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,44.
* Contando as cotas somente a partir das oitavas de final da Copa do Brasil.
** A soma das premiações a partir da fase brasileira da Sula.
Pela segunda vez no 45 minutos, o técnico Lisca participou de uma entrevista especial. A primeira exclusiva havia sido em abril de 2014, na 11ª edição do podcast, ainda no comecinho do projeto jornalístico. Agora, em agosto de 2015, em sua segunda passagem pelo Náutico, um bate-papo recheado com bastidores, declarações sobre confusões no elenco e críticas à imprensa, sistema tático, balanço do Brasileirão e muito bom humor!
Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste 158º podcast, de 1h37m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O público pagante da peleja entre Palmeiras e Atlético-PR, na moderna casa alviverde, foi de 38.794 espectadores. A particularidade do jogo válido pela Série A, em 2 de agosto de 2015, foi o fato de todos os bilhetes terem sido vendidos através da internet, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014, com mais de três milhões de ingressos. Isso mesmo, 100%. Trata-se do ponto alto de uma silenciosa mudança cultural no futebol brasileiro.
A venda online vem evoluindo nas arenas do país, num contexto já evidente na Arena Pernambuco, cujo novo sistema de comercialização entrou no ar a partir da 10ª rodada da Série B, com o jogo Náutico x Oeste. Na oitava partida com o formato, o percentual de bilhetes vendidos na internet chegou a 25%, o maior índice entre clubes após dois anos de operação da parceria público-privada.
Em números absolutos, a partida local com mais ingressos vendidos pela internet foi Sport x São Paulo, justamente o recorde em São Lourenço, com 41.994 pessoas. Quase 7,9 mil torcedores adquiriram o bilhete pelo site da arena. A meta até dezembro é chegar a 50%, com mais dez jogos do Náutico, quatro do Santa e três do Sport. Para isso, é preciso ativar a venda para sócios, opção ainda em articulação entre clubes e consórcio.
Venda 100% online por essas bandas? Já não parece um devaneio…
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Jogos com venda online na arena e o percentual sobre o público pagante
04/07 – Náutico 2 x 1 Oeste (Série B) – 12% de 7.594
11/07 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Série B) – 10% de 10.427
12/07 – Sport 2 x 2 Palmeiras (Série A) – 12% de 32.291
15/07 – Flamengo 0 x 2 Náutico (Copa do Brasil) – 22% de 14.919
19/07 – Sport 2 x 0 São Paulo (Série A) – 22% de 35.835
25/07 – Náutico 2 x 1 Vitória (Série B) – 12% de 6.441
01/08 – Náutico 1 x 1 Macaé (Série B) – 11% de 5.313
02/08 – Sport 0 x 0 Cruzeiro (Série A) – 25% de 24.456
Os grandes clubes do Recife reforçaram os seus planos de sócios em 2015, indo além da divulgação/marketing. Apresentaram benefícios práticos, como a ampliação da captação, tanto online (com facilidade de cadastro e pagamento) quanto na entrada dos estádios. Na Arena Pernambuco, Arruda ou Ilha do Retiro, promotas vem captando novos adeptos a cada jogo. O quadro absoluto soma 32.731 sócios titulares adimplentes. Somando as metas estipuladas pelas diretorias de Náutico, Santa e Sport, o número no fim do ano deveria atingir 70 mil associados. Ou seja, a marca atual é de 46,7%.
O aumento na temporada vem sendo substancial no Leão, com mais de 20 mil cadatrados em dia. A última vez que um clube da capital havia alcançado esse patamar foi em 1999, com o Tricolor chegando a 27 mil. Por falar nos corais, a contratação de Grafite impulsionou um rápido aumento, de 4 mil para 8 mil em dois meses. Em relação aos planos à disposição, o trio tem onze categorias distintas, com mensalidades de R$ 15 a R$ 320, de acordo com as vantagens (detalhes no hiperlink dos programas).
Obs. No Futebol Melhor, a campanha de descontos contabiliza os dependentes que tenham CPF. Daí, os times com mais sócios (Sport 27.172 e Náutico 4.130).
Dados atualizados até 4 de agosto de 2015
Alvirrubro de Carteirinha
Sócios titulares do Náutico: 3.709
Meta em dezembro/2015: 15 mil
Percentual da meta: 24,7%
Santa Cruz de Corpo e Alma
Sócios titulares do Santa Cruz: 8.162
Meta em dezembro/2015: 20 mil
Percentual da meta: 40,8%
Sport de Verdade
Sócios titulares do Sport: 20.500
Meta em dezembro/2015: 35 mil
Percentual da meta: 58,5%
O fim de semana foi um dos piores para os time da capital pernambucana neste Brasileiro. Na Série B, o Náutico tropeçou em casa e o Santa perdeu fora. Na Série A, o Sport não passou pelo ferrolho cruzeirense. Tudo isso está na análise do 45 minutos, com um balanço completo da rodada, além das dicas (música e programa de tevê) e promoções.
Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast de 1h36m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Empate em casa e derrota fora. Os resultados dos pernambucanos custaram o lugar no G4 para um e a aproximação da própria zona de classificação para o outro. O Náutico empatou com o Macaé e caiu para o 5º lugar, com a mesma pontuação do vice-líder. Uma vitória na Arena Pernambuco teria dado a liderança ao clube. Já o Santa Cruz perdeu do Oeste, com a meta vazada aos 36 minutos do segundo tempo. Assim, o Tricolor viu a distância para o G4 voltar a subir, de 5 para 6 pontos.
No G4, um carioca (líder), dois baianos e um mineiro.
A 17ª rodada dos representantes pernambucanos
08/08 (16h30) – Santa Cruz x Botafogo (Arruda)
08/08 (16h30) – CRB x Náutico (Rei Pelé)
A noite de sábado já caía na Arena Pernambuco. Os demais jogos iniciados à tarde haviam sido encerrados. Àquela altura, o Náutico (time e torcida) já sabia exatamente o que o placar contra o Macaé representaria na classificação. A vitória o levaria à liderança da Segundona. Contudo, por mais que a torcida soubesse dessa possibilidade – tamanho o equilíbrio na briga pelo G4 – , havia uma plena insatisfação com o desempenho em campo, com o 1 x 1 estabelecido após uma retranca com quatro volantes do mandante.
No jogo dos “gols sem querer querendo” de ambos os lados, o empate fez o time pernambucano ir de 8 a 80. Acabou fora da zona de classificação à elite nesta 16ª rodada, em 5º lugar, mas com a mesma pontuação do vice-líder. O meio-campo com João Ananias, Gil Mineiro, Fillipe Soutto e William Magrão, com o time em vantagem, foi, sim, um erro de Lisca. O técnico tem crédito demais no comando alvirrubro, mas não pode deixar de reconhecer a postura sem qualquer pingo de ousadia.
O tropeço em casa obriga o Náutico a obter um desempenho bem acima de seu retrospecto fora de casa (23%). O time parte para um giro no Nordeste, contra CRB e Bahia. Quatro volantes novamente?