Terça-feira cheia na Série B com duas derrotas pernambucanas. Numa rodada em que apenas um mandante venceu, pior para o Santa Cruz, derrotado pelo América Mineiro em Belo Horizonte. Com isso, o tricolor saiu do G4, caindo do 4º para o 7º lugar. Na Arena Pernambuco, numa partida de muitos erros, o Náutico perdeu do Goiás, chegando a sete derrotas na competição. Na lanterna, o timbu já está seis pontos atrás do penúltimo, o Figueirense, num situação já difícil de reverter. Nesta 9ª rodada caiu o último invicto. Jogando em casa, o líder Juventude perdeu o clássico do interior gaúcho para o Brasil de Pelotas, que subiu na tabela.
Resultados da 9ª rodada Juventude 1 x 2 Brasil América 1 x 0 Santa Cruz Náutico 2 x 3 Goiás ABC 1 x 3 CRB Figueirense 2 x 3 Luverdense Londrina 0 x 1 Criciúma Paysandu 0 x 0 Boa Internacional 0 x 0 Paraná Guarani 0 x 0 Oeste Vila Nova 1 x 1 Ceará
Balanço da 9ª rodada 1V dos mandantes (8 GP), 4E e 5V dos visitantes (13 GP)
Agenda da 10ª rodada 23/06 (19h15) – CRB x Paysandu (Rei Pelé) 23/06 (20h30) – Boa x ABC (Dilzon Melo) 23/06 (21h30) – Criciúma x Paraná (Heriberto Hülse) 23/06 (21h30) – Luverdense x América (Passo das Emas) 24/06 (16h30) – Brasil x Internacional (Bento FreitaS) 24/06 (16h30) – Goiás x Vila Nova (Serra Dourada) 24/06 (16h30) – Londrina x Juventude (Estádio do Café) 24/06 (16h30) – Ceará x Oeste (Presidente Vargas) 24/06 (16h30) – Santa Cruz x Figueirense (Arena Pernambuco) 24/06 (19h00) – Guarani x Náutico (Brinco de Ouro)
Em 2007, a segunda divisão pernambucana foi vencida pelo Salgueiro, numa final contra o Sete de Setembro, no Gigante do Agreste. Entretanto, o torneio acabou na justiça, com Petrolina e Centro Limoeirense, eliminados na semi, pleiteando as duas vagas. O presidente da FPF na época, Carlos Alberto Oliveira, tomou uma decisão sui generis. O dirigente promoveu o acesso dos quatro clubes, inchando a primeira divisão, que a partir de 2008 teria 12 clubes, apertando como nunca o calendário. Embora a federação tivesse sinalizado posteriormente, já sob comando de Evandro Carvalho, que o ideal era reduzir, emperrou na vontade dos clubes, contra a queda de quatro times.
Ao menos esta era a versão da entidade, que realizou dez edições sem mexer na lista de participantes. Mas, até que enfim, o cenário deverá mudar. Para isso, em vez de ampliar o número de rebaixados, a FPF irá reduzir o acesso. Ao blog, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, confirmou que a segunda divisão estadual de 2017, a “Série A2”, só irá promover o campeão, numa decisão administrativa já comunicada aos clubes – são 14 interessados na disputa. De 1995 a 2016, os dois melhores colocados sempre subiram. Logo, o objetivo é reduzir o tamanho da elite, de onde caíram dois, Serra Talhada e Atlético Pernambucano. Conforme preza o Estatuto do Torcedor, o regulamento irá vigorar por duas temporadas. Ou seja, uma redução paulatina na primeirona, com 11 clubes em 2018 e 10 clubes em 2019.
Hoje, o calendário oficial da CBF disponibiliza 14 datas para os estaduais do Nordeste, que tem, paralelamente, a Copa do Nordeste de fevereiro a maio. Com menos clubes, espera-se que a competição local adote um novo regulamento – a ser decidido no conselho arbitral em novembro -, deixando de lado o insosso (e previsível) hexagonal do título. E ainda há a possibilidade de uma extensão da redução, até 2020, chegando a 9 clubes. Número ímpar? Sim, pois, segundo federação, possibilitaria a realização de triangulares, com o Trio de Ferro como cabeça de chave. A conferir.
Abaixo, a movimentação de participantes no Pernambucano…
Entre os clubes que subiram, um asterisco em 1995, com o Sete de Setembro. O campeão da segundona pediu licença antes da estadual de 1996.
O Náutico tem, de longe, a defesa mais vazada da Série B. Em nove rodadas, já sofreu 19 gols, num desempenho refletido na campanha, sendo o único time que ainda não venceu. Contra o Goiás, mais uma noite de corredores abertos nas laterais, zaga mal posicionada e goleiro sem tanta efetividade.
O time foi vazado logo no primeiro minuto da partida, num cruzamento concluído por Carlos Eduardo, livre na área. Apesar do péssimo cenário, o time, estreando o técnico Beto Campos, reagiu. Com o ataque formado por Gilmar (esquerda), Vinícius (centralizado) e Erick (direita), as oportunidades surgiram. A primeira aos 26, num pênalti desperdiçado por Gilmar. Pouco depois, em outra jogada pela ponta, gol contra de Everton Sena (aquele mesmo). O timbu seguiu melhor na volta do intervalo, criando e pressionando. Até tomar o segundo gol de um adversário mais tranquilo – tanto em qualidade quanto na tabela. Embora tenha chegado outra vez ao empate, com Vinícius, recebendo passe de Gerônimo (acionado no lugar de Gilmar), a cobertura dos laterais foi lamentável, com outro gol de bola cruzada, aos 41 minutos, 2 x 3. Aí, sem reação, com o visitante até acertando a trave duas vezes.
Ficou a sensação de que pode melhorar? Ofensivamente, sim. Insuficiente para o restante do Brasileiro, que pede uma defesa confiável. Até porque, num levantamento considerando as nove primeiras rodadas, o quadro já é crítico. Com dois pontos, tem a pior pontuação neste recorte. Dos onze lanternas anteriores neste recorte, seis seguiram na posição ao fim da competição e apenas três clubes escaparam do Z4, com Lusa, Vila Nova e ABC somando 37, 42 e 43 pontos nas 29 rodadas seguintes, respectivamente.
O lanterna da Série B após 9 rodadas (e a situação após a 38ª) 2006 – 8 pontos, Portuguesa (14º, 45 pts) 2007 – 6 pontos, Ituano (20º, 33 pts) 2008 – 5 pontos, CRB (20º, 24 pts) 2009 – 3 pontos, Campinense (19º, 37 pts) 2010 – 4 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts) 2011 – 3 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts) 2012 – 2 pontos, Barueri (20º, 30 pts) 2013 – 3 pontos, ABC (14º, 46 pts) 2014 – 2 pontos, Vila Nova (19º, 32 pts) 2015 – 3 pontos, Mogi Mirim (20º, 23 pts) 2016 – 4 pontos, Sampaio Corrêa (20º, 27 pts) 2017 – 2 pontos, Náutico
Na 8ª rodada das Séries A e B, nenhuma vitória do Trio de Ferro. No sábado, dois jogos pela segundona. Num gramado em péssimas condições no Arruda, tricolores e colorados encontraram dificuldades para jogar bola. No interior mineiro, o timbu deu sequência à péssima campanha, já com reversão complicada. No domingo, o clássico entre os leões nordestinos, com atuação lamentável do pernambucano, sofrendo o primeiro revés como mandante. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
No Arruda, o Santa Cruz empatou com o Inter e se manteve no G4 da segunda divisão, deixando justamente o adversário colorada na colocação seguinte. Em Varginha, o Náutico perdeu do Boa Esporte e afundou na lanterna do Brasileiro, já com cinco pontos de diferença sobre o penúltimo colocado. Após oito rodadas, o líder Juventude é o único invicto e o timbu é o único time sem vitória. Na próxima rodada, mais uma “terça-feira cheia”.
Resultados da 7ª rodada Criciúma 3 x 2 Guarani Ceará 1 x 1 Luverdense Paraná 1 x 0 Figueirense Goiás 1 x 2 ABC Santa Cruz 0 x 0 Internacional Boa 2 x 1 Náutico Paysandu 0 x 0 Juventude CRB 0 x 3 Londrina Brasil 3 x 0 Vila Nova Oeste 0 x 0 América
Balanço da 7ª rodada 4V dos mandantes (11 GP), 4E e 2V dos visitantes (9 GP)
Agenda da 8ª rodada 20/06 (19h15) – Náutico x Goiás (Arena Pernambuco) 20/06 (19h15) – Juventude x Brasil (Alfredo Jaconi) 20/06 (19h15) – América x Santa Cruz (Independência) 20/06 (20h30) – ABC x CRB (Frasqueirão) 20/06 (20h30) – Figueirense x Luverdense (Orlando Scarpelli) 20/06 (20h30) – Londrina x Criciúma (Estádio do Café) 20/06 (20h30) – Paysandu x Boa (Curuzu) 20/06 (21h30) – Vila Nova x Ceará (Serra Dourada) 20/06 (21h30) – Guarani x Oeste (Brinco de Ouro) 20/06 (21h30) – Internacional x Paraná (Beira-Rio)
Em 24 pontos disputados, o Náutico somou apenas 2. Além dos dois empates, perdeu seis vezes. Hoje, é o único time que ainda não venceu na Série B, afundando na zona de rebaixamento, numa situação já difícil de reverter.
Em Varginha, sob comando interino de Levi Gomes, mais um revés. Outra vez de virada. Se contra o Paraná o segundo gol saiu nos descontos, contra o Boa o resultado também veio de forma dura, com dois gols seguidos no finzinho do primeiro tempo. Após o gol de Aislan, escorando o escanteio cobrado por Giovanni, o time pernambucano cometeu falhas grotescas. Como exemplo, o pênalti aos 42, ‘iniciado’ por Joazi e cometido por Tiago Cardoso. Bizarro. Na sequência, aos 44, um golaço de Rodolfo. O 2 x 1 seria definitivo, tamanha fragilidade do visitante, cuja melhor chance saiu dos pés do estreante Gilmar.
Com isso, o timbu volta ao Recife com apenas 8,3% de aproveitamento no Brasileiro, em seu pior início desde que o formato de 38 rodadas foi implantado. Por sinal, num levantamento considerando as oito primeiras rodadas, o quadro já é muito preocupante. Dos onze lanternas anteriores neste recorte, seis seguiram na posição ao fim da competição e apenas dois clubes escaparam do Z4, com Vila Nova e ABC somando 43 e 44 pontos nas trinta rodadas seguintes, respectivamente. Complicado imaginar uma reação semelhante com o alvirrubro. Boa sorte ao novo técnico, Beto Campos.
O lanterna da Série B após 8 rodadas (e a situação após a 38ª) 2006 – 7 pontos, Vila Nova (20º 42 pts) 2007 – 6 pontos, Ituano (20º, 33 pts) 2008 – 5 pontos, CRB (20º, 24 pts) 2009 – 3 pontos, Campinense (19º, 37 pts) 2010 – 3 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts) 2011 – 3 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts) 2012 – 2 pontos, Barueri (20º, 30 pts) 2013 – 2 pontos, ABC (14º, 46 pts) 2014 – 1 ponto, Vila Nova (19º, 32 pts) 2015 – 3 pontos, Mogi Mirim (20º, 23 pts) 2016 – 3 pontos, Tupi (19º, 30 pts) 2017 – 2 pontos, Náutico
O Estádio dos Aflitos completa um século de história em 2017. Trata-se de um ícone do futebol pernambucano, onde foram realizadas mais de 3 mil partidas, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro. E olhe que 41% dos jogos não teve o Náutico em campo, com os rivais presentes durante muito tempo. Abaixo, um resumo em cada década, com as transformações do local, de campo a estádio, da posse da antiga liga ao claro sinônimo de Náutico.
Desempenho do Náutico nos Aflitos 1.768 jogos* 1.138 vitórias (64,37%) 336 empates (19,00%) 294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos
Os clubes que mais atuaram nos Aflitos 1.768 – Náutico 540 – Santa Cruz 412 – Sport
As 15 finais do Campeonato Pernambucano nos Aflitos 7 títulos – Náutico (1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974) 5 títulos – Sport (1917, 1949, 1953, 1955 e 1975) 3 títulos – Santa Cruz (1947, 1959, 1969)
Década de 1910 Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno no bairro dos Aflitos, junto ao empresário Frederico Lundgren, com o objetivo de construir um campo de futebol. Estrutura simples, com a cancha murada e cercada por árvores. A entidade pretendia utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual, com as 29 partidas daquela edição disputadas por lá. A primeira em 8 de abril, Sport 4 x 1 Paulista. Na decisão, um Clássico das Multidões (ainda sem esse apelido), com Sport 3 x 1 Santa. No ano seguinte à inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico prontamente assumiu os custos do arrendamento. Pagou 250 mil réis por quatro anos.
Década de 1920 O Náutico passou a ser o dono definitivo do campo em 1921, dando início às primeiras melhorias, incluindo a entrada da sede. A foto mais antiga data de 1926 (acima), ano do título do Torre, o único clube à parte do Trio de Ferro levantar a taça no local. Num torneio de pontos corridos com oito times, o “Madeira Rubra” sagrou-se campeão ganhando do Náutico na última rodada.
Década de 1930 De campo a estádio. Começando pela mudança da posição do campo, com as barras saindo do sentido leste/oeste para o norte/sul, mantido até hoje. Surgiram também os primeiros degraus da arquibancada, apenas três, com a reabertura do local, já com status de “estádio”, em 25 de junho de 1939. Na ocasião, goleada alvirrubra por 5 x 2 sobre o Sport. Gols de Wlson (2), Bermudes, Celso e Fernando Carvalheira.
Década de 1940 O estádio dos Aflitos ganhou um sistema de iluminação em 19 de junho de 1941. Curiosamente, em um jogo que não envolveu o Náutico, Great Western 2 x 2 Flamengo do Recife. Na época, começou também a construção das sociais e cadeiras, uma estrutura ainda existente. Um jogo marcante na década ocorreu em 1º de julho de 1945, com a maior goleada da história do futebol local, Náutico 21 x 3 Flamengo. Tará balançou as redes nove vezes.
Década de 1950 O formato clássico dos Aflitos até meados dos anos 1990 foi finalizado na década de 1950, com a conclusão das arquibancadas e do antigo placar, conhecido como “Balança mas não cai” – um símbolo do futebol pernambucano. Além disso, foram construídos os túneis de acesso ao vestiário e colocados os primeiros alambrados. Época marcada por títulos, com o bicampeonato nos Aflitos em 50/51. O tri viria em plena Ilha do Retiro, ganhando os dois turnos. Em 1953, o estádio ganharia o nome de “Eládio de Barros Carvalho”, presidente do clube em 14 oportunidades, a primeira em 1948, quando incentivou a obra.
Década de 1960 A década dourada do Náutico, com o hexacampeonato estadual, boas campanhas na Taça Brasil, chegando à final, e participação na Libertadores. Nos Aflitos, a principal alteração foi construção das cabines de imprensa centrais. De lá, o registro audiovisual do recorde de público. Na decisão de 1968, no hexa, foram 31.061 torcedores espremidos assistindo in loco ao gol de Ramos, Náutico 1 x 0 Sport. O Recife acompanhou ao vivo na televisão.
Década de 1970 Dez anos sem grandes transformações. Com a inauguração do Arruda, em 1972, e a ampliação da Ilha, pouco antes, o Náutico jogou várias de suas principais partidas, no Estadual e no Brasileiro, nos campos rivais. Apesar disso, um jogo em especial aconteceu nos Aflitos, em 11 de dezembro de 1974. Náutico 1 x 0 Santa, com o 15º título pernambucano do timbu evitando o hexa tricolor. Ou seja, lá no Eládio nascia o bordão “Hexa é Luxo”.
Década de 1980 O Arruda estava novamente em obras, agora para a construção do anel superior. Paralelamente a isso, a direção timbu apresentou o “plano de expansão” dos Aflitos, em 28 de novembro de 1981. O estádio contaria com novas gerais, fosso, camarotes, cabines de imprensa e um novo lance de arquibancada no lugar do velho placar. Com isso, dobraria a capacidade, chegando a 50 mil lugares. “Não faremos dos Aflitos o maior estádio, mas o mais aconchegante”, frisou o então mandatário, Hélio Dias de Assis. Lendo assim, até parecia algo pequeno, mas seria um dos maiores estádios particulares do país. A obra não saiu, com o clube usando parte do recurso obtido no Bandepe para a reforma do calçamento na sede. Já os Aflitos virou praticamente um campo de treino, com apenas 140 partidas em dez anos.
Década de 1990 A segunda grande ampliação foi iniciada em 1996, com o aumento das arquibancadas laterais e central, tendo como consequência a demolição do “Balança mais não cai”. Um trabalho coordenado por Raphael Gazzaneo, que, de forma paulatina, foi arrecadando recursos junto à torcida para a construção de pequenos módulos num primeiro momento. Não por acaso, a obra duraria sete anos! Já em 1997, no quadrangular final da Série B, o estádio recebeu 28 mil torcedores para Náutico 0 x 2 América Mineiro.
Década de 2010 Com a Copa do Mundo no Brasil, proliferaram projetos de arenas de norte a sul. Na capital pernambucana foram nada menos que seis, incluindo a Arena Pernambuco, a única erguida. O próprio Náutico chegou a apresentar dois projetos de arena, deixando de lado a ampliação imaginada em 1996. Em 2013, o clube assinou um contrato de 30 anos para atuar na arena em São Lourenço. Com isso, parou até a manutenção dos Aflitos. Três anos depois, a rescisão unilateral do acordo por parte da Odebrecht, com o clube iniciando mais uma reforma em sua verdadeira casa, desta vez para obter os laudos básicos exigidos pela CBF – no último jogo, um amistoso com o Decisão, em 2015. Sonhando com o recomeço da centenária história em 2018…
Na 7ª rodada das Séries A e B, resultados distintos no Trio de Ferro. Na terça, o primeiro a entrar em campo foi o alvirrubro, derrotado nos descontos. Acabou resultando na saída de Waldemar Lemos do comando técnico. Pouco depois, no Castelão, o tricolor virou o placar com mudanças ofensivas no time. Na quarta-feira, pela elite, o leão voltou a pontuar como mandante, mas ficou num placar em branco, no último jogo sem DS87, devido à Seleção. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
Em mais uma terça-feira cheia na Série B, uma derrota pernambucana, em casa, e uma vitória pernambucana, como visitante. Na Arena, o Náutico perdeu do Paraná com um gol nos descontos. Segue na lanterna, agora o único clube sem vitória. No Castelão, o Santa superou o Ceará com bela atuação na etapa complementar. Com isso, voltou ao G4, subindo do 7º para o 4º lugar. Tomou o lugar do Internacional, que empatou mais uma – não por acaso, os corais estão na frente pelo número de vitórias, 4 x 3.
Resultados da 7ª rodada Náutico 1 x 2 Paraná Guarani 2 x 0 Paysandu Londrina 1 x 1 Oeste Figueirense 2 x 2 Criciúma Goiás 4 x 1 Boa Juventude 3 x 0 ABC CRB 1 x 2 Vila Nova Ceará 1 x 3 Santa Cruz América 1 x 1 Internacional Luverdense 4 x 0 Brasil
Balanço da 7ª rodada 4V dos mandantes (20 GP), 3E e 3V dos visitantes (12 GP)
Agenda da 8ª rodada 16/06 (19h15) – Criciúma x Guarani (Heriberto Hulse) 16/06 (20h30) – Ceará x Luverdense (Castelão) 16/06 (20h30) – Paraná x Figueirense (Durival de Britto) 16/06 (21h30) – Goiás x ABC (Serra Dourada) 17/06 (16h30) – Santa Cruz x Internacional (Arruda) 17/06 (16h30) – Boa x Náutico (Dilzon Melo) 17/06 (16h30) – Paysandu x Juventude (Mangueirão) 17/06 (16h30) – CRB x Londrina (Rei Pelé) 17/06 (19h00) – Brasil x Vila Nova (Bento Freitas) 17/06 (21h00) – Oeste x América (Arena Barueri)
O calvário do Náutico permanece na Série B, isolado na última posição. De 21 pontos disputados, o time somou apenas dois, em empates como mandante. A vitória vem passando longo do alvirrubro, que parece não evoluir em termos de organização. De volta à Arena Pernambuco, contra o Paraná Clube, equipe até teve mais volume de jogo, mas foi afobada do início ao fim.
Embora tenha aberto o placar logo aos cinco minutos, a vantagem durou pouco, repetindo o cenário contra o Oeste. A dificuldade para marcar gols é imensa. Tanto que o tento pernambucano saiu numa trapalhada do goleiro Richard, que chutou mal, com a bola nos pés de Vinícius. Após a estreia no Beira-Rio, quando balançou as redes, o atacante voltou a marcar. Esse faro de gol talvez seja o único saldo positivo da noite – sobretudo numa comparação com os demais nomes à frente, como Esquerdinha, penteando demais a bola, e Alison, sem intimidade com o gol. De resto, um time que não troca três passes em direção ao gol adversário, abusando basicamente uma jogada: bola para Erick, de fato bem acima da média no elenco.
E mesmo Erick abusou, desperdiçando a melhor chance de desempatar no segundo tempo, já aos 42. Pior. Pouco depois, aos 46, saiu o segundo gol dos visitantes num contragolpe, 1 x 2. Aqui, vale a ressalva sobre Erick, que vive a sua primeira temporada profissional, já carregada de uma responsabilidade causada pelo colapso financeiro (e administrativo) do clube, com limitação em reforços. Uma consequência disso é de Waldemar Lemos. O técnico, que assumiu o time há pouco mais de um mês, não tem um bom histórico de organização tática. Seu papel parece mais associado ao de um bombeiro, trabalhando o psicológico do grupo. Até aqui, insuficiente. Envolto numa eleição antecipada, o Náutico precisa seguir olhando para 2017. Para o time e para o comando técnico. A péssima largada já compromete, desde já, 2018…