Calendário de 2017 reduz Nordestão e estica Estadual, divididos em 26 datas

Calendário do futebol brasileiro em 2017. Crédito: CBF/divulgação

Com verniz de modernidade, a CBF divulgou o calendário brasileiro em 2017, com uma mudança incompreensível para o futebol da região. O Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro aprovou a redução da Copa do Nordeste e a ampliação do Pernambucano (e dos outros estaduais, claro), indo de encontro à evolução do regional nos últimos quatro anos. Os dois torneios serão simultâneos, entre fevereiro e abril, com 26 datas ao todo. Segundo a CBF, são 18 no estadual e 8 no regional. Resumindo: aumentou o certame local em 4 datas e reduziu o Nordestão em 4 (?!). Contudo, há a ressalva que a “quantidade de datas para cada competição depende da composição feita entre as federações e os clubes envolvidos, com anuência da CBF”.

Se o regional já tinha doze datas, desde 2013, qual é o sentido de reduzi-lo e deixar a brecha para “negociar” mais quatro datas? Para dar poder às federações, sim ou claro? Organizar uma Lampions com 20 clubes em 8 datas tende a ser complicado. A título de curiosidade, entre tantas fórmulas possíveis, poderia ser com cinco grupos de quatro times em turno único, quartas em jogo único e semi e final em ida e volta. Ou apenas em mata-matas. Ou seja, um arremedo. Já o Estadual com 18 datas seria a realização do sonho de Evandro Carvalho, mandatário da FPF – e também das demais federações da região.

Calendário 2016
Pernambucano – 14 datas (hexagonal do título, semifinal e final)

Nordestão – 12 datas (fase de grupos, quartas, semi e final)

Calendário 2017
Pernambucano – 18 datas (+ 28,5%)
Nordestão – 8 datas (- 33,3%)

Com essa resolução fica bem difícil não lembrar de 2003, quando a CBF, pressionada pelas federações, retirou a Copa do Nordeste do calendário. Ao menos agora há um acordo judicial, após vitória da liga, que obriga a entidade a chancelar o torneio até 2022. Pelo visto, só não estipula o tamanho. Até que uma (esperada) mudança seja feita oficialmente, vale o que está no papel. No caso, o enxuto regional só ocorreria no meio de semana (decisão em 19 de abril, uma quarta-feira). Os estaduais, basicamente aos domingos, têm apenas quatro datas na quarta. O repasse desses jogos solucionaria o impasse.

Em relação ao Brasileirão, mudanças pontuais, como a antecipação da abertura em uma semana, a paralisação de três rodadas para cada rodada (dupla) das Eliminatórias do Mundial de 2018 e a diminuição das partidas no meio de semana, com nove rodadas intermediárias (foram agendadas onze em 2016). O calendário foi elaborado pela diretoria de competições da CBF, cuja ata oficial foi assinada pelo presidente  Marco Polo Del Nero, com “satisfação”.

Confira o cronograma do novo calendário em uma resolução maior aqui.

Calendário do futebol brasileiro em 2017. Crédito: CBF/divulgação

Podcast – Especial com José Colagrossi e Amir Somoggi, pesquisa e gestão

José Colagrossi e Amir Somoggi, durante o workshop no Recife

Pesquisas de torcida, redes sociais, gestão e mercado do futebol. Esta edição do 45 Minutos vai muito além das quatro linhas em um amplo debate que contou com a participação do diretor-executivo do Ibope, José Colagrossi, e do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi. Os dois estiveram no Recife para palestrar no workshop promovido pela FPF. Nos intervalos do evento, aceitaram o convite para gravar com o podcast.

Confira a pauta completa do programa clicando aqui.

Neste 250º podcast, estive ao lado de Celso Ishigami e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Em transição, opção pela vaga na Sula ou na Copa do Brasil será feita por escrito

Reunião do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro em 09/06/2016. Foto:  Felipe Varanda/CBF

A classificação à Copa Sul-Americana atrelando a participação à eliminação precoce na Copa do Brasil, num formato esdrúxulo e antidesportivo, foi implantada pela CBF em 2013, quando os dois mata-matas passaram a ser simultâneos no segundo semestre. Foi assim em 2013, 2014, 2015 e 2016. E o cenário também caminha para ser aplicado em 2017, com as oito vagas (seis via Brasileiro, uma pelo Nordestão e outra pela Copa Verde) já regulamentadas. Contudo, deve haver uma novidade (já era hora).

Durante a apresentação das decisões do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, formado por 18 membros, entre eles ex-jogadores como o pernambucano Ricardo Rocha, o diretor de competições da confederação, Manoel Flores, explicou que a classificação internacional deve passar por uma transição. A primeira, a curto prazo, é a opção por escrito.

“Essa é uma questão que continua. A gente, em conselho técnico, decidiu em conjunto com os clubes de que os clubes ao término do Brasileiro desse ano (2016) vão informar a opção deles. Eles querem isso, poder informar a opção. Foi decidido e aprovado por todos. Então, sabedores que estão classificados à Sul-Americana, vão fazer essa opção por escrito. É uma questão que está sendo trabalhada junto à Conmebol. A gente entende que no futuro, não muito distante, a readequação de Libertadores e Sul-Americana é algo que tem que ser revisto. A gente vai lutar por isso na entidade continental.”

Para 2017, pela declaração de Flores, é possível concluir que Santa Cruz e Paysandu, campeões regionais, terão que escolher entre Sula e Copa do Brasil antes da disputa, além dos seis melhores colocados da Série A, à parte dos classificados à Libertadores. Vale lembrar que o Sport tentou abrir mão da Copa do Brasil em 2016, para se dedicar à Sula, solicitando formalmente à CBF. Na ocasião, a entidade negou. O rubro-negro confirmou a atitude em nota oficial. Ao que parece, a ideal acabou entrando na pauta do comitê de reformas…

Reunião do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro em 09/06/2016. Foto:  Felipe Varanda/CBF

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2017

Os 20 clubes classificados à Copa do Nordeste de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os vinte participantes da Copa do Nordeste de 2017 estão definidos, pela terceira vez com a presença dos nove estados da região, sendo três times de Pernambuco e Bahia e dois dos demais estados. O formato é o mesmo, com cinco grupos de quatro clubes, avançando os líderes e os três melhores vice-líderes. O sorteio das chaves, dirigido, será em setembro, em João Pessoa. São quatro potes, com cada um indicando um participante de cada grupo.

A divisão dos potes seguiu o Ranking da CBF em vigor, ou seja, a lista de dezembro de 2015. Isso acaba gerando um cenário controverso, com o atual campeão, o Santa Cruz, no segundo pote. Por este motivo, há 40% de chance de ter um grupo com dois grandes clubes do Recife (Sport/Santa ou Náutico/Santa). Quanto às cotas de premiação, que em 2016 totalizaram R$ 14,8 milhões, o montante só deve ser definido no conselho da liga, na Paraíba.

Pote 1: Bahia (18º), Sport (19º), Vitória (20º), Náutico (25º) e ABC (26º)
Pote 2: América (29º), Santa (35º), Sampaio (39º), CRB (40º) e Fortaleza (42º)
Pote 3: Botafogo (56º), Campinense (72º), River (79º), Moto (97º) e CSA (103º)
Pote 4: Sergipe (137º), Itabaiana (164º) Juazeirense (174º), Uniclinic/Altos (s/r) 

Entre os times tradicionais, a ausência fica por conta do o ex-campeão Ceará.

Classificações via estadual e histórico no regional (1994-2016)

Alagoas
CRB (campeão alagoano): 12 participações, com 1 vice
CSA (vice): 10 participações, com 2 semifinais

Bahia
Vitória (campeão baiano): 12 participações, com 4 títulos, 3 vices e 1 semifinal
Bahia (vice): 12 participações, com 2 títulos, 3 vices e 3 semifinais
Juazeirense (3º lugar): 1 participação, com 1 fase de grupos

Ceará
Fortaleza (campeão cearense): 9 participações, com 2 semifinais
Uniclinic (vice): estreante

Maranhão
Moto Club (campeão maranhense): 1 participação, com 1 fase de grupos
Sampaio Corrêa (vice): 2 participações, com 2 fases de grupos

Paraíba
Botafogo (finalista do estadual): 12 participações, com 1 semifinal
Campinense (finalista do estadual): 4 participações, com 1 título e 1 vice

Pernambuco
Santa (campeão pernambucano): 10 participações, com 1 título e 2 semis
Sport (vice): 11 participações, com 3 títulos, 1 vice e 4 semifinais
Náutico (3º lugar): 8 participações, com 2 semifinais

Piauí
River (finalista do estadual): 2 participações, com 2 fases de grupos
Altos (finalista do estadual): estreante

Rio Grande do Norte
ABC (campeão potiguar): 11 participações, com 1 vice e 1 semifinal
América (vice): 13 participações, com 1 título e 2 semifinais

Sergipe
Sergipe (campeão sergipano): 9 participações, com 1 semifinal
Itabaiana (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos

Copa do Nordeste. Foto: Cassio Zirpoli/DP

A repaginação dos troféus da CBF, com a Série A e a Copa do Brasil como modelos

Troféus da Séries A, B, C e D, da Copa do Brasil e do Nordestão

As taças das principais competições organizadas pela CBF ganharam detalhes dourados na repaginação feita entre 2013 e 2015. Os modelos do Brasileirão e da Copa do Brasil influenciaram em quase todas as peças, doze ao todo. Antes, exceção feita à Copa do Nordeste, todos eram prateados. A gradativa mudança começou com o mata-mata nacional, substituindo o modelo adotado durante cinco anos. Em 2014 foi a vez de mudar os objetos de desejo das Séries A e B.

A antiga taça do Brasileirão vigorou de 1993 a 2013, enquanto na Segundona era a mesma desde 2002. Agora, ambas têm o nome da patrocinadora, a Chevrolet. O agressivo marketing se deve ao naming rights com a montadora, com vínculo até 2017. Logo, caso não seja renovado, um novo troféu será instituído. Em 2015, mais três mudanças, nas Série C e D e no Nordestão. As últimas duas divisões seguiram o topo da casta, com a bola dourada em destaque.

A Lampions foi a única que manteve o design. A mudança, sutil, foi o acréscimo de dois anéis, simbolizando a entrada dos estados do Piauí e do Maranhão, enfim incorporados na disputa. Outras competições surgiram no período, como a Copa de Verde, em 2014, e as categorias júnior e juvenil do Brasileiro e da Copa do Brasil – no Sub 20, as taças lembram as versões profissionais. Espaço também para os dois torneios nacionais femininos, na categoria adulta.

Entre as doze taças, qual é a mais bonita? E a mais feia?

Acima, Séries A, B, C e D, Copa do Brasil e Nordestão. Abaixo, Copa Verde, Brasileiro Sub 20, C. do Brasil Sub 20 e 17, Brasileiro e C. do Brasil feminina.

Relembre as versões anteriores das taças das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste clicando aqui.

Troféus da Copa Verde, Brasileiro Sub 20, Copa do Brasil Sub 20 e Sub 17, Brasileiro feminino e Copa do Brasil feminina

As milionárias receitas e dívidas de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2015

Finanças de Sport, Santa Cruz e Náutico. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Direitos de transmissão, bilheteria, premiações, patrocinadores, quadro de sócios, venda de jogadores, parcelamentos, empréstimos etc. Somando todas as receitas possíveis em 2015, os três grandes clubes do Recife registraram um faturamento de R$ 121 milhões, de acordo com os balanços financeiros apresentados por Náutico, Santa Cruz e Sport em 29 de abril de 2016. Numa primeira análise, um volume considerável de grana. No entanto, a dívida segue aumentando numa velocidade incrível, subindo pelo terceiro ano seguido.

Por uma questão de padronização, o blog usa a expressão “passivo”, somando o circulante e o não circulante – dados presentes em todos os balanços. O passivo não é um “sinônimo” de dívida, pois na questão contábil alguns números entram como receitas futuras, que não podem ser contabilizadas no último balanço. Aconteceu com o Sport em 2015, com R$ 18 milhões da cota de tevê, numa bonificação pela temporada de 2019, já paga pela Globo.

Receita operacional agregada
2011 – R$ 83.296.759
2012 – R$ 134.030.496 (+50.733.737, ou +60%)
2013 – R$ 116.488.865 (-17.541.631, ou -13%)
2014 – R$ 93.257.832 (-23.231.033, ou -19%)
2015 – R$ 121.173.612 (+27.915.780, ou +29%)

Passivo (soma dos passivos circulante e não circulante)
2011 – R$ 177.496.391
2012 – R$ 170.898.306 (-6.598.085, ou -3%)
2013 – R$ 182.045.072 (+11.146.766, ou +6%)
2014 – R$ 283.488.245 (+101.443.173, ou +55%)
2015 – R$ 348.163.829 (+64.675.584, ou +22%)

Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 40.391.204.

Confira a íntegra dos balanços financeiros: SportSanta Cruz e Náutico.

Abaixo, um gráfico com a variação das cifras de cada um, de 2011 a 2015.

Copa Verde com apenas 6% da cota do Nordestão, uma disparidade de mercado

O troféu da Copa Verde 2016. Foto:  Rafael Ribeiro/CBF

Com três edições, a Copa Verde mantém com ponto alto a classificação à Copa Sul-Americana. Foi assim com os campeões Brasília, Cuiabá e Paysandu, assegurando participações internacionais nos anos seguintes. Financeiramente, porém, o mata-mata segue com um investimento bem modesto. Idealizado pela CBF em 2014, a partir do sucesso do Nordestão, cuja transmissão é feita pelo mesmo canal, o torneio tem uma cota de apenas 6% em comparação à matriz.

Em 2016, somando as cotas das oitavas, quartas, semi e título, o Papão ganhou R$ 275 mil. Isso corresponde a 11% da premiação do Santa Cruz, o campeão nordestino na mesma temporada. O valor repassado ao bicolor paraense é um pouco mais da metade da cota da primeira fase do Nordestão. A disparidade (técnica?) entre os torneios de integração se mantém em todas as etapas. Mais. Enquanto a premiação absoluta do Nordestão subiu 33% em um ano, na Copa Verde o valor foi congelado, devido ao painel de patrocínios mais enxuto.

À parte de Paysandu e Remo, o torneio carece de forças populares. A entrada do Vila Nova, na terceira edição, ajudou. Por outro lado, o Goiás, o único “cotista” da tevê nas regiões, não quis participar, preferindo seguir em busca de um lugar na própria Copa do Nordeste (possibilidade já rechaçada) ou na Primeira Liga.

Veja as cotas, somando as fases, das campanhas finais nas Copas Verde e do Nordeste. Entre parênteses, o percentual da Verde sobre a etapa no Nordestão.

Copa Verde 2016 (18 times)
Campeão – R$ 275 mil (11%), Paysandu
Vice – R$ 145 mil (7%), Gama
Semifinalista – R$ 95 mil (6%), Remo e Aparecidense
Quartas de final – R$ 45 mil (5%), Rio Branco, Nacional, Cuiabá e Vila Nova
Primeira fase (oitavas) – R$ 15 mil (3%)
Total: R$ 910.000* (6%)
* Exceto para os eliminados na fase preliminar

Copa do Nordeste 2016 (20 clubes)
Campeão – R$ 2,385 milhões, Santa Cruz
Vice – R$ 1,885 milhão, Campinense
Semifinalista – R$ 1,385 milhão, Bahia e Sport
Quartas de final – R$ 935 mil, Ceará, Fortaleza, CRB e Salgueiro
Primeira fase (grupos) – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão 

Troféu da Copa do Nordeste 2016, na decisão em Campina Grande. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

G7 do Nordeste, uma realidade política, econômica e esportiva. Já a caminho

Bahia, Vitória, Náutico, Santa, Sport, Ceará e Fortaleza, o G7 do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Quais são os maiores clubes do Nordeste? Para responder a pergunta é preciso definir um recorte, naturalmente. Vamos lá, enumere sete. Para o tal G7 algum time tomaria o lugar na lista acima? Bahia e Vitória, Náutico, Santa Cruz e Sport, Ceará e Fortaleza. Os clubes mais populares da região, representantes dos três maiores centros de futebol, Salvador, Recife e Fortaleza. Donos de 11 dos 13 títulos regionais e com os melhores resultados nacionais, com histórico de disputa de títulos e eventuais conquistas. A tudo isso, considere também as maiores receitas, com o maior potencial de investimento técnico. Em 2015, os sete balanços somaram uma receita operacional de R$ 311 milhões.

R$ 89.330.000 – Bahia
R$ 87.649.465 – Sport
R$ 52.280.000 – Vitória
R$ 29.590.400 – Ceará
R$ 19.281.315 – Fortaleza
R$ 18.414.086 – Náutico
R$ 15.110.061 – Santa Cruz

Demorou, mas os dirigentes dos sete times se reuniram para uma demanda em bloco, fazendo valer a força de um nicho superior a 13 milhões de torcedores, segundo pesquisa do Ibope de 2014. Em um hotel no Recife, sem alarde, ocorreu um encontro com Arnaldo Barros (vice do Sport), Constantino Júnior (vice do Santa), Kleber Medeiros (vice de marketing do Náutico), Marcelo Sant’Ana (presidente do Bahia), Manoel Matos (vice do Vitória), Evandro Leitão (ex-presidente do Ceará) e Ênio Mourão (vice do Fortaleza).

A reunião não definiu um grupo à parte, como o Clube dos 13, com os times ainda representados pela Liga do Nordeste. O objetivo era propor. Conforme já comentado na imprensa, ocorreu uma articulação para reformular a Copa do Nordeste a partir de 2018. Vários modelos foram especulados, um deles considerando até uma segunda divisão. Ao podcast 45 minutos, Tininho comentou sobre o formato analisado, reforçando a ideia de expansão divisional:

Como é o Nordestão
20 clubes, com cinco grupos de quatro, quartas, semi e final (12 datas)

Como quer o G7
12 clubes, com turno único, semifinal e final (15 datas)

Nota-se um grupo formado por sete clubes querendo enxugar a competição para doze participantes. Logo, apenas cinco vagas ficariam “abertas” aos demais times da região. Ao menos numa primeira edição, composta através de um ranking histórico. Depois, normalizando, teria acesso e descenso anualmente.

O próprio grupo entende que a proposta, repassada à liga, pode ser rechaçada pela CBF, mas já aguarda a contraproposta para firmar uma composição. Questionado se essa postura, a la G12, não daria uma cara de “Copa União”, o dirigente reconheceu a semelhança, mas tratou de indicar a convergência para um critério técnico. O qual poderá englobar os sete maiores times nordestinos…

As charges dos títulos do Santa, no Pernambucano e no Nordestão 2016

Foram oito dias históricos para o Santa Cruz. Em um domingo, o inédito título nordestino foi alcançado em Campina Grande. No domingo seguinte, mais uma volta olímpica na Ilha do Retiro, pelo certame estadual. Nas duas segundas-feiras seguintes, com as coberturas das conquistas, duas charges para os corais, assinadas pelos cartunistas do Diario de Pernambuco.

09/05/2016 (Jarbas Domingos)

Charge de Jarbas Domingos sobre o titulo do Santa no Pernambucano 2016. Crédito: DP

02/05/2016 (Samuca)

Charge de Samuca sobre o titulo do Santa no Nordestão 2016. Crédito: DP

Trio de Ferro representando Pernambuco no Nordestão pela 7ª vez em 14 edições

Pernambuco na Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após um hiato de duas temporadas, o Trio de Ferro está reunido novamente na Copa do Nordeste. Pela 7ª vez em 14 edições, Náutico, Santa Cruz e Sport representarão o estado. Para 2017, tricolores e rubro-negros já haviam garantido presença ao avançar à decisão estadual. No duelo pela terceira colocação, cuja única razão de existir é a vaga regional, o Timbu superou o Carcará.

Das treze edições anteriores, Pernambuco teve três representantes em nove temporadas, nem sempre com os grandes, com o valente Salgueiro obtendo três participações. Em 33 participações, até hoje, o futebol pernambucano detém quatro títulos, sendo três com o Sport e um com o Santa Cruz, o atual campeão. O pior momento do estado, para fins estatísticos, foi em 2003, quando os times locais declinaram da competição, esvaziada devido à briga entre CBF e Liga Nordeste, que só acabaria uma década depois, num acordo milionário com a volta da Lampions League ao calendário oficial da entidade.

Ainda não há premiação definida, mas o título de 2017 deverá, no mínimo, repetir a cota de R$ 2,3 milhões da última edição. Quanto à vaga na Copa Sul-Americana, passará a classificar para a temporada seguinte. No caso, 2018

Representantes locais na Lampions
1994 – Sport (1º), Santa Cruz (7º) e Náutico (12º)

1997 – Sport (3º), Náutico (6º) e Santa Cruz (8º)
1998 – Santa Cruz (5º), Sport (9º) e Náutico (15º)
1999 – Sport (3º) e Porto (10º)
2000 – Sport (1º) e Santa Cruz (10º)
2001 – Sport (2º), Náutico (3º) e Santa Cruz (5º)
2002 – Náutico (3º) e Santa Cruz (4º) e Sport (10º)
2003 – Nenhum
2010 – Santa Cruz (8º) e Náutico (10º)
2013 – Santa Cruz (6º), Sport (7º) e Salgueiro (13º)
2014 – Sport (1º), Santa Cruz (4º) e Náutico (11º)
2015 – Sport (4º), Salgueiro (7º) e Náutico (9º)
2016 – Santa Cruz (1º), Sport (4º) e Salgueiro (6º)
2017 – Náutico, Santa Cruz e Sport

Número de participações 
12 – Sport
11 – Santa Cruz
9 – Náutico
3 – Salgueiro
1 – Porto