Na Ilha do Retiro, o filme parece se repetir a cada rodada.
Os resultados beneficiam o time. Este, se autoflagela, sempre diante de sua massa.
O tempo vai passando, esgotando o número de partidas na competição, numa relação direta com a paciência e confiança de todos.
A torcida já não aguenta os tropeços da equipe, de uma irregularidade impressionante, que não condiz com o investimento desta temporada.
O time rubro-negro, com tantas mexidas no setor de criação e no ataque nas últimas apresentações, sempre no intervalo, no calor do protesto da arquibancada, parece desarticulado quanto ao papel do treinador.
O técnico, o terceiro em uma longa jornada nesta Segundona, também vislumbra a falta de dedicação de algumas peças, calibradas apenas de “raça”.
No topo dessa escala, a diretoria, praticamente omissa. A cada semana, apenas uma frase de incentivo e uma conversa de vestiário.
Palavras cada vez mais vazias diante do elenco e, sobretudo, da torcida, que move o clube. Uma pequena parte dela, além do limite democrático, provocou a imagem acima.
E assim segue o Sport numa caminhada estranha, como no sábado. Sempre com cara de fracasso, mas na cola do seu objetivo maior, o G4, ainda a dois pontos de distância.
Perder do Goiás por 1 x 0, sofrendo o gol aos 45 minutos da etapa complementar, no terceiro tropeço seguido como mandante… Esse Leão não quer voltar à elite.
Por mais absurda que seja, talvez essa seja a explicação mais plausível.