Belo Jardim ganha a Série A2 e se torna o 27º clube campeão em Pernambuco

Final da 2ª divisão do Pernambucano 2015: Vitória 0x1 Belo Jardim. Foto: FPF/divulgação

O gol de Eduardo Erê, ainda no primeiro tempo, definiu a noite no Carneirão. Deu ao Belo Jardim o título da segunda divisão estadual de 2015. Um jogo no qual o Calango superou o mandante, e favorito, Vitória, levantando assim a primeira taça de sua história, justamente no aniversário de dez anos como profissional. Na competição aberta a jogadores de até 23 anos, o alviverde alcançou o seu terceiro acesso à elite local (2006, 2011 e 2015).

Com a conquista, o Belo Jardim tornou-se o 27º clube a conquistar um título oficial em Pernambuco. Além dos sete campeões estaduais desde 1915, outros 20 clubes já tiveram o gostinho de comemorar uma taça em competições organizadas pela FPF na categoria principal. Nos 145 torneios considerados, as duas divisões do Pernambucano, a Copa Pernambuco e a Taça do Interior.

Eis a lista de títulos acumulados no futebol do estado, sem contar as eventuais glórias regionais e nacionais…

43 – Sport
32 – Santa Cruz
22 – Náutico
6 – América
4 – Vitória, Recife e Salgueiro
3 – Torre, Central e Vera Cruz
2 – Tramways, Porto, Ypiranga e Petrolina
1 – Flamengo do Recife, Maguari, Sete de Setembro, Flamengo de Arcoverde, Ferroviário, Unibol, AGA, Itacuruba, Estudantes, Araripina, Serra Talhada, Chã Grande e Belo Jardim

Obs. Na lista levantada pelo blog, a extinta terceira divisão local, realizada entre 2000 e 2002, não foi levada em consideração porque era amadora. Somente após o título o clube era convidado pela FPF a se profissionalizar.

Final da 2ª divisão do Pernambucano 2015: Vitória 0x1 Belo Jardim. Foto: FPF/divulgação

O Clássico das Multidões completa 100 anos em 2016 com taça especial em jogo

Santa Cruz x Sport. Arte: Diario de Pernambuco

O primeiro Clássico das Multidões aconteceu em 1916. Nos primórdios do futebol, sequer havia a alcunha, que surgiria três décadas depois, com a popularização de Santa e Sport. A peleja, um amistoso vencido pelos rubro-negros em 6 de maio, teve destaque no Diario de Pernambuco. No mesmo ano e no mesmo British Club, os rivais decidiram o título estadual pela primeira vez, numa notinha na primeira página do jornal em 25 de dezembro. Um jogo com “grande animação” e “assistência numerosa”. Casa cheia desde sempre.

Em 2016, mais de 500 capítulos depois, o clássico completará um século, repetindo o feito de outro clássico local, Náutico x Sport, o terceiro mais antigo do país, centenário desde 2009. No Clássico dos Clássicos foi realizada uma série de eventos homenageando a histórica marca. Foram criados um brasão oficial, um livro com crônicas sobre 50 grandes jogos e até o Troféu 100 Anos de Clássicos, oferecido pela FPF. Como o jogo festivo, válido pela Série A, terminou empatado em 3 x 3, a federação pernambucana entregou uma taça para cada um. A base da taça, aliás, tem os escudos dos dois times, sendo a única presença de um distintivo do Sport nos Aflitos e do Náutico na Ilha do Retiro.

Quis o destino que o centenário entre corais e leoninos também fosse celebrado na elite nacional, numa temporada com até dez Clássicos das Multidões. São aguardadas novas ações de marketing, dos dois clubes, justíssimas para uma data tão expressiva. Ao blog, a federação confirmou que já estuda a criação de um troféu especial ou, no mínimo, uma placa comemorativa aos times.

Um troféu a caminho do Clássico das Multidões…?

Algumas sugestões do blog:
1) Soma de todos os jogos oficiais em 2016, como “pontos corridos”
2) Apenas os confrontos pelo Estadual
3) Apenas os confrontos pela Série A
4) Um amistoso festivo
5) Um troféu para cada time, independentemente do resultado

Futebol no Grande Recife em 2015 teve 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 21 milhões de bilheteria. Muito? Nem tanto

Torcida de Sport, Santa e Náutico em 2015. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

Os grandes clubes pernambucanos mandaram 91 partidas oficiais em 2015, sendo uma com portões fechados, do Sport, por causa da pena imposta pelo STJD. Nas demais, abertas ao público, o número de torcedores no borderô passou de 1 milhão. Muito? Na verdade, foi o menor número desde 2013, quando o blog começou a contabilizar o público total (pagantes e gratuidades) e a bilheteria do trio de ferro. A média foi de 12.123, também a menor no período.

Possivelmente, é um reflexo da falta de ingressos subsidiados pelo governo do estado. Afinal, com a suspensão do Todos com a Nota não houve ingresso do tipo pela primeira vez em 15 anos. Ou seja, boa público precisou “pagar” efetivamente pelos ingressos (eram até 15 mil entradas promocionais por jogo), contrariando um costume já antigo em Pernambuco. O momento econômico do país, com a inconstância no poder aquisitivo, é outra barreira. Nesta temporada, considerando todas as competições, o Santa Cruz terminou à frente na média (16 mil), com o Sport liderando no total (492 mil). Especificamente no Brasileirão, independentemente de divisão, os leoninos tiveram um índice de 17 mil pessoas, à frente dos rivais tricolores (14,7 mil) e alvirrubros (6,8 mil).

Abaixo, o total em cada competição e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado na Região Metropolitana do Recife. Relembre os levantamentos: 2013 e 2014.

Sport
35 jogos (25 na Ilha e 10 na Arena)*
492.144 torcedores (média de 14.061)
38,24%de ocupação
R$ 11.064.872 de renda bruta (média de R$ 316.139)

Estadual – 7 jogos – 87.723 pessoas (12.531) – R$ 1.704.797 (R$ 243.542
Nordestão – 5 jogos – 62.796 pessoas (12.559) – R$ 899.850 (R$ 179.970)
Copa do Brasil – 3 jogos – 17.319 pessoas (5.773) – R$ 166.440 (R$ 55.480)
Série A – 18 jogos* – 308.379 (17.132) – R$ R$ 8.086.135 (R$ 449.229)
Sul-Americana – 2 jogos – 15.927 pessoas (7.963) – R$ 207.650 (R$ 103.825)
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha.

Dados de público e renda do Sport de 2013 a 2015. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz
26 jogos (24 no Arruda e 2 na Arena)
422.810 torcedores (média de 16.261)
27,57% de ocupação
R$ 7.001.732 de renda bruta (média de R$ 269.297)

Estadual – 7 jogos – 142.874 pessoas (20.410) – R$ 2.276.227 (R$ 325.175)
Série B – 19 jogos – 279.936 pessoas (14.733) – R$ 4.725.505 (R$ 248.710)

Dados do Santa Cruz sobre público e renda. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Náutico
29 jogos (29 na Arena)
176.204 torcedores (média de 6.076)
13,14% de ocupação
R$ 3.409.274 de renda bruta (média de R$ 117.561)

Estadual – 5 jogos – 23.082 pessoas (4.616) – R$ R$ 499.800 (R$ 99.960)
Nordestão – 3 jogos – 4.027 pessoas (1.342) – R$ 49.585 (R$ 16.528)
Copa do Brasil – 2 jogos – 18.914 pessoas (9.347) – R$ 581.875 (R$ 290.937)
Série B – 19 jogos – 130.181 pessoas (6.851) – R$ 2.278.014 (R$ 119.895)

Dados do Náutico sobre público e renda. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Total
90 jogos (41 na Arena, 25 na Ilha do Retiro e 24 no Arruda)
1.091.158 torcedores (média de 12.123)
26,22% de ocupação
R$ 21.475.878 de renda bruta (média de R$ 238.620)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B.
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha. 

Público e renda nos jogos oficiais no Grande Recife de 2013 a 2015

As cotas dos clubes pernambucanos nas competições oficiais em 2016

Receitas de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O futebol pernambucano terá quatro clubes com calendário cheio em 2016. Com a definição das divisões, tendo Sport e Santa na Série A, Náutico na B e Salgueiro na C, é possível projetar as cotas de cada time, entre verba de transmissão na televisão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínio, sócios etc. O blog elencou todas as competições oficiais com os valores já divulgados. No caso de um dado ainda não atualizado, foi considerado o cash desta temporada. Em torneios com premiações a cada fase, se somou apenas a primeira, com o valor aumentando de acordo com o desempenho nos gramados. Mercado e meritocracia esportiva.

O Sport segue com a maior receita do estado. A turbinada está no início do novo contrato com a Globo, com duração até 2018 – a emissora já tenta estendê-lo até 2020. A verba anual passou de R$ 27 mi para R$ 35 milhões, somada ao bônus previsto pelo pay-per-view, que pode render mais de R$ 5 milhões. Seriam mais de R$ 42 milhões garantidos em até cinco torneios. Contudo, o número pode ser menor em caso de adiantamento, uma prática comum na Ilha.

Proporcionalmente, o maior salto é o do Santa Cruz. Em 2015, o clube recebeu apenas R$ 4,15 milhões, considerando as cotas fixas do Estadual e da Série B, suas únicas competições oficiais, e a premiação pelo vice da Segundona, R$ 200 mil. Agora, além da volta ao Nordestão e à Copa do Brasil, o Tricolor terá o montante referente à primeira divisão, numa faixa ainda em negociação entre a direção coral e a Rede Globo, detentora dos direitos do Brasileirão. No primeiro contato, ofereceram R$ 16 milhões (inferior à quantia do Joinville em 2015). O clube não aceita menos de R$ 20 mi, o mesmo dos demais “não cotistas”. Somando tudo, ao menos R$ 21 milhões no Arruda, num aumento de 425%!

Entre os grandes, a situação do Náutico é a mais preocupante. Além da antecipação de alguns repasses (só o presidente Glauber Vasconcelos sabe), o Timbu não terá o Nordestão, um bom escape financeiro, além da questão técnica, obviamente. O único alento é o aumento da cota da Série B, de R$ 3 mi para R$ 5 milhões (sem contar os descontos), resultado de uma negociação em bloco encabeçada pelo próprio mandatário timbu. Último local entre os 60 times com calendário cheio, o Salgueiro terá quatro torneios pela frente – pela terceira vez disputará a Lampions League e a Copa do Brasil. No Pernambucano, a sua cota de R$ 110 mil é quase nove vezes menor que a dos grandes.

Vale lembrar que no caso do Leão e da Cobra Coral ainda é possível uma participação na Copa Sul-Americana de 2016, numa combinação entre colocação no Brasileiro e eliminação até a terceira fase na Copa do Brasil . E a Sula terá um aumento nas cotas na próxima edição, segundo nota oficial da Conmebol. Ou seja, mais dinheiro ao alcance.

Cotas e premiações: Pernambucano, Nordestão, Copa do Brasil e Série A.

Sport
Estadual – R$ 950 mil
Nordestão –  de R$ 505 mil (1ª fase) a R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – de R$ 350 mil (1ª fase) a R$ 7,84 milhões (campeão)*
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv) – R$ 5 milhões
Série A (premiação) – de R$ 350 mil (a partir do 16º lugar) a R$ 10 milhões (campeão)*
Sul-Americana – de R$ 576 mil/US$ 150 mil (1ª fase) a R$ 8,59 mi/US$ 2,23 mi (campeão)
Total mínimo: R$ 42,381 milhões (R$ 3,53 milhões/mês)
Calendário mínimo: 58 jogos (incluindo a Sul-Americana)

Santa Cruz
Estadual – R$ 950 mil
Nordestão – de R$ 505 mil (1ª fase) a R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – de R$ 350 mil (1ª fase) a R$ 7,84 milhões (campeão)*
Série A (TV fixo) – R$ 20/25 milhões
Série A (premiação) – de R$ 350 mil (a partir do 16º lugar) a R$ 10 milhões (campeão)*
Total mínimo: R$ 21,805 milhões (R$ 1,81 milhão/mês)
Calendário mínimo: 56 jogos

Náutico
Estadual – R$ 950 mil
Nordestão – sem participação
Copa do Brasil** – de R$ 200 mil (1ª fase) a R$ 7,51 milhões (campeão)*
Série B (TV fixo) – R$ 5 milhões
Série B (premiação) – de R$ 200 mil (2º, 3º ou 4º) a R$ 400 mil (campeão)*
Total mínimo: R$ 6,15 milhões (R$ 512 mil/mês)
Calendário mínimo: 50 jogos

Salgueiro
Estadual – R$ 110 mil
Nordestão – de R$ 505 mil (1ª fase) a R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – de R$ 200 mil (1ª fase) a R$ 7,51 milhões (campeão)*
Série C – passagens e hospedagens pagas
Total mínimo: R$ 815 mil (R$ 68 mil/mês)
Calendário mínimo: 36 jogos

* Cálculo com valores de 2015, pois as cifras de 2016 ainda não foram reveladas
** O Náutico deve entrar pelo Ranking da CBF

Quiz sobre os estádios pernambucanos

À parte dos Aflitos, Arena Pernambuco, Arruda e Ilha do Retiro, os mais populares do nosso futebol, vamos a algumas curiosidades sobre outros estádios com histórico na elite estadual. Responda as 16 perguntas e confira o resultado do seu desempenho no fim…

Assembleia Legislativa aprova a venda da cerveja nos estádios pernambucanos

Cervejas de Náutico, Santa e Sport. Arte sobre imagens do clubemix.com.br/

Após seis anos, a cerveja está de volta ao futebol pernambucano. Por 18 votos a 13, os deputados estaduais aprovaram na Assembleia Legislativa a liberação da venda e consumo nos estádios pernambucanos. A cerva, uma histórica fonte de receita dos clubes, estava proibida nessas bandas desde 24 de março de 2009, quando foi publicada a lei estadual de autoria de Alberto Feitosa.

Durante esse tempo todo se discutiu as benesses do veto, na segurança. Mas, efetivamente, os números da violência nos jogos diminuíram com a proibição? Por mais que a Secretaria de Defesa Social siga reticente, até o ex-juiz do Juizado do Torcedor, Aílton Alfredo, defensor da antiga lei, acabou mudando de opinião, admitindo que os dados não estavam correlacionados – boa parte dos casos registrados envolvia, na verdade, as torcidas uniformizadas.

Num processo arrastado, desde janeiro, o projeto já passara nas comissões da Alepe, faltando a votação. Enfim, o projeto de lei ordinária 2153/2014, de Antônio Moraes, foi ao plenário. Apesar da oposição via bancada evangélica, passou. Resta a ratificação numa votação regimentar e a assinatura do governador Paulo Câmara, um trâmite normal. Essa decisão deve impulsionar o futebol. A Itaipava, que detém o naming rights da Arena Pernambuco, poderá vender seu principal produto – a lacuna era uma barreira no contrato de R$ 10 milhões/ano.

Agora, até o Estadual pode ter uma cervejaria como parceira. Em 2009, com o veto, a Ambev recuou num naming rights de R$ 800 mil, no “Pernambucano Brahma Fresh”. A FPF deve negociar a marca do torneio de 2016 a 2019. Entre os quatro interessados, duas cervejarias. Economia à parte, a loira gelada está voltando ao Arruda, Ilha, Arena, Aflitos, Lacerdão, Cornélio de Barros…

Após três eleições, o consenso volta ao Náutico. Novo ambiente em 2016/2017

Marcos Freitas e Edno Melo, presidente e vice do Náutico no biênio 2016/2017. Foto: João de Andrade Neto/DP/D.A Press

O Náutico caminhava para a terceira eleição consecutiva, sendo as duas últimas já abertas ao voto do sócio – uma determinação óbvia, mas recente no clube. As chapas para 2016/2017 já estavam nomeadas (“Náutico de Todos” e “Vermelho de Luta, Branco de Paz”), para uma disputa com até três mil eleitores em 13 de dezembro. Seria mais um capítulo no corroído cenário político do Timbu, após duas gestões sem resultados, com um rombo financeiro difícil de controlar.

Daí, a surpresa (positiva) com o entendimento entre os candidatos Marcos Freitas (azul) e Edno Melo (branco), desconhecidos por boa parte da torcida. Após um almoço e muita conversa – e algumas arestas, como a saída de Alexandre de Homem de Melo, descontente -, veio o consenso, marca no Alvirrubro por décadas. Marcos será o presidente, com Ivan Brondi (craque do hexa) como vice institucional e Edno no comando do departamento financeiro.

Entre 1979 a 2009 não houve bate-chapa nos Aflitos. O debate é salutar, com a apresentação de propostas, mas a vaidade já passara do ponto, com o enfraquecimento ano a ano (técnico e estrutural) e afastamento de colaboradores e da torcida. À chapa única, de cara, uma receita bem menor que os rivais (TV no Brasileiro: Sport R$ 35 milhões, Santa até 25 mi e Náutico 5 mi). A administração será essencial. A captação, nem se fala. O ambiente, então…

Atualização: não durou um dia sequer a união política no clube, com a pressão de partidários desfazendo o acordo. Pela 4ª vez seguida, bate-chapa.

Últimas eleições no Náutico
2009 – 160 votos* 
Berillo Albuquerque (Náutico Acima de Tudo) – 121 votos (75,62%)
Paulo Alves (Náutico Para Todos) – 39 votos (24,37%)
* Só com conselheiros.

2011 – 1.632 votos
Paulo Wanderley (Náutico de Primeira) – 1.139 votos (69,79%)
Marcílio Sales (MTA) – 475 votos (29,10%)
Paulo Henrique (Renovação) – 18 votos (1,10%)

2013 – 2.146 votos
Glauber Vasconcelos (MTA) – 1.575 votos (73,39%)
Marcílio Sales (Alvirrubros de Coração) – 458 votos (21,34%)
Alexandre Homem de Melo (Renovação) – 70 votos (3,26%)
Alberto de Souza (Náutico pra frente) – 43 votos (2,00%)

Até dez clássicos entre Santa Cruz e Sport em 2016, do Estadual à Sul-Americana

Clássico das Multidões. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em 2008, tricolores e rubro-negros não se enfrentaram uma vez sequer. Resultado do regulamento esdrúxulo no Estadual, somado à fraca campanha coral na competição e às divisões distintas no Campeonato Brasileiro. O hiato foi um incômodo na temporada, o primeiro em muito tempo. Em 2016, por outro lado, há a possibilidade de uma overdose de Clássico das Multidões. Com o retorno do Santa Cruz à Série A e ao Nordestão, torneios também com a presença do Sport, os destinos podem se cruzar várias vezes…

O número de confrontos oficiais pode ir de 4 a 10 jogos.

Estadual (de 2 a 4 jogos)
Além das duas partidas no hexagonal (21/02 e 10/04), os rivais podem se enfrentar no mata-mata (semifinal ou decisão). O histórico mostra que a chance é considerável. Nos últimos cinco anos foram quatro vezes, com três triunfos tricolores (todos na final) e um dos rubro-negros (na semi).

Copa do Nordeste (até 2 jogos)
Por pouco os times não ficaram logo no mesmo grupo. No sorteio, o Sport foi o cabeça de chave do D. O Santa Cruz estava no segundo grupo de bolinhas, e só foi sorteado na chave C, encabeçada pelo Bahia. De toda forma, o confronto pode acontecer a partir das quartas de final (como em 2014, na semi).

Série A (2 jogos)
Após quinze anos, o Clássico das Multidões está de volta à elite nacional, sendo a primeira vez nos pontos corridos. Desde 1971 foram 13 partidas. Mais duas entrarão na lista, uma no turno e outra no returno do Brasileirão.

Copa Sul-Americana (2 jogos…?)
Sula? Acredite, há chance. Caso o Sport termine a Série A atrás de São Paulo e Inter (e apenas um cenário improvável faria ser diferente), o time terá a pré-vaga da Sul-Americana, já no pote 1 da “fase nacional”. Enquanto isso, o Santa pode acabar a Segundona como vice (basta vencer o Vitória). Assim, teria uma chance razoável de obter a sexta vaga na fila do Brasileiro (a Ponte, vice da última Série B, conseguiu em 2015). E o Tricolor também pode ir via título do Nordestão. Em ambos os casos ficaria no pote 2. Como são quatro confrontos brasileiros, haveria 25% de chance no sorteio da Conmebol. Não duvide.

Obs. Em tese, ainda há a Copa do Brasil, mas nunca houve um confronto entre os grandes do estado, pois a tabela não costuma ter clássicos nas três primeiras fases. Já na quarta (oitavas), ambos ficariam no pote 2 do sorteio. Ou seja, o clássico só poderia acontecer nas quartas de final, a 5ª fase do torneio. Em caso disputa na copa, não haveria chaveamento na Sula.

O aperto financeiro via TV, em 2016, já começa no Campeonato Pernambucano

Infográfico do Podcast 45 Minutos, edição 189. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

O quadro acima escancara o abismo financeiro já nos primeiros quatro meses da temporada 2016, durante os estaduais. Com contrato de transmissão firmado até 2018, o Campeonato Pernambucano custa R$ 3,84 milhões por ano à Globo Nordeste. É um dos orçamentos mais altos na região, ao lado da Bahia. Náutico, Santa Cruz e Sport recebem, cada um, R$ 950 mil. Juntos, os grandes clubes da capital representam 74% da cota, articulada a partir da rivalidade.

Contudo, a verba se torna ínfima se comparada ao maior estadual do país, o Paulistão. E nem se trata apenas de Corinthians, São Paulo, Palmeiras ou Santos, com mercados bem maiores (audiência e renda per capita). Cada um receberá R$ 17 milhões, via Globo SP, segundo a coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo. O verdadeiro contraponto é a Ponte Preta, na zona intermediária.

Pelo novo acordo, a Macaca receberá R$ 5 milhões por 15 jogos na primeira fase. Em Pernambuco, a participação no hexagonal significa dez partidas. Ou seja, enquanto a Ponte receberá R$ 333 mil por apresentação, alvirrubros, tricolores e rubro-negros ganharão R$ 95 mil. Nem somando o Nordestão (R$ 505 mil na fase de grupos) a situação muda. E olhe que até os pequenos de São Paulo, como Ituano e Mogi Mirim, receberão mais, com R$ 3 milhões…

Paulistão (por 15 jogos na primeira fase)
R$ 17 milhões – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos
R$ 5 milhões – Ponte Preta
R$ 3 milhões – Os outros 15 participantes

Por jogo: R$ 1,13 milhão (grandes), R$ 333 mil (Ponte) e R$ 200 mil (pequenos)

Pernambucano (por 10 jogos no hexagonal)
R$ 950 mil – Náutico, Santa Cruz e Sport
R$ 110 mil – Os outros 9 participantes

Por jogo: R$ 95 mil (grandes) e R$ 11 mil (pequenos)

Após os quatro meses de aperto, vem o Brasileirão. E o buraco aumenta…

A tabela do hexagonal do Campeonato Pernambucano de 2016

Comercial do Pernambucano de 2015 no canal Premiere FC. Crédito: reprodução

A Federação Pernambucana de Futebol divulgou a tabela do hexagonal do título, a fase principal do Estadual de 2016. A etapa conta com os quatro clubes locais nas três principais divisões do Brasileiro, a condição básica para não precisar disputar a fase classificatória. Da primeira fase do certame sairão as outras duas equipes (os primeiros colocados das chaves A e B), totalizando os seis participantes da 102ª edição do Campeonato Pernambucano. A abertura será num sábado à noite, em 30 de janeiro, com o Sport. No dia seguinte, Clássico das Emoções na Arena. Rodadas com clássicos: 1ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª e 10ª.

A fórmula é a mesma dos últimos anos, com os quatro melhores classificados avançando ao mata-mata, com semifinal e final. Em relação às cotas de transmissão na televisão (tevê aberta e ppv), os três grandes clubes da capital ganham R$ 950 mil, enquanto os demais clubes ganharam R$ 110 mil.

1ª rodada
30/01 (18h30) – Sport x 1º colocado A
31/01 (16h00) – 1º colocado B x Salgueiro
31/01 (16h00) – Náutico x Santa Cruz

2ª rodada
03/02 (20h30) – Santa Cruz x 1º colocado B
03/02 (20h30) – 1º colocado A x Náutico
03/02 (21h30) – Salgueiro x Sport

3ª rodada
10/02 (20h30) – Náutico x Salgueiro
10/02 (20h30) – 1º colocado B x Sport
10/02 (21h30) – 1º colocado A x Santa Cruz

4ª rodada
20/02 (18h30) – Náutico x 1º colocado B
21/02 (16h00) – Salgueiro x 1º colocado A
21/02 (17h00) – Sport x Santa Cruz

5ª rodada
27/02 (19h30) – Santa Cruz x Salgueiro
28/02 (16h00) – 1º colocado B x 1 º colocado A
28/02 (17h00) – Sport x Náutico

6ª rodada
06/03 (16h00) – Salgueiro x Santa Cruz
06/03 (16h00) – 1º colocado B x Náutico
06/03 (16h00) – 1º colocado A x Sport

7ª rodada
12/03 (19h30) – Santa Cruz x 1º colocado A
13/03 (16h00) – Salgueiro x 1º colocado B
13/03 (16h00) – Náutico x Sport

8ª rodada
19/03 (19h30) – Sport x 1º colocado B
20/03 (16h00) – 1º colocado A x Salgueiro
20/03 (16h00) – Santa Cruz x Náutico

9ª rodada
26/03 (19h30) – Sport x Salgueiro
27/03 (16h00) – Náutico x 1º colocado A
27/03 (16h00) – 1º colocado B x Santa Cruz

10ª rodada
10/04 (16h00) – Salgueiro x Náutico
10/04 (16h00) – 1º colocado A x 1º colocado B
10/04 (16h00) – Santa Cruz x Sport