Com 60% dos jogos realizados, Estadual de 2017 tem média de 1.163 torcedores

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Diego Borges/Esp. DP

Após 60% das partidas programadas para o Campeonato Pernambucano, ou 57 de 95, finalmente uma reuniu mais de dez mil pessoas (pois é, acredite). Coube ao primeiro Clássico das Multidões da temporada, no Arruda, na 4ª rodada do hexagonal. Ainda assim, esvaziado, com 12.408 espectadores. Ao menos foi suficiente para a competição ultrapassar a média de 1.000 pessoas (!). Com o borderô no sábado pré-carnaval, o Santa assumiu a liderança de público.

A expectativa sobre o quadro geral, que hoje seria o menor desde que a federação pernambucana de futebol passou a computar a média, em 1990, é o mata-mata, que deverá ter quatro clássicos, uma vez que o Trio de Ferro está virtualmente classificado à semifinal. Até lá, borderôs bem modestos.

Em relação à arrecadação, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 627 mil, a federação já arrecadou R$ 50.177.

Dados até a 4ª rodada do hexagonal do título e a 6ª rodada da permanência:

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 14.562 torcedores
Média de 7.281
Taxa de ocupação: 14,3%
Renda: R$ 153.690
Média de R$ 76.845

2º) Sport (2 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 6.036 torcedores
Média de 3.018
Taxa de ocupação: 10,4%

Renda: R$ 90.460
Média de R$ 45.230

3º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 5.991 torcedores
Média de 2.995
Taxa de ocupação: 6,5%

Renda: R$ 84.055
Média de R$ 42.027

4º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 11.229 torcedores
Média de 2.245 
Taxa de ocupação: 18,6%
Renda: R$ 54.262 
Média de R$ 10.852 

5º) Central (5 jogos como mandante; 2 no Lacerdão, 2 no Antônio Inácio e 1 na Arena)
Público: 7.651 torcedores
Média de 1.530 
Taxa de ocupação: 7,6%
Renda: R$ 112.170 
Média de R$ 22.434 

6º) Belo Jardim (5 jogos como mandante; 4 no Antônio Inácio e 1 no Arruda)
Público: 1.576 torcedores
Média de 315 
Taxa de ocupação: 1,9%
Renda: R$ 14.052 
Média de R$ 2.810 

Geral – 51* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 59.316 
Média: 1.163 pessoas
Arrecadação: R$ 627.224 
Média: R$ 12.298 
* Mais 6 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 12 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 36.150 
Média: 3.012 pessoas
Arrecadação total: R$ 425.348 
Média: R$ 35.445 

Ranking dos pênaltis e das expulsões (4)

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Peu Ricardo/DP

A 4ª rodada do hexagonal do título do Pernambucano 2017 teve duas marcações para a lista levantada pelo blog. Logo no início do segundo tempo do Clássico das Multidões, André Luís foi expulso após o segundo amarelo, por simulação (o 2º vermelho dos corais no torneio). Neste mesmo jogo, outros vermelhos poderiam ter sido distribuídos, um deles logo aos 50 segundos, para o atacante Leandro Pereira, que revidou um puxão, mas ficou no amarelo.

O último lance da rodada, no mesmo Arruda, foi justamente uma penalidade, com Erick, de 19 anos, marcando o seu primeiro gol como profissional.

Vamos à atualização das duas listas após 12 jogos.

Pênaltis a favor (4)
2 pênaltis – Sport (desperdiçou 1)
1 pênalti – Central e Náutico
Sem penalidade – Santa Cruz, Salgueiro e Belo Jardim

Pênaltis cometidos (4)
2 pênaltis – Belo Jardim (defendeu 1)
1 pênalti – Central e Santa Cruz

Sem penalidade – Náutico, Sport e Salgueiro

Cartões vermelhos (6)
1º) Sport – 2 adversários expulsos; nenhum vermelho
2º) Náutico – 2 adversários expulso; 1 vermelho
3º) Salgueiro – 1 adversário expulso; 1 vermelho
4º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 2 vermelhos
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho  

Confira os rankings anteriores, de 2009 a 2016, clicando aqui.

Resumo da 4ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Salgueiro 2x1 Central, Santa Cruz 1x1 Sport e Belo Jardim 0x2 Náutico. Fotos: FPF/divulgação (Cornélio), Peu Ricardo/DP (Arruda, clássico) e Ricardo Fernandes/DP (Arruda, Náutico)

O Salgueiro já disputou dez partidas no Estadual de 2017, sendo seis na 1ª fase, quando terminou como líder, e quatro no hexagonal do título, onde assumiu a liderança. Ao todo, 8 vitórias e 2 empates, baita campanha. Vice-campeão em 2015 e virtual classificado a mais uma semi, o Carcará só tem a lamentar nesta temporada a derrota no Mata Grosso, que o tirou precocemente na Copa do Brasil. Mantém o foco no âmbito local. Em relação ao G4 nesta 4ª rodada, que teve 14.888 torcedores (no embalo do Clássico das Multidões, mesmo esvaziado), a composição já parece definitiva. São cinco pontos sobre o 5º colocado, que sequer joga em casa. Assim como o 6º, ainda zerado.

Nos doze jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 24 gols, com média de 2. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Éverton Santos (Santa), Diego Souza (Sport) e Anderson Lessa (Central) lideram com 2 gols.

Hoje, as semifinais seriam Salgueiro x Santa Cruz e Sport x Náutico.

Santa Cruz 1 x 1 Sport – Um clássico nervoso, com muita disposição (excesso até) e pouco futebol. Com um a menos, o tricolor mostrou superação.

Salgueiro 2 x 1 Central – Apesar o revés na Copa do Brasil, o Carcará juntou logo os cacos para se manter em alta na disputa local. Vitória no finzinho.. 

Belo Jardim 0 x 2 Náutico  – Mesmo atuando no Recife, como “visitante”, o alvirrubro atuou mal. Um pouco de esforço e arrancou a vitória no 2º tempo .

Destaque: Erick. O camisa 33 do Timbu já vinha se destacando desde a sua estreia. No Arruda, marcou seu primeiro gol como profissional, de pênalti.

Carcaça: João Marcos. O camisa 8 do Calango não fez uma má partida, mas perdeu 4 chances diante de Tiago Cardoso, uma delas embaixo da trave

Próxima rodada
01/03 (21h45) – Sport x Náutico, Ilha do Retiro (Globo NE)
02/03 (15h00) – Central x Belo Jardim, Carneirão
02/03 (20h30) – Santa Cruz x Salgueiro, Arruda (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 4ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 4 rodadas. Crédito: Superesportes

Jogo de futebol no Cornélio de Barros num domingo à noite? Só após a missa

Igreja matriz de Salgueiro. Foto: sitewilsonmonteiro.com

O jogo entre Salgueiro e Central foi marcado para as 20h de domingo. No histórico do futebol local, o horário é incomum. Mas o que chama a atenção é a explicação para a terceira data da partida válida pela 4ª rodada do Estadual 2017. Gramado vetado, pedido da televisão, falta de segurança e ambulância, toró e até carnaval já foram motivos oficiais. E o que dizer de uma missa?

Inicialmente, o jogo no Cornélio de Barros ocorreria às 16h do domingo, dia 19. Como a partida do Carcará pela Copa do Brasil, no interior do Mato Grosso, foi adiada para a quinta (16), o time só chegaria em casa na madrugada de sábado. Dureza. Com a justificativa esportiva, houve a troca para a noite de segunda, 20.

Eis que, cinco dias após a remarcação, a CBF agendou a 2ª fase da copa nacional (que poderia contar com o time sertanejo) para o dia 22, o que inviabilizaria o confronto na segunda-feira. Então, veio a solução definitiva, com o jogo voltando para o domingo, à noite. Não à revelia. O ponta-pé inicial foi marcado após fim a missa das 19h, a última do dia na Catedral de Santo Antônio. Tudo para evitar a concorrência de uma “cultura local muito forte”, como frisa o próprio informativo de modificação de tabela (IMT) da federação.

O estádio e a igreja matriz são separados por apenas 110 metros.

Ps. É importante considerar o regionalismo local. Como o carnaval na capital.

Estádio Cornélio de Barros. Foto: Salgueiro/twitter (@CarcaraNet)

Salgueiro perde a invencibilidade em 2017 no 10º jogo oficial, logo na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Sinop-MT x Salgueiro. Foto: Leandro De Marco/Sinop/facebook (@sinopfutebolclubeoficial)

De Salgueiro, no sertão pernambucano, até Sinop, no norte do Mato Grosso. Uma viagem trabalhosa, com conexões e muita paciência para chegar ao destino. O Carcará encarou tudo isso com a missão de manter a invencibilidade na temporada, o que já seria suficiente para obter a classificação à segunda fase da Copa do Brasil. Pressionado e jogando com um a menos desde os 8 do segundo tempo, após a expulsão de Ranieri, o time acabou sofrendo o solitário gol da noite aos 39 minutos. Depois, entre lesões e outro vermelho, terminou com apenas oito jogadores. Insuficiente para uma reação, Sinop 1 x 0.

O Salgueiro foi eliminado na 1ª fase pelo segundo ano seguido. Curiosamente, nos dois casos a classificação teria proporcionado um (rentável) confronto contra o Fluminense. Assim, o clube saiu da copa com apenas uma cota, de R$ 250 mil – a vaga teria rendido mais R$ 315 mil. Algumas das consequências do primeiro revés após 10 apresentações oficiais. E olhe que nos cinco jogos anteriores como visitante o time havia vencido todos. Falhou no mais importante até o momento, que fomentaria a receita para a participação na Série C.

A viagem de volta até o Cornélio será longa… ainda mais com o baque.

Salgueiro em 2017
Estadual (1ª fase) – 6 jogos, 5 vitórias e 1 empate

Estadual (hexagonal) – 3 jogos, 2 vitórias e 1 empate
Copa do Brasil – 1 jogo; 1 derrota

Total – 10 jogos; 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota

Transmissão do Pernambucano alcança 1,1 milhão de telespectadores na RMR

Reprodução da transmissão da Globo Nordeste no jogo de volta da final do Pernambucano 2016 (Sport 0 x 0 Santa Cruz)

Embora venha registrando uma queda no público presente (a média da fase principal caiu de 11 mil para 7 mil nas últimas três edições), o Campeonato Pernambucano mostra fôlego em termos de audiência televisiva, o que acaba justificando, inclusive, o atual formato da competição (com 6 clássicos no hexagonal). Segundo dados da própria Globo Nordeste, a edição de 2016 teve uma média de 700 mil telespectadores no Grande Recife, o principal mercado do estado. Foram 14 partidas de futebol exibidas em sinal aberto, incluindo a decisão, no Arruda e na Ilha – somando com o Premiere, foram 30 partidas na TV. As finais entre tricolores e rubro-negros tiveram 75% de todas as televisões ligadas sintonizadas nas partidas, um índice bem elevado, mas ainda abaixo do recorde considerando os dados divulgados pela emissora (80%).

Outro dado interessante no balanço do Kantar Ibope Media é o alcance total dos jogos, com 1,1 milhão de telespectadores assistindo ao menos um minuto. Logo, quase 1/3 da medição na região metropolitana – hoje, o Ibope estima 3.668.200 indivíduos. Sobre esse público, o atlas de cobertura da emissora traçou o perfil do telespectador, alimentando o debate sobre a falta de conexão (será?) entre o espectadores e a audiência. No Recife, o perfil das transmissões traz pessoas acima de 25 anos (72%) e das classes C, D e E (79%). Ou seja, um menor pode aquisitivo na compra de ingressos e na associação ao clube, restando a tevê.

Vale lembrar que o contrato de transmissão vigente (que contempla tvs aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet) vai de 2015 a 2018, com R$ 3,84 milhões distribuídos para os clubes a cada temporada.

Abaixo, dados de audiência do Estadual já divulgados pela Globo e compilados pelo blog. Como o plano comercial da emissora para a temporada 2015 considerou o Pernambucano e o Nordestão como um só produto (até por contar com times locais de forma simultânea), o dado acabou distorcido (para cima).

Audiência média do Pernambucano na TV aberta
2010 – 541 mil telespectadores
2011 – 526 mil telespectadores
2012 – 524 mil telespectadores
2013 – 555 mil telespectadores
2014 – 696 mil telespectadores
2015 – 974 mil telespectadores*
2016 – 700 mil telespectadores

* Não foram divulgados dados exclusivos do Estadual, mas o balanço entre o Pernambucano e o Nordestão

Finais com mais participação do público na TV**
80,0% – Sport 2 x 3 Santa Cruz (2012)
79,0% – Sport 1 x 0 Náutico (2010)
77,3% – Santa Cruz 0 x 1 Sport (2011)
75,0% – Sport 0 x 0 Santa Cruz (2016)
71,5% – Náutico 0 x 1 Sport (2014)

** Percentual de televisões sintonizadas no jogo a cada 100 aparelhos ligados

Transmissões do Estadual pela Globo Nordeste
2012 – 25 jogos (ou 18% de 138, o total de partidas)
2013 – 18 jogos (ou 13% de 138)
2014 – 14 jogos (ou 10% de 140)
2015 – 14 jogos (ou 11% de 124)
2016 – 14 jogos (ou 15% de 92)

Reprodução da transmissão da Globo Nordeste no jogo de ida da final do Pernambucano 2016 (Santa Cruz 1 x 0 Sport)

Com 53% dos jogos realizados, Estadual de 2017 tem média de 946 torcedores

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Central 2 x 4 Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

A tabela do Campeonato Pernambucano de 2017 prevê a disputa de 95 partidas, contabilizando a fase preliminar, os hexagonais (do título e da permanência) e o mata-mata. Em apenas 43 dias, 53% dos jogos já foram realizados, com os estádios às moscas. A média não chega sequer a 1.000 pessoas. Somando pagantes e não pagantes, são apenas 946 testemunhas. Mesmo se for considerada apenas a fase principal, o número de 2,3 mil é inviável no futebol profissional – a terceira rodada, inteiramente no Grande Recife, reuniu apenas 5.319 torcedores.

O maior público da competição segue com Náutico 1 x 1 Santa, no único clássico jogado até agora. Foram 4.622 espectadores no Clássico das Emoções, com direito a 40% de gratuidades. Fica a expectativa sobre os próximos clássicos (no mínimo cinco, no hexagonal), na chance mais concreta para melhorar o índice geral. Até porque existem outros problemas na organização, como os jogos com portões fechados (ainda que não sejam calculados na média de público) e as mudanças de mando de campo, com Central e Belo Jardim tendo que jogar no Grande Recife – acima, a Patativa como mandante, com apenas 28 alvinegros pagando ingresso.

Em relação à arrecadação, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 471 mil, a federação já arrecadou R$ 37.715.

Atualização até a 3ª rodada do hexagonal do título e a 5ª rodada da permanência:

1º) Sport (2 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 6.036 torcedores
Média de 3.018
Taxa de ocupação: 10,4%

Renda: R$ 90.460
Média de R$ 45.230

2º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 5.991 torcedores
Média de 2.995
Taxa de ocupação: 6,5%

Renda: R$ 84.055
Média de R$ 42.027

3º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 9.507 torcedores
Média de 2.376
Taxa de ocupação: 19,6%
Renda: R$ 48.460
Média de R$ 12.115

4º) Santa Cruz (1 jogo como mandante, no Arruda)
Público: 2.154 torcedores
Taxa de ocupação: 4,2%
Renda: R$ 17.860

5º) Central (5 jogos como mandante; 2 no Lacerdão, 2 no Antônio Inácio e 1 na Arena)
Público: 7.651 torcedores
Média de 1.530 
Taxa de ocupação: 7,6%
Renda: R$ 112.170 
Média de R$ 22.434 

6º) Belo Jardim (4 jogos como mandante, no Antônio Inácio)
Público: 818 torcedores
Média de 204
Taxa de ocupação: 2,7%
Renda: R$ 6.872
Média de R$ 1.718

Geral – 46* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 43.537 
Média: 946 pessoas
Arrecadação: R$ 471.447
Média: R$ 10.248
* Mais 5 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 9 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 21.262 
Média: 2.362 pessoas
Arrecadação total: R$ 276.536 
Média: R$ 30.726 

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Ranking dos pênaltis e das expulsões (3)

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Na 3ª rodada do Estadual 2017 foram contabilizados duas penalidades e um cartão vermelho. Entretanto, não foram as cobranças, mas, sim, a expulsão de Rogério, do Salgueiro, o ato determinante para a classificação do hexagonal. Os pênaltis foram a favor do Central, que converteu, mas tomou a virada, e do Sport, que desperdiçou, mas segurou a vitória. Enquanto isso, mesmo com um a menos, o Carcará somou três pontos na Arena Pernambuco.

Então, qual a lógica? O critério de desempate. Sport e Salgueiro estão empatados em pontos, vitórias, saldo, gols marcados e sofridos. O número de expulsões é o 6º critério no regulamento oficial da competição. Como os leoninos ainda não receberam o vermelho, ficaram “à frente” na classificação.

Vamos à atualização das listas levantadas pelo blog:

Pênaltis a favor (3)
2 pênaltis – Sport (desperdiçou 1)
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Náutico, Santa Cruz, Salgueiro e Belo Jardim

Pênaltis cometidos (3)
1 pênalti – Central, Santa Cruz e Belo Jardim (defendeu 1)
Sem penalidade – Náutico, Sport e Salgueiro

Cartões vermelhos (5)
1º) Náutico – 2 adversários expulso; 1 vermelho
2º) Sport – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
3º) Santa Cruz e Salgueiro – 1 adversário expulso; 1 vermelho
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho 

Resumo da 3ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Sport 1 x 0 Belo Jardim, Náutico 0 x 2 Salgueiro e Central 2 x 4 Santa Cruz. Fotos: Ricardo Fernandes/DP (Ilha) , Rafael Martins/DP (Arena, Náutico), Ricardo Fernandes/DP (Arena, Santa)

Sport e Salgueiro empataram em 0 x 0 no Sertão e seguem empatados na classificação do hexagonal do Pernambucano de 2017. Quatro gols marcados e nenhum sofrido. Ainda assim, a liderança é rubro-negra, graças ao critério de expulsões. O time da Ilha ainda não recebeu o vermelho, enquanto os sertanejos tiveram uma expulsão, justamente na última rodada. A 3ª rodada demorou oito dias para ser finalizada, somente após a vitória leonina na Ilha.

Por sinal, foram três jogos no Grande Recife, devido à “inversão” oficializada, com o Central como mandante na Arena Pernambuco. No mesmo local, o Salgueiro venceu o Náutico. Ainda assim, ao todo, apenas 5.319 torcedores. As três partidas foram exibidas no pay-per-view. Ao menos as redes balançaram. Se na rodada passada saiu um mísero gol, desta vez foram nove.

Nos nove jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 17 gols, com média de 1,8. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Éverton Santos lidera com 2 gols.

Hoje, as semifinais seriam Sport x Náutico e Salgueiro x Santa Cruz.

Náutico 0 x 2 Salgueiro – Mesmo com um jogador a menos durante todo o segundo tempo inteiro, o Carcará foi mais eficiente, usando contragolpes.

Central 2 x 4 Santa Cruz – Num jogo atípico, com três gols corais nos últimos sete minutos, o atual bicampeão virou o jogo e venceu a primeira . 

Sport 1 x 0 Belo Jardim  – Atuando com o time reserva, o Leão jogou muito mal. Falhou bastante na criação de jogadas, terminando com André inoperante.

Destaque: Everton Santos. O atacante tricolor marcou dois gols na rodada, abrindo o placar e virando o jogo. Assumiu a artilharia isolada.

Carcaça: Jailson. Determinante para a derrota centralina. Perdeu a chance de fazer 3 x 1 e depois cometeu a falta infantil que deu início à reação tricolor.

Próxima rodada
18/02 (16h30) – Santa Cruz x Sport, Arruda (Globo NE)
19/02 (20h00) – Salgueiro x Central, Cornélio de Barros
20/02 (20h30) – Belo Jardim x Náutico, Arruda (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 3ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 3 rodadas. Crédito: FPF/reprodução

O complexo regulamento da CBF para o licenciamento de clubes, de 2018 a 2021

A licença de clubes por parte da CBF. Crédito: CBF/site oficial

A CBF publicou o regulamento completo para a Licença de Clubes, que passa a vigorar a partir de 2018, num escalonamento de exigências a partir das divisões nacionais. O documento contém 34 tópicos que os clubes terão que cumprir, entre organograma esportivo, estrutura e critérios burocráticos – este tipo de regulamentação foi criado em 2008, pela Fifa. Somente com a licença chancelada será autorizada a participação nas mais diversas competições. A medida valerá tanto no Brasil quanto nos torneios internacionais.

Segundo a CBF, as primeiras atribuições são “conceber, regular e administrar o licenciamento e sua estrutura, mantendo a equipe tecnicamente qualificada para conduzir com diligência suas atividades” e “estabelecer os critérios mínimos que deverão ser rigorosamente observados pelos clubes para obtenção das Licenças”. Na prática, criou-se um complexo sistema nacional para estruturação e adoção de melhores práticas de gestão e transparência. No papel, ok. Entretanto, considerando o calhamaço de regras (abaixo, a íntegra do documento), é grande a chance de descumprimento para centenas de clubes.

No país, segundo dados recentes da própria confederação brasileira, existem 766 clubes profissionais em atividade. Mesmo que a regra seja aplicada apenas nas competições nacionais, à parte dos estaduais, seriam 128 times envolvidos, que terão quatro anos para ter, por exemplo, divisão de base feminina (e não só o time principal) e um centro de treinamento (equipamento que ainda hoje o Santa, na elite de 2016, não possui). E para quem não cumprir, há uma série de punições previstas, incluindo a retenção de cotas de televisão e premiações (!). Lendo tudo abaixo, quantos clubes estariam aptos, hoje? Bronca.

Cronograma para adoção da licença:
2018 – Série A (20 clubes), Libertadores*, Sul-Americana* e Recopa*
2019 – Série B (20 clubes)
2020 – Série C (20 clubes)
2021 – Série D (68 clubes)
* A licença da Conmebol, com regras semelhantes

Catálogo de sanções em caso de descumprimento da licença:
1) Advertência
2) Multa pecuniária
3) Estabelecimento de obrigações para o licenciamento
4) Retenção de cotas e premiações
5) Vedação de registro ou transferência de atletas
6) Vedação de registro de novos contratos
7) Denegação ou revogação da licença

Anualmente, a entidade que rege o futebol nacional deverá divulgar critérios específicos (e aplicáveis) a cada divisão do Campeonato Brasileiro. A flexibilização, ao menos a médio prazo, parece prudente…

Eis as 34 medidas. No documento a seguir, o detalhamento de cada uma.

Critérios desportivos

Base
1) Programa de desenvolvimento das categorias de base
2) Equipes de base (ao menos duas, Sub 20 e Sub 17 ou Sub 15)
3) Coordenador do programa de desenvolviveimento da base
4) Treinadores da base (que tenham ao menos a Licença B de técnicos)
5) Certificado de clube formador (instituído pela CBF)

Equipe principal
6) Diretor de futebol
7) Treinador da equipe principal (com a Licença Pro de técnicos
8) Preparadores físicos
9) Médico (experiência mínima de 3 anos)
10) Arquivo médico e exames preventivos

Futebol feminino
11) Equipe principal feminina (com a disputa de torneios oficiais)
12) Equipe de base (ao menos uma)
13) Treinador da equipe feminina (com a Licença A feminina)

Critérios de infraestrutura

Estádio
14) Estádio adequado e certificado (com laudos técnicos e alvarás anuais)
15) Disponibilidade do estádio (caso seja alugado, precisa de documentação)
16) Instalações específicas para treinamento (CT próprio ou alugado)

Critério administrativos e de capital humano

Estrutura administrativa
17) Organograma
18) Secretaria do clube
19) Registro online (utilização de métodos oficiais para cadastro de jogadores)

Capital humano
20) Diretor geral ou equivalente
21) Diretor financeiro ou equivalente
22) Diretor administrativo ou equivalente
23) Diretor de comunicação ou equivalente
24) Diretor de marketing ou equivalente
25) Ouvidor ou equivalente
26) Oficial de segurança ou equivalente

Critérios jurídicos

Documentações
27) Estatutos e atos societários
28) Requerimento para obtenção da Licença
29) Declaração relativa à propriedade e controle
30) Regularidade (não poderá ter dívidas perante administração pública)
31) Contratos com jogadores profissionais (deve ter por escrito, todos)

Critérios financeiros

Informações financeiras
32) Demonstrações financeiras completas, anuais e auditadas
33) Balancetes (eventuamente solicitados pela CBF, com dados parciais)
34) Orçamento anual