“Escalação completa com o Recife”

Recife na Copa do Mundo de 2014

Durante um mês, entre 13 de junho e 13 de julho de 2014, cerca de 3,7 milhões de turistas vão girar por todo o Brasil. Principalmente nas doze subsedes do Mundial.

Será uma oportunidade incrível para “vender” o país para o resto do mundo, além do Rio de Janeiro, já reconhecido como um dos principais destinos internacionais do planeta.

Então, nada como começar com um site mostrando esse Brasil que os torcedores vão conhecer dentro de quatro anos. A Embratur lançou o site Seleção Brasileira de Cidades (veja AQUI), com fotos, vídeos e informações sobre todas as subsedes. O serviço está disponível em três línguas: português, inglês e espanhol.

Confira a descrição do Recife (que terá a Cidade da Copa):

A escalação não estaria completa sem a habilidade e as jogadas rápidas da cidade do Recife. Craque nos polos gastronômico e turístico, a cidade está pronta para receber o torcedor mais exigente. Surpreendendo com uma arquitetura colorida e cheia de vida. De olho em cada lance, uma cobertura completa estará te esperando.

Para facilitar o acesso aos estrangeiros (que devem corresponder a 16,2% dos turistas no Mundial), o site tem o endereço em inglês: www.brasilnetwork.tur.br/worldcup. Nota-se que o Brasil com “s” foi mantido, apesar do nome “Brazil” na língua britânica.

Ao todo, a Embratur irá investir cerca de R$ 53 milhões em divulgação até o fim deste ano. A meta é atingir 100 países e cerca de 400 milhões de pessoas. Números que mostram o gigantismo da Copa do Mundo. E isso é só o começo…

O intruso laranja

LaranjaA Fifa atualizou o ranking histórico da Copa do Mundo, com a pontuação de todas as 19 edições entre 1930 e 2010.

A Alemanha passou a ser o país com o maior número de jogos. O centésimo jogo dos germânicos será na estreia da Copa de 2014. Só falta a vaga. O Brasil segue como o país com mais vitórias e gols marcados.

Como curiosidade vale ressaltar que os sete primeiros lugares são ocupados por campeões mundiais. Em 8º, o furão da fila. A vice Holanda. Com três medalhas de prata no currículo, bem que a Laranja Mecânica vem tentando entrar no grupo…

Em 9º lugar, o campeão mundial restante, o Uruguai, que volta a fazer parte do Top Ten após a excelente campanha na África do Sul. Abaixo, as estatísticas dos 20 melhores países nos Mundiais. Veja a lista completa, com 76 países, AQUI.

Ranking da Copa do Mundo (1930/2010)

Escudos do futuro

Escudos feitos por ilustradores: Itália, Alemanha, Argentina (topo); Uruguai, França e Inglaterra (embaixo)

O distintivo de uma seleção (ou clube) é algo quase sagrado. É um dos maiores símbolos da tradição de uma equipe. O escudo da Seleção Brasileira, por exemplo, é o mesmo desde a primeira Copa do Mundo, em 1930, quando a CBF ainda era CBD, com “desportos” no emblema, em vez de “futebol”.

Apesar da história, não custa nada imaginar como ficariam os escudos dos campeões mundiais com um ar mais moderno, style.

Ideia para um escudo "moderno" para a Seleção BrasileiraAlguns designers toparam a ideia redesenharam os escudos de seis países (conheça os ilustradores desses modelos AQUI). Acima estão Itália, Alemanha e Argentina na primeira lista, e Uruguai, França e Inglaterra na segunda.

Ao lado, a ideia para um novo emblema do pentacampeão.

Na concepção dos projetos, vários cartões postais ganharam destaque. Em outros, vitórias épicas. No do Uruguai, por exemplo, o destaque é o Maracanazo de 1950…

Agora, falta apenas remodelar o distintivo da Espanha, nova integrante desta casta! Um dos primeiros posts da história do blog, em agosto de 2008, foi justamente sobre a evolução dos escudos dos grandes clubes do Recife. Reveja os distintivos AQUI.

O que você achou das ideias para os novos escudos? Comente!

Tendência de queda

O formato atual da Copa do Mundo, com 32 seleções, foi implantado há doze anos, na França. Desde então, a competição passou a ter 64 jogos.

Já foram realizadas quatro edições nesta era do gigantismo.

E a média de gols vem caindo gradativamente… Será mesmo uma tendência?

Confira abaixo o total de gols dos últimos Mundiais, a média e o percentual de queda em relação à edição anterior. Será que teremos uma reviravolta em 2014? Tomara.

1998: 171 gols (média de 2,67)
2002: 161 gols (média de 2,51) -5,9%
2006: 147 gols (média de 2,29) -8,7%
2010: 145 gols (média de 2,26) –1,3%

Ataque dos campeões (pela ordem): França, 15 gols; Brasil, 18; Itália, 12; Espanha, 8.

Pergunte ao polvo

Pergunte ao polvo

O aproveitamento de 100% nos 8 palpites na Copa do Mundo de 2010 rendeu fama internacional ao polvo Paul, que vive em um aquário na cidade alemã de Oberhausen.

Mas Paul, já com dois anos e meio, só deve viver mais seis meses, segundo a expectativa de vida do cefalópode. Então, como viver sem os palpites certeiros dessa figura, que tinha apenas 1 chance em 256 para acertar tudo na África do Sul…?

A internet trouxe a resposta rapidamente. Acabam de criar o site “Pergunte ao polvo” (clique AQUI), com um sistema de perguntas com duas opções.

Basta escrever dois nomes (times, candidatos, personagens etc) e clicar em “nova profecia”. A resposta vem automaticamente.

A campanha maciça no Twitterr ajudou na popularidade do novo polvo. O site foi criado pelos moradores de Barueri/SP @brunobarreto e @fabiobueno, e em menos de 24 horas na web já foram 120 mil perguntas!

Fiz o teste. Já pensando em 2014… Brasil ou outra seleção com a taça? O print screen acima contém a resposta. Saberemos se é verdade daqui a 47 meses.

A experência fez falta…

Thomas Müller, chuteira de ouro e revelação da Copa do Mundo de 2010

Thomas Müller, um meia-atacante alemão de apenas 20 anos.

Há menos de dois anos, o rápido jogador atuava no time B do Bayern de Munique. A sua estreia no time profissional foi em 15 de agosto de 2008. Pela seleção germânica, a primeira chance no time principal foi em 3 de março deste ano.

A conceituada revista esportiva de seu país, a Kicker, o  escolheu como a revelação da Bundesliga (o campeonato alemão) da temporada 2009/2010.

Agora, em 11 de julho, o resultado dessa ascensão meteórica.

Müller deixa a África do Sul com dois troféus oficiais do Mundial: a Chuteira de Ouro e o prêmio de revelação da Copa de 2010 (veja AQUI).

O camisa 13 da mannschfat foi um dos quatro artilheiros do Mundial, com cinco gols. Para receber a Chuteira de Ouro da Adidas, o critério de desempate foi o número de assitências. Thomas Müller teve três nos seis jogos que disputou. Bateu os três rivais.

E como não lembrar que os santistas Ganso e Neymar foram preteridos pelo técnico Dunga com a explicação de que não tinham experiência na Seleção Brasileira…

Agradeça a ele

Aldyr Garcia Schlee, criador do uniforme verde e amarelho do BrasilSe você é apaixonado pela Seleção Brasileira, apesar dos baques nos dois últimos Mundiais, a “culpa” é exclusivamente deste senhor ao lado.

Ex-craque? Treinador? Não. Desenhista.

Aldyr Schlee, hoje aos 75 anos e morador de Pelotas, no interior gaúcho.

Em 1953, com apenas 19 anos, ele desenhava lances esportivos e fazia caricaturas para jornais pelotenses. Até que viu um concurso do jornal carioca Correio da Manhã e se inscreveu.

Era algo bem “simples”: a escolha do novo uniforme da Seleção Brasileira. A ideia era esquecer o padrão branco, após o vice-campeonato mundial em 1950, em um Maracanã repleto. Foi demais.

Pois não é que Aldyr Schlee, hoje um escritor, enviou um croquis com o modelo de uma certa camisa amarela com gola verde, além do calção azul e meias brancas?

O gaúcho foi o criador do uniforme Canarinho, o vencedor entre os 201 trabalhos inscritos. Hoje, a camisa é sinônimo absoluto de futebol.

Um história assim merecia mesmo virar filme. Virou um documentário, produzido neste ano em 16mm pela RBS, afiliada da TV Globo de Porto Alegre. Confira o trailer abaixo.

Obrigado, Schlee!

 Post com a colaboração da gremista Iasmine Eidewein

Os meus eternos super-heróis

Rooney, Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo e Robben

Por Lucas Fitipaldi, direito de Joanesburgo*

Era uma vez o craque, na acepção da palavra. Era uma vez extremo talento combinado com rara personalidade. Era uma vez Romário, Zidane, Ronaldo, Rivaldo… espécies em extinção. Os craques da moda são apenas midiáticos. A galeria dos monstros sagrados fechou pra balanço.

O que dizer de Cristiano Ronaldo, Messi, Rooney, Lampard… Kaká? Fenômenos do marketing? Suas belas performances nas peças publicitárias realmente são de cair o queixo. Até mesmo a realidade clubística tem sido benevolente com alguns. O problema é um certo livro, onde somente os grandes têm a honra de rabiscar eternidade.

As últimas páginas dos pergaminhos da Copa foram escritas por um singelo francês; craque, doce e explosivo. Antagônico. Quando veremos outra atuação como a de Zinedine Zidane diante do Brasil, em 2006? Que privilégio presenciar a magia do esplendor individual; um homem e a capacidade de definir a trajetória de uma equipe. Capaz de sobrepor esquemas táticos e outras asneiras do pragmatismo teórico. Raridade ontem, hoje e sempre.

A epidemia devastou a todos. Não sobrou nenhum para nos brindar na África. É a vez do triunfo coletivo, frio. Particularmente, prefiro ler sobre heróis e suas epopeias. Como a de um certo Baixinho desbocado, cheio de marra e auto-confiança. Cheio de ilusão a nos oferecer. Como se tivesse molas nos pés, saltava como anjo no meio dos gigantes. Messias, copiava o milagre de multiplicar, em vez de pães e peixes, pequenos espaços.

O francês referido tinha outros atributos especiais. Mutante, parava o tempo. Hipnotizava companheiros e adversários, todos no ritmo de sua cadência mágica. Jogava em câmera lenta para que pudéssemos desfrutar cada segundo do seu balé.

O magro desengonçado também aprontava. Tinha o dom da farsa. Enganava os que mordiam a isca e se atreviam a questioná-lo. Puro encanto. Capricho santo. Lá estava estava ele, sempre presente a honrar a tradição da camisa 10 amarela.

Seu fiel escudeiro era o highlander de chuteiras. Imortal. Usava o truque da invisibilidade para estar sempre no lugar certo, na hora certa. Nasceu virado pra lua, de menino selou pacto com as redes. Fenômeno, na acepção da palavra. Antimarketing.

*Lucas Fitipaldi é o repórter do Diario enviado para a Copa-2010 e colaborador do blog

Mannschaft

Alemanha

No momento em que começar a semifinal entre Alemanha e Espanha, a Copa do Mundo terá um novo recorde. Mais um da terra do kaiser

Nesta quarta, a Alemanha de Schweinsteiger e Klose jogará pela 98ª vez na história das Copas. Assim, passará o Brasil. Na luta pelo terceiro lugar ou pelo título, os alemães vão chegar a 99 partidas. O emblemático 100º jogo deverá ser na estreia em 2014.

Esse recorde de partidas impressiona porque a Alemanha tem duas participações a menos que o Brasil (1930 e 1950). Esta é a 12ª semifinal do país, ampliando a vantagem sobre a Seleção, que chegou “apenas” 10 vezes entre os quatro primeiros.

Caso vença a Fúria em Durban, a Mannschaft (seleção) se tornará, também, a recordista de finais de Copas, com oito ao todo.

Como já foi dito aqui no blog, vale relembrar a frase do ex-atacante inglês Gary Liniker:

“O futebol é um esporte com 22 homens correndo atrás da bola e que no final a Alemanha vence”.

Mas ainda temos os recordes de gols (210 x 203) e vitórias (67 x 59). Além de títulos… O pentacampeonato está seguro até o “nosso” Mundial, em 2014.

Overdose de futebol no Brasil

Cidade da Copa

Será uma verdadeira overdose de futebol no Brasil nos próximos anos. O país, que tinha o direito de organizar a Copa América de 2015, havia iniciado uma negociação para inverter a sede com o Chile. Assim, o Brasil receberia o campeonato sul-americano apenas em 2019. Mas o terremoto no Chile inviabilizou o acordo.

Desta forma, o cronograma voltou ao modelo anterior, como afirmou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Portanto, confira os jogos internacionais aqui na terrinha.

2013 – Copa das Confederações, com 8 países e 16 jogos.

2014 – Copa do Mundo, com 32 países e 64 jogos.

2015 – Copa América, com 12 países e 26 jogos.

2016 – Olimpíada, com 16 países e 32 jogos.

Total = 138 jogos internacionais no país em quatro anos.

Deste total de partidas (sem contar a Olimpíada feminina), a Seleção Brasileira poderá jogar até 24 vezes, caso chegue a todas as semifinais, garantindo, no mínimo, a disputa pelo 3º lugar.

Das quatro competições, só uma não acontecerá em Pernambuco. O torneio olímpico de futebol de 2016, no Rio de Janeiro, vai acontecer em apenas mais quatro cidades: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Salvador.

Pernambuco deverá receber até 6 jogos no Mundial. Será que é possível emplacar alguns confrontos da Copa das Confederações (vestibular da Copa) e da Copa América?

Dúvida: supondo que seja difícil ganhar os quatro campeonatos… Como será o planejamento do Brasil para essa sequência?